Amigos viajantes, aqueles que nos acompanham nas redes sociais, facebook e instagram, sabem que nossa próxima rota a ser contada foi a nossa viagem em julho de 2019 para a Austrália. Já viram quando postamos online diretamente do país continente, as fotos dos diversos lugares por onde passamos e o quanto ficamos maravilhados por aquele país que tão bem nos recebeu. No entanto, antes de começar a contar as nossas aventuras por esse país, não podíamos de deixar de mostrar aqui também nossa solidariedade com o povo, fauna e flora que estão sendo devastados e consumidos pelos inúmeros incêndios que têm ocorrido especialmente na região pela qual passamos.
O nosso mais profundo pesar por todos os animais mortos no fogo, animais peculiares e únicos daquela região, como os koalas, cangurus de diversas espécies e muitos outros menos conhecidos e que nem apareceram tanto na mídia – mas que com certeza também sofreram e sofrem as consequências dessa calamidade. Os animais às vezes nem sabem o que fazer em um momento como esse, e esse é um país que preza muito por eles, conforme pudemos atestar enquanto estivemos lá, .
ONG que resgata e cuida dos koalas para que possam voltar a natureza
Em todos os lugares há placas de avisos de travessia de animais silvestres, inúmeros parques de preservação da fauna e flora locais, institutos e ONGS de amparo e cuidado aos animais. Não só isso: a própria população nos pareceu muito amável e ativa nas causas ambientais e de preservação da fauna e flora locais.
Por isso e por muitos outros motivos que a Rota Kids Brasil deixa aqui o seu pesar, suas orações para que os incêndios cessem de vez, e nossos votos que a Austrália prontamente se recupere dessa tragédia ambiental!
Último dia em Tóquio e parece que a cidade já amanheceu triste só de pensar na nossa partida. Um dia nublado, bem fechado com alguma chuvinha a qualquer momento, o que não nos animou a ir visitar a torre de Tóquio e avistar a cidade lá de cima ou, no caso, não vistar! É a mesma frustração do turista que vem ao Rio e sobe o Pão de Açúcar e não vê o Rio de Janeiro, pois o dia está completamente encoberto. Pensando assim, evitamos o desgaste e o gasto e fomos direto ao nosso segundo trajeto proposto para este dia: voltar ao Tokyo Dome, onde finalmente as meninas iriam aproveitar o dia no parque de diversões, nos brinquedos e outras atrações do local!
Como em muitos parques ao redor do mundo, algumas atrações do Tokyo Dome City ficam fechadas no inverno. Eles aproveitam a baixa temporada para manutenção das peças, garantindo assim a segurança dos usuários. Por isso, a mega montanha russa, que passa até no meio dos prédios, estava fechada para manutenção. Mesmo assim, ainda teriam muitos outros brinquedos e atrações divertidas para escolher e se divertir durante o dia. É possível comprar passes individuais ou para o dia todo. Assim, se você comprar o passe para o dia todo, pode ir em qualquer atração quantas vezes quiser, desde que seja liberado para sua idade e tamanho. Querendo ir em uma atração só, pode-se comprar também o bilhete individual. Escolhemos então liberar o passe delas e comprar para nós apenas a roda gigante e Rafael ainda se aventurou com elas na Sky Flower, que vamos falar mais adiante.
As atrações têm limitação de idade e altura, principalmente altura, e isso deixou a pequena loira bem irritada, ao ponto de declarar que estava sendo o pior dia de toda a sua vida! Mas depois de muita conversa ao longo da manhã ela percebeu que ainda tinha muuuitos outros brinquedos que ela poderia ir sem problemas e se divertir quantas vezes quisesse. Logo logo o dia havia se transformado – do pior para o melhor dia de todos!
Começamos por onde todos juntos íamos, a roda gigante, e lá de cima dá pra ter uma vista da cidade bem legal, mas neste dia um tanto triste e nublada.
Beatriz foi a mais corajosa de todos e foi várias vezes, até sozinha mesmo, na barca viking, eu não tive e nem tenho coragem de ir nesse negócio, de fato apenas dei minha volta na roda gigante e depois passei o dia todo de acompanhante da diversão da família.
O mais divertido para os três foi o Sky Flower, eles até tentaram ir os três juntos mas cada “balão” pode levar um máximo de peso determinado e mesmo tirando os casacos os três juntos ainda passavam um pouquinho do peso, e aqui não tem conversa! Então a Bibia resolveu ir sozinha em outro “balão”. A cesta tinha, segundo elas, o piso de vidro e subia bem devagar até uma altura de mais de 60 metros do chão e depois descia em queda livre. Nunca as vi gritando tanto! E mesmo assim adoraram a adrenalina.
Foi um ótimo dia de diversão! Isabel gostou muito de tudo e saímos de lá já de noite depois de lanchar e ainda brincar um pouco no arcade!
Bun Bun Bee foi o brinquedo preferido da loira, uma fileira de careiras sobe e desce e gira, gira e quando você acha que ta acabando ele gira para o outro lado, tudo isso tocando uma musiquinha chiclete que você nunca mais esquece: bumbum bumbum beee!!!
Antes de voltar ao hotel e arrumar as malas ainda passamos no centro comercial próximo para mais umas coisinhas e claro, tentar comprar mais uma mala!
Rafael ainda teve que voltar na Donki próxima do hotel para comprar cadeados e mala durante a noite, e assim podermos fechar todas as bagagens para nossa volta ao Brasil que se iniciaria no dia seguinte, com uma escala novamente em Londres.
Ao contrário da ida de Londres para o Japão, onde só tivemos uma conexão de cerca de 1 hora em Londres, agora teríamos mais tempo. Chegamos de noite em Londres, e só teríamos o voo para o Brasil na manhã seguinte.
Optamos por dormir em um hotel bem próximo ao aeroporto de Heathrow em Londres e assim descansar um pouco melhor dessa viagem longa e também voltar aos poucos ao fuso horário. Escolhemos o Ibis Styles Heathrow Airport, que fica bem na vizinhança.
Uma dica bem legal para se hospedar perto de Heathrow é que existem alguns hotéis que ficam em uma “área de influência” o aeroporto e que permite utilizar o transporte público (leia-se os tradicionais ônibus double-deckers) de e para o aeroporto sem pagar nada! Pegamos um ônibus dentro do aeroporto, falamos que íamos para o Ibis Styles e pronto! Ele nos deixou bem na porta do hotel. Apesar da chuva e frio na noite da chegada em Londres , foi relativamente fácil chegar até o local do embarque para o ônibus e chegar ao hotel mesmo com malas e bagagens. Afinal, vocês que nos acompanham sabem que a gente viaja com bem poucos volumes, para facilitar mesmo nessas ocasiões de embarque e desembarque de transportes.
Até tínhamos pensado em ir ao centro de Londres e tentar fazer alguma coisa. Bia ainda quer ir na London Eye, porém ela fechava às 21h este dia, não dava tempo. Além disso, o cansaço acumulado bateu, e acabams sem pique de tentar alguma coisa mais aventureira.
O jantar então foi no restaurante do próprio hotel mesmo, ribs com onion rings e hamburger, para não nos estendermos muito e descansar para mais um longo voo de 12 horas no outro dia até o Rio de Janeiro.
No dia seguinte, novamente pegamos o ônibu gratuitamente para o aeroporto. A surpresa ao chegar na área internacional do aeroporto para embarque foi a loja com artigos de Harry Potter, isso deixou a pequena doida. Ela queria tudo e de tudo um pouco, mas a cota já era. Ainda bem que ela tem pais bonzinhos e acabou trocando tarefas por presentes.
Enfim a viagem chegava ao fim definitivamente, cultura, arte, diversão, pop música, natureza tudo junto na viagem dos sonhos deles e de muitos, e para todos nós ficou aquele gostinho de quero mais.
No mais, até logo, sayonara, e …
See Ya!
Dicas deste post:
O Japão é um destino bem afastado, mas não precisa ser muito caro! No próximo post, vamos falar o quanto economizamos com nosso planejamento de viagem, e como a Rota Japão acabou custando o mesmo que ir para a Europa.
O Tokyo Dome City é um parque com atrações para todas as idades, e bem barato. O adulto não precisa pagar, se não quiser ir em nenhuma atração.
…Mas recomendo fortemente ir pelo menos da roda gigante e no Sky-Flower!
Sobre malas: compramos uma mala da marca japonesa Legend Walker – excelente, super bem acabada e no nível das Samsonites mais caras. Se encontrarem uma bagagem Legend Walker por aí, saiba que é uma marca conhecida no Japão e recomendada.
Novamente reforço que o Japão tem lojas gigantescas. Deveríamos ter deixado um dia exclusivamente para compras.
