Terceiro dia no Japão. Dia de dar “até breve” à capital e finalmente embarcar no Shinkansen, trem bala, com destino a Osaka.
Como já foi dito nos posts anteriores, estávamos hospedados muito perto da enorme estação de Shinjuku e portanto o trajeto até ela foi feito a pé mesmo – mais um ponto positivo em andar com malas de bordo, pequenas e mais leves são muito melhores para se locomover na cidade.
Sempre preferimos chegar bem cedo na estação para ir até a central e marcar não só o trem como os assentos que iremos viajar. Mesmo com bastante antecedência não conseguimos os assentos juntos nem do lado direito do trem, por onde conseguiríamos ver o tão famoso Monte Fuji, de fato um atrativo turístico muuutito procurado! Mesmo assim conseguimos sentar dois a dois pelo menos.
É uma viagem de aproximadamente 3 horas de trem até Osaka, mas é bastante tranquila e confortável. Todas as cadeiras são reclináveis e com mesinhas pra refeições. Mesmo que você não tenha levado o seu lanchinho, atendentes passam com carrinhos de snacks vendendo bebidas e pequenos lanches. O difícil é entender o que elas falam…
Rafael ficou monitorando no GPS o ponto de maior aproximação do Monte Fuji. Quando estava bem pertinho, ele foi para a porta do vagão, que tem uma grande janela, e conseguiu fazer belas imagens. Mesmo esta janela estava concorrida, e ele só conseguiu tirar as fotos pela gentileza de um casal de idosos japoneses que cedeu o lugar para ele observar! Mais um exemplo da cordialidade deste povo, que presenciamos ao longo desta viagem.
Enfim Osaka! Osaka é uma cidade muito importante na história, economia e cultura japonesas. Uma cidade que nos hospedou por alguns dias e de onde partimos para conhecer outros destinos também.
Chegamos em Shin-Osaka, a estação central do trem-bala na cidade e seguimos para a estação Namba do metrô, que ficava mais próxima ao nosso hotel. Aqui optamos pelo Ibis Styles, mas quando escolhemos mesmo olhando no mapa e vendo imagens no street view não tínhamos idéia que estávamos em um lugar tão peculiar, repleto de comércio e restaurantes ao longo do rio.
Somos fãs da rede Accor, mas o atendimento dos hotéis no Japão foi bem acima da média. Ao chegarmos no nosso quarto em Osaka, nos esperava um kit de boas vindas:
além de quatro garrafas d’água, de cortesia:
Tem uma história legal sobre as garrafas d’água do Ibis Styles de Osaka, que vocês verão nos próximos posts. Por enquanto, apenas lembrem que ganhamos quatro garrafas hoje…
Deixamos tudo no hotel e saímos para explorar e almoçar. Foi até um tanto difícil escolher a princípio um lugar para almoçar, mas quando de longe avistamos o “Bolhinha”, um enorme peixe baiacu pendurado na fachada do restaurante, pronto! Rafael tinha esse desejo de comer sashimi de baiacu (fugu), daí resolvemos o problema.
O detalhe para esse almoço foi a pressa da atendente, ainda nem tínhamos nos entendido com o cardápio e ela já voltou querendo tirar o pedido, tudo muito rápido, e o restaurante estava vazio. Ainda bem que o menu tinha foto pois daí conseguimos desenrrolar mais rapidamente, mas a maioria dos lugares , depois percebemos isso, tinha foto dos principais pratos e menu em inglês. Thank God!
Nossa idéia ainda era ir ao templo Shitenoji e ao Flea Market (mercado das pulgas mamãe?) que eram bem próximos, e de fato deu pra ter uma idéia do mercado mas não deu pra comprar ou mesmo olhar muita coisa pois chegamos já bem perto da hora do encerramento, e eles são bem rigorosos com regras e horários, se uma coisa fecha às 17:00 horas, às 16:30 eles já estavam arrumando tudo para fechar as barracas.
E, corremos para o templo budista que a princípio muito se assemelhava com o Meiji de Tóquio que havíamos visitado, só que aquele era xintoísta. Ah mas cada templo tem sua peculiaridade, cada estátua de cada Buda uma história, cada construção com suas cores e detalhes arquitetônicos muito diferentes dos que estamos habituados a ver nas construções ocidentais.
Mesmo com o sol já querendo ir embora ainda tivemos pique para ir até a região conhecida como Electric Town, uma área repleta de lojas de eletrônicos e acessórios, além de outras tantas lojas com objetos de personagens de mangás e desenhos japoneses como Naruto e Dragon Ball. Até mesmo as princesas da Disney eram representadas com feitio de mangá em bonecos perfeitos e até bem caros para o nosso bolso.
