Algumas vezes em viagens acontecem coisas surpreendentes, mas a surpresa do dia foi inusitada além de inesperada.
Hoje era nosso último dia em Osaka. Retornaríamos a Tóquio neste dia, mas como sempre sem muito horário marcado, pois poderíamos pegar o trem-bala em qualquer horário. Tomamos nosso último café da manhã no Ibis Styles Osaka com muita calma, aproveitando os quitutes diferentes desse desjejum e juro que tentamos provar de tudo um pouco mas… Aquele que apelidamos de “feijão aranha” não desceu de jeito nenhum. Era um potinho de soja fermentada que tinha uma espécie de baba que… sem maiores comentários!
Enfim, pegamos as malas e fomos pegar o metrô. Seguíamos a pé pelas ruas quando um senhor japonês me interpelou no caminho. Eu logo pensei: “por que esse cara resolveu pedir informações para mim, que obviamente sou uma turista ocidental?”
No entanto, depois que parei e ouvi o que ele tinha a dizer, vi que se tratava de um professor de inglês – que estava com sua turminha fazendo uma aula de campo e perguntou se seus alunos poderiam nos entrevistar. O foco deles era entrevistar os adultos, mas sugerimos algo diferente: já que as meninas falam inglês, por que não entrevistá-las?
Eram oito crianças com idades entre oito e onze anos e além do professor (se apresentou como “Nike-san” – Nike igual à marca de tênis), estava também uma professora auxiliar. Claro que paramos para conversar com eles e trocar experiências. Cada aluno tinha uma prancheta com uma folha de um questionário e um lápis, assim dividimos o grupo: 4 alunos e a professora auxiliar ficaram comigo e Isabel e um a um entrevistaram a Bel com perguntas simples como: Qual o seu nome, onde mora, quantos anos tem. Os outros 4 alunos ficaram com Rafael e a Bia e foram ajudados pelo professor. O inglês deles era bem básico e por vezes os professores precisavam traduzir o que falávamos para o japonês. As meninas se saíram super bem graças novamente ao projeto de imersão na língua inglesa que a Escola Dínamis promove em parceria com a Cultura Inglesa, com aulas e dinâmicas 5 vezes por semana 2 horas por dia. Teacher Nike ficou espantado quando contamos, ele disse que no Japão ele dava apenas 2 horas por semana, foi quando expliquei que era um programa único e especial! Valeu a pena o investimento nesse programa da Cultura Inglesa, as meninas se saíram super bem e falaram naturalmente.
De quebra ainda descrevemos o nosso projeto pessoal familiar com o Rota Kids Brasil para os alunos e os professores que adoraram a idéia . As crianças principalmente ficaram espantadas com o número de horas de viagem que enfrentamos do Rio de Janeiro até Tóquio, eles já estavam achando muito o trajeto Osaka até Tóquio….Depois de mais de 24 horas de voo, uma viagem de três horas de trem era fichinha!!!
Nos despedimos da turminha e partimos de volta para Tóquio, pois queríamos chegar lá e ainda visitar alguns lugares da nossa lista de lugares desejáveis!
E ainda deu para aproveitar a viagem do trem para comer, descansar e de quebra ainda rever o nosso amigo monte Fuji!!
Voltamos ao nosso hotel Ibis em Shinjuku. Gostamos desse local pois era bem localizado, próximo da estação de trem e metrô. Bebel, como sempre, conseguindo encantar os recepcionistas com seu gorro de pinguim e começou a colecionar Kawais, isto é , quantas vezes as pessoas a chamavam de fofinha (kawaii).
E vamos às compras? Visitamos uma área em Tóquio onde fica a Nakano Broadway, mais um dos peculiares lugares em Tóquio, cheio de centros comerciais e com inúmeras lojas com produtos geek. A meta era achar o tão sonhado transformer vermelho caminhãozão que o papai queria. E era aqui também que ficava a Mandarake, uma loja de brinquedos e afins enorme com muitos produtos de todas as épocas de todos os personagens e isso deixou os meus geeks muito empolgados com tantas e tantas opções.
O Rafael não encontrou o transformer, embora tenha visto vários parecidos. E segue a busca….Teríamos mais lojas geeks para visitar ainda nesta viagem.
Outra coisa impressionante na Nakano Broadway foram as lojas de relógios. Literalmente milhões de dólares em relógios nos expositores, novos e usados, em várias lojas nas galerias. Os japoneses adoram relógios e gostam de dar/recebê-los como presentes. A imagem de tanta mercadoria valiosa em vitrines praticamente na rua, sem nenhum segurança é difícil de assimilar para nós.
Terminamos ainda o dia visitando a Daiso. Sabe aquelas lojas de R$ 1,99 no Brasil onde tem de tudo um pouco? É semelhante – a maioria das coisas custava 100 yens mas eram coisas muito boas e de tudo um pouco entre papelaria, utensílios domésticos, roupas e a lista só cresce…
Além de comidinhas típicas, tinha algumas coisas mais exóticas, como peixes secos de petisco!
Ainda deu tempo de jantar finalmente em um restaurante de comida “japonesa” e comer sushi, sashimi no rodízio.
Confesso que achei um pouco difícil identificar as coisas mas depois com o cardápio você começa a ligar o nome a pessoa que está passando na sua frente, no caso o prato. Semelhante a alguns rodízios de esteira aqui do Brasil, cada pratinho tem uma cor e a cor equivale ao valor, no final o atendente conta os pratinhos e te dá a conta pra ir ao caixa. Para beber pode tomar a vontade chá verde, o pó com a colherinha está na bancada e há torneiras de água quente em frete de cada banco para que possas servir o chá, o que caiu muito bem pois estava bem frio neste dia.
A parte legal foi experimentar peixes diferentes e diferentes partes do atum, que no Japão são vendidas pela área do peixe de onde são retiradas.
Com o dia no fim, e já tinha sido longo o suficiente com a viagem e tudo mais, resolvemos voltar ao hotel pois o próximo dia seria de sonho, especial e de muita diversão!
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Escolhemos esse dia para ir visitar outra das cidades emblemáticas do Japão: Kyoto. Kyoto fica a aproximadamente 50 km de Osaka e leva uns 20 minutinhos de trem-bala. Lembrando que estamos usando o passe do Shinkansen, só precisamos marcar os assentos e horário da viagem na hora, o que dá bastante liberdade na hora de acertar o roteiro.
A cidade foi capital do Japão entre 794 e 1868 e foi também residência do imperador nesse período. É uma das maiores e mais importantes cidades do país e quase foi alvo da bomba atômica na II Guerra Mundial, e somente foi preservada deste ataque pelos esforços de alguns oficiais americanos que já haviam visitado a cidade e conheciam sua importância para a humanidade, por sua história e seus inúmeros templos e monumentos.
Foi difícil selecionar os pontos que gostaríamos de visitar, vosso que só iríamos passar um dia na cidade. Depois de muitos debates, escolhemos dois templos e um museu para visitar.
Começamos pelo Kinkaku-ji: Golden Temple ou Templo do Pavilhão Dourado.
Chegamos ao Templo pegando primeiro um metrô na estação de trem de Kyoto e depois um ônibus, foi a primeira vez que tomamos esse tipo de modal e foi curioso e surpreendente. Primeiro, no ponto do ônibus tem uma lista deles com os horários exatos que eles passam e nos dias da semana que passam naquele ponto, e um letreiro que mostra quando se aproxima e o horário. Segundo, além de serem pontualíssimos, os ônibus são bem confortáveis, espaçosos e providos de uma tv dentro que passa a mensagem com a tarifa a ser paga, adulto e criança, os pontos de parada a seguir bem como os atrativos turísticos importantes e como se pode acessá-los a partir daquele ponto, mostrado em um mapinha com um bonequinho que anda pelo mapa e tudo. Simplesmente genial!!
Terceiro, você só paga a tarifa na saída, com cartão em alguns casos que depois descobrimos , ou em dinheiro mas é só jogar as moedas na máquina que ela mesmo conta e diz se está faltando ou ok, em alguns casos criança não paga passagem.
O Kinkakuji é um templo zen espetacular mesmo, e como outros templos que visitamos também sofreu com incêndios. Essa construção que visitamos era já uma reconstrução de 1955. Cada pavimento representa um estilo arquitetônico de uma era do Japão mas que se integram e se comunicam harmoniosamente. No primeiro andar encontramos pilares de madeira com paredes de gesso como os antigos pavilhões e palácios de período Heian, no segundo predomina um estilo mais característico das residências dos samurais com o exterior coberto de folhas douradas enquanto que o terceiro e último pavimento é totalmente dourado por dentro e por fora e coroado por uma fênix dourada.
O templo pode ser apreciado de diversos pontos do enorme jardim, com lagos e pontes que compõem esse paisagismo característico do Japão e ali tiramos fotos incríveis de todos os ângulos desse monumento espetacular.
Você depois pode passear pelo parque ao redor do templo, como se pôde ver no mapa da entrada, e contemplar os jardins e a paz desse lugar.