Pesquise a “Heathrow Free Travel Zone” caso queira se hospedar perto do aeroporto. Dá para economizar um dinheirinho (em libras, tudo sempre é caro…)
Em termos de jet lag, a volta do Japão foi bem melhor que a ida. A parada em Londres ajudou bastante a regular o sono.
Well, a primeira parada deste dia deveria ser cedo no novo mercado de peixe de Tokyo. Pegamos o ônibus para a região revitalizada de Toyosu, uma ilha artificial na Baía de Tóquio. Tudo bem que não era tão cedo assim, mas quando chegamos no local, o mercado estava fechado!!!! E isso realmente não estava no roteiro, não havia nada indicando que poderia estar fechado naquele dia, não havia no site justificativa para o fechamento, até hoje não sabemos o porquê. Foi frustrante, especialmente para o Rafael que queria muito ver o novo local especialmente projetado para os jogos olímpicos do próximo ano, ele estava bem ansioso.
Whatever, o dia ainda estava apenas começando e nós tínhamos planejado muitas outras atrações para visitar na região de Rainbow bridge, Odaiba. Odaiba é outra ilha artificial da região, e pode ser alcançada facilmente da região do mercado de peixes utilizando o monotrilho.
A região remete à uma das imagens típicas que temos do Japão: muita tecnologia, robôs e arquitetura moderna. A ilha possui vários shoppings e prédios patrocinados por diversas empresas, exibindo o que elas tem de mais moderno.
Começamos então pelo Toyota Megaweb. Trata-se de uma espécie de parque temático da Toyota, onde o usuário pode entrar, ver os novos modelos e experimentar a tecnologia inovadora da Toyota, não apenas voltada para o setor automotivo. Havia robôs que falavam com as meninas, muita interação em jogos e simuladores. Pode-se ainda sentar e fazer um test drive em vários modelos de veículos vendidos pela empresa, ou simplesmente entrar em dezenas de veículos expostos no showroom.
O primeiro lugar que visitamos era a vitrine do Kirobo, um robô desenvolvido por universidades e com a Toyota, e que foi enviado ao espaço com o primeiro astronauta japonês da ISS. Ele usa inteligência artificial e reconhecimento facial para se comunicar. Usamos as poucas palavras que sabíamos de japonês para falar com ele, que olha para a pessoa e acompanha com os olhos enquanto responde. Bem legal!
Veículos de transporte pessoal sendo desenvolvidos pela Toyota
Há uma área onde, por conta dos jogos olímpicos e paraolímpicos, eles mostram como a tecnologia auxilia os atletas e como se sentem os atletas paraolímpicos. As meninas experimentaram jogar basquete na cadeira de rodas, andar de bike com os braços e outros jogos, assim elas puderam sentir como era competir como um atleta que apresenta alguma dificuldade motora, por exemplo.
A preocupação com os portadores de necessidades especiais estava presente também nos veículos do showroom, onde vários deles já vem de fábrica com dispositivos de auxílio.
Depois descemos a um outro nível onde elas puderam ter aulas de direção, exibindo as plataformas de carros elétricos e de células de combustível em desenvolvimento pela empresa. Cada uma de acordo com sua idade e tamanho, aprenderam a dirigir o carro com o instrutor e depois dirigiram sozinhas em um circuito simulando as situações cotidianas de trânsito. Com isso, tiraram suas próprias carteiras de motorista, e ficaram as duas muito orgulhosas!
Em outro andar do complexo, pode-se conhecer um pouco da história do automóvel, em uma cenário de rua repleto modelos antigos.
Próxima parada do dia era bem próxima, o Epson teamLab Borderless, dentro do Shopping Pallete Town, onde em um mesmo lugar pode-se visitar espaços que te levam a experiências sensoriais incríveis, utilizando as mais modernas tecnologias de projetores e lasers da Epson. Um show de luz, cor e som, onde em cada sala se faz uma nova descoberta e por vezes essas imagens são também interativas.
Imagens de cor, luz, forma e sons que se formam-nas paredes, tetos e chão das salas temáticas. Uma das minhas prediletas foi a dos cristais de led, com cuidado para não tocá-los.
É muito encantamento ver todas aquelas luzes bailando nos cristais e em alguns momentos inclusive de acordo com trilhas sonoras, com aquele chão espelhado ampliando ainda mais a magia do lugar e levando a gente por alguns minutos para estar em outro mundo. Você pode em um desses ambientes controlar as luzes de acordo com um tablet e determinar as cores e luzes de acordo com o dia ou noite, estação do ano e etc.
Em outra sala, lanternas penduradas com luzes que mudavam também de cor enchiam uma sala toda espelhada. Neste ambiente tínhamos um tempo determinado para ficar, pois a sala tem uma capacidade reduzida de pessoas por vez, mas deu tempo para se sentir como a Rapunzel e pensar se as lanternas flutuantes são pra mim!
Em outra sala, uma sala de eletroacústica, as luzes dos canhões dançam com as batidas eletrônicas do som muito mas muito alto!! Quase não aguentamos ficar muito tempo.
Agora sobe, tira o sapato quem estiver de salto, e seguimos pra uma sala mais sensorial ainda, onde o chão parece um pula-pula e as crianças se divertem em espaços entre enormes bolas e desenhos flutuantes. Realmente um lugar onde a arte da luz é refletida em momentos que mexem com a emoção de cada pessoa. Assim finalizamos nossa visita ao Epson Pallet.
Ainda na região, visitamos o stand do Kawasaki Robostage onde podemos ver a tecnologia da robótica a serviço da humanidade, seja reproduzindo seu desenho facial através de reconhecimento da imagem, ou na indústria farmacêutica e em pesquisas científicas.
Na Robostage, temos demonstrações de robôs realizando tarefas cotidianas, como desenhar e usar um tablet, bem como robôs industriais pesados, utilizados como base para um simulador de voo virtual!
Seguimos dali em direção ao DiverCity Shopping, onde tem uma enorme estátua do robô Gundam, uma daquelas figuras de desenhos japoneses antigos que eles estavam querendo muito ver . E não é que quando chegamos, já de noite, a estátua faz uma apresentação e se mexe, contando um pouco da história do personagem, tudo em japonês né, mas com muita luz e som fazendo uma pequena demonstração, quase uma transformação gundam. Enquanto as telas atrás mostravam cenas do desenho animado, levando os fãs a loucura, diante da enorme estátua.
No shopping ainda tem a Tokyo Gundam Base, uma loja gigantesca com literalmente milhares de kits Gundam para montar!
Na volta para o hotel, ainda conseguimos ver a região de Rainbow Bridge, toda iluminada a noite ainda mais bonita por sinal!! Assim terminamos mais um dia corrido e produtivo em Tóquio.
See Ya!
Dicas deste post:
A vantagem de não termos conseguido ir ao mercado de peixes é que já temos uma desculpa pronta para voltar ao Japão!
Se você tiver uma carteira de motorista válida, pode realizar um test-drive gratuito dos carros mais modernos da Toyota, no Toyota Mega Web.
A região de Odaiba tem pelo menos 4 shoppings bem grandes, escolha um para visitar, pois não dá para fazer as atrações principais da região e mais todos os shoppings em um único dia!
Em quase todas as nossas viagens, acabamos visitando um ou até mais de um zoológico local, e no Japão não seria diferente. Escolhemos visitar o mais antigo em Tokyo, Ueno Zoo.
No entanto, antes de chegar no zoo ao desembarcar na estação do trem JR em Ueno Taito, passamos pelo belíssimo parque de Ueno, que também é um passeio agradável e contemplativo, além de preliminar às atrações do próprio zoológico.
O parque é muito grande e abriga outros serviços como museus e academias de arte, mas focamos no caminho que nos levava ao zoo mesmo para não perder tempo. Mas eis que no meio do caminho ainda deu para parar um pouquinho e brincar em um parquinho antes de entrar para visitar nossos amigos bichinhos.
Enfim, chegamos ao zoológico onde a atração mais procurada não apenas por nós, mas por todos os visitantes, eram os Pandas. Isabel estava louca por pandas e depois de ver os bebês pandas ficou mais encantada ainda, todos nós ficamos. Eles são grandes, fofos e praticamente extintos na natureza, por isso também a grande loucura por vê-los. Aqui no zoo eles têm um espaço especial reservado para eles, com tempo delimitado de observação para cada visitante. A fila não pode parar muito e tirar uma foto decente com eles foi quase uma tarefa para profissional.