Um dos destaques da região é a Kiddy Land, uma loja de brinquedos voltada para crianças e adultos também! Milhares de brinquedos, modelos, trens, carros, aeromodelos, espalhados em vários andares. Enfim, uma loucura!
E lojas de brinquedos que os três ficaram encantados com as miniaturas e as bonecas.
Isabel foi atrás da Sylvanian Families, que tem centenas de modelos diferentes por aqui. A Beatriz queria comprar uma Licca-Chan, uma boneca que é a Barbie Japonesa. E o Rafael estava atrás de Transformers, que também só são fáceis de encontrar por aqui.
Anoiteceu e continuamos andando, seguindo em direção ao hotel e aproveitando o passeio. Muitas pessoas pelas ruas, passeando e visitando as lojas.
Antes de voltarmos ao hotel jantamos em um restaurante no caminho.
Como já falei anteriormente a região do hotel era de muito burburinho de comércio e restaurantes, de noite então a galera saía e enchia as ruas dos arredores. Muito me chamou atenção as moças bem vestidas chamando atenção dos rapazes e os inúmeros Maid Cafés, inclusive um na esquina do hotel onde as meninas ficavam na porta vestidas de cosplay, com cabelos coloridos e roupas curtas e chamativas, elas na realidade são pagas para conversar com os rapazes para que eles se sintam mais a vontade com as outras garotas, muito curioso isso…
O Ibis Styles, além de muito bem localizado, possui uma 7-Eleven dentro dele, o que facilitava muito para comprar snaks, sucos e salgados tradicionais locais para um lanchinho.
Dia no fim e amanhã mais uma aventura nos aguarda nas terras nipônicas.
See Ya!
Dicas deste post
O Japão é um país para ser apreciado através do trem. As malhas são excelentes e o trem-bala tem todo um glamour que não vemos mais em outros lugares ou em outros meios de transporte.
O baiacu é saboroso mas um tanto quanto borrachudo no formato de sashimi. Comemos também ele frito, e aí o sabor e a consistência sobressaiu. Sobrevivemos!
O principal erro que cometemos nesta viagem foi não conseguirmos nem de perto imaginar o tamanho das lojas no Japão. A quantidade e variedade das lojas de brinquedos e de departamentos é absurda. Devíamos ter reservado um dia inteiro só para isso. Ainda assim, conseguimos conhecer algumas lojas razoavelmente bem.
A Kiddy Land é imperdível, para crianças e adultos também! Existem filiais em diversas cidades.
Se seus filhos gostam de Sylvanian Families, saiba que eles foram criados em 1985 aqui no Japão. Então é muito fácil encontrá-los em todas as seções de brinquedos, por preços ridiculamente baixos (estamos falando de miniaturas a partir do equivalente a cerca de 20 Reais!!)
Não perca a chance de conhecer as Konbinis, como são chamadas as lojas de conveniência, tais como 7-Eleven e Family Mart. Muitos produtos, comidas e bebidas, lanches , remédios entre outros. Os salgados são deliciosos!
Ainda adaptando ao fuso, fomos dormir tão cedo, para o horário de Tóquio, que às 3 da manhã todos estavam acordadíssimos e sem ter o que fazer…
Daí lembramos que perto do hotel tinha uma filial da loja Don Quijote e que a mesma era 24 horas, então resolvemos matar o tempo por lá, e de quebra já olhar algumas coisinhas até a hora que o café da manhã seria servido no hotel.
Primeira coisa que percebemos foi que mesmo estando de madrugada ainda tinha muita gente na rua, e talvez por isso também nos sentimos muito seguros em andar a essa hora com crianças pelas ruas.
Segundo, a galera voltando da balada, muito turista de “cara cheia” e aí sim vimos alguma sujeira nas ruas transversais onde ficavam a maioria desses bares, mas que logo ao amanhecer o trabalho de limpeza já havia sido feito. Todo trabalho é feito como muito esmero e exatidão, respeitando à risca os horários e regras estabelecidas.
Voltando a falar da Donki, apelido carinhoso da já referida loja de departamentos, essa tinha 4 andares e logo de cara elas já viram algumas coisas que já tinham pesquisado previamente e estavam na “wish list” – a maioria coisas fofinhas como material escolar temático como canetas e estojos de panda e pokemón. Além dos Kit Kat de sabores diferentes e outras guloseimas, ao meu ver nem tão saborosas, esquisitas mas que valeria a pena provar.