Visto o templo dourado e arredores, era hora de retornar para o centro de Kyoto. Nosso próximo atrativo do dia era um pouco distante de onde estávamos e, como ficamos apreensivos com relação ao tempo, desta vez optamos por pegar um táxi. Foi mais caro que o transporte público e não levamos em conta o trânsito naquele horário, então não foi muita vantaem em relação ao tempo, mas valeu como experiência. Os carros aqui também utilizam a mão inglesa e o motorista abre e fecha a porta traseira automaticamente para você. No entanto tivemos dificuldade em nos fazer entender em inglês, acho que ele não dominava o idioma e nem nós o japonês, mas conseguimos chegar no Museu do Trem.
Os japoneses são simplesmente apaixonados pela tecnologia ferroviária e este museu mostra um pouquinho desta cultura. Entre materiais históricos e exposições interativas, trens inteiros, das mais diversas épocas, estão em exibição.
As minhas 3 crianças adoraram o museu, cada um de seu modo. O primeiro salão é ao ar livre e mostra locomotivas e vagões estacionados e você pode entrar em muitos deles, e alguns foram transformados em lanchonetes. Estava muito frio e ventava muito e como já estava na hora do almoço e todos com fome, localizamos o restaurante no andar superior e fomos direto para lá enquanto comíamos, apreciamos a vista da estação e programamos a visita no museu passo a passo.
O restaurante tinha até opções mais ocidentais, e que foram a escolha da vez para as meninas, um macarrão e hamburguer bem american way.
As janelas do restaurante dão para o pátio de manobras da estação de Kyoto, onde passam dezenas de trens por hora.
Esse Museu tem atrações também para todas as idades e mostra a história das ferrovias, do sistema ferroviário, dos trens e a evolução das máquinas e até dos costumes das diversas épocas. Há ainda uma área em que se pode colocar os horários dos trens no painel manualmente tal como era feito antigamente.
Em um outro lado, um espaço é dedicado aos bem pequenos com brinquedos e jogos de trens com a temática do desenho animado do Thomas e seus amigos, e bem a frente numa enorme maquete dentro de um vidro, trens miniatura que pode ser pilotados como ferroramas interagem com o visitante que pode, apenas as crianças, entrar por baixo e aparecer num vão entre os vidros como se estivesse dentro da maquete.
E ainda foi nesse momento, nesse ambiente que descobrimos a brincadeira que eles fazem com as crianças: em uma mesa você pega com um funcionário um folheto onde encontram-se quatro espaços que devem ser preenchidos com carimbos de personagens do desenho Thomas e seus amigos. Os carimbos podem ser obtidos em estações espalhadas pelo museu, completando os quatro carimbos retorna-se para a primeira mesa e pode-se então pegar um adesivo a sua escolha do Trem Thomas ou de um dos trens amigos dele. Claro que elas entraram na brincadeira e rapidamente conseguiram os 4 carimbos.
Rafael ficou maravilhado com as imensas máquinas e com as minunciosas miniaturas e queria ver cada detalhe, mas as meninas já estavam ficando um pouco cansadas, então nos separamos para que ele pudesse apreciar com mais calma e eu levei as meninas para ver a lojinha e foi quando encontramos no pavimento inferior locais onde se podia experimentar e brincar com o movimento das máquinas, a força e a mecânica. Vivenciar a física experimental e lúdica.
E faltou tempo para ver tudo, mas precisávamos ir para outro atrativo que havíamos previsto para visitar em Kyoto. Sim mais um templo, um dos mais importantes e mais visitados da cidade, o Kiyomizudera. Para chegar até ele não tem muito jeito, qualquer modal que se escolha você fica no mesmo ponto e a caminhada é bem longa e em subida, é bem longa até cansativa mas a nossa idéia era ver o pôr do sol lá de cima.
No caminho muitas pessoas vestidas a caráter, com kimonos e maquiagem subiam para fazer pedidos e verdadeiros ensaios fotográficos no local. As fotos que havíamos visto deste templo eram verdeiras pinturas, a fachada vermelha no alto do morro avistando a cidade toda lá em baixo, qual foi uma pequena frustração nossa ao chegar no topo e ver o templo cercado de andaimes de reforma cobrindo toda a fachada de fato. Mas a paisagem compensa a caminhada e a subida e você ainda pode ficar na imensa varanda do Kiyomizudera Temple.
O templo fecha às 18:00 horas, então descemos um pouco antes e ainda pudemos ver as lojas do distrito de Higashiyama District, com gift shops, lojas com roupas típicas, kimonos para venda e aluguel entre outros objetos e comida típicas, e ainda apreciar o belíssimo pôr do sol mesmo no inverno japonês.
Precisamos partir pois ainda iríamos pegar o trem de volta para Osaka e nossa idéias ainda era passar em algumas lojas no comércio em Osaka e no outro dia retornaríamos para Tóquio. Para agilizar, fizemos um lanchinho no próprio trem-bala, algo muito comum por aqui.
De volta para Osaka, corremos para as galerias para dedicar um tempinho para olhar o comércio e fazer algumas compras. Assim, ainda conseguimos achar a tão sonhada mochila da Beatriz e compramos tênis na Skechers, com preço campeão. Tivemos que fazer as compras bem rapidamente, pois as lojas fecham pontualmente as 8 da noite.
Ufa! Agora é arrumar as malas e amanhã retornar a Tóquio. Mas lembram que quando chegamos em Osaka o Ibis colocou 4 garrafas de água no quarto como cortesia? Eles continuaram colocando todo dia mais 4 e olha o resultado no fim da hospedagem?
See ya!!!
Dicas deste post:
Foi uma decisão de viagem difícil deixar apenas um dia para visitar Kyoto. Mas graças a isso conseguimos visitar Nara, que foi especial. Se puder, dedique pelo menos dois dias para Kyoto. Precisamos voltar lá e completar o roteiro!
A estação de trem de Kyoto é gigantesca e com muitas lojas. Lugar bom para comprar souvenirs e principalmente comidinhas típicas do lugar. Isso vale, aliás, para qualquer estação de trem no Japão!
O Templo Dourado é uma das atrações mais afastadas em Kyoto, mas vale muito a visita. Comece por ele, se possível, e vá controlando o tempo.
O museu do trem fica bem na parte central da cidade, mas é bem grande. Gasta-se um tempo razoável para visitá-lo como merece.
O Kiyomizu-dera exige forma física razoável para subir todas as ladeiras e escadas. O transporte só te leva até determinado ponto, de lá em diante é muita subida à pé. Mas o complexo de templos e paisagens vale o esforço!
A decisão de fixar uma base em Osaka e, de lá, deslocar-se para outras cidades foi campeã. Evita o deslocamento com bagagens e aproveita-se a malha férrea para realizar as visitas rapidamente.
Mais uma vez obrigado ao Ibis Styles Osaka por nos manter hidratados nesta etapa da viagem 😉
Quando se planeja uma viagem como essa para o outro lado do mundo, a gente pensa mais ainda em aproveitar muito bem o tempo para conseguir visitar e conhecer o máximo de lugares no tempo que temos. Mas hoje não vamos sair de Osaka, tiramos o dia para “descansar” de viagens só que não de aventuras, vamos desfrutar de alguns atrativos da encantadora cidade.
Osaka é uma das maiores cidades do Japão e foi sede das olimpíadas de 1964, e por algumas vezes na história do país foi também capital do Império nipônico. A cidade é uma das mais antigas do país, e sua história começa em 500 DC, como importante porto, virando capital do império entre 645 DC e 655 DC, tornando-se capital novamente em 744.
A cidade foi sempre importante centro financeiro, de alimentos e comércio e centro do poder feudal na região. A herança deste passado feudal pode ser conhecida no castelo de Osaka, que era um dos destinos de hoje.
O Castelo de Osaka fica no alto do monte, cercado por um enorme jardim. O metrô te deixa em frente aos jardins, porém é preciso andar (e subir) bastante até chegar ao castelo propriamente dito.
Construído na segunda metade do século XVI, o castelo é uma construção icônica cercada por enormes muralhas e cheia de histórias. Composto por 8 pavimentos, ele conta com várias exposições, que contam um pouco a história feudal do Japão e de diversas batalhas travadas nos arredores do castelo.
A visita começa pro andar mais alto, onde chega se de elevador. Lá e existe um grande observatório, de onde dá para ver os quatro cantos da cidade ou seja ter uma vista panorâmica da cidade de Osaka além de ver os detalhes arquitetônicos do telhado e da fachada em dourado.
Do oitavo andar começamos a descer pelas escadas e visitar os andares inferiores. No sétimo andar encontra-se a exposição com um diorama apresentando a coleção de episódios da vida de Toyotomi Hideyoshi, um figurão do regime Toyotomi que iniciou a construção do castelo.
No quinto piso vemos maquetes e miniaturas, além de telas mostrando a história do cerco e guerra no Verão a Osaka, uma história narrada em japonês, coreano, inglês e chinês.
O quarto piso é dedicado a exposições temporárias mas este estava temporariamente fechado, assim como o terceiro que apresentava a sala do chá. Já no Segundo piso encontramos a exposição com informações diversas sobre o castelo e fotografias.
Descemos do castelo já no início da tarde, e já com fome. Por sorte já um mini shopping junto ao castelo e que tem alguns restaurantes. Optamos pelo Rikyu bar, que oferece uma das gostosuras típicas de um Osaka: o takoyaki.
