Explorando Sydney: Hyde Park, ANZAC, Gardens e Ópera [Rota Kids Down Under, dia 2: 21/07/2019]

Viajar para o outro lado do mundo tem esse pequeno problema.  Até a gente acertar o fuso, fica acordando antes mesmo das galinhas! O que não é de todo ruim, afinal “Deus ajuda a quem cedo madruga” não é mesmo? E nosso roteiro para esse dia era para ser feito a pé,visitando atrações ao ar livre que já estariam abertas a visitação.

Tomamos nosso café no quarto do hotel, com as coisinhas que compramos no dia anterior no supermercado.  Em seguida, fomos em direção ao Hyde Park (na Austrália veremos nomes de ruas, parques e avenidas muito similares aos de Londres e de outras partes da Inglaterra, já que o país-continente é parte da Commonwealth), um parque bem localizado e extenso, onde encontram-se alguns atrativos turísticos bem interessantes, além da beleza do jardim em si. Apesar do frio naquela hora, a temperatura foi esquentando um pouco ao longo do dia.  Ainda estava amanhecendo!

Cara de quem madrugou antes do sol
Muitos recantos e jardins bem cuidados no parque chamavam a nossa atenção
Pausa para foto ainda ao amanhecer
Sobe e desce escadas, atravessa rua e o parque continua…

Fomos passeando a pé pelo parque. Passamos pelo ANZAC Memorial (para quem não sabe o termo ANZAC foi utilizado na primeira guerra mundial para designar as forças armadas da Austrália e Nova Zelândia, ANZAC =Australia and New Zealand Army Corps), também fechado a essa hora da manhã, mas pouco importava, o complexo todo e o prédio pelo seu exterior já transmitia a idéia e o conceito do Memorial.  Ainda ao redor no próprio parque encontramos esculturas que também nos remontariam à guerra e ao horror que aqueles soldados passaram nos conflitos mundiais. Um dos motivos pelos quais fizemos essa viagem foi que Isabel, em um projeto do colégio desenvolvido pela Cultura Inglesa, estudou esse país e ficou curiosa em conhecer, por isso entrou para nossa lista de lugares a visitar. Eles inclusive fizeram a receita do ANZAC biscuit que eram enviado aos militares durante a guerra.

Fachada do memorial voltada para o espelho d`água
Sol ainda estava tímido quando tentamos tirar essa foto na fachada do memorial
Escultura de imensas balas, relembram as Guerras Mundiais I e II nas quais os exércitos australiano e neozelandês lutaram bravamente

Destaca-se o enorme espelho d’água à frente do Memorial, onde as aves iam beber água. Foi a primeira vez que vimos as Cacatuas ao ar livre, fazendo seu alvoroço junto com os outros pássaros, e assim a Austrália começava a nos mostrar os seus inusitados animais  mesmo no meio do centro urbano.

Venho matar a minha sede
Beleza da fauna ao ar livre no parque urbano da grande metrópole
Detalhe esculpido na fachada do memorial mostra os soldados na guerra
Pedra do ANZAC Memorial julho de 1932

Nossa primeira parada e visita de fato foi à Catedral de St. Mary, uma construção neo gótica que foi a primeira igreja católica da Austrália. Na realidade, esta é uma reconstrução da original, já que a mesma foi incendiada por volta de 1865 e já era inspirada em estilo gótico do século XIII. Por isso as características estilo-arquitetônicas foram preservadas desta maneira, incluindo as torres na fachada principal e seus pináculos apontando para os céus e a rosácea no centro, mas com proporções ainda menores que as góticas européias eu diria.

Fachada lateral da Catedral de St. Mary
Detalhe do centro da fachada lateral, nota-se a simetria e a riqueza de detalhes, os arcos ogivais e pináculos características góticas
Imagem de St. Mary of the Cross na fachada lateral

A visita à nave principal da Igreja é gratuita porém as fotos são restritas e sem flash em momento algum. O interior é riquíssimo em detalhes em madeira e inúmeros altares e imagens de Santos que chamam atenção pela beleza e preservação. Isabel aproveitou para tirar uma foto com sua Santa predileta: Santa  Teresinha (ela nasceu no dia dedicado à devoção a esta Santa, 01 de outubro).  Já a visita à cripta é restrita. Começa apenas a partir das 10:00 horas da manhã e é paga à parte.  Por este e outros motivos não fizemos a visita à cripta, pois não eram nem 8:00 horas ainda.

Altar mor, chama a atenção a riqueza de detalhes com as inúmeras imagens no retábulo e os vitrais aos fundo
Vista da nave central, ao fundo a porta principal e o coro acima a rosácea da fachada principal
Imagem de Sta Teresinha das rosas
Pia Batismal
Aqui sua doação pode ser feita até com cartão de crédito

Vista da fachada frontal da igreja de St Mary

Nessa altura do campeonato, para quem começou o dia tão cedo a fome já batia a nossa porta e antes de irmos ao próximo atrativo, paramos em um café para comer alguma coisa, tomar um chocolate quente e depois seguir.

Isabel e o chocolate quente.

Avante, rumo ao Museu Australiano, um misto de museu histórico e de história natural. Sempre é uma visita muito interessante esse tipo de museu, mostra um pouco da história do país, de seus moradores ilustres e dos povos que formaram essa nação.

Acima a galeria e em baixo exposição mostra artefatos dos aborígenes moradores da região
Esculturas dos povos nativos

Esse museu tem ainda espaços dedicados aos inúmeros animais australianos, marsupiais, mamíferos, aves, répteis, entre outros, e ainda conta com apresentações em horários marcados com luzes, sons e imagens que também procuram ilustrar um pouco do que é esse país insular tão peculiar e curioso e ao mesmo tempo maravilhoso. As meninas se divertiram descobrindo novas espécies, espécies esquisitas, e até engraçadas. Com criança tudo pode virar graça né?

