Terceiro dia no Japão. Dia de dar “até breve” à capital e finalmente embarcar no Shinkansen, trem bala, com destino a Osaka.
Como já foi dito nos posts anteriores, estávamos hospedados muito perto da enorme estação de Shinjuku e portanto o trajeto até ela foi feito a pé mesmo – mais um ponto positivo em andar com malas de bordo, pequenas e mais leves são muito melhores para se locomover na cidade.
Sempre preferimos chegar bem cedo na estação para ir até a central e marcar não só o trem como os assentos que iremos viajar. Mesmo com bastante antecedência não conseguimos os assentos juntos nem do lado direito do trem, por onde conseguiríamos ver o tão famoso Monte Fuji, de fato um atrativo turístico muuutito procurado! Mesmo assim conseguimos sentar dois a dois pelo menos.
É uma viagem de aproximadamente 3 horas de trem até Osaka, mas é bastante tranquila e confortável. Todas as cadeiras são reclináveis e com mesinhas pra refeições. Mesmo que você não tenha levado o seu lanchinho, atendentes passam com carrinhos de snacks vendendo bebidas e pequenos lanches. O difícil é entender o que elas falam…
Rafael ficou monitorando no GPS o ponto de maior aproximação do Monte Fuji. Quando estava bem pertinho, ele foi para a porta do vagão, que tem uma grande janela, e conseguiu fazer belas imagens. Mesmo esta janela estava concorrida, e ele só conseguiu tirar as fotos pela gentileza de um casal de idosos japoneses que cedeu o lugar para ele observar! Mais um exemplo da cordialidade deste povo, que presenciamos ao longo desta viagem.
Enfim Osaka! Osaka é uma cidade muito importante na história, economia e cultura japonesas. Uma cidade que nos hospedou por alguns dias e de onde partimos para conhecer outros destinos também.
Chegamos em Shin-Osaka, a estação central do trem-bala na cidade e seguimos para a estação Namba do metrô, que ficava mais próxima ao nosso hotel. Aqui optamos pelo Ibis Styles, mas quando escolhemos mesmo olhando no mapa e vendo imagens no street view não tínhamos idéia que estávamos em um lugar tão peculiar, repleto de comércio e restaurantes ao longo do rio.
Somos fãs da rede Accor, mas o atendimento dos hotéis no Japão foi bem acima da média. Ao chegarmos no nosso quarto em Osaka, nos esperava um kit de boas vindas:
além de quatro garrafas d’água, de cortesia:
Tem uma história legal sobre as garrafas d’água do Ibis Styles de Osaka, que vocês verão nos próximos posts. Por enquanto, apenas lembrem que ganhamos quatro garrafas hoje…
Deixamos tudo no hotel e saímos para explorar e almoçar. Foi até um tanto difícil escolher a princípio um lugar para almoçar, mas quando de longe avistamos o “Bolhinha”, um enorme peixe baiacu pendurado na fachada do restaurante, pronto! Rafael tinha esse desejo de comer sashimi de baiacu (fugu), daí resolvemos o problema.
O detalhe para esse almoço foi a pressa da atendente, ainda nem tínhamos nos entendido com o cardápio e ela já voltou querendo tirar o pedido, tudo muito rápido, e o restaurante estava vazio. Ainda bem que o menu tinha foto pois daí conseguimos desenrrolar mais rapidamente, mas a maioria dos lugares , depois percebemos isso, tinha foto dos principais pratos e menu em inglês. Thank God!
Nossa idéia ainda era ir ao templo Shitenoji e ao Flea Market (mercado das pulgas mamãe?) que eram bem próximos, e de fato deu pra ter uma idéia do mercado mas não deu pra comprar ou mesmo olhar muita coisa pois chegamos já bem perto da hora do encerramento, e eles são bem rigorosos com regras e horários, se uma coisa fecha às 17:00 horas, às 16:30 eles já estavam arrumando tudo para fechar as barracas.
E, corremos para o templo budista que a princípio muito se assemelhava com o Meiji de Tóquio que havíamos visitado, só que aquele era xintoísta. Ah mas cada templo tem sua peculiaridade, cada estátua de cada Buda uma história, cada construção com suas cores e detalhes arquitetônicos muito diferentes dos que estamos habituados a ver nas construções ocidentais.