Depois de matar a vontade de conhecer os pandas fofinhos, era hora de começar a visita ao zoológico propriamente dita. Fomos seguindo o mapa – em zoos enormes como este, sempre pegue o mapa e guarde consigo com cuidado, para que não se perca nos caminhos ou mesmo que deixe de ver uma atração a qual gostaria muito de ver.
Primeiro o nosso amigão o elefante, e ele estava sendo alimentado na hora, ele come toneladas de comida por dia para manter esse shape tão unique!! E ele brinca com o cuidador enquanto é alimentado, por todo lugar a impressão que temos é de uma boa relação dos animais e os humanos que cuidam muito bem deles.
Seguimos nosso caminho e encontramos nossos amigos macacos, esses especificamente de neve, meio amuados, talvez pelo frio mas mesmo assim simpáticos.
E falando em frio não podemos deixar de ver o Urso polar, esse sim estava nem dia bom e desfilava de um lado para o outro mostrado toda sua graça e beleza do seu porte atlético polar!! Mister Polar 2019!
Não muito longe estava o urso negro japonês, com um pelo super brilhante e umas garras enormes que realmente eram assustadoras
Em um outro lugar mais a frente mostra-se a importância da hibernação para esses animais e por vídeo vimos um deles dormindo tranquilinho!!
Quase todos os habitats são cercados com fossos ou com vidros, dá para olhar todos os bichos muito bem, e sem aquele aspecto de “prisão” para eles.
As meninas se divertem explorando os animais, e vendo a diversidade da fauna em cada zoo que visitamos. Em nenhum outro tivemos oportunidade de ver essas espécies de urso, nem elas hibernando, realmente fantástico a iniciativa de Ueno em permitir essa experiência ao visitante.
Seguimos para as aves e a nossa pequena pinguim loira tentou se comunicar mesmo que pelo vidro com outras espécies de aves do local, sem muito sucesso eu diria!
Mas realmente o Panda aqui está como o Mickey está para a Disney: em todo lugar há cartazes de projetos para salvar esses bichinhos fofos e apaixonantes e lógico que nós apoiamos a causa!! E paramos para fotos.
Almoçamos na praça de alimentação do zoo, e lá existe um cardápio bem especial, com a temática do parque. Havia comidinhas bem naturais, embrulhadas em madeira, gostoso e ecológico!
E quem disse que não vimos animais brasileiros? Olha aí a que foi chamada de Antílope Brasileiro, ou seja a Anta!
E não podíamos deixar de ver sua majestade . Os felinos mas belos estavam aqui também, tomando sol e fazendo a exposição de suas belas figuras aos visitantes admirados com sua realeza.
Já na área dos primatas as placas comparam os gorilas e chimpanzés aos seres humanos e pode-se mesmo se medir e ver na prática as semelhanças e diferenças entre as nossas espécies, um exercício muito educativo e interessante para qualquer idade.
Havia ainda muitos outros animais neste lado do zoo, mas se repararem no mapa lá no início do post, o zoo atravessa para o outro lado da via, essa travessia poderia até ser feita de monorail, no entanto o mesmo estava parado neste dia e frustrou não só a gente como um bom número de turistas. De qualquer forma você pode fazer a travessia a pé pela passarela, curtindo um pouco mais o visual do parque.
Do outro lado, encontramos os nossos amigos, os pinguins!!! Também tomando sol e se refrescando no seu habitat projetado especialmente para eles.
Aqui também estão os marsupiais mais famosos e como são grandes esses cangurus…
E entramos na área dos bichos pequenos e esquisitos, parecem roedores, parecem esquilos, parecem ratos, alguns não toleram luz. São … esquisitos!
Eu particularmente não gosto de morcegos e animais noturnos, mas o Rafael acha lindo e peculiar então temos sempre que visitar, os bats!!
depois de tudo isso que posso dizer?
Hakuna Matata!
Uma das coisas mais legais desse zoológico é que se você chegou na “jaula” do animal e não conseguiu ver tem uma plaquinha que diz : Se não conseguiu visualizar deste ponto tente por aqui. E você entra pelos digamos, bastidores da “jaula” e consegue de qualquer forma ver o animal em questão, desta forma não há a frustração de chegar ao zoo para ver o hipopótamo e ele só aparecer de bumbum ou estar de baixo da água onde não se pode vê-lo. Hoje por exemplo, o hipopótamo e a girafa estavam na parte mais protegida, e você pode entrar lá e visitá-los!
Há ainda uma área só para o animais tropicais, onde se pode ver répteis e anfíbios de inúmeras espécies, com uma climatização perfeita – quente e úmido.
jacarezão!
E sempre dá tempo de passar na gift shop e levar uns presentinhos e lembranças desse lugar incrível. Ah e aqui tem mais pandas e pandas de todos os tamanhos!!
Na saída, passamos em frente à área dos nossos amigos pandas. Mas agora, a fila era enoorme, e com certeza mais complicado para curtir os bichinhos!
A visita ao zoo acabou, mas ainda deu tempo de passearmos pelo comércio da região de Ueno.
Também passamos em um centro comercial perto e ver algumas lojas – inclusive uma loja do comitê olímpico com itens oficiais, preço meio caro mas…
Tínhamos andado muito no Zoo, então ninguém estava com muito pique para encarar um jantar mais elaborado. Ainda bem que o Ibis Tokyo Shinjuku fica num prédio com uma hamburgueria gourmet no térreo, uma cadeia japonesa chamada de 3rd Burger. Não ficou devendo nada aos hamburgueres ianques.
Após o jantar foi subir para o quarto e cama! A viagem já está se aproximando do fim, falta pouco para terminar nossa visita – incrível – à Terra do Sol Nascente…
See Ya.
Dicas deste post:
Chegue cedo ao Zoo de Ueno, e vá direto nos pandas. Se a fila estiver pequena, entre de novo e veja novamente logo em seguida. Quanto mais tarde, mais cheio, e você não vai se animar de enfrentar as filas que se formam ao longo do dia.
O Zoo é bem grande, trace uma estratégia de visita para conhecer os habitats que mais lhe interessam. Para nós, o foco foi nos bichos mais difíceis – ou até impossíveis de ver no ocidente.
Esse foi um dia de explorar a cidade de uma maneira diferente. Como fãs de algum assunto específico, foi um dia de compras sim, mas de muita curiosidade. Por isso este post será escrito por aqueles que entendem do assunto e mais curtiram esses lugares: Beatriz e Rafael. Confesso que eu e a Bebel também curtimos, mas eles são os experts em cultura K-POP e cultura geek. Com a a palavra, Bibia:
Começamos nosso passeio bem perto do hotel, ainda em Shinjuku. Há uma área da cidade que é o ponto focal da comunidade Coreana, chamado apropriadamente de… Koreatown. Eu estava ansiosa desde antes do início da viagem para visitar e ver se encontrava algo de minha grande paixão musical, o K-Pop.
A Koreatown é uma área no Japão onde se encontram milhares de lojas e restaurantes coreanos, dá a sensação de que você realmente está entrando na Coréia. Eram várias lojas de vários tipos: produtos de beleza,mercadinhos e, o que para mim é o melhor deles…K-pop. Mas afinal, o que é K-pop?
K-pop é um gênero musical criado na Coréia do Sul e que já conquistou o mundo inteiro. Trata-se de milhares de bandas que cantam, dançam e se destacam quando o assunto é videoclipe. Os mvs coreanos (abreviação para music video) são extremamente bem confeccionados, com efeitos especiais melhores até que de alguns filmes. Ao contrário do J-pop, que um pouco mais tradicional e voltado para a cultura japonesa, o K-pop tem uma sacada mais ocidental, tendo ritmos de música mais parecidos com o pop e o rap.
Devo confessar que acabei com a minha cota naquele dia, no entanto, valeu a pena, pois pude comprar vários chaveiros, garrafas, posters e bonecos únicos e que eu não iria achar em nenhum outro lugar do mundo.
Agora passo a palavra para minha mãe:
Nas comidinhas de rua, uma que chamou atenção foi o algodão-doce gigante em forma de bichinhos:
Quase compramos, mas comer esse monstro na hora do almoço não daria muito certo…
Missão cumprida em Koreatown. A idéia inicial era almoçar por aqui, porém a turma estava ainda sem muita fome e a Bia já tinha comprado o que queria. Resolvemos então adiantar o roteiro e pegar o metrô para Akihabara.
Na estação do metrô, na eterna busca por bebidas exóticas nas vending machines, a Bia descolou um suco de uva verde com uvas dentro, bem parecido com os que encontramos no bairro da Liberdade, em São Paulo. Foi um dos favoritos da galera na viagem.
Após cerca de meia hora do metrô, chegamos enfima Akihabara. Como falamos no post de Osaka, o Rafael ainda estava atrás do transformer tão desejado. E se ele existia em algum lugar na capital japonesa, seria aqui.