O takoyaki é um pequeno bolinho recheado com pedacinhos de polvo, feito na hora e sempre muito quente. Resolvemos pedir também alguns espetinhos diferentes (camarão, frango, peixe) com batatas fritas, além do takoyaki, para que todos pudessem comer um pouquinho de cada.
Após o almoço, seguimos para a próxima atração do dia, o Aquário de Osaka. Como vocês já viram aqui no site, já visitamos alguns aquários como o de Miami e o Sea World em Orlando, mas esse foi um dos mais incríveis pois é um dos maiores aquários do mundo.
Olhando por fora ele aparenta ser um prédio comum e somente o enorme tubarão baleia na sua fachada nos remete ao tema marinho.
Apenas mais perto da entrada outros modelos de animais também expostos para fotos já nos faz entrar no clima do aquário.
Entra-se pelo andar superior e durante toda a visita vai-se descendo e olhando as diversas exposições e o imenso aquário no centro do prédio que te permite ver as diferentes espécies nas diferentes camadas do oceano. À medida em que vamos descendo vemos as espécies que habitam as partes mais profundas dos oceanos.
Um dos tanques do aquário apresenta o ecossistema da bacia amazônica, com vários peixes difíceis de serem vistos até mesmo no Brasil. Existe um gigantesco pirarucu, peixe típico da Amazônia e raro de se ver até mesmo nos aquários brasileiros.
Logo em seguida, um grande tanque com golfinhos, em que os bichinhos ficavam brincando bastante entre si e com uma bola que ficava pendurada. Eles tomavam impulso e saíam da água, até alcançar a bolinha!
Depois de um tempinho, chega-se ao imenso tanque principal. Ele é casa de várias espécies de mar aberto, incluíndo dois gigantescos tubarões-baleia, símbolo do aquário de Osaka.
Outra parte muito bonita era a seção dedicada a águas-vivas, com diversas espécies em aquários diferentes, com um visual impressionante:
No fim, uma área dedicada aos mares frios, com diversas focas, pinguins e leões-marinhos.
O legal aqui era que o tanque ficava em um nível superior, e o fundo dele tinha uma bolha transparente. A gente conseguia passar por baixo dele e lá, uma foca risonha ficava olhando o movimento de pessoas!
Ao lado desta área, havia um tanque sensorial, onde era possível passar a mão nas arraias e tubarões. Eu e a Beatriz não tivemos coragem, mas o Rafael e a Isabel se aventuraram a fazer um carinho nos bichinhos.
Após a visita ao aquário, Demos uma voltinha no shopping que fica na mesma área do aquário. Em frente a ele existe uma imensa roda gigante, a Tempozan Ferris Wheel. Fizemos hora no shopping de forma a poder visitar a roda gigante durante o entardecer.
Na fila para a roda gigante, a mocinha que cuidava dos ingressos apontou para a Bia e para a Bel e falou que elas eram Kawaii, Kawaii! E explicou em inglês que Kawaii significa cute (fofas!). Passamos a reparar que muitas vezes as pessoas, principalmente as senhoras, viravam para as meninas e comentavam que elas eram Kawaii. A Isabel ficou toda besta e começou a contar quantas vezes ela era chamada de Kawaii, e quantas vezes a Bia era…
Lá de cima da roda-gigante, pudemos ver toda a área do porto de Osaka e uma boa parte da cidade, com um visual incrível.
Voltamos para o shopping agora para comer. O interessante do shopping é que havia uma área no térreo com ambientação de uma pequena cidade japonesa do meio do século XX, com lojinhas e restaurantes. Resolvemos jantar em um pequeno restaurante desta área, com apenas cerca de 8 lugares no balcão, e totalmente atendido por apenas uma pessoa, um senhorzinho já bem idoso.
Ao entrarmos, além da tradicional frase de boas vindas (irashaimasseeeee…), Ele virou para nós e começou a falar em inglês:
– Baskets! Baskets!
(Cestas! Cestas!)
E começou a pegar umas cestinhas supermercado, colocando uma atrás de cada banquinho em que estávamos.
A cesta era para colocarmos nossas mochilas, casacos e apetrechos para que pudéssemos comer mais às vontade. Só que as nossas coisas ficam atrás de nós, nas cestinhas ( para que nossos objetos não toquem no chão), a 1 metrô da área de circulação fora do restaurante. Para nós brasileiros, infelizmente tão acostumados com a rotina de fiéis em nossas grandes cidades, fica difícil acreditar que é perfeitamente normal aqui no Japão colocar objetos fora de sua visão e que nada vai acontecer!
Os pratos, com ramen e tempura estavam deliciosos e caíram muito bem no frio que estava fazendo!
Saímos já de noite, e mais uma vez fomos surpreendidos pelas luzes da cidade. Milhares de lâmpadas LED iluminavam a área, a roda gigante e a fachada do aquário, em um visual maravilhoso.
Mais uma vez encantados com Osaka, pegamos o metrô e voltamos para nosso Ibis Styles em Namba, para dormir e nos preparar para outro dia!
Amanhã vamos sair de Osaka novamente, para visitar uma das cidades mais conhecidas do Japão: Kyoto!
Sayonara! See ya!
Dicas deste post:
O Castelo de Osaka é uma visita que exige algum preparo físico, para negociar as distâncias do grande jardim e para subir e descer as escadas do castelo. Vá preparado para andar e com um calçado confortável.
O Castelo de Osaka conta bastante sobre a história do passado feudal do Japão. Ideal para mostrar para os pequenos os princípios de uma construção fortificada e todos os costumes antigos desta sociedade.
Se possível, faça como nós e sincronize o horário da subida na roda-gigante Tempozan, para coincidir com o entardecer.
Não perca a oportunidade de comer os takoyakis. Em Osaka eles estão em todo lugar! Escolha um e vá ser feliz!
O Aquário de Osaka tem um acervo incrível e vale muito a visita, poucos aquários do mundo possuem tamanha diversidade. Vale para mostrar para as crianças a importância da conservação.
Visitando o Japão entre dezembro e janeiro, reserve um tempo apenas para andar nas ruas e apreciar a iluminação e músicas festivas!
A cidade que fomos visitar neste dia não é nem uma das mais famosas turisticamente faladas do Japão, nem uma das mais visitadas, mas foi para nós uma grata surpresa.
A cidade de Nara foi a capital do Japão entre os anos de 710 e 784 e foi a primeira capital fixa do país. Seus templos e santuários restantes fazem parte do Patrimônio Mundial da Unesco.
A cidade é conhecida pelo Todai-Ji, templo sagrado que abriga o Big Buddha, a maior estátua de bronze do Buddha Vairochana do mundo. O templo fica na área do Parque de Nara, um lindíssimo parque com uma paisagem especial, e que tem uma peculiaridade como atrativo turístico. Soltos pelo parque e ruas da cidade desfilam livremente inúmeros cervos, sim cervos, parecidos com o Bambi do desenho da Disney, e eles vêm saudar os visitantes e obviamente pedir comida de maneira ávida.
Os cervos japoneses que vagam pelas ruas de Nara são considerados animais sagrados. Diz a lenda que o Deus Takemikadzuchi chegou a Nara montado em um cervo branco, para proteger a recém-criada capital. Desde então, há a crença de que os cervos japoneses são animais sagrados e que protegem a cidade e o país.
Eles são umas gracinhas, dóceis, até que se prove o contrário, de todos os tamanhos e idades. Parecem treinados, e de certa forma são mesmo, eles não mordem ou avançam, não por querer, nem tendem a machucar as pessoas mas são animais grandinhos e que requerem um certo zelo ao lidar pois eles podem ser brutos sem intenção na sua insistente tentativa de conseguir comida com você. Por isso algumas vezes tomamos leves cabeçadas e mordiscadas, nada de mais, foi até engraçado!
Por isso o parque e sua administração toma certos cuidados como serrar os chifres e lixá-los para que não machuquem os visitantes e ainda há no parque diversos avisos para que tomemos cuidados com bolsas e mapas pois os curiosos e gulosos bichinhos podem fuçar e comer os mapas. Eu vivi isso quando estava sentada e um deles tentou pegar o mapa que estava no bolso de trás da minha calça, de fato tomei uma pequena mordida nas nádegas!
Há ainda inúmeras barraquinhas por todo o caminho até o templo do Buddha que vendem uma espécie de biscoito redondo , semelhante ao sembei, que são o alimento dos bichos e eles sabem disso. Tanto sabem, que alguns ficam inclusive estrategicamente ao lado das barracas esperando alguém comprar o pacote de biscoito para “atacar”, pedindo insistentemente por um pedaço. Por vezes quase não dava tempo de abrir a fitinha que envolvia os biscoitos. Era gente rindo e correndo, uma comédia! As meninas adoraram alimentar os cervos de Nara, mas era de fato uma pequena aventura, vimos vários visitantes passando um certo “aperto” assim como nós ao tentar alimentar os animais.
Apesar de afoitos, eles também podiam ser muito educados e repetem o cumprimento japonês, curvando a cabeça na esperança de receber mais um biscoito. São uma graça e roubam a cena de qualquer atrativo turístico.
Seguimos pelo parque em direção ao Todai-Ji, que era o nosso destino principal neste dia.
Começamos entrando pelo imenso Torii e, ao entrar na área do templo propriamente dita, compramos o ticket para visitar primeiro o museu que conta toda a história do templo, do povo e da cultura japonesa ligada a este lugar.