Mesmo com o sol já querendo ir embora ainda tivemos pique para ir até a região conhecida como Electric Town, uma área repleta de lojas de eletrônicos e acessórios, além de outras tantas lojas com objetos de personagens de mangás e desenhos japoneses como Naruto e Dragon Ball. Até mesmo as princesas da Disney eram representadas com feitio de mangá em bonecos perfeitos e até bem caros para o nosso bolso.
Um dos destaques da região é a Kiddy Land, uma loja de brinquedos voltada para crianças e adultos também! Milhares de brinquedos, modelos, trens, carros, aeromodelos, espalhados em vários andares. Enfim, uma loucura!
E lojas de brinquedos que os três ficaram encantados com as miniaturas e as bonecas.
Isabel foi atrás da Sylvanian Families, que tem centenas de modelos diferentes por aqui. A Beatriz queria comprar uma Licca-Chan, uma boneca que é a Barbie Japonesa. E o Rafael estava atrás de Transformers, que também só são fáceis de encontrar por aqui.
Anoiteceu e continuamos andando, seguindo em direção ao hotel e aproveitando o passeio. Muitas pessoas pelas ruas, passeando e visitando as lojas.
Antes de voltarmos ao hotel jantamos em um restaurante no caminho.
Como já falei anteriormente a região do hotel era de muito burburinho de comércio e restaurantes, de noite então a galera saía e enchia as ruas dos arredores. Muito me chamou atenção as moças bem vestidas chamando atenção dos rapazes e os inúmeros Maid Cafés, inclusive um na esquina do hotel onde as meninas ficavam na porta vestidas de cosplay, com cabelos coloridos e roupas curtas e chamativas, elas na realidade são pagas para conversar com os rapazes para que eles se sintam mais a vontade com as outras garotas, muito curioso isso…
O Ibis Styles, além de muito bem localizado, possui uma 7-Eleven dentro dele, o que facilitava muito para comprar snaks, sucos e salgados tradicionais locais para um lanchinho.
Dia no fim e amanhã mais uma aventura nos aguarda nas terras nipônicas.
See Ya!
Dicas deste post
O Japão é um país para ser apreciado através do trem. As malhas são excelentes e o trem-bala tem todo um glamour que não vemos mais em outros lugares ou em outros meios de transporte.
O baiacu é saboroso mas um tanto quanto borrachudo no formato de sashimi. Comemos também ele frito, e aí o sabor e a consistência sobressaiu. Sobrevivemos!
O principal erro que cometemos nesta viagem foi não conseguirmos nem de perto imaginar o tamanho das lojas no Japão. A quantidade e variedade das lojas de brinquedos e de departamentos é absurda. Devíamos ter reservado um dia inteiro só para isso. Ainda assim, conseguimos conhecer algumas lojas razoavelmente bem.
A Kiddy Land é imperdível, para crianças e adultos também! Existem filiais em diversas cidades.
Se seus filhos gostam de Sylvanian Families, saiba que eles foram criados em 1985 aqui no Japão. Então é muito fácil encontrá-los em todas as seções de brinquedos, por preços ridiculamente baixos (estamos falando de miniaturas a partir do equivalente a cerca de 20 Reais!!)
Não perca a chance de conhecer as Konbinis, como são chamadas as lojas de conveniência, tais como 7-Eleven e Family Mart. Muitos produtos, comidas e bebidas, lanches , remédios entre outros. Os salgados são deliciosos!
Ainda adaptando ao fuso, fomos dormir tão cedo, para o horário de Tóquio, que às 3 da manhã todos estavam acordadíssimos e sem ter o que fazer…
Daí lembramos que perto do hotel tinha uma filial da loja Don Quijote e que a mesma era 24 horas, então resolvemos matar o tempo por lá, e de quebra já olhar algumas coisinhas até a hora que o café da manhã seria servido no hotel.
Primeira coisa que percebemos foi que mesmo estando de madrugada ainda tinha muita gente na rua, e talvez por isso também nos sentimos muito seguros em andar a essa hora com crianças pelas ruas.
Segundo, a galera voltando da balada, muito turista de “cara cheia” e aí sim vimos alguma sujeira nas ruas transversais onde ficavam a maioria desses bares, mas que logo ao amanhecer o trabalho de limpeza já havia sido feito. Todo trabalho é feito como muito esmero e exatidão, respeitando à risca os horários e regras estabelecidas.