Isaguim e os pinguins
A rica fauna marinha da Austrália, corais e enormes caranguejos
Olha o tamanho desse dinossauro? Filhotinho né…?
A exposição mostra todo trabalho de pesquisa arqueológica sobre esses animais de maneira clara e lúdica
Enormes esqueletos de Tiranossauros
Bia mostrando que sabia do que estava sendo mostrado. Cadeia, ordem, família, espécie…
Taz, é você? O diabo da Tasmânia e seu belo sorriso!
Fazendo graça com a enorme cabeça de dino
Olha ele aí, o ornitorrinco! Empalhado mas já é alguma coisa, pois são animais muito raros e difíceis de serem encontrados e vistos na natureza.
Comparando as patinhas

Almoçamos no restaurante do museu mesmo.  Lá de cima temos uma vista muito bonita até da Baía de Sydney e da Opera House.  Seguimos dali a pé pelo Botanical Gardens, um parque com uma beleza natural muito rica e com recantos paisagísticos que encantam pais e filhos.   O parque estava muito bem cuidado, contando com as mais variadas espécies de plantas e flores, árvores e arbustos.  Além disso contava com espaços de convivência, onde as pessoas alegremente sentavam-se para fazer piqueniques ou passear de bicicleta à beira da baía de Sydney.  Muito semelhante à dinâmica do nosso Aterro do Flamengo, porém melhor cuidado e com um pouco mais de infraestrutura.

Vista panorâmica do restaurante roof top no Museu Australiano.
Caminhando pelo Botanical Garden
Onde se vê paisagens belíssimas para uma boa foto
E onde as famílias vêm passear
Possui ainda estufas com espécies variadas de plantas
Seguindo o caminho do sol
Observando o mar da baía de Sydney e a vista

Na realidade, se olharem no mapa do local parece que andamos muito, mas quando o passeio é agradável, com belas paisagens os quilômetros passam e nem sentimos o cansaço de fato. Assim, chegamos na baía de Sydney, que tem como destaque na paisagem a grande obra da arquitetura moderna, projetada por John Utzon, cuja solução esférica no conceito projectual foi um grande desafio para a engenharia. Estou falando da Ópera House de Sydney, um dos principais cartões postais da cidade e um daqueles pontos turísticos que tem que ir para ver de perto, mas daí a conseguir assistir a um espetáculo…

A Baía, o monumento e a ponte ao fundo. Símbolos da cidade de Sydney
A complexidade das formas encaixadas umas nas outras e as escadas sob a luz do sol
Tentando ser a Guia e explicar o monumento
A ponte de Sydney, famosa pelos fogos de Ano Novo
Foto com o ícone da paisagem da cidade
De outro ângulo as conchas parecem leques abertos
O dia ainda estava no meio e olha quantos visitantes no local apreciando a bela paisagem

Tem que ter alguns requisitos: gostar de ópera e ter muita vontade de ir, porque os preços dos ingressos são beeemm salgados e como as peças eram com temas mais adultos, não eram pertinentes para as meninas. No entanto, há eventos infantis acontecendo de tempos em tempos, e infelizmente não nos dias que estaríamos em Sidney.

Não importa, mesmo visitando apenas os exterior valeu a pena. Essa obra é um projeto contemporâneo  às obras modernas de Oscar Niemeyer em Brasília (décadas de 50 e 60 do século passado), onde nosso mestre da arquitetura também usava e abusava de curvas e do concreto criando formas ousadas que tiravam o sono de engenheiros e calculistas. Então de fato visitamos o exterior, o foyer/bilheteria e a gift shop, onde pode-se encontrar muitos artigos de objetos remetendo à Ópera House e até mascotes do lugar cujo formato remontam às conchas características do edifício.

No site ou no balcão pode-se reservar também uma visita guiada, que também achamos o preço inadequado para nosso grupo. Há ainda uma sala com entrada gratuita com uma exposição específica sobre o autor do projeto mas que infelizmente estava fechada para um evento privado de alguns turistas asiáticos.  Ficamos meio frustados, não vou negar, mas os infortuitos acontecem e precisamos aprender a lidar com eles!

Não importa, o sonho da loira de conhecer o lugar que ela tanto desenhou e estudou no já referido projeto da escola, havia sido realizado. Só neste dia ela já tinha conseguido ver duas coisas que ela tinha estudado, ANZAC Memorial e Ópera House de Sydney.  Faltava o Koala, e não queria só ver como fazer carinho no bichinho também.

Vista panorâmica da baía com os dois maiores símbolos da cidade, a ponte e o Ópera House
Desejo realizado, hora da selfie!
estação do metrô

A viagem estava só começando e esse dia já estava chegando ao fim, cansados, dali resolvemos pegar o metrô para voltar ao hotel, afinal, não tínhamos mais pernas para caminhar todo o trajeto de volta. Mesmo assim ainda deu para fazer algumas comprinhas e jantar antes de encerrar de vez o dia no hotel, e obter o descanso dos justos e felizes viajantes.

See Ya.

Dicas deste post:

 

2 pensamentos em “Explorando Sydney: Hyde Park, ANZAC, Gardens e Ópera [Rota Kids Down Under, dia 2: 21/07/2019]”

  1. Sensacional!!!! Muito bom o post!!! E a viagem? Super-hiper legal!!! Deu muita vontade de conhecer Sydney! Quem sabe no futuro!!! Parabéns RotaKids pelo excelente post, muito explicativo! O leitor se sente lá!!! Que venham mais posts e, sobretudo, mais viagens, quando Deus permitir!!!

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