Akihabara, ou Akiba, como os locais carinhosamente chamam a região, é o maior aglomerado das lojas geek de Tokyo. Nas diversas lojas tem de tudo um pouco: mangás, animes, brinquedos antigos e novos, videogames… enfim, uma loucura.
Resolvemos almoçar antes de começar a expedição nas milhares de lojas. Fomos no AKIBA-Ichi, prédio comercial com dezenas de pequenos restaurantes. Foi difícil escolher no meio de tantas opções diferentes. Como já era perto da hora do almoço, os restaurantes estavam cheios, procuramos então um que ainda estava meio vazio (e que encheu logo em seguida): Sudacho Shokudo Akihabara UDX shop. Ele era legal pois dava para observar a rua e o movimento enquanto comíamos
Experimentamos mais um pouco da culinária local, mas as meninas agora pediram pratos mais ocidentalizados, acho que já estavam ficando cansadas do tempero ou com saudades de casa.
De barriguinha cheia, fomos encarar os diversos centros comerciais, muitas vezes com vários andares.
Compramos algumas lembrancinhas para os geeks da família e alguns amigos. Rafael comprou alguns mangás em japonês para continuar treinando o idioma. E também compramos ioiôs! Lembra daqueles ioiôs da Coca-Cola, que você trocava por tampinhas de garrafa? Então, aqui no Japão tem deles novinhos. E os originais, com mais de 30 anos de idade, também são vendidos, e custam uma pequena fortuna!
Prosseguimos até chegar na Mandarake, tão grande ou maior que a que visitamos em Osaka.
A parte que o Rafael queria visitar era a de brinquedos antigos. Será que aqui tinha o Optimus Prime?
Não só tinha como dava para escolher! Vitrines e mais vitrines de trasnformers. Tinha uma versão mais antiga (e por isso mais cara), na caixa original, e um outro, mais novo, do mesmo modelo, só que em uma embalagem transparente, para o mercado Canadense, e mais barata. Era exatamente o modelo que o Rafael desejava!
Rafael ainda foi pegar o tax-free, para diminuir o prejuízo. Quando vimos, já estava anoitecendo!
De volta ao hotel, o Rafael ainda resolveu “verificar se o Optimus Prime estava transformando direito” (leia-se: “brincar com o transformer”), enquanto todos dormiam.
Desejos realizados, todos cansados e prontos para mais descobertas no outro dia.
See Ya.
Dicas deste post:
Se você é K-Popeira ou tem amigo K-Popeiro, não deixe de visitar Koreatown e suas milhares de lojinhas!
Akihabara é enorme, e tem produtos para todos os gostos geeks. Faça uma pesquisa online das lojas que deseja visitar e onde se localizam, para não perder muito tempo.
Produtos que não serão utilizados no Japão ficam isentos de impostos (tax-free). Isto dá mais ou menos 8% de economia.
Para utilizar o tax-free, você deve solicitar o formulário na loja em que o produto for comprado. Deve manter o produto na embalagem original até sair do Japão. O formulário fica grampeado no seu passaporte, e é retirado na alfândega de saída.
Como sempre falamos aqui no site, um roteiro com crianças tem que mesclar dias de cultura com dias de diversão, especialmente se temos a oportunidade de visitar um dos parques do complexo Disney que mistura encantamento e diversão garantida para toda a família. Então é claro que nosso roteiro reservou pelo menos um dia para visitar a Disney!
A Disney Tokyo compreende na verdade dois parques: Tokyo Disneyland, que muito se assemelha ao Magic Kingdom de Orlando, e o Tokyo Disney Sea, que eu descreveria como um misto de Epcot e Hollywood Studios, embora tenha carcteristicas únicas. Nele, o encantamento se dá em grande parte pelo castelo da Princesa Ariel e seu reino no fundo do mar. É um parque único dentre todos os parques Disney no Mundo. Muito justa a escolha da temática, pois o Japão tem uma forte ligação com o mar, seja geograficamente por ser um arquipélago, seja gastronomicamente, pois grande parte da culinária está baseada em frutos do mar e pescados que passam a ser parte importante também da sua economia.
Não tínhamos tempo para visitar os dois parques, então escolhemos o Disney Sea por ser o mais diferente e desafiador para a gente. Primeira dica: pesquise o parque no site antes da viagem e já de cara localize as atrações que mais lhe interessam e os brinquedos que são mais adequados a sua criança, pois sempre tem atrações mais radicais com limitação de altura. Nossa loira fica digamos que, pistola com isso! Mesmo assim, existem muitas outras atrações para os menores de 1,30 m , até mesmo atrações mais radicais. Acho que em virtude da menor estatura média da população japonesa, será?
O encantamento começa ainda no trem que nos leva ao acesso ao parque, todo personalizado com o símbolo máximo da Disney, o Mickey, nas janelas, puxadores e estofados, o formato da cabeça do ratinho mais conhecido do mundo pode ser visto em toda parte.
Vista do lago e os edifícios ao redor, lembra um pouco a Epcot de Orlando
Era inverno e pensamos que o parque estaria mais vazio, ledo engano estava bem cheio e era ainda o dia que o parque ficava aberto por mais horas. Os japoneses são um espetáculo à parte, eles andam com as roupas iguais, mas iguaizinhos mesmo como gêmeos idênticos em cosplays, compram todo tipo de chapéus iguais e levam comida fazendo picnics, e a simpatia do atendimento sem igual!
Se você já acha que os parques americanos da Disney são organizados e limpos, vai ter uma surpresa aqui em Tóquio. Eles conseguem ser ainda mais organizados e a limpeza é inacreditável. Não fica uma sujeirinha ou copo no chão, porque os próprios visitantes tratam de arrumar tudinho!
Nossa programação do dia no parque seria começar pelo ponto alto do – o castelo da Ariel e as diversas atrações lá dentro, além de lojas e restaurante. No entanto, até chegarmos lá, passamos por cenários que nos levaram a viajar a uma vila na Itália enquanto víamos as gondolas passeando pelo imenso lago no meio do parque. E ainda antes de chegar no reino encantado de Ariel, passamos pelas 20.000 léguas submarinas e pelo centro da Terra. De fato não conseguimos ir na montanha russa do vulcão, pois a fila de espera estava com mais de 100 minutos, fala sério! Mesmo assim, fizemos nossa viagem de 20.000 léguas submarinas com o capitão Nemo.
Toda decoração do parque remete ao Japão sem perder o charme e encantamento Disney. A Disney estava comemorando 35 anos no Japão e inclusive os personagens como Mickey, Minie e Pato Donald estavam a caráter.
Entrando no castelo você realmente se sente no fundo do mar e pode brincar em atrações que divertem toda a família. Mas o que você não pode deixar de ir mesmo é no show no Mermaid Lagoon Theater, o King Triton’s Concert, um show musical incrível que tem toda a magia Disney com uma produção musical digna da Broadway, que encanta os olhos e o coração. A sereia aparece voado sobre nossas cabeças, é claro pois estamos no fundo do mar, então é como se ela estivesse nadando. Simplesmente encantador!
Outra área do parque que também tem toda essa magia é o Arabian Coast, onde se pode ver e brincar com as histórias de Aladdin, a Princesa Jasmine e a lenda de Sinbad. O espaço conta com brinquedos como o Carroussel, os tapetes voadores e um filme 3D do gênio mais engraçado do cinema, além é claro da lenda do marujo Sinbad contada com bonecos como os do Small World.
Na área do America Waterfront pode-se ver atrações voltadas para o filme de Procurando Nemo e há ainda uma área destinada ao filme de Toy Story, um parque tipo quermesse, com brincadeiras de argolas e tiro ao alvo para ganhar brindes, além de inúmeras gifts shops.
E entre essas atrações desfrutamos da parada da tarde em comemoração aos 35 anos da Disney Tokyo. Num frio e com vento congelante assistimos Mickey e seus amigos cantando, dançando e desfilando em barcos pelo lago central do Parque . Novamente encantador, a música em inglês mas os textos em japonês então…mesmo assim continua sendo muito animado e encantador como tudo na Disney!
Uma outra atividade que as meninas adoram é tirar fotos com os personagens. Elas já tem um caderninho de autógrafos comprado na Disney em Orlando, e levamos para o Japão para colher mais assinaturas. Mas no dia da visita ao parque, esquecemos completamente! Tivemos que comprar mais um caderninho de autógrafos…
Algo interessante que notamos é que os personagens estavam sempre disponíveis para fotos e autógrafos, e normalmente sem muitas filas. As meninas conseguiram mais umas assinaturas para coleção!