Voltando a falar da Donki, apelido carinhoso da já referida loja de departamentos, essa tinha 4 andares e logo de cara elas já viram algumas coisas que já tinham pesquisado previamente e estavam na “wish list” – a maioria coisas fofinhas como material escolar temático como canetas e estojos de panda e pokemón. Além dos Kit Kat de sabores diferentes e outras guloseimas, ao meu ver nem tão saborosas, esquisitas mas que valeria a pena provar.
O Japão tem ma relação de amor pelos Kit Kats – existem centenas de sabores diferentes nas lojas, nas estações de trem e em lojas exclusivas! Tem sabors qe só existem em algumas cidades ou até em algumas estações de trem ou aeroportos. Foi muito divertido tentar experimentar o máximo possível de “interpretações” diferentes em cima do mesmo chocolate!
Ainda de madrugada, avisamos o Godzilla atrás de um prédio!
O sol foi raiando e resolvemos voltar ao hotel para de fato iniciar nosso roteiro do dia em Tóquio e tomar nosso primeiro café da manhã.
Saímos dalí a pé mesmo em direção ao parque Yoyogi, onde fomos visitar o primeiro templo dessa viagem -o Santuário Meiji, Meiji Jingu, um templo xintoísta um dos mais importantes do Japão em razão de ser dedicado às “almas divinas” do Imperador Meiji e de sua consorte, a Imperatriz Shoken. O templo está localizado dentro do parque e cercado por uma floresta. O caminho por dentro do parque por si só já é um passeio bem agradável e muito legal. No entanto antes de chegar ao Parque nos deparamos com mais curiosidades do dia a dia do Japão.
Tudo é muito fofo, até os canteiros de obra!! kkkk
A religião xintoísta é uma das mais difundidas no país juntamente com o Budismo, não há de fato uma religião oficial no Japão, e esta é uma tradição ao meu ver um tanto peculiar aos olhos do ocidental. Aqui vemos toda a importância e grandiosidade dada aos Deuses, o respeito aos costumes e rituais, respeito aos lugares e às pessoas, bem como a sua conexão com a natureza ao seu redor e de como tudo interage e de fato parece ter sido pensado e relacionado pra estar ali.
Seguimos todas as tradições e recomendações de costumes locais, para não cometer nenhuma gafe. Passamos pelo portal e fizemos a reverência e antes de passar pelo segundo portal e entrar na parte do templo propriamente dita, um enorme pátio de adoração e oração aos Deuses. A edificação em si fica fechada com os objetos sagrados da imperatriz, abrindo em datas e horários específicos para adoração.
Antes de entrar no entanto é preciso se preparar para encontrar com os Deuses, e se limpar. Por isso há espaços reservados para “purificação” onde lava-se as mãos e boca antes de entrar no templo e colocar sua oração aos Deuses. Seguimos o ritual e nos lavamos na gélida água natural.
Agora sim entramos no templo e vimos o ritual da oração, ao qual seguimos, joga a moeda, bate palmas para chamar os Deuses, faz-se a oração e em seguida bate palma novamente pra terminar. Todos esperam sua vez e repetem o ritual igualzinho. Até filmei um pouco, e vocês podem ver nesse nosso vídeo…
Outra coisa muito peculiar eram os amuletos, vendidos na lojinha junto às edificações da galeria Meiji do templo. Eram de todo tipo e para qualquer coisa: sorte, amor, paz, saúde, prosperidade, dinheiro, bom parto, passar na prova, passar de ano, boa viagem e por aí vai… Uma infinidade! E curiosamente, algo que até agora me pergunto, tinha um ponto de reciclagem de amuleto, do tipo: Deposite aqui seu amuleto antigo. Aqui a lei de Lavoisier é elevada a um novo patamar, tudo se recicla, até os amuletos!
E ainda você pode comprar uma plaquinha de madeira e escrever um pedido seu ou para alguém e pendurar no templo pra os Deuses.
Seguindo pelo parque ainda encontramos um lugar onde produtores que fizeram doações para a consagração do templo tem seus nomes gravados em tonéis de saquê e barris de vinho formando um belíssimo mural que se tornou um atrativo turístico do local. Os vinhos são franceses, em uma curiosa história de amizade entre os povos.