Resumindo a história, em uma época em que o Japão sofria com guerra e pragas, o imperador resolveu pedir ao povo que construísse uma enorme estátua de Buddha e um templo ao redor, para que ele intercedesse aos Deuses e ajudasse o Japão a sair da crise. Todo o povo se mobilizou de alguma forma e como pôde, na construção não só da imagem de bronze mas de todo o templo em homenagem a Buddha. É tudo cheio de referências e detalhes, tudo com muito significado na cultura e na religião budista, como o Buddha sentado sobre a flor de lótus, símbolo da pureza do corpo e da mente, prometendo elevação espiritual. As grandes pétalas da flor em bronze são perfeitamente belas e apoiam a estátua construída para proteger e abençoar o povo e o Japão.
Vale ressaltar que o templo que abriga as imagens do Big Buddha e dos menores, ou como disse Isabel dos Buddhas Júniors, foi destruído e reconstruído algumas vezes mas a estátua de Buddha permaneceu. O templo que vemos hoje é de fato bem menor e com menos riqueza de detalhes que o original, podemos ver pois havia no local maquetes dos templos anteriores e assim pudemos fazer essa comparação.
Há ainda no local uma gift shop, claro, com lembrancinhas e os amuletos novamente. Assim como vimos no Templo Meiji, havia aqui amuletos para todo tipo de pedido, boa prova, bom parto, boa viagem para conseguir marido e por aí vai. Essa cultura dos amuletos achei muito intrigante e peculiar de certa forma, é muito mais que só para sorte, é específico para um pedido e cada um tem uma cor e uma espécie de oração atrelada, não sei ao certo pois acabamos não comprando nenhum mas ficamos intrigados e curiosos.
Saindo do tempo reencontramos nossos fofinhos amiguinhos cervos, alguns já tirando aquela sonequinha do almoço e outros ainda na batalha pelo biscoito nosso de cada dia interagindo com as pessoas. E nós não podíamos sair de Nara sem levar as lembrancinhas do local, lembranças materiais pois as lembranças na memória e no coração já tínhamos guardado. Diversas lojas pelo caminho vendiam de tudo com a temática dos animais característicos da cidade, meias, papéis, canetas, pelúcias gorros e luvas e claro chaveiros e imãs tudo com a carinha dos cervos.
Ainda na saída encontramos um senhor que estava de bicicleta e nos parou para ensinar um truque com os animaizinhos, ele com uma ração na mão contava , one, two, three e subia e descia a mão enquanto o cervo subia e descia a cabeça e só então ele jogava a ração e o bicho pegava no ar, muito legal e as meninas adoraram ele deu a elas também uma dobradura de boquinha muito legal. Os japoneses são de fato muito receptivos e simpáticos!
Ao voltar para Osaka, uma viagem de trem que durou pouco mais de uma hora, ainda estava cedo e pudemos aproveitar o tempo para explorar algumas lojas e ver especialmente os brinquedos, e mais uma vez elas fizeram a festa… Quase gastaram a cota delas toda, mas elas estão aprendendo direitinho a usar o próprio dinheiro.
Na hora de escolher onde jantar adivinha onde elas quiseram ir comer? Mc Donalds! Toda vez elas querem conhecer os sanduíches da rede no local, cheeseburger não é tudo igual? De fato neste caso tenho que dar o braço a torcer, eles são diferentes, o mc lanche feliz daqui tinha a opção de panquecas ao invés do sanduíche tradicional e ainda tinham sanduíches de frango teriaki e hambúrguer de camarão (ebiburger), diferentes e muito saborosos, valeu a pena experimentar.
Antes de voltar ao hotel fomos novamente à loja da Dom Quijote para andar na roda gigante e ter uma visão privilegiada do alto da região de Namba em Osaka, a noite toda iluminada.
Roda gigante??
Sim! Bizarramente, a Donki que fica na área de Namba possui uma roda gigante em cima. Muito louco não?
A gente tinha que subir até o quinto andar da loja para poder entrar na roda gigante. E a roda gigante também não é uma roda, ela é achatada, tornando a experiência ainda mais maluca.
Chegamos o hotel para dormir, e lá estavam mais 4 garrafas d’água de cortesia!… Acho que querem nos afogar!!!
O dia foi muito divertido, inesperadamente divertido, e foi para elas até então o dia mais legal da viagem. Nara foi um lugar que decidimos visitar já no final do nosso planejamento, e acabou dando muito certo, tanto pelo aspecto cultural quanto pelo aspecto inusitado, dos bichinhos passeando pela rua.
Turismo é isso também, parte é o lugar e seus atrativos e parte é a experiência que cada um tem nesse lugar.
See Ya!
Dicas deste post:
A cidade de Nara fica coladinha em Kyoto e é facilmente acessível a partir de lá, ou de Osaka. Dá para conhecer os principais atrativos em um bate-e-volta a partir destas cidades, principalmente utilizando o JR Pass nos Shinkansen.
Os templos antigos de Nara, em conjunto, são patrimônio da Humanidade pela Unesco.
Uma das colunas pincipais do Todai-Ji tem um buraco bem na sua base. Diz a lenda que, se a pessoa conseguir atravessar pelo furo de um lado a outro do pilar, será agraciado com a iluminação na próxima vida.
Diversas lojinhas da área próxima ao parque de Nara possuem souvenirs com a temática dos cervos. Recomendamos as meias temáticas, bem coloridas!
Ainda na mesma região, experimente os sorvetes de matcha (chá verde), muito saborosos!
O MacDonald’s de cada país possui um cardápio adaptado aos costumes locais. No caso do Japão, o mais curioso foi mesmo o hamburguer de camarão, embora os hamburgueres ao teriaki e as panquecas tenham sido também deliciosas.
A roda-gigante da Donki de Dotonbori (Osaka) não é das maiores, mas é sem dúvida uma das mais inusitadas. Como falamos, ela é achatada, pois as cabines correm em um trilho oval e alcança uma altura suficiente para ver os arredores e tirar uma bela foto.
De acordo com o nosso roteiro, hoje partimos de Osaka para uma das cidades mais carregadas de história, uma história triste e que nem sempre queremos lembrar, um drama para o Japão: Hiroshima.
Como não tínhamos horário marcado do trem (O JR Pass permite marcar o horário na hora, e a frequência de trens entre Osaka e Hiroshima é bem grande), fomos tomar o café com calma no Ibis Styles Osaka e tomamos um susto ao chegar no andar do refeitório, pois havia uma fila enorme de pessoas para entrar no salão do café da manhã.
Prontamente e educadamente entramos no fim da fila e aguardamos a nossa vez de entrar no salão. Quando finalmente chegou a nossa vez, demos o número do quarto à atendente que pôs-se a verificar e foi quando vimos que o nosso número estava grifado de amarelo, destacado pois somos clientes fidelidade Accor categoria gold. Meu Deus!
A atendente ficou perplexa e se desculpou imensamente por termos tido que aguardar na fila. Ela se curvava ao pedir desculpas e ainda pediu encarecidamente que não mais ficássemos na fila, nos próximos dias poderíamos apenas ir direto à porta e dar o número do quarto.
O café da manhã daqui era muito mais rico em sabores orientais, as tradições de comidas quentes e salgadas, refeições inteiras estavam ali presente, seja no Yakisoba tradicional ou nos bolinhos de peixe e especiarias, legumes cozidos e algumas coisas não muito apetitosas ao olhar ocidental. Muita coisa com milho e soja, sopas e caldos, chás mas ainda assim tinha também pães e bolos como o café ocidental. Enfim, um belo café para começar o dia.
Por fim fomos para a estação de trem e pegamos já o trem das 10 para Hiroshima, uma viagem de cerca de 2 horas e por isso já chegamos lá por volta de meio dia.
Mas antes de conhecer Hiroshima propriamente dita, na estação de trem mesmo saímos do Shinkansen para um trem local, para seguir mais um pouquinho a viagem. Iríamos dar uma passadinha rápida em Miajima, uma pequena ilha bem próxima de Hiroshima. O trem deixa pertinho da estação de Ferry. O JR Pass, o passe ferroviário que contratamos para esta viagem cobre também a barca até Miajima e o trem local, de modo que esse desvio de roteiro saiu de graça e pudemos conhecer, mesmo que de relance, mais uma paisagem.
Pegamos quase que imediatamente a barca com destino a Miajima. Calculamos o horário para coincidir com a maré alta – nos horários de maré alta, o ferry faz o percurso bem perto do famoso portal dentro do mar ou o Grande Torii, que os japoneses acreditam ser sagrado limita o mundo real e o espiritual.
Como a idéia hoje era um bate-e-volta em Hiroshima, não daria tempo para uma visita mais aprofundada em Miajima. Portanto, depois do passeio de barca até o Torii, retornamos para a estação de trem de Hiroshima, para conhecermos o parque.
No trem, retornando de Miajima para Hiroshima, resolvemos otimizar um pouco mais o tempo. Pesquisamos um pouco pelo Google e vimos que Hiroshima tem um serviço de bonde bem tradicional e que poderíamos pegar bem na estação de trem e que nos deixaria bem pertinho do Parque da Paz, que gostaríamos de visitar. Para nossa surpresa, aqui também o cartão Suica, que fizemos em Tokyo e usamos em Osaka, também funcionava no bonde, o que facilitou mais ainda as coisas.