Resumindo Disney sendo Disney mas com toda organização nipônica e muito mais cuidado e limpeza que em qualquer outro parque que já fomos. Saímos de lá claro que só depois do já tradicional show de fogos e parada de luzes noturna e quase enxotados, mas sem antes levar as nossas lembrancinhas.
E o Rafael teve que voltar todo o parque para comprar enfim o sonhado ursinho Pooh da Bebel!!
Eu explico: A Bebel disse, desde o Brasil, que queria comprar um ursinho Pooh. O lugar ideal seria na Disney, então ela aguardou pacientemente para comprar lá. No meio do dia, ela achou um chapéu de ursinho Pooh, e resolveu comprar, no lugar do ursinho. Assim tínhamos entendido, e seguimos com o passeio.
Na hora que já estávamos saindo, faltando mais ou menos 10 minutos para o parque fechar de vez, a Bebel falou: “Agora só falta comprar meu ursinho!” – a loja que tinha o ursinho era do oooooooutro lado do parque!! Dissemos que não daria tempo, e ela instantaneamente ficou com o olho cheio de lágrimas. “Tudo bem…”. Foi uma choradeira geral e o Rafael resolveu voltar correndo na loja. Chegou lá na hora que estavam colocando a cordinha na porta, mas ainda conseguiu comprar o tão esperado ursinho. Voltou esbaforido, mas ganhou um “Você é o melhor pai do mundo!” da Bebel. Muitas cebolas foram cortadas neste dia… 😉
Daí foi pegar o trem para voltar para o hotel, acabados, mas realizados. Vamos descansar que a viagem está acabando e ainda temos que visitar alguns lugares muito aguardados.
See ya
Dicas deste post:
A estação de trem de Maihama liga-se direto ao sistema de trenzinhos do parque. Dá para ir portanto de transporte público diretamente à entrada do parque, de forma muito fácil.
O parque fica a uns 40 minutos do centro de Tóquio, se der se organize para chegar lá na hora da abertura. Os parques são bem grandes, quanto mais tempo lá dentro, melhor.
Dá pra comprar os ingressos nas lojas de conveniência com 7-11 ou Lawson’s, porém tivemos muita dificuldade, pois as máquinas só apresentavam o menu em japonês. Compramos na agência de viagens da Japan Rail, a JR Tours, presente nas maiores estações de trem.
Se só tiver um dia para visitar a Disney de Tóquio, nossa recomendação continua sendo o Disney Sea, por ser um parque realmente diferente dos demais.
Não se preocupe nas filas. Ninguém fura a fila aqui.
Os parques ficam à beira do mar, e são muito abertos, com muito vento. A sensação térmica, no inverno, é de uma temperatura muito baixa. Mantenha-se aquecido, use chapéus para proteger os ouvidos.
Se você coleciona pins, esta é a hora de pegar alguns bem diferentes, com a logo dos parques do Japão e os personagens em trajes orientais!
Algumas vezes em viagens acontecem coisas surpreendentes, mas a surpresa do dia foi inusitada além de inesperada.
Hoje era nosso último dia em Osaka. Retornaríamos a Tóquio neste dia, mas como sempre sem muito horário marcado, pois poderíamos pegar o trem-bala em qualquer horário. Tomamos nosso último café da manhã no Ibis Styles Osaka com muita calma, aproveitando os quitutes diferentes desse desjejum e juro que tentamos provar de tudo um pouco mas… Aquele que apelidamos de “feijão aranha” não desceu de jeito nenhum. Era um potinho de soja fermentada que tinha uma espécie de baba que… sem maiores comentários!
Enfim, pegamos as malas e fomos pegar o metrô. Seguíamos a pé pelas ruas quando um senhor japonês me interpelou no caminho. Eu logo pensei: “por que esse cara resolveu pedir informações para mim, que obviamente sou uma turista ocidental?”
No entanto, depois que parei e ouvi o que ele tinha a dizer, vi que se tratava de um professor de inglês – que estava com sua turminha fazendo uma aula de campo e perguntou se seus alunos poderiam nos entrevistar. O foco deles era entrevistar os adultos, mas sugerimos algo diferente: já que as meninas falam inglês, por que não entrevistá-las?
Eram oito crianças com idades entre oito e onze anos e além do professor (se apresentou como “Nike-san” – Nike igual à marca de tênis), estava também uma professora auxiliar. Claro que paramos para conversar com eles e trocar experiências. Cada aluno tinha uma prancheta com uma folha de um questionário e um lápis, assim dividimos o grupo: 4 alunos e a professora auxiliar ficaram comigo e Isabel e um a um entrevistaram a Bel com perguntas simples como: Qual o seu nome, onde mora, quantos anos tem. Os outros 4 alunos ficaram com Rafael e a Bia e foram ajudados pelo professor. O inglês deles era bem básico e por vezes os professores precisavam traduzir o que falávamos para o japonês. As meninas se saíram super bem graças novamente ao projeto de imersão na língua inglesa que a Escola Dínamis promove em parceria com a Cultura Inglesa, com aulas e dinâmicas 5 vezes por semana 2 horas por dia. Teacher Nike ficou espantado quando contamos, ele disse que no Japão ele dava apenas 2 horas por semana, foi quando expliquei que era um programa único e especial! Valeu a pena o investimento nesse programa da Cultura Inglesa, as meninas se saíram super bem e falaram naturalmente.
De quebra ainda descrevemos o nosso projeto pessoal familiar com o Rota Kids Brasil para os alunos e os professores que adoraram a idéia . As crianças principalmente ficaram espantadas com o número de horas de viagem que enfrentamos do Rio de Janeiro até Tóquio, eles já estavam achando muito o trajeto Osaka até Tóquio….Depois de mais de 24 horas de voo, uma viagem de três horas de trem era fichinha!!!
Nos despedimos da turminha e partimos de volta para Tóquio, pois queríamos chegar lá e ainda visitar alguns lugares da nossa lista de lugares desejáveis!
E ainda deu para aproveitar a viagem do trem para comer, descansar e de quebra ainda rever o nosso amigo monte Fuji!!
Voltamos ao nosso hotel Ibis em Shinjuku. Gostamos desse local pois era bem localizado, próximo da estação de trem e metrô. Bebel, como sempre, conseguindo encantar os recepcionistas com seu gorro de pinguim e começou a colecionar Kawais, isto é , quantas vezes as pessoas a chamavam de fofinha (kawaii).
E vamos às compras? Visitamos uma área em Tóquio onde fica a Nakano Broadway, mais um dos peculiares lugares em Tóquio, cheio de centros comerciais e com inúmeras lojas com produtos geek. A meta era achar o tão sonhado transformer vermelho caminhãozão que o papai queria. E era aqui também que ficava a Mandarake, uma loja de brinquedos e afins enorme com muitos produtos de todas as épocas de todos os personagens e isso deixou os meus geeks muito empolgados com tantas e tantas opções.
O Rafael não encontrou o transformer, embora tenha visto vários parecidos. E segue a busca….Teríamos mais lojas geeks para visitar ainda nesta viagem.
Outra coisa impressionante na Nakano Broadway foram as lojas de relógios. Literalmente milhões de dólares em relógios nos expositores, novos e usados, em várias lojas nas galerias. Os japoneses adoram relógios e gostam de dar/recebê-los como presentes. A imagem de tanta mercadoria valiosa em vitrines praticamente na rua, sem nenhum segurança é difícil de assimilar para nós.
Terminamos ainda o dia visitando a Daiso. Sabe aquelas lojas de R$ 1,99 no Brasil onde tem de tudo um pouco? É semelhante – a maioria das coisas custava 100 yens mas eram coisas muito boas e de tudo um pouco entre papelaria, utensílios domésticos, roupas e a lista só cresce…
Além de comidinhas típicas, tinha algumas coisas mais exóticas, como peixes secos de petisco!
Ainda deu tempo de jantar finalmente em um restaurante de comida “japonesa” e comer sushi, sashimi no rodízio.
Confesso que achei um pouco difícil identificar as coisas mas depois com o cardápio você começa a ligar o nome a pessoa que está passando na sua frente, no caso o prato. Semelhante a alguns rodízios de esteira aqui do Brasil, cada pratinho tem uma cor e a cor equivale ao valor, no final o atendente conta os pratinhos e te dá a conta pra ir ao caixa. Para beber pode tomar a vontade chá verde, o pó com a colherinha está na bancada e há torneiras de água quente em frete de cada banco para que possas servir o chá, o que caiu muito bem pois estava bem frio neste dia.
A parte legal foi experimentar peixes diferentes e diferentes partes do atum, que no Japão são vendidas pela área do peixe de onde são retiradas.