Saindo do parque, nossa próxima parada seria rumo ao curioso e cultural bairro geek de Harajuku, onde além de conhecer o bairro, o foco era almoçar no famoso Kawaii Monster Café. Como ainda era cedo, fomos passear um pouco e como diria a minha avó: Olhar as modas!
E bem perto do prédio onde se localizava o café encontramos, para a surpresa e maravilha da Bia, uma loja de BT21 . Agora se você – como eu – não conhece muito do mundo K-POP deve estar se perguntando: What? Ela vai explicar:
(texto abaixo feito pela Beatriz)
BT21 são personagens que cada integrante da boyband BTS criou. Têm 7 personagens representando os integrantes, e o oitavo representa a banda, como um todo. Na loja, tinham várias estátuas desses mesmos personagens, além chaveiros, canetas, bichinhos de pelúcia e até mesmo fones de ouvido!
A loja tem 4 andares enormes, e para enlouquecer mais ainda as army’s, no quarto andar tem o projeto original dos personagens, com a assinatura dos próprios integrantes da banda.
(fim do texto da Beatriz)
Enfim chegamos ao Kawaii Monster café, para entrar eles te explicam que paga uma entrada como uma espécie de couvert artístico. Você pode ficar no restaurante por 90 minutos e cada pessoa TEM que pedir um prato de comida e uma bebida. Mas quem vai contar um pouco é a Isabel:
(texto da Isabel)
Um lugar lindo e maluco. O mascote do restaurante é um monstrinho muito fofo que anda acompanhado das monster girls. Nós fomos no dia certo bem no aniversário do mascote. Lá tinha comidas e drinks malucos. Bel pediu um macarrão colorido e uma soda que vinha com dois tubos de ensaio com duas cores de corante vermelho e amarelo, como se fosse uma experiência de laboratório:
Bia escolheu um prato de batata frita com diversos molhos e uma bebida de leite condensado e maracujá, não tava lá muito boa essa bebida, mas…
Rafael pediu um prato normal – ele pediu porco com arroz e para beber um suco com frutas .
E Roberta pediu camarão com pipoca e para beber uma bebida tão ruim que a gente nem conseguiu identificar. De fato a gente ficou trocando os pratos e assim todos provamos um pouco de tudo, como um rodízio.
(fim do texto da Isabel)
Nesse meio tempo, de repente começou a tocar uma música e as Monster girls juntamente com o tal monstrinho fofo, começaram a dar um show dançando e cantando ao redor de uma grande alegoria em formato de bolo de aniversário/carrossel. Aliás você pode tirar uma foto com todos os personagens lá por 1000 yens se quiser e dar uma volta no tal carrossel. As meninas adoraram, mas de fato não entendemos muito do show em japonês, deu pra entender depois que era aniversário do monstrinho, o Choppy. Há ainda um bar e uma gift shop com produtos das monster girls e choopy, é um restaurante experiência turística dentro do curioso geek bairro de harajuku.
Depois deste lugar um tanto inusitado, ainda tínhamos um ponto turístico na região de Shibuya para visitar antes de pegar o metrô de volta a Shinjuku e ao hotel: visitar a estátua do cão Hachiko. Muitos conhecem a história do cão da raça Akita que ia esperar seu dono todo dia na estação de trem e assim o fez mesmo depois do mesmo já ter falecido. Hollywood eternizou a história no filme estrelado por Richard Gere. Os japoneses acham que dá sorte passar a mão na pata da estátua e tem uma verdadeira fila de gente para tirar foto com a estátua do mais fiel cão da história japonesa.
Antes de deixar a região de Shibuya registramos a mais famosa travessia do Japão, um cruzamento em diagonal onde uma verdadeira multidão de pessoas atravessa para todos os lados, pasmem na maior ordem possível sem nem mesmo esbarrar uns nos outros…Dá para observar o tamanho da encrenca aqui neste vídeo que fizemos.
Por fim pegamos o metrô de volta ao hotel pois no outro dia o destino era um pouco mais longe: vamos pegar o trem-bala para Osaka!
See ya
Dicas deste post:
Devido à adaptação ao fuso horário, procuramos fazer neste dia um roteiro bem relaxado, com lugares mais contemplativos. Pode ser uma estratégia para não forçar tanto o organismo, ainda não sincronizado com o fuso local.
A Donkijote é uma loja entulhada de itens de todos os tipos, vale a visita para ver a variedade de produtos. Bom também para comprar diversas lembrancinhas num excelente preço.