O Japão tem ma relação de amor pelos Kit Kats – existem centenas de sabores diferentes nas lojas, nas estações de trem e em lojas exclusivas! Tem sabors qe só existem em algumas cidades ou até em algumas estações de trem ou aeroportos. Foi muito divertido tentar experimentar o máximo possível de “interpretações” diferentes em cima do mesmo chocolate!
Ainda de madrugada, avisamos o Godzilla atrás de um prédio!
O sol foi raiando e resolvemos voltar ao hotel para de fato iniciar nosso roteiro do dia em Tóquio e tomar nosso primeiro café da manhã.
Saímos dalí a pé mesmo em direção ao parque Yoyogi, onde fomos visitar o primeiro templo dessa viagem -o Santuário Meiji, Meiji Jingu, um templo xintoísta um dos mais importantes do Japão em razão de ser dedicado às “almas divinas” do Imperador Meiji e de sua consorte, a Imperatriz Shoken. O templo está localizado dentro do parque e cercado por uma floresta. O caminho por dentro do parque por si só já é um passeio bem agradável e muito legal. No entanto antes de chegar ao Parque nos deparamos com mais curiosidades do dia a dia do Japão.
Tudo é muito fofo, até os canteiros de obra!! kkkk
A religião xintoísta é uma das mais difundidas no país juntamente com o Budismo, não há de fato uma religião oficial no Japão, e esta é uma tradição ao meu ver um tanto peculiar aos olhos do ocidental. Aqui vemos toda a importância e grandiosidade dada aos Deuses, o respeito aos costumes e rituais, respeito aos lugares e às pessoas, bem como a sua conexão com a natureza ao seu redor e de como tudo interage e de fato parece ter sido pensado e relacionado pra estar ali.
Seguimos todas as tradições e recomendações de costumes locais, para não cometer nenhuma gafe. Passamos pelo portal e fizemos a reverência e antes de passar pelo segundo portal e entrar na parte do templo propriamente dita, um enorme pátio de adoração e oração aos Deuses. A edificação em si fica fechada com os objetos sagrados da imperatriz, abrindo em datas e horários específicos para adoração.
Antes de entrar no entanto é preciso se preparar para encontrar com os Deuses, e se limpar. Por isso há espaços reservados para “purificação” onde lava-se as mãos e boca antes de entrar no templo e colocar sua oração aos Deuses. Seguimos o ritual e nos lavamos na gélida água natural.
Agora sim entramos no templo e vimos o ritual da oração, ao qual seguimos, joga a moeda, bate palmas para chamar os Deuses, faz-se a oração e em seguida bate palma novamente pra terminar. Todos esperam sua vez e repetem o ritual igualzinho. Até filmei um pouco, e vocês podem ver nesse nosso vídeo…
Outra coisa muito peculiar eram os amuletos, vendidos na lojinha junto às edificações da galeria Meiji do templo. Eram de todo tipo e para qualquer coisa: sorte, amor, paz, saúde, prosperidade, dinheiro, bom parto, passar na prova, passar de ano, boa viagem e por aí vai… Uma infinidade! E curiosamente, algo que até agora me pergunto, tinha um ponto de reciclagem de amuleto, do tipo: Deposite aqui seu amuleto antigo. Aqui a lei de Lavoisier é elevada a um novo patamar, tudo se recicla, até os amuletos!
E ainda você pode comprar uma plaquinha de madeira e escrever um pedido seu ou para alguém e pendurar no templo pra os Deuses.
Seguindo pelo parque ainda encontramos um lugar onde produtores que fizeram doações para a consagração do templo tem seus nomes gravados em tonéis de saquê e barris de vinho formando um belíssimo mural que se tornou um atrativo turístico do local. Os vinhos são franceses, em uma curiosa história de amizade entre os povos.
Saindo do parque, nossa próxima parada seria rumo ao curioso e cultural bairro geek de Harajuku, onde além de conhecer o bairro, o foco era almoçar no famoso Kawaii Monster Café. Como ainda era cedo, fomos passear um pouco e como diria a minha avó: Olhar as modas!
E bem perto do prédio onde se localizava o café encontramos, para a surpresa e maravilha da Bia, uma loja de BT21 . Agora se você – como eu – não conhece muito do mundo K-POP deve estar se perguntando: What? Ela vai explicar:
(texto abaixo feito pela Beatriz)
BT21 são personagens que cada integrante da boyband BTS criou. Têm 7 personagens representando os integrantes, e o oitavo representa a banda, como um todo. Na loja, tinham várias estátuas desses mesmos personagens, além chaveiros, canetas, bichinhos de pelúcia e até mesmo fones de ouvido!