Com o dia no fim, e já tinha sido longo o suficiente com a viagem e tudo mais, resolvemos voltar ao hotel pois o próximo dia seria de sonho, especial e de muita diversão!
Quando se planeja uma viagem como essa para o outro lado do mundo, a gente pensa mais ainda em aproveitar muito bem o tempo para conseguir visitar e conhecer o máximo de lugares no tempo que temos. Mas hoje não vamos sair de Osaka, tiramos o dia para “descansar” de viagens só que não de aventuras, vamos desfrutar de alguns atrativos da encantadora cidade.
Osaka é uma das maiores cidades do Japão e foi sede das olimpíadas de 1964, e por algumas vezes na história do país foi também capital do Império nipônico. A cidade é uma das mais antigas do país, e sua história começa em 500 DC, como importante porto, virando capital do império entre 645 DC e 655 DC, tornando-se capital novamente em 744.
A cidade foi sempre importante centro financeiro, de alimentos e comércio e centro do poder feudal na região. A herança deste passado feudal pode ser conhecida no castelo de Osaka, que era um dos destinos de hoje.
O Castelo de Osaka fica no alto do monte, cercado por um enorme jardim. O metrô te deixa em frente aos jardins, porém é preciso andar (e subir) bastante até chegar ao castelo propriamente dito.
Construído na segunda metade do século XVI, o castelo é uma construção icônica cercada por enormes muralhas e cheia de histórias. Composto por 8 pavimentos, ele conta com várias exposições, que contam um pouco a história feudal do Japão e de diversas batalhas travadas nos arredores do castelo.
A visita começa pro andar mais alto, onde chega se de elevador. Lá e existe um grande observatório, de onde dá para ver os quatro cantos da cidade ou seja ter uma vista panorâmica da cidade de Osaka além de ver os detalhes arquitetônicos do telhado e da fachada em dourado.
Do oitavo andar começamos a descer pelas escadas e visitar os andares inferiores. No sétimo andar encontra-se a exposição com um diorama apresentando a coleção de episódios da vida de Toyotomi Hideyoshi, um figurão do regime Toyotomi que iniciou a construção do castelo.
No quinto piso vemos maquetes e miniaturas, além de telas mostrando a história do cerco e guerra no Verão a Osaka, uma história narrada em japonês, coreano, inglês e chinês.
O quarto piso é dedicado a exposições temporárias mas este estava temporariamente fechado, assim como o terceiro que apresentava a sala do chá. Já no Segundo piso encontramos a exposição com informações diversas sobre o castelo e fotografias.
Descemos do castelo já no início da tarde, e já com fome. Por sorte já um mini shopping junto ao castelo e que tem alguns restaurantes. Optamos pelo Rikyu bar, que oferece uma das gostosuras típicas de um Osaka: o takoyaki.
O takoyaki é um pequeno bolinho recheado com pedacinhos de polvo, feito na hora e sempre muito quente. Resolvemos pedir também alguns espetinhos diferentes (camarão, frango, peixe) com batatas fritas, além do takoyaki, para que todos pudessem comer um pouquinho de cada.
Após o almoço, seguimos para a próxima atração do dia, o Aquário de Osaka. Como vocês já viram aqui no site, já visitamos alguns aquários como o de Miami e o Sea World em Orlando, mas esse foi um dos mais incríveis pois é um dos maiores aquários do mundo.
Olhando por fora ele aparenta ser um prédio comum e somente o enorme tubarão baleia na sua fachada nos remete ao tema marinho.
Apenas mais perto da entrada outros modelos de animais também expostos para fotos já nos faz entrar no clima do aquário.
Entra-se pelo andar superior e durante toda a visita vai-se descendo e olhando as diversas exposições e o imenso aquário no centro do prédio que te permite ver as diferentes espécies nas diferentes camadas do oceano. À medida em que vamos descendo vemos as espécies que habitam as partes mais profundas dos oceanos.
Um dos tanques do aquário apresenta o ecossistema da bacia amazônica, com vários peixes difíceis de serem vistos até mesmo no Brasil. Existe um gigantesco pirarucu, peixe típico da Amazônia e raro de se ver até mesmo nos aquários brasileiros.
Logo em seguida, um grande tanque com golfinhos, em que os bichinhos ficavam brincando bastante entre si e com uma bola que ficava pendurada. Eles tomavam impulso e saíam da água, até alcançar a bolinha!
Depois de um tempinho, chega-se ao imenso tanque principal. Ele é casa de várias espécies de mar aberto, incluíndo dois gigantescos tubarões-baleia, símbolo do aquário de Osaka.
Outra parte muito bonita era a seção dedicada a águas-vivas, com diversas espécies em aquários diferentes, com um visual impressionante:
No fim, uma área dedicada aos mares frios, com diversas focas, pinguins e leões-marinhos.
O legal aqui era que o tanque ficava em um nível superior, e o fundo dele tinha uma bolha transparente. A gente conseguia passar por baixo dele e lá, uma foca risonha ficava olhando o movimento de pessoas!
Ao lado desta área, havia um tanque sensorial, onde era possível passar a mão nas arraias e tubarões. Eu e a Beatriz não tivemos coragem, mas o Rafael e a Isabel se aventuraram a fazer um carinho nos bichinhos.
Após a visita ao aquário, Demos uma voltinha no shopping que fica na mesma área do aquário. Em frente a ele existe uma imensa roda gigante, a Tempozan Ferris Wheel. Fizemos hora no shopping de forma a poder visitar a roda gigante durante o entardecer.
Na fila para a roda gigante, a mocinha que cuidava dos ingressos apontou para a Bia e para a Bel e falou que elas eram Kawaii, Kawaii! E explicou em inglês que Kawaii significa cute (fofas!). Passamos a reparar que muitas vezes as pessoas, principalmente as senhoras, viravam para as meninas e comentavam que elas eram Kawaii. A Isabel ficou toda besta e começou a contar quantas vezes ela era chamada de Kawaii, e quantas vezes a Bia era…
Lá de cima da roda-gigante, pudemos ver toda a área do porto de Osaka e uma boa parte da cidade, com um visual incrível.
Voltamos para o shopping agora para comer. O interessante do shopping é que havia uma área no térreo com ambientação de uma pequena cidade japonesa do meio do século XX, com lojinhas e restaurantes. Resolvemos jantar em um pequeno restaurante desta área, com apenas cerca de 8 lugares no balcão, e totalmente atendido por apenas uma pessoa, um senhorzinho já bem idoso.
Ao entrarmos, além da tradicional frase de boas vindas (irashaimasseeeee…), Ele virou para nós e começou a falar em inglês:
– Baskets! Baskets!
(Cestas! Cestas!)
E começou a pegar umas cestinhas supermercado, colocando uma atrás de cada banquinho em que estávamos.
A cesta era para colocarmos nossas mochilas, casacos e apetrechos para que pudéssemos comer mais às vontade. Só que as nossas coisas ficam atrás de nós, nas cestinhas ( para que nossos objetos não toquem no chão), a 1 metrô da área de circulação fora do restaurante. Para nós brasileiros, infelizmente tão acostumados com a rotina de fiéis em nossas grandes cidades, fica difícil acreditar que é perfeitamente normal aqui no Japão colocar objetos fora de sua visão e que nada vai acontecer!
Os pratos, com ramen e tempura estavam deliciosos e caíram muito bem no frio que estava fazendo!
Saímos já de noite, e mais uma vez fomos surpreendidos pelas luzes da cidade. Milhares de lâmpadas LED iluminavam a área, a roda gigante e a fachada do aquário, em um visual maravilhoso.
Mais uma vez encantados com Osaka, pegamos o metrô e voltamos para nosso Ibis Styles em Namba, para dormir e nos preparar para outro dia!
Amanhã vamos sair de Osaka novamente, para visitar uma das cidades mais conhecidas do Japão: Kyoto!
Sayonara! See ya!
Dicas deste post:
O Castelo de Osaka é uma visita que exige algum preparo físico, para negociar as distâncias do grande jardim e para subir e descer as escadas do castelo. Vá preparado para andar e com um calçado confortável.
O Castelo de Osaka conta bastante sobre a história do passado feudal do Japão. Ideal para mostrar para os pequenos os princípios de uma construção fortificada e todos os costumes antigos desta sociedade.
Se possível, faça como nós e sincronize o horário da subida na roda-gigante Tempozan, para coincidir com o entardecer.
Não perca a oportunidade de comer os takoyakis. Em Osaka eles estão em todo lugar! Escolha um e vá ser feliz!
O Aquário de Osaka tem um acervo incrível e vale muito a visita, poucos aquários do mundo possuem tamanha diversidade. Vale para mostrar para as crianças a importância da conservação.