Fomos em várias Donkis durante a viagem, todas 24 horas. O comércio fecha normalmente cedo no Japão, então a Donki quebra um galhão para comprar coisas no final do dia.
Existem Kit Kats dos mais diversos tipos, porém alguns são específicos de algumas cidades e até mesmo de algumas estações de trem ou aeropoortos! Então se vir um Kit Kat que deseja experimentar, compre logo, pois pode ser difícil de encontrar o mesmo sabor em outro lugar!
É sempre bom consultar um guia de etiqueta ao visitar algum templo de uma religião que não a sua. Evita pagar mico ou cometer uma ofensa mais grave. A maior parte dos templos que visitamos era xintoísta e budista. Apesar de rituais semelhantes, eles tem sutis diferenças, que é de bom tom observar.
Tanto a estação de Shinjuku quanto a de Shibuya são extremamente movimentadas. Ajuda muito se for pegar o trem/metrô fora do horário de pico – entre 8-10 da manhã e 17-19 da noite.
Sim, nossa última rota foi para o Japão! Muitos de vocês que nos acompanham pelas redes sociais já puderam ver um pouquinho do que postamos online dessa viagem inesquecível, planejada desde que chegamos da última rota, que foi a de New York em fevereiro de 2018.
Aliás, isso acontece muito, toda vez que chegamos de uma viagem, já fazemos uma reunião de família e começamos a pensar nos nossos prováveis próximos destinos, onde cada um gostaria de ir conhecer ou visitar, e a partir disso começamos a pesquisar a viabilidade desses destinos e… pimba! Foi assim que aconteceu essa viagem. Estávamos pesquisando no site da Multiplus (como sabem, a gente viaja muito acumulando pontos e usando por troca em passagens aéreas) e vimos que Tóquio estava com um valor em pontos muito vantajoso para viajar em janeiro de 2019.
Caraca, quase um ano antes! Por isso mesmo! Foi uma sorte, hoje se procurarem não acharão o mesmo preço que pagamos, nem agendando com essa antecedência. #turismodeoportunidade.
Tivemos um ano para estudar o país, os costumes, montar o roteiro, estudar rotas e transportes, atrativos turísticos e dentre todos eles selecionar o que a gente de fato queria e conseguiria visitar/fazer em 14 dias na Terra do Sol Nascente. Tarefa árdua, e para isso Rafael até começou a aprender a ler e falar um pouco de japonês, até as meninas sabiam algumas frases. Confesso que sabia apenas Arigatô!
Nosso voo saiu do Rio na quinta-feira dia 17, com destino a Tóquio e escala de apenas 1 hora e 50 min em Londres. Tenso!
Apesar de saírmos dia 17 do Rio de Janeiro, só chegaríamos de fato em Tóquio dia 19 de Janeiro pela manhã (11h e 50min até Londres + 11h e 50 min até Tóquio), quase 24 horas de viagem somadas ao fuso (diferença de 11 horas por conta do nosso horário de verão). Cansativo mas nem tanto, nosso voo foi relativamente tranquilo, com um serviço muito bem feito por parte da Cia British Airways. Viajamos com malas de bordo apenas (conforme nosso vídeo no Youtube!), o que facilitou muito o desembarque e re-embarque em Londres (passando pela segurança), pois já deixamos tudo planejado devido ao curto tempo da conexão.
O voo foi tranquilo. Ele passa por cima da Escandinávia e da Sibéria, antes de chegar ao Japão. Chegamos no horário e a organização japonesa já impressiona no desembarque, com várias pessoas orientando e auxiliando. O processo de imigração é automatizado para os registros de fotos e digitais. Posteriormente passa-se por um funcionário, muitíssimo educado, que faz algumas perguntas padrão. Em pouco tempo já estávamos na área comum do aeroporto.
Ao descermos para o nível das estações de trem, nos deparamos a primeira vez com as Gachas – As maquininhas de vender brinquedinhos em cápsulas que estão em todo lugar!
Quando chegamos ao aeroporto de Narita em Tóquio e desembarcamos, ainda teríamos que fazer algumas coisas no terminal antes de ir para o hotel. Primeiro, tínhamos que comprar o bilhete do trem que faz o transporte entre o aeroporto e a cidade em si, o Narita Express (N’EX) . O bilhete é comprado no escritório da Japan Rail (JR). Fique tranquilo – tudo é muito bem sinalizado e as informações também são apresentadas em inglês. ao marcar o bilhete determina-se também a volta, se você quiser já pode deixar até os assentos marcados para o dia da volta ao aeroporto.