Chegamos então à Hiroshima e fomos direto de bonde para o Parque da Paz, a região onde caiu a bomba atômica durante a II Grande Guerra, dizimando a cidade matando milhares de pessoas e trazendo consequências ainda por muito tempo após o ataque. Um lugar de muita tristeza, mas também onde se vê a presença da resiliência humana, o poder de se reerguer do nada tão presente e tão forte em toda a história japonesa.
O parque contém diversos monumentos remetendo à terrível explosão e também com a temática da paz, conforme as legendas das fotos que separamos a seguir.
Após visitar os principais monumentos do parque, nos dirigimos para o Museu da Paz, que conta a história da explosão da bomba atômica de Hiroshima e suas consequências.
O museu conta um pouco da história da cidade, sobre como tudo mudou naquele 6 de agosto de 1945, e traz objetos recuperados durante as buscas pelos sobreviventes.
Estes objetos são a parte mais forte da exposição, pois mostram as incríveis forças que atuaram sobre as pessoas, matando instantaneamente milhares de pessoas e deixando sequelas em outras tantas.
Uma das partes mais impressionantes são os objetos, tais como garrafas e telhas, que podem ser tocados pelos visitantes e mostram como o material se transformou profundamente devido à radiação e o calor.
A visita é bem emocionante, mas importante para mostrar para os nossos filhos todos os horrores da guerra, para tentarmos assim que eles não se repitam.
O Sol já ia se pondo, e começamos a sair do parque, para iniciarmos nosso trajeto de retorno à Osaka.
A temperatura foi baixando e resolvemos aproveitar e jantar ainda em Hiroshima. Paramos em um restaurante no caminho até a estação de trem, pois o achamos simpático. Era o Yayoiken, um restaurante de rede com uma ambientação muito agradável. E a comida estava ótima!
De lá, seguimos novamente de bonde até a estação, onde aproveitamos para olhar um pouco os souvenirs típicos da cidade.
Há no Japão uma cultura de dar pequenos presentes sempre que se se viaja, mesmo que seja uma viagem curtinha de um dia. Assim sendo, todas as estações de trem-bala possuem lojas enormes, com guloseimas e lembranças típicas de cada lugar. Em Hiroshima não seria diferente!
A Isabel comprou um pequeno polvo de pelúcia, batizado de Hiro, em homenagem à cidade. A Bia aproveitou e foi sozinha comprar um chaveiro de Hiroshima, e se virou bem com a caixa e com o japonês básico: Ariogatou Gozaimasu!
Pegamos nosso Shinkansen e retornamos a Osaka. Chegamos no hotel próximo das 11 da noite, cansados mas realizados.
Ao chegarmos ao hotel, uma surpresa! Tínhamos mais 4 garrafas d’água no quarto…. Bom para usar já no dia seguinte, onde iríamos conhecer mais uma das antigas capitais do Japão: Nara!
See ya!
Dicas deste post:
Se você for utilizar o JR Pass, procure organizar seu roteiro para utilizar ao máximo os transportes já cobertos pelo passe. No exemplo de hoje, o pulinho em Miajima foi totalmente gratuito!
Utilizamos no dia de hoje pelo menos 5 modais diferentes: metrô, trem-bala, trem local, barca e bonde(2 tipos)!
Se você encontrar um souvenir em uma cidade do Japão e te interessar, compre! Mesmo os produtos “de rede” como Kit-Kats, têm distribuição limitada a determinados lugares.
Cada cidade tem uma comida/biscoito/doce típico. Vale muito a pena experimentar os diversos sabores do Japão.
O Suica Card valeu em todos os meios de transporte que utilizamos em todas as cidades do Japão que visitamos. Vale muito adquirir o seu logo ao chegar, pois simplifica muito a questão do dinheiro para o transporte.
No site http://jr-miyajimaferry.co.jp/en/timetable/ você pode pesquisar os horáris da barca de Miajima e, principalmente, ver os horários em que o serviço passa bem pertinho do grande portal na água.
Você pode adquirir o status Gold na rede Accor por aproximadamente 99 Euros a cada 2 anos. Se você se hospeda muito com eles, pode valer bastante em benefícios e pontos extras para sua próxima viagem!
No exemplo de hoje, mostramos que o status Gold garantiu fácil pelo menos uns 15-20 minutos todo o dia, por não termos que enfrentar fila para o café da manhã. E tempo, em uma viagem, é um dos recursos mais importantes.
Terceiro dia no Japão. Dia de dar “até breve” à capital e finalmente embarcar no Shinkansen, trem bala, com destino a Osaka.
Como já foi dito nos posts anteriores, estávamos hospedados muito perto da enorme estação de Shinjuku e portanto o trajeto até ela foi feito a pé mesmo – mais um ponto positivo em andar com malas de bordo, pequenas e mais leves são muito melhores para se locomover na cidade.
Sempre preferimos chegar bem cedo na estação para ir até a central e marcar não só o trem como os assentos que iremos viajar. Mesmo com bastante antecedência não conseguimos os assentos juntos nem do lado direito do trem, por onde conseguiríamos ver o tão famoso Monte Fuji, de fato um atrativo turístico muuutito procurado! Mesmo assim conseguimos sentar dois a dois pelo menos.
É uma viagem de aproximadamente 3 horas de trem até Osaka, mas é bastante tranquila e confortável. Todas as cadeiras são reclináveis e com mesinhas pra refeições. Mesmo que você não tenha levado o seu lanchinho, atendentes passam com carrinhos de snacks vendendo bebidas e pequenos lanches. O difícil é entender o que elas falam…
Rafael ficou monitorando no GPS o ponto de maior aproximação do Monte Fuji. Quando estava bem pertinho, ele foi para a porta do vagão, que tem uma grande janela, e conseguiu fazer belas imagens. Mesmo esta janela estava concorrida, e ele só conseguiu tirar as fotos pela gentileza de um casal de idosos japoneses que cedeu o lugar para ele observar! Mais um exemplo da cordialidade deste povo, que presenciamos ao longo desta viagem.
Enfim Osaka! Osaka é uma cidade muito importante na história, economia e cultura japonesas. Uma cidade que nos hospedou por alguns dias e de onde partimos para conhecer outros destinos também.
Chegamos em Shin-Osaka, a estação central do trem-bala na cidade e seguimos para a estação Namba do metrô, que ficava mais próxima ao nosso hotel. Aqui optamos pelo Ibis Styles, mas quando escolhemos mesmo olhando no mapa e vendo imagens no street view não tínhamos idéia que estávamos em um lugar tão peculiar, repleto de comércio e restaurantes ao longo do rio.
Somos fãs da rede Accor, mas o atendimento dos hotéis no Japão foi bem acima da média. Ao chegarmos no nosso quarto em Osaka, nos esperava um kit de boas vindas:
além de quatro garrafas d’água, de cortesia:
Tem uma história legal sobre as garrafas d’água do Ibis Styles de Osaka, que vocês verão nos próximos posts. Por enquanto, apenas lembrem que ganhamos quatro garrafas hoje…
Deixamos tudo no hotel e saímos para explorar e almoçar. Foi até um tanto difícil escolher a princípio um lugar para almoçar, mas quando de longe avistamos o “Bolhinha”, um enorme peixe baiacu pendurado na fachada do restaurante, pronto! Rafael tinha esse desejo de comer sashimi de baiacu (fugu), daí resolvemos o problema.
O detalhe para esse almoço foi a pressa da atendente, ainda nem tínhamos nos entendido com o cardápio e ela já voltou querendo tirar o pedido, tudo muito rápido, e o restaurante estava vazio. Ainda bem que o menu tinha foto pois daí conseguimos desenrrolar mais rapidamente, mas a maioria dos lugares , depois percebemos isso, tinha foto dos principais pratos e menu em inglês. Thank God!
Nossa idéia ainda era ir ao templo Shitenoji e ao Flea Market (mercado das pulgas mamãe?) que eram bem próximos, e de fato deu pra ter uma idéia do mercado mas não deu pra comprar ou mesmo olhar muita coisa pois chegamos já bem perto da hora do encerramento, e eles são bem rigorosos com regras e horários, se uma coisa fecha às 17:00 horas, às 16:30 eles já estavam arrumando tudo para fechar as barracas.
E, corremos para o templo budista que a princípio muito se assemelhava com o Meiji de Tóquio que havíamos visitado, só que aquele era xintoísta. Ah mas cada templo tem sua peculiaridade, cada estátua de cada Buda uma história, cada construção com suas cores e detalhes arquitetônicos muito diferentes dos que estamos habituados a ver nas construções ocidentais.
Mesmo com o sol já querendo ir embora ainda tivemos pique para ir até a região conhecida como Electric Town, uma área repleta de lojas de eletrônicos e acessórios, além de outras tantas lojas com objetos de personagens de mangás e desenhos japoneses como Naruto e Dragon Ball. Até mesmo as princesas da Disney eram representadas com feitio de mangá em bonecos perfeitos e até bem caros para o nosso bolso.
Um dos destaques da região é a Kiddy Land, uma loja de brinquedos voltada para crianças e adultos também! Milhares de brinquedos, modelos, trens, carros, aeromodelos, espalhados em vários andares. Enfim, uma loucura!