Visitando o Japão entre dezembro e janeiro, reserve um tempo apenas para andar nas ruas e apreciar a iluminação e músicas festivas!
A cidade que fomos visitar neste dia não é nem uma das mais famosas turisticamente faladas do Japão, nem uma das mais visitadas, mas foi para nós uma grata surpresa.
A cidade de Nara foi a capital do Japão entre os anos de 710 e 784 e foi a primeira capital fixa do país. Seus templos e santuários restantes fazem parte do Patrimônio Mundial da Unesco.
A cidade é conhecida pelo Todai-Ji, templo sagrado que abriga o Big Buddha, a maior estátua de bronze do Buddha Vairochana do mundo. O templo fica na área do Parque de Nara, um lindíssimo parque com uma paisagem especial, e que tem uma peculiaridade como atrativo turístico. Soltos pelo parque e ruas da cidade desfilam livremente inúmeros cervos, sim cervos, parecidos com o Bambi do desenho da Disney, e eles vêm saudar os visitantes e obviamente pedir comida de maneira ávida.
Os cervos japoneses que vagam pelas ruas de Nara são considerados animais sagrados. Diz a lenda que o Deus Takemikadzuchi chegou a Nara montado em um cervo branco, para proteger a recém-criada capital. Desde então, há a crença de que os cervos japoneses são animais sagrados e que protegem a cidade e o país.
Eles são umas gracinhas, dóceis, até que se prove o contrário, de todos os tamanhos e idades. Parecem treinados, e de certa forma são mesmo, eles não mordem ou avançam, não por querer, nem tendem a machucar as pessoas mas são animais grandinhos e que requerem um certo zelo ao lidar pois eles podem ser brutos sem intenção na sua insistente tentativa de conseguir comida com você. Por isso algumas vezes tomamos leves cabeçadas e mordiscadas, nada de mais, foi até engraçado!
Por isso o parque e sua administração toma certos cuidados como serrar os chifres e lixá-los para que não machuquem os visitantes e ainda há no parque diversos avisos para que tomemos cuidados com bolsas e mapas pois os curiosos e gulosos bichinhos podem fuçar e comer os mapas. Eu vivi isso quando estava sentada e um deles tentou pegar o mapa que estava no bolso de trás da minha calça, de fato tomei uma pequena mordida nas nádegas!
Há ainda inúmeras barraquinhas por todo o caminho até o templo do Buddha que vendem uma espécie de biscoito redondo , semelhante ao sembei, que são o alimento dos bichos e eles sabem disso. Tanto sabem, que alguns ficam inclusive estrategicamente ao lado das barracas esperando alguém comprar o pacote de biscoito para “atacar”, pedindo insistentemente por um pedaço. Por vezes quase não dava tempo de abrir a fitinha que envolvia os biscoitos. Era gente rindo e correndo, uma comédia! As meninas adoraram alimentar os cervos de Nara, mas era de fato uma pequena aventura, vimos vários visitantes passando um certo “aperto” assim como nós ao tentar alimentar os animais.
Apesar de afoitos, eles também podiam ser muito educados e repetem o cumprimento japonês, curvando a cabeça na esperança de receber mais um biscoito. São uma graça e roubam a cena de qualquer atrativo turístico.
Seguimos pelo parque em direção ao Todai-Ji, que era o nosso destino principal neste dia.
Começamos entrando pelo imenso Torii e, ao entrar na área do templo propriamente dita, compramos o ticket para visitar primeiro o museu que conta toda a história do templo, do povo e da cultura japonesa ligada a este lugar.
Resumindo a história, em uma época em que o Japão sofria com guerra e pragas, o imperador resolveu pedir ao povo que construísse uma enorme estátua de Buddha e um templo ao redor, para que ele intercedesse aos Deuses e ajudasse o Japão a sair da crise. Todo o povo se mobilizou de alguma forma e como pôde, na construção não só da imagem de bronze mas de todo o templo em homenagem a Buddha. É tudo cheio de referências e detalhes, tudo com muito significado na cultura e na religião budista, como o Buddha sentado sobre a flor de lótus, símbolo da pureza do corpo e da mente, prometendo elevação espiritual. As grandes pétalas da flor em bronze são perfeitamente belas e apoiam a estátua construída para proteger e abençoar o povo e o Japão.
Vale ressaltar que o templo que abriga as imagens do Big Buddha e dos menores, ou como disse Isabel dos Buddhas Júniors, foi destruído e reconstruído algumas vezes mas a estátua de Buddha permaneceu. O templo que vemos hoje é de fato bem menor e com menos riqueza de detalhes que o original, podemos ver pois havia no local maquetes dos templos anteriores e assim pudemos fazer essa comparação.
Há ainda no local uma gift shop, claro, com lembrancinhas e os amuletos novamente. Assim como vimos no Templo Meiji, havia aqui amuletos para todo tipo de pedido, boa prova, bom parto, boa viagem para conseguir marido e por aí vai. Essa cultura dos amuletos achei muito intrigante e peculiar de certa forma, é muito mais que só para sorte, é específico para um pedido e cada um tem uma cor e uma espécie de oração atrelada, não sei ao certo pois acabamos não comprando nenhum mas ficamos intrigados e curiosos.
Saindo do tempo reencontramos nossos fofinhos amiguinhos cervos, alguns já tirando aquela sonequinha do almoço e outros ainda na batalha pelo biscoito nosso de cada dia interagindo com as pessoas. E nós não podíamos sair de Nara sem levar as lembrancinhas do local, lembranças materiais pois as lembranças na memória e no coração já tínhamos guardado. Diversas lojas pelo caminho vendiam de tudo com a temática dos animais característicos da cidade, meias, papéis, canetas, pelúcias gorros e luvas e claro chaveiros e imãs tudo com a carinha dos cervos.
Ainda na saída encontramos um senhor que estava de bicicleta e nos parou para ensinar um truque com os animaizinhos, ele com uma ração na mão contava , one, two, three e subia e descia a mão enquanto o cervo subia e descia a cabeça e só então ele jogava a ração e o bicho pegava no ar, muito legal e as meninas adoraram ele deu a elas também uma dobradura de boquinha muito legal. Os japoneses são de fato muito receptivos e simpáticos!
Ao voltar para Osaka, uma viagem de trem que durou pouco mais de uma hora, ainda estava cedo e pudemos aproveitar o tempo para explorar algumas lojas e ver especialmente os brinquedos, e mais uma vez elas fizeram a festa… Quase gastaram a cota delas toda, mas elas estão aprendendo direitinho a usar o próprio dinheiro.
Na hora de escolher onde jantar adivinha onde elas quiseram ir comer? Mc Donalds! Toda vez elas querem conhecer os sanduíches da rede no local, cheeseburger não é tudo igual? De fato neste caso tenho que dar o braço a torcer, eles são diferentes, o mc lanche feliz daqui tinha a opção de panquecas ao invés do sanduíche tradicional e ainda tinham sanduíches de frango teriaki e hambúrguer de camarão (ebiburger), diferentes e muito saborosos, valeu a pena experimentar.
Antes de voltar ao hotel fomos novamente à loja da Dom Quijote para andar na roda gigante e ter uma visão privilegiada do alto da região de Namba em Osaka, a noite toda iluminada.
Roda gigante??
Sim! Bizarramente, a Donki que fica na área de Namba possui uma roda gigante em cima. Muito louco não?
A gente tinha que subir até o quinto andar da loja para poder entrar na roda gigante. E a roda gigante também não é uma roda, ela é achatada, tornando a experiência ainda mais maluca.
Chegamos o hotel para dormir, e lá estavam mais 4 garrafas d’água de cortesia!… Acho que querem nos afogar!!!
O dia foi muito divertido, inesperadamente divertido, e foi para elas até então o dia mais legal da viagem. Nara foi um lugar que decidimos visitar já no final do nosso planejamento, e acabou dando muito certo, tanto pelo aspecto cultural quanto pelo aspecto inusitado, dos bichinhos passeando pela rua.
Turismo é isso também, parte é o lugar e seus atrativos e parte é a experiência que cada um tem nesse lugar.
See Ya!
Dicas deste post:
A cidade de Nara fica coladinha em Kyoto e é facilmente acessível a partir de lá, ou de Osaka. Dá para conhecer os principais atrativos em um bate-e-volta a partir destas cidades, principalmente utilizando o JR Pass nos Shinkansen.
Os templos antigos de Nara, em conjunto, são patrimônio da Humanidade pela Unesco.