No mesmo lugar também trocamos os vouchers do JR Pass, que é um passe especial para turistas que dá direito ao uso ilimitado dos trens (locais e intermunicipais, incluindo muitos dos Shinkansen – os famosos trens-bala japoneses) por um determinado número de dias. Os vouchers foram comprados previamente no Brasil junto a agencia Quickly Travel, um dos agentes oficiais da JR no nosso país. Compramos JR Passes para serem usados por 7 dias – ao trocar o voucher, você já diz qual é o primeiro dia que você vai usar e durante 7 dias pode utilizar quantas vezes necessitar por toda a rede de trens da JR. Muito bom, né?
Só aí pegamos o N’EX rumo a Shinjuku onde ficamos hospedados no hotel Ibis Tokyo Shinjuku.
A viagem dura aproximadamente 1 hora, mas já estávamos todos muito ansiosos para chegar e ver o que nos aguardava nessa cidade cosmopolita.
O primeiro choque de realidade com o nível do transporte no Japão veio justamente no N’EX. Quando pesquisamos o trem, o site dizia que ele ia direto do aeroporto de Narita até Shinjuku ou Yokohama, que são lugares completamente diferentes. Como o trem pode ir direto para dois lugares tão separados?
No meio da viagem, o trem anuncia, em inglês:
“Obrigado por utilizar o Narita Express. Você está no vagão 11. chegando na próxima estação, os vagões 1 a 6 seguirão para Yokohama, e os vagões 7 a 12 irão para Shinjuku”
O trem simplesmente se divide em dois, e cada metade vai para um destino diferente. Uma solução inteligente para que cada passageiro não precise fazer baldeação no meio do caminho, indo sentadinho até seu destino final!
Desembarcar em Shinjuku, uma das maiores estações de Tóquio (na realidade, é a estação com maior fluxo de passageiros diariamente no Mundo!), de onde saem linhas de trem locais e intermunicipais além de metrô pode parecer até um tanto aterrorizante e você pode se sentir perdido ali embaixo. Por isso o planejamento e o estudo do lugar é tão importante. Hoje em dia então, com o auxilio da tecnologia pode-se até fazer um tour virtual por alguns lugares e assim eles não se tornam tão estranhos a primeira vista. O importante é localizar a saída mais próxima da onde você está indo, e isso pode ser um tanto complicado. Lá embaixo tem dezenas de lojas, restaurantes, cafés e outros tipos de comércio e serviço. Por sorte ,havíamos saído próximos a saída correta e com a ajuda do gps, wifi free em todo lugar, conseguimos nos localizar em Shinjuku e seguir para o hotel que ficava a poucas quadras dali.
Costumamos ficar preferencialmente em hotéis da rede Accor pois somos clientes fidelidade gold, e reservamos as hospedagens também com pontos. Em Tóquio optamos pelo Ibis Tokyo Shinjuku e ficamos em um quarto triplo que acomodou bem, ainda, nós quatro. Deixamos as malas, tomamos um banho e trocamos de roupa, afinal foram 24 horas de avião, mas sem descansar muito partimos para o primeiro atrativo na Terra do Sol Nascente: rumamos para o Tokyo Dome, onde iríamos no Furusato Festival Tokyo, um festival no estádio onde teria uma mostra de comidas típicas de todo o Japão, artesanato, atrações musicais regionais durante todo o dia. Achamos que seria uma boa oportunidade pra mergulhar de cara na cultura oriental logo nas primeiras horas sem ter que fazer muitos deslocamentos.
Pegamos o metrô e saltamos na estação próxima ao Dome. O mapa de linhas de metrô e trens de Tóquio pode ser um tanto assustador, aquele monte de linhas coloridas e estações com nomes complicados, daí vale mais uma vez a dica de que se deve estudar previamente, pois não tem a necessidade de gravar aqueles nomes difíceis. A identidade visual é muito bem feita, cada linha tem uma cor e uma letra e as estações não numeradas em ordem , assim só é preciso saber qual linha pegar (isso o próprio Google Maps mostras as melhores opções) ,saber em qual número é a sua estação e qual o número da estação para qual deseja ir, fácil?