E lojas de brinquedos que os três ficaram encantados com as miniaturas e as bonecas.
Isabel foi atrás da Sylvanian Families, que tem centenas de modelos diferentes por aqui. A Beatriz queria comprar uma Licca-Chan, uma boneca que é a Barbie Japonesa. E o Rafael estava atrás de Transformers, que também só são fáceis de encontrar por aqui.
Anoiteceu e continuamos andando, seguindo em direção ao hotel e aproveitando o passeio. Muitas pessoas pelas ruas, passeando e visitando as lojas.
Antes de voltarmos ao hotel jantamos em um restaurante no caminho.
Como já falei anteriormente a região do hotel era de muito burburinho de comércio e restaurantes, de noite então a galera saía e enchia as ruas dos arredores. Muito me chamou atenção as moças bem vestidas chamando atenção dos rapazes e os inúmeros Maid Cafés, inclusive um na esquina do hotel onde as meninas ficavam na porta vestidas de cosplay, com cabelos coloridos e roupas curtas e chamativas, elas na realidade são pagas para conversar com os rapazes para que eles se sintam mais a vontade com as outras garotas, muito curioso isso…
O Ibis Styles, além de muito bem localizado, possui uma 7-Eleven dentro dele, o que facilitava muito para comprar snaks, sucos e salgados tradicionais locais para um lanchinho.
Dia no fim e amanhã mais uma aventura nos aguarda nas terras nipônicas.
See Ya!
Dicas deste post
O Japão é um país para ser apreciado através do trem. As malhas são excelentes e o trem-bala tem todo um glamour que não vemos mais em outros lugares ou em outros meios de transporte.
O baiacu é saboroso mas um tanto quanto borrachudo no formato de sashimi. Comemos também ele frito, e aí o sabor e a consistência sobressaiu. Sobrevivemos!
O principal erro que cometemos nesta viagem foi não conseguirmos nem de perto imaginar o tamanho das lojas no Japão. A quantidade e variedade das lojas de brinquedos e de departamentos é absurda. Devíamos ter reservado um dia inteiro só para isso. Ainda assim, conseguimos conhecer algumas lojas razoavelmente bem.
A Kiddy Land é imperdível, para crianças e adultos também! Existem filiais em diversas cidades.
Se seus filhos gostam de Sylvanian Families, saiba que eles foram criados em 1985 aqui no Japão. Então é muito fácil encontrá-los em todas as seções de brinquedos, por preços ridiculamente baixos (estamos falando de miniaturas a partir do equivalente a cerca de 20 Reais!!)
Não perca a chance de conhecer as Konbinis, como são chamadas as lojas de conveniência, tais como 7-Eleven e Family Mart. Muitos produtos, comidas e bebidas, lanches , remédios entre outros. Os salgados são deliciosos!
Pessoal, a Livelo e a Multiplus lançaram uma promoção bumerangue.
Você manda seus pontos da Livelo para a Multiplus e recebe de volta até 30% dos pontos enviados, desde que você participe de algum dos Clubes Livelo.
Do lado da Multiplus, se você for assinante de algum dos clubes Multiplus, receberá bônus de 30%, limitados a 10 000 para o Clube 1000, 15 000 para o Clube 5 000 e 30 000 para o Clube 10 000.
Se você for do Clube Livelo E do Clube Multiplus, a promoção fica beeem interessante. Vejamos:
10 000 Livelos = 13 000 Multiplus (bônus de transferência do Clube Multiplus 10 000) + 3 000 Livelos de volta (se você for do Clube Livelo).
Logo, você gasta 7 000 pontos Livelo, e ganha 13 000 pontos Multiplus = um bônus de 85% do total transferido.
A promoção é inferior à que aconteceu há um ano atrás, conforme você pode ver aqui.
Para aproveitar a promoção, é preciso se cadastrar previamente. Mas corra que a promoção é válida apenas até o dia 21 de março.
Ainda adaptando ao fuso, fomos dormir tão cedo, para o horário de Tóquio, que às 3 da manhã todos estavam acordadíssimos e sem ter o que fazer…
Daí lembramos que perto do hotel tinha uma filial da loja Don Quijote e que a mesma era 24 horas, então resolvemos matar o tempo por lá, e de quebra já olhar algumas coisinhas até a hora que o café da manhã seria servido no hotel.
Primeira coisa que percebemos foi que mesmo estando de madrugada ainda tinha muita gente na rua, e talvez por isso também nos sentimos muito seguros em andar a essa hora com crianças pelas ruas.
Segundo, a galera voltando da balada, muito turista de “cara cheia” e aí sim vimos alguma sujeira nas ruas transversais onde ficavam a maioria desses bares, mas que logo ao amanhecer o trabalho de limpeza já havia sido feito. Todo trabalho é feito como muito esmero e exatidão, respeitando à risca os horários e regras estabelecidas.
Voltando a falar da Donki, apelido carinhoso da já referida loja de departamentos, essa tinha 4 andares e logo de cara elas já viram algumas coisas que já tinham pesquisado previamente e estavam na “wish list” – a maioria coisas fofinhas como material escolar temático como canetas e estojos de panda e pokemón. Além dos Kit Kat de sabores diferentes e outras guloseimas, ao meu ver nem tão saborosas, esquisitas mas que valeria a pena provar.
O Japão tem ma relação de amor pelos Kit Kats – existem centenas de sabores diferentes nas lojas, nas estações de trem e em lojas exclusivas! Tem sabors qe só existem em algumas cidades ou até em algumas estações de trem ou aeroportos. Foi muito divertido tentar experimentar o máximo possível de “interpretações” diferentes em cima do mesmo chocolate!
Ainda de madrugada, avisamos o Godzilla atrás de um prédio!
O sol foi raiando e resolvemos voltar ao hotel para de fato iniciar nosso roteiro do dia em Tóquio e tomar nosso primeiro café da manhã.
Saímos dalí a pé mesmo em direção ao parque Yoyogi, onde fomos visitar o primeiro templo dessa viagem -o Santuário Meiji, Meiji Jingu, um templo xintoísta um dos mais importantes do Japão em razão de ser dedicado às “almas divinas” do Imperador Meiji e de sua consorte, a Imperatriz Shoken. O templo está localizado dentro do parque e cercado por uma floresta. O caminho por dentro do parque por si só já é um passeio bem agradável e muito legal. No entanto antes de chegar ao Parque nos deparamos com mais curiosidades do dia a dia do Japão.
Tudo é muito fofo, até os canteiros de obra!! kkkk
A religião xintoísta é uma das mais difundidas no país juntamente com o Budismo, não há de fato uma religião oficial no Japão, e esta é uma tradição ao meu ver um tanto peculiar aos olhos do ocidental. Aqui vemos toda a importância e grandiosidade dada aos Deuses, o respeito aos costumes e rituais, respeito aos lugares e às pessoas, bem como a sua conexão com a natureza ao seu redor e de como tudo interage e de fato parece ter sido pensado e relacionado pra estar ali.
Seguimos todas as tradições e recomendações de costumes locais, para não cometer nenhuma gafe. Passamos pelo portal e fizemos a reverência e antes de passar pelo segundo portal e entrar na parte do templo propriamente dita, um enorme pátio de adoração e oração aos Deuses. A edificação em si fica fechada com os objetos sagrados da imperatriz, abrindo em datas e horários específicos para adoração.
Antes de entrar no entanto é preciso se preparar para encontrar com os Deuses, e se limpar. Por isso há espaços reservados para “purificação” onde lava-se as mãos e boca antes de entrar no templo e colocar sua oração aos Deuses. Seguimos o ritual e nos lavamos na gélida água natural.
Agora sim entramos no templo e vimos o ritual da oração, ao qual seguimos, joga a moeda, bate palmas para chamar os Deuses, faz-se a oração e em seguida bate palma novamente pra terminar. Todos esperam sua vez e repetem o ritual igualzinho. Até filmei um pouco, e vocês podem ver nesse nosso vídeo…
Outra coisa muito peculiar eram os amuletos, vendidos na lojinha junto às edificações da galeria Meiji do templo. Eram de todo tipo e para qualquer coisa: sorte, amor, paz, saúde, prosperidade, dinheiro, bom parto, passar na prova, passar de ano, boa viagem e por aí vai… Uma infinidade! E curiosamente, algo que até agora me pergunto, tinha um ponto de reciclagem de amuleto, do tipo: Deposite aqui seu amuleto antigo. Aqui a lei de Lavoisier é elevada a um novo patamar, tudo se recicla, até os amuletos!
E ainda você pode comprar uma plaquinha de madeira e escrever um pedido seu ou para alguém e pendurar no templo pra os Deuses.
Seguindo pelo parque ainda encontramos um lugar onde produtores que fizeram doações para a consagração do templo tem seus nomes gravados em tonéis de saquê e barris de vinho formando um belíssimo mural que se tornou um atrativo turístico do local. Os vinhos são franceses, em uma curiosa história de amizade entre os povos.
Saindo do parque, nossa próxima parada seria rumo ao curioso e cultural bairro geek de Harajuku, onde além de conhecer o bairro, o foco era almoçar no famoso Kawaii Monster Café. Como ainda era cedo, fomos passear um pouco e como diria a minha avó: Olhar as modas!