Uma das colunas pincipais do Todai-Ji tem um buraco bem na sua base. Diz a lenda que, se a pessoa conseguir atravessar pelo furo de um lado a outro do pilar, será agraciado com a iluminação na próxima vida.
Diversas lojinhas da área próxima ao parque de Nara possuem souvenirs com a temática dos cervos. Recomendamos as meias temáticas, bem coloridas!
Ainda na mesma região, experimente os sorvetes de matcha (chá verde), muito saborosos!
O MacDonald’s de cada país possui um cardápio adaptado aos costumes locais. No caso do Japão, o mais curioso foi mesmo o hamburguer de camarão, embora os hamburgueres ao teriaki e as panquecas tenham sido também deliciosas.
A roda-gigante da Donki de Dotonbori (Osaka) não é das maiores, mas é sem dúvida uma das mais inusitadas. Como falamos, ela é achatada, pois as cabines correm em um trilho oval e alcança uma altura suficiente para ver os arredores e tirar uma bela foto.
De acordo com o nosso roteiro, hoje partimos de Osaka para uma das cidades mais carregadas de história, uma história triste e que nem sempre queremos lembrar, um drama para o Japão: Hiroshima.
Como não tínhamos horário marcado do trem (O JR Pass permite marcar o horário na hora, e a frequência de trens entre Osaka e Hiroshima é bem grande), fomos tomar o café com calma no Ibis Styles Osaka e tomamos um susto ao chegar no andar do refeitório, pois havia uma fila enorme de pessoas para entrar no salão do café da manhã.
Prontamente e educadamente entramos no fim da fila e aguardamos a nossa vez de entrar no salão. Quando finalmente chegou a nossa vez, demos o número do quarto à atendente que pôs-se a verificar e foi quando vimos que o nosso número estava grifado de amarelo, destacado pois somos clientes fidelidade Accor categoria gold. Meu Deus!
A atendente ficou perplexa e se desculpou imensamente por termos tido que aguardar na fila. Ela se curvava ao pedir desculpas e ainda pediu encarecidamente que não mais ficássemos na fila, nos próximos dias poderíamos apenas ir direto à porta e dar o número do quarto.
O café da manhã daqui era muito mais rico em sabores orientais, as tradições de comidas quentes e salgadas, refeições inteiras estavam ali presente, seja no Yakisoba tradicional ou nos bolinhos de peixe e especiarias, legumes cozidos e algumas coisas não muito apetitosas ao olhar ocidental. Muita coisa com milho e soja, sopas e caldos, chás mas ainda assim tinha também pães e bolos como o café ocidental. Enfim, um belo café para começar o dia.
Por fim fomos para a estação de trem e pegamos já o trem das 10 para Hiroshima, uma viagem de cerca de 2 horas e por isso já chegamos lá por volta de meio dia.
Mas antes de conhecer Hiroshima propriamente dita, na estação de trem mesmo saímos do Shinkansen para um trem local, para seguir mais um pouquinho a viagem. Iríamos dar uma passadinha rápida em Miajima, uma pequena ilha bem próxima de Hiroshima. O trem deixa pertinho da estação de Ferry. O JR Pass, o passe ferroviário que contratamos para esta viagem cobre também a barca até Miajima e o trem local, de modo que esse desvio de roteiro saiu de graça e pudemos conhecer, mesmo que de relance, mais uma paisagem.
Pegamos quase que imediatamente a barca com destino a Miajima. Calculamos o horário para coincidir com a maré alta – nos horários de maré alta, o ferry faz o percurso bem perto do famoso portal dentro do mar ou o Grande Torii, que os japoneses acreditam ser sagrado limita o mundo real e o espiritual.
Como a idéia hoje era um bate-e-volta em Hiroshima, não daria tempo para uma visita mais aprofundada em Miajima. Portanto, depois do passeio de barca até o Torii, retornamos para a estação de trem de Hiroshima, para conhecermos o parque.
No trem, retornando de Miajima para Hiroshima, resolvemos otimizar um pouco mais o tempo. Pesquisamos um pouco pelo Google e vimos que Hiroshima tem um serviço de bonde bem tradicional e que poderíamos pegar bem na estação de trem e que nos deixaria bem pertinho do Parque da Paz, que gostaríamos de visitar. Para nossa surpresa, aqui também o cartão Suica, que fizemos em Tokyo e usamos em Osaka, também funcionava no bonde, o que facilitou mais ainda as coisas.
Chegamos então à Hiroshima e fomos direto de bonde para o Parque da Paz, a região onde caiu a bomba atômica durante a II Grande Guerra, dizimando a cidade matando milhares de pessoas e trazendo consequências ainda por muito tempo após o ataque. Um lugar de muita tristeza, mas também onde se vê a presença da resiliência humana, o poder de se reerguer do nada tão presente e tão forte em toda a história japonesa.
O parque contém diversos monumentos remetendo à terrível explosão e também com a temática da paz, conforme as legendas das fotos que separamos a seguir.
Após visitar os principais monumentos do parque, nos dirigimos para o Museu da Paz, que conta a história da explosão da bomba atômica de Hiroshima e suas consequências.
O museu conta um pouco da história da cidade, sobre como tudo mudou naquele 6 de agosto de 1945, e traz objetos recuperados durante as buscas pelos sobreviventes.
Estes objetos são a parte mais forte da exposição, pois mostram as incríveis forças que atuaram sobre as pessoas, matando instantaneamente milhares de pessoas e deixando sequelas em outras tantas.
Uma das partes mais impressionantes são os objetos, tais como garrafas e telhas, que podem ser tocados pelos visitantes e mostram como o material se transformou profundamente devido à radiação e o calor.
A visita é bem emocionante, mas importante para mostrar para os nossos filhos todos os horrores da guerra, para tentarmos assim que eles não se repitam.
O Sol já ia se pondo, e começamos a sair do parque, para iniciarmos nosso trajeto de retorno à Osaka.
A temperatura foi baixando e resolvemos aproveitar e jantar ainda em Hiroshima. Paramos em um restaurante no caminho até a estação de trem, pois o achamos simpático. Era o Yayoiken, um restaurante de rede com uma ambientação muito agradável. E a comida estava ótima!
De lá, seguimos novamente de bonde até a estação, onde aproveitamos para olhar um pouco os souvenirs típicos da cidade.
Há no Japão uma cultura de dar pequenos presentes sempre que se se viaja, mesmo que seja uma viagem curtinha de um dia. Assim sendo, todas as estações de trem-bala possuem lojas enormes, com guloseimas e lembranças típicas de cada lugar. Em Hiroshima não seria diferente!
A Isabel comprou um pequeno polvo de pelúcia, batizado de Hiro, em homenagem à cidade. A Bia aproveitou e foi sozinha comprar um chaveiro de Hiroshima, e se virou bem com a caixa e com o japonês básico: Ariogatou Gozaimasu!
Pegamos nosso Shinkansen e retornamos a Osaka. Chegamos no hotel próximo das 11 da noite, cansados mas realizados.
Ao chegarmos ao hotel, uma surpresa! Tínhamos mais 4 garrafas d’água no quarto…. Bom para usar já no dia seguinte, onde iríamos conhecer mais uma das antigas capitais do Japão: Nara!
See ya!
Dicas deste post:
Se você for utilizar o JR Pass, procure organizar seu roteiro para utilizar ao máximo os transportes já cobertos pelo passe. No exemplo de hoje, o pulinho em Miajima foi totalmente gratuito!
Utilizamos no dia de hoje pelo menos 5 modais diferentes: metrô, trem-bala, trem local, barca e bonde(2 tipos)!
Se você encontrar um souvenir em uma cidade do Japão e te interessar, compre! Mesmo os produtos “de rede” como Kit-Kats, têm distribuição limitada a determinados lugares.
Cada cidade tem uma comida/biscoito/doce típico. Vale muito a pena experimentar os diversos sabores do Japão.
O Suica Card valeu em todos os meios de transporte que utilizamos em todas as cidades do Japão que visitamos. Vale muito adquirir o seu logo ao chegar, pois simplifica muito a questão do dinheiro para o transporte.
No site http://jr-miyajimaferry.co.jp/en/timetable/ você pode pesquisar os horáris da barca de Miajima e, principalmente, ver os horários em que o serviço passa bem pertinho do grande portal na água.
Você pode adquirir o status Gold na rede Accor por aproximadamente 99 Euros a cada 2 anos. Se você se hospeda muito com eles, pode valer bastante em benefícios e pontos extras para sua próxima viagem!
No exemplo de hoje, mostramos que o status Gold garantiu fácil pelo menos uns 15-20 minutos todo o dia, por não termos que enfrentar fila para o café da manhã. E tempo, em uma viagem, é um dos recursos mais importantes.