Junte a tudo isso crianças contigo e um mundo de japoneses muito bem educados mas que andam extremamente apressados, e um sistema de cobrança do metrô bem complexo!
O metrô do Japão cobra pela distância entre dois pontos. Assim, para você comprar um bilhete individual, você precisa olhar um mapa gigante das estações, que indica, de acordo com o seu destino, o preço a pagar. Aí compra-se um bilhete individual, direto na maquininha, colocando o valor desejado. Complicado né? E é mesmo! Mas existem alternativas mais fáceis como os cartões pré-pagos. Optamos por utilizar o Suica.
O Suica é como um cartão pré pago do metrô, mas que também é aceito nos ônibus, trens e outros modais e ainda em alguns estabelecimentos comerciais, vending machines e etc. Daí a vantagem , só era preciso carregar um valor e ir descontando à medida que ia passando. Detalhe: o cartão das crianças é diferente, mais barato, a passagem é mais barata também.
Como o preço cobrado é dependente da estação onde você sai, você passa o cartão na entrada mas não é descontado. Ao sair, é debitado o valor correto.
Depois de comprar os cartões Suica, um para cada pessoa, e de encararmos o metrô, chegamos vislumbrados ao Tokyo Dome, que além do Estádio de Beisebol, que neste dia estava abrigando o evento, abriga em seu redor todo um complexo de compras, restaurantes e diversões chamado Tokyo Dome City.
Apesar das meninas terem ficado deslumbradas pelos brinquedos na Tokyo Dome City, nosso foco hoje era o Furusato Festival, e seguimos para a bilheteria para compra dos ingressos. Nosso primeiro choque de realidade, uma organização exemplar e fila reservada para o turista (com preço descontado!), então compramos o ingresso rapidinho e seguimos para a entrada.
Como em qualquer grande evento passamos pela revista da bolsa e logo depois passamos pela porta giratória, onde sente-se a pressurização. O teto do Dome é inflado e mantido no lugar em parte pela pressão interna, mais alta que a pressão atmosférica.
Assim que entramos pudemos ter a dimensão do tamanho desse evento!
Imagina um Maracanã cheio de barracas de comida, e uma parte do gramado e em outra shows de música, dança e folclore regional sendo exibidos para o público educadamente sentado na arquibancada. Aliás, todos os acessos também eram sinalizados, só se descia por um lado e subia por outro e em todo lugar pessoas orientando, não se pode parar no caminho de acesso. Para se ter uma idéia era como uma grande Feira da Providência com shows na escala de carnaval de escola de Samba.
Os Japoneses adoram espetáculos, luzes, cores e festividades, isso deu para ter certeza nesse festival que tinha de tudo um pouco. Curtimos algumas comidinhas e alguns dos shows. Mas ao pararmos na arquibancada, o cansaço bateu com força. Afinal, para o organismo já era de madrugada!
Voltamos para o Hotel e ao sair do estádio as luzes estavam ainda mais bonitas, para nossa surpresa e deleite do olhar.
E quando voltamos a Shinjuku e ao hotel, olha a rua. Parece a Times Square em New York. Muitos letreiros acesos, luzes e sons e pessoas!
Já ansiando por mais um dia de aventuras do outro lado do mundo, Ffmos dormir para repor as energias, com uma longa noite de sono!
… ou não, talvez não tão longa. Confira no próximo post.
Por hoje é só pessoal!
See ya!
Dicas deste post:
O inverno é uma boa época para ir ao Japão. Apesar do frio, não chove praticamente, tornando as caminhadas agradáveis.
Todos os lugares ainda estavam com as luzes de inverno, o que torna os passeios à noite muito bonitos!
O ar é muito seco nesta época em Tóquio. Procure levar um lip balm para o lábio não rachar e beba muito líquido. Cuidado com a eletricidade estática e os fatídicos choques em objetos metálicos – inofensivos mas assustam!
Procure comprar o JR Pass ainda no Brasil. Está em fase de testes uma venda direto nos aeroportos no Japão, mas é melhor não arriscar e já comprar aqui. Compramos o nosso pela Quickly Travel.
A escala em trânsito em Londres também precisa que você passe pelo raixo-X. Tenha todos os produtos líquidos já separados em Ziplocks pequenos, e transparentes, que devem ser retirados da bagagem para agilizar o processo.