A loja tem 4 andares enormes, e para enlouquecer mais ainda as army’s, no quarto andar tem o projeto original dos personagens, com a assinatura dos próprios integrantes da banda.
(fim do texto da Beatriz)
Enfim chegamos ao Kawaii Monster café, para entrar eles te explicam que paga uma entrada como uma espécie de couvert artístico. Você pode ficar no restaurante por 90 minutos e cada pessoa TEM que pedir um prato de comida e uma bebida. Mas quem vai contar um pouco é a Isabel:
(texto da Isabel)
Um lugar lindo e maluco. O mascote do restaurante é um monstrinho muito fofo que anda acompanhado das monster girls. Nós fomos no dia certo bem no aniversário do mascote. Lá tinha comidas e drinks malucos. Bel pediu um macarrão colorido e uma soda que vinha com dois tubos de ensaio com duas cores de corante vermelho e amarelo, como se fosse uma experiência de laboratório:
Bia escolheu um prato de batata frita com diversos molhos e uma bebida de leite condensado e maracujá, não tava lá muito boa essa bebida, mas…
Rafael pediu um prato normal – ele pediu porco com arroz e para beber um suco com frutas .
E Roberta pediu camarão com pipoca e para beber uma bebida tão ruim que a gente nem conseguiu identificar. De fato a gente ficou trocando os pratos e assim todos provamos um pouco de tudo, como um rodízio.
(fim do texto da Isabel)
Nesse meio tempo, de repente começou a tocar uma música e as Monster girls juntamente com o tal monstrinho fofo, começaram a dar um show dançando e cantando ao redor de uma grande alegoria em formato de bolo de aniversário/carrossel. Aliás você pode tirar uma foto com todos os personagens lá por 1000 yens se quiser e dar uma volta no tal carrossel. As meninas adoraram, mas de fato não entendemos muito do show em japonês, deu pra entender depois que era aniversário do monstrinho, o Choppy. Há ainda um bar e uma gift shop com produtos das monster girls e choopy, é um restaurante experiência turística dentro do curioso geek bairro de harajuku.
Depois deste lugar um tanto inusitado, ainda tínhamos um ponto turístico na região de Shibuya para visitar antes de pegar o metrô de volta a Shinjuku e ao hotel: visitar a estátua do cão Hachiko. Muitos conhecem a história do cão da raça Akita que ia esperar seu dono todo dia na estação de trem e assim o fez mesmo depois do mesmo já ter falecido. Hollywood eternizou a história no filme estrelado por Richard Gere. Os japoneses acham que dá sorte passar a mão na pata da estátua e tem uma verdadeira fila de gente para tirar foto com a estátua do mais fiel cão da história japonesa.
Antes de deixar a região de Shibuya registramos a mais famosa travessia do Japão, um cruzamento em diagonal onde uma verdadeira multidão de pessoas atravessa para todos os lados, pasmem na maior ordem possível sem nem mesmo esbarrar uns nos outros…Dá para observar o tamanho da encrenca aqui neste vídeo que fizemos.
Por fim pegamos o metrô de volta ao hotel pois no outro dia o destino era um pouco mais longe: vamos pegar o trem-bala para Osaka!
See ya
Dicas deste post:
Devido à adaptação ao fuso horário, procuramos fazer neste dia um roteiro bem relaxado, com lugares mais contemplativos. Pode ser uma estratégia para não forçar tanto o organismo, ainda não sincronizado com o fuso local.
A Donkijote é uma loja entulhada de itens de todos os tipos, vale a visita para ver a variedade de produtos. Bom também para comprar diversas lembrancinhas num excelente preço.
Fomos em várias Donkis durante a viagem, todas 24 horas. O comércio fecha normalmente cedo no Japão, então a Donki quebra um galhão para comprar coisas no final do dia.
Existem Kit Kats dos mais diversos tipos, porém alguns são específicos de algumas cidades e até mesmo de algumas estações de trem ou aeropoortos! Então se vir um Kit Kat que deseja experimentar, compre logo, pois pode ser difícil de encontrar o mesmo sabor em outro lugar!
É sempre bom consultar um guia de etiqueta ao visitar algum templo de uma religião que não a sua. Evita pagar mico ou cometer uma ofensa mais grave. A maior parte dos templos que visitamos era xintoísta e budista. Apesar de rituais semelhantes, eles tem sutis diferenças, que é de bom tom observar.
Tanto a estação de Shinjuku quanto a de Shibuya são extremamente movimentadas. Ajuda muito se for pegar o trem/metrô fora do horário de pico – entre 8-10 da manhã e 17-19 da noite.