E bem perto do prédio onde se localizava o café encontramos, para a surpresa e maravilha da Bia, uma loja de BT21 . Agora se você – como eu – não conhece muito do mundo K-POP deve estar se perguntando: What? Ela vai explicar:
(texto abaixo feito pela Beatriz)
BT21 são personagens que cada integrante da boyband BTS criou. Têm 7 personagens representando os integrantes, e o oitavo representa a banda, como um todo. Na loja, tinham várias estátuas desses mesmos personagens, além chaveiros, canetas, bichinhos de pelúcia e até mesmo fones de ouvido!
A loja tem 4 andares enormes, e para enlouquecer mais ainda as army’s, no quarto andar tem o projeto original dos personagens, com a assinatura dos próprios integrantes da banda.
(fim do texto da Beatriz)
Enfim chegamos ao Kawaii Monster café, para entrar eles te explicam que paga uma entrada como uma espécie de couvert artístico. Você pode ficar no restaurante por 90 minutos e cada pessoa TEM que pedir um prato de comida e uma bebida. Mas quem vai contar um pouco é a Isabel:
(texto da Isabel)
Um lugar lindo e maluco. O mascote do restaurante é um monstrinho muito fofo que anda acompanhado das monster girls. Nós fomos no dia certo bem no aniversário do mascote. Lá tinha comidas e drinks malucos. Bel pediu um macarrão colorido e uma soda que vinha com dois tubos de ensaio com duas cores de corante vermelho e amarelo, como se fosse uma experiência de laboratório:
Bia escolheu um prato de batata frita com diversos molhos e uma bebida de leite condensado e maracujá, não tava lá muito boa essa bebida, mas…
Rafael pediu um prato normal – ele pediu porco com arroz e para beber um suco com frutas .
E Roberta pediu camarão com pipoca e para beber uma bebida tão ruim que a gente nem conseguiu identificar. De fato a gente ficou trocando os pratos e assim todos provamos um pouco de tudo, como um rodízio.
(fim do texto da Isabel)
Nesse meio tempo, de repente começou a tocar uma música e as Monster girls juntamente com o tal monstrinho fofo, começaram a dar um show dançando e cantando ao redor de uma grande alegoria em formato de bolo de aniversário/carrossel. Aliás você pode tirar uma foto com todos os personagens lá por 1000 yens se quiser e dar uma volta no tal carrossel. As meninas adoraram, mas de fato não entendemos muito do show em japonês, deu pra entender depois que era aniversário do monstrinho, o Choppy. Há ainda um bar e uma gift shop com produtos das monster girls e choopy, é um restaurante experiência turística dentro do curioso geek bairro de harajuku.
Depois deste lugar um tanto inusitado, ainda tínhamos um ponto turístico na região de Shibuya para visitar antes de pegar o metrô de volta a Shinjuku e ao hotel: visitar a estátua do cão Hachiko. Muitos conhecem a história do cão da raça Akita que ia esperar seu dono todo dia na estação de trem e assim o fez mesmo depois do mesmo já ter falecido. Hollywood eternizou a história no filme estrelado por Richard Gere. Os japoneses acham que dá sorte passar a mão na pata da estátua e tem uma verdadeira fila de gente para tirar foto com a estátua do mais fiel cão da história japonesa.
Antes de deixar a região de Shibuya registramos a mais famosa travessia do Japão, um cruzamento em diagonal onde uma verdadeira multidão de pessoas atravessa para todos os lados, pasmem na maior ordem possível sem nem mesmo esbarrar uns nos outros…Dá para observar o tamanho da encrenca aqui neste vídeo que fizemos.
Por fim pegamos o metrô de volta ao hotel pois no outro dia o destino era um pouco mais longe: vamos pegar o trem-bala para Osaka!
See ya
Dicas deste post:
Devido à adaptação ao fuso horário, procuramos fazer neste dia um roteiro bem relaxado, com lugares mais contemplativos. Pode ser uma estratégia para não forçar tanto o organismo, ainda não sincronizado com o fuso local.
A Donkijote é uma loja entulhada de itens de todos os tipos, vale a visita para ver a variedade de produtos. Bom também para comprar diversas lembrancinhas num excelente preço.
Fomos em várias Donkis durante a viagem, todas 24 horas. O comércio fecha normalmente cedo no Japão, então a Donki quebra um galhão para comprar coisas no final do dia.
Existem Kit Kats dos mais diversos tipos, porém alguns são específicos de algumas cidades e até mesmo de algumas estações de trem ou aeropoortos! Então se vir um Kit Kat que deseja experimentar, compre logo, pois pode ser difícil de encontrar o mesmo sabor em outro lugar!
É sempre bom consultar um guia de etiqueta ao visitar algum templo de uma religião que não a sua. Evita pagar mico ou cometer uma ofensa mais grave. A maior parte dos templos que visitamos era xintoísta e budista. Apesar de rituais semelhantes, eles tem sutis diferenças, que é de bom tom observar.
Tanto a estação de Shinjuku quanto a de Shibuya são extremamente movimentadas. Ajuda muito se for pegar o trem/metrô fora do horário de pico – entre 8-10 da manhã e 17-19 da noite.
Sim, nossa última rota foi para o Japão! Muitos de vocês que nos acompanham pelas redes sociais já puderam ver um pouquinho do que postamos online dessa viagem inesquecível, planejada desde que chegamos da última rota, que foi a de New York em fevereiro de 2018.
Aliás, isso acontece muito, toda vez que chegamos de uma viagem, já fazemos uma reunião de família e começamos a pensar nos nossos prováveis próximos destinos, onde cada um gostaria de ir conhecer ou visitar, e a partir disso começamos a pesquisar a viabilidade desses destinos e… pimba! Foi assim que aconteceu essa viagem. Estávamos pesquisando no site da Multiplus (como sabem, a gente viaja muito acumulando pontos e usando por troca em passagens aéreas) e vimos que Tóquio estava com um valor em pontos muito vantajoso para viajar em janeiro de 2019.
Caraca, quase um ano antes! Por isso mesmo! Foi uma sorte, hoje se procurarem não acharão o mesmo preço que pagamos, nem agendando com essa antecedência. #turismodeoportunidade.
Tivemos um ano para estudar o país, os costumes, montar o roteiro, estudar rotas e transportes, atrativos turísticos e dentre todos eles selecionar o que a gente de fato queria e conseguiria visitar/fazer em 14 dias na Terra do Sol Nascente. Tarefa árdua, e para isso Rafael até começou a aprender a ler e falar um pouco de japonês, até as meninas sabiam algumas frases. Confesso que sabia apenas Arigatô!
Nosso voo saiu do Rio na quinta-feira dia 17, com destino a Tóquio e escala de apenas 1 hora e 50 min em Londres. Tenso!
Apesar de saírmos dia 17 do Rio de Janeiro, só chegaríamos de fato em Tóquio dia 19 de Janeiro pela manhã (11h e 50min até Londres + 11h e 50 min até Tóquio), quase 24 horas de viagem somadas ao fuso (diferença de 11 horas por conta do nosso horário de verão). Cansativo mas nem tanto, nosso voo foi relativamente tranquilo, com um serviço muito bem feito por parte da Cia British Airways. Viajamos com malas de bordo apenas (conforme nosso vídeo no Youtube!), o que facilitou muito o desembarque e re-embarque em Londres (passando pela segurança), pois já deixamos tudo planejado devido ao curto tempo da conexão.
O voo foi tranquilo. Ele passa por cima da Escandinávia e da Sibéria, antes de chegar ao Japão. Chegamos no horário e a organização japonesa já impressiona no desembarque, com várias pessoas orientando e auxiliando. O processo de imigração é automatizado para os registros de fotos e digitais. Posteriormente passa-se por um funcionário, muitíssimo educado, que faz algumas perguntas padrão. Em pouco tempo já estávamos na área comum do aeroporto.
Ao descermos para o nível das estações de trem, nos deparamos a primeira vez com as Gachas – As maquininhas de vender brinquedinhos em cápsulas que estão em todo lugar!
Quando chegamos ao aeroporto de Narita em Tóquio e desembarcamos, ainda teríamos que fazer algumas coisas no terminal antes de ir para o hotel. Primeiro, tínhamos que comprar o bilhete do trem que faz o transporte entre o aeroporto e a cidade em si, o Narita Express (N’EX) . O bilhete é comprado no escritório da Japan Rail (JR). Fique tranquilo – tudo é muito bem sinalizado e as informações também são apresentadas em inglês. ao marcar o bilhete determina-se também a volta, se você quiser já pode deixar até os assentos marcados para o dia da volta ao aeroporto.
No mesmo lugar também trocamos os vouchers do JR Pass, que é um passe especial para turistas que dá direito ao uso ilimitado dos trens (locais e intermunicipais, incluindo muitos dos Shinkansen – os famosos trens-bala japoneses) por um determinado número de dias. Os vouchers foram comprados previamente no Brasil junto a agencia Quickly Travel, um dos agentes oficiais da JR no nosso país. Compramos JR Passes para serem usados por 7 dias – ao trocar o voucher, você já diz qual é o primeiro dia que você vai usar e durante 7 dias pode utilizar quantas vezes necessitar por toda a rede de trens da JR. Muito bom, né?
Só aí pegamos o N’EX rumo a Shinjuku onde ficamos hospedados no hotel Ibis Tokyo Shinjuku.
A viagem dura aproximadamente 1 hora, mas já estávamos todos muito ansiosos para chegar e ver o que nos aguardava nessa cidade cosmopolita.
O primeiro choque de realidade com o nível do transporte no Japão veio justamente no N’EX. Quando pesquisamos o trem, o site dizia que ele ia direto do aeroporto de Narita até Shinjuku ou Yokohama, que são lugares completamente diferentes. Como o trem pode ir direto para dois lugares tão separados?
No meio da viagem, o trem anuncia, em inglês:
“Obrigado por utilizar o Narita Express. Você está no vagão 11. chegando na próxima estação, os vagões 1 a 6 seguirão para Yokohama, e os vagões 7 a 12 irão para Shinjuku”
O trem simplesmente se divide em dois, e cada metade vai para um destino diferente. Uma solução inteligente para que cada passageiro não precise fazer baldeação no meio do caminho, indo sentadinho até seu destino final!
Desembarcar em Shinjuku, uma das maiores estações de Tóquio (na realidade, é a estação com maior fluxo de passageiros diariamente no Mundo!), de onde saem linhas de trem locais e intermunicipais além de metrô pode parecer até um tanto aterrorizante e você pode se sentir perdido ali embaixo. Por isso o planejamento e o estudo do lugar é tão importante. Hoje em dia então, com o auxilio da tecnologia pode-se até fazer um tour virtual por alguns lugares e assim eles não se tornam tão estranhos a primeira vista. O importante é localizar a saída mais próxima da onde você está indo, e isso pode ser um tanto complicado. Lá embaixo tem dezenas de lojas, restaurantes, cafés e outros tipos de comércio e serviço. Por sorte ,havíamos saído próximos a saída correta e com a ajuda do gps, wifi free em todo lugar, conseguimos nos localizar em Shinjuku e seguir para o hotel que ficava a poucas quadras dali.
Costumamos ficar preferencialmente em hotéis da rede Accor pois somos clientes fidelidade gold, e reservamos as hospedagens também com pontos. Em Tóquio optamos pelo Ibis Tokyo Shinjuku e ficamos em um quarto triplo que acomodou bem, ainda, nós quatro. Deixamos as malas, tomamos um banho e trocamos de roupa, afinal foram 24 horas de avião, mas sem descansar muito partimos para o primeiro atrativo na Terra do Sol Nascente: rumamos para o Tokyo Dome, onde iríamos no Furusato Festival Tokyo, um festival no estádio onde teria uma mostra de comidas típicas de todo o Japão, artesanato, atrações musicais regionais durante todo o dia. Achamos que seria uma boa oportunidade pra mergulhar de cara na cultura oriental logo nas primeiras horas sem ter que fazer muitos deslocamentos.
Pegamos o metrô e saltamos na estação próxima ao Dome. O mapa de linhas de metrô e trens de Tóquio pode ser um tanto assustador, aquele monte de linhas coloridas e estações com nomes complicados, daí vale mais uma vez a dica de que se deve estudar previamente, pois não tem a necessidade de gravar aqueles nomes difíceis. A identidade visual é muito bem feita, cada linha tem uma cor e uma letra e as estações não numeradas em ordem , assim só é preciso saber qual linha pegar (isso o próprio Google Maps mostras as melhores opções) ,saber em qual número é a sua estação e qual o número da estação para qual deseja ir, fácil?
Junte a tudo isso crianças contigo e um mundo de japoneses muito bem educados mas que andam extremamente apressados, e um sistema de cobrança do metrô bem complexo!
O metrô do Japão cobra pela distância entre dois pontos. Assim, para você comprar um bilhete individual, você precisa olhar um mapa gigante das estações, que indica, de acordo com o seu destino, o preço a pagar. Aí compra-se um bilhete individual, direto na maquininha, colocando o valor desejado. Complicado né? E é mesmo! Mas existem alternativas mais fáceis como os cartões pré-pagos. Optamos por utilizar o Suica.
O Suica é como um cartão pré pago do metrô, mas que também é aceito nos ônibus, trens e outros modais e ainda em alguns estabelecimentos comerciais, vending machines e etc. Daí a vantagem , só era preciso carregar um valor e ir descontando à medida que ia passando. Detalhe: o cartão das crianças é diferente, mais barato, a passagem é mais barata também.
Como o preço cobrado é dependente da estação onde você sai, você passa o cartão na entrada mas não é descontado. Ao sair, é debitado o valor correto.
Depois de comprar os cartões Suica, um para cada pessoa, e de encararmos o metrô, chegamos vislumbrados ao Tokyo Dome, que além do Estádio de Beisebol, que neste dia estava abrigando o evento, abriga em seu redor todo um complexo de compras, restaurantes e diversões chamado Tokyo Dome City.
Apesar das meninas terem ficado deslumbradas pelos brinquedos na Tokyo Dome City, nosso foco hoje era o Furusato Festival, e seguimos para a bilheteria para compra dos ingressos. Nosso primeiro choque de realidade, uma organização exemplar e fila reservada para o turista (com preço descontado!), então compramos o ingresso rapidinho e seguimos para a entrada.
Como em qualquer grande evento passamos pela revista da bolsa e logo depois passamos pela porta giratória, onde sente-se a pressurização. O teto do Dome é inflado e mantido no lugar em parte pela pressão interna, mais alta que a pressão atmosférica.
Assim que entramos pudemos ter a dimensão do tamanho desse evento!
Imagina um Maracanã cheio de barracas de comida, e uma parte do gramado e em outra shows de música, dança e folclore regional sendo exibidos para o público educadamente sentado na arquibancada. Aliás, todos os acessos também eram sinalizados, só se descia por um lado e subia por outro e em todo lugar pessoas orientando, não se pode parar no caminho de acesso. Para se ter uma idéia era como uma grande Feira da Providência com shows na escala de carnaval de escola de Samba.
Os Japoneses adoram espetáculos, luzes, cores e festividades, isso deu para ter certeza nesse festival que tinha de tudo um pouco. Curtimos algumas comidinhas e alguns dos shows. Mas ao pararmos na arquibancada, o cansaço bateu com força. Afinal, para o organismo já era de madrugada!
Voltamos para o Hotel e ao sair do estádio as luzes estavam ainda mais bonitas, para nossa surpresa e deleite do olhar.
E quando voltamos a Shinjuku e ao hotel, olha a rua. Parece a Times Square em New York. Muitos letreiros acesos, luzes e sons e pessoas!
Já ansiando por mais um dia de aventuras do outro lado do mundo, Ffmos dormir para repor as energias, com uma longa noite de sono!
… ou não, talvez não tão longa. Confira no próximo post.
Por hoje é só pessoal!
See ya!
Dicas deste post:
O inverno é uma boa época para ir ao Japão. Apesar do frio, não chove praticamente, tornando as caminhadas agradáveis.
Todos os lugares ainda estavam com as luzes de inverno, o que torna os passeios à noite muito bonitos!
O ar é muito seco nesta época em Tóquio. Procure levar um lip balm para o lábio não rachar e beba muito líquido. Cuidado com a eletricidade estática e os fatídicos choques em objetos metálicos – inofensivos mas assustam!
Procure comprar o JR Pass ainda no Brasil. Está em fase de testes uma venda direto nos aeroportos no Japão, mas é melhor não arriscar e já comprar aqui. Compramos o nosso pela Quickly Travel.
A escala em trânsito em Londres também precisa que você passe pelo raixo-X. Tenha todos os produtos líquidos já separados em Ziplocks pequenos, e transparentes, que devem ser retirados da bagagem para agilizar o processo.
Novamente viajamos com malas de bordo, o que garantiu agilidade para sair da área interna. Graças a isso, trocamos o JR Pass sem muitas filas, pois o resto do voo ainda estava lá atrás pegando as bagagens na esteira.
O cartão Suica pode ser adquirido em máquinas específicas. Para as crianças, por ter preço diferenciado, o cartão deve ser adquirido na cabine da JR, com um funcionário que irá digitar os dados das crianças. Muito rápido e normalmente os funcionários da Japan Rail falam inglês.
Para navegar no metrô de Tóquio, decore qual é a letra e número da estação de seu hotel (a mesma estação pode ter mais de uma letra/número, se atender mais de uma linha!). Depois é só ver o número e letra da estação para onde quer ir e navegar. A sinalização é muito intuitiva.
Existem dezenas de saídas nas estações principais, várias saindo dentro de prédios e lojas de departamentos. A dica é decorar a mais próxima do hotel e também as que tem elevador ou escada rolante, para quando estiver cansado. Muitas estações ficam vários níveis abaixo do nível da rua, então anda-se bastante até chegar ao ar livre.
A maioria das estações possuem dezenas de lojas, praticamente shoppings inteiros nos subsolos. Vale dar uma voltinha!
O Narita Express possui preço diferenciado para comprar ida e volta ao mesmo tempo. Note que para isso, o bilhete deve ser usado em até 14 dias!
Nos hospedamos novamente nesta viagem em hotéis da Accor. A fidelidade Gold já garante um drink de boas vindas na entrada para cada hóspede, além de vários mimos, como doces, pequenos snacks típicos e etc. No Japão, acho que o tratamento foi ainda melhor do que o que já estamos habituados.