Novamente viajamos com malas de bordo, o que garantiu agilidade para sair da área interna. Graças a isso, trocamos o JR Pass sem muitas filas, pois o resto do voo ainda estava lá atrás pegando as bagagens na esteira.
O cartão Suica pode ser adquirido em máquinas específicas. Para as crianças, por ter preço diferenciado, o cartão deve ser adquirido na cabine da JR, com um funcionário que irá digitar os dados das crianças. Muito rápido e normalmente os funcionários da Japan Rail falam inglês.
Para navegar no metrô de Tóquio, decore qual é a letra e número da estação de seu hotel (a mesma estação pode ter mais de uma letra/número, se atender mais de uma linha!). Depois é só ver o número e letra da estação para onde quer ir e navegar. A sinalização é muito intuitiva.
Existem dezenas de saídas nas estações principais, várias saindo dentro de prédios e lojas de departamentos. A dica é decorar a mais próxima do hotel e também as que tem elevador ou escada rolante, para quando estiver cansado. Muitas estações ficam vários níveis abaixo do nível da rua, então anda-se bastante até chegar ao ar livre.
A maioria das estações possuem dezenas de lojas, praticamente shoppings inteiros nos subsolos. Vale dar uma voltinha!
O Narita Express possui preço diferenciado para comprar ida e volta ao mesmo tempo. Note que para isso, o bilhete deve ser usado em até 14 dias!
Nos hospedamos novamente nesta viagem em hotéis da Accor. A fidelidade Gold já garante um drink de boas vindas na entrada para cada hóspede, além de vários mimos, como doces, pequenos snacks típicos e etc. No Japão, acho que o tratamento foi ainda melhor do que o que já estamos habituados.
Vocês lembram do post que fizemos sobre o clube Livelo? Pois bem, parece que chegou a hora de puxar o gatilho, se você quiser se hospedar barato a rede Accor. Vou explicar como.
A Multiplus lançou hoje uma promoção de transferência de pontos da Livelo com bônus de 50%. Para participar, inscreva-se no site da promoção e depois transfira os seus pontos. A promoção vale apenas no dia de hoje!
Se você comprou pontos no Clube Livelo, vai ser vantagem. Mesmo que os pontos para tirar passagens estejam inflacionados, valerá a pena transferir da Livelo para Multiplus e depois para o LeClub Accor Hotels. Veja como:
Se você participa do Clube Livelo 7000, você paga 200 reais por mês e compra 7000 pontos. Ao transferir estes pontos para o Multiplus, teremos:
200 reais = 7000 Livelos = 7000*1,5 = 10 500 Multiplus (Já com os 50%)
No momento é possível transferir pontos da Multiplus para o LeClub da Accor na razão de 6000 Multiplus=2000 LeClubs. Então:
200 reais = 70 euros –> 1 Euro = 2,85 reais
Que é muito menos do que o câmbio oficial no momento. Se for para reservar um hotel fora do país, pagar com ontos é ainda mais vantajoso, pois não há o pagamento de IOF, que seria cobrado a 6,38% caso utilizasse um cartão ou 1,1% em cash.
Note que, dependendo do tempo de participação no Clube Livelo, você recebe pontos bônus, então seu custo será ainda menor.
Logo, se você estiver planejando viajar para lugares com hotéis da rede Accor, puxe o gatilho e aproveite.
Vale a observação de que os valores de transferências acima são válidos neste momento, mas podem mudar a qualquer instante. Então, se decidir fazer, transfira o mais rápido possível para o destino final (no caso do nosso exemplo, o LeClub).
A Accor Hotels (Ibis, Mercure, Novotel e outros) retomou a promoção Preços Malucos, com descontos de 30% no valor da diária e ainda café da manhã grátis. É a oportunidade para ficar em ótimos hotéis pelo mundo pagando menos.
Como já falamos outras vezes, somos fãs do programa de fidelidade Le Club da Accor e sempre buscamos nos hospedar na rede em nossas viagens, ganhando pontos e benefícios que podem reverter em novas hospedagens. Na promoção Preços Malucos, é possível utilizar também seus pontos Le club, alavancando ainda mais o valor da promoção.
A promoção vale para reservas até 21 de outubro, para hospedagens entre 16 de dezembro e 5 de março de 2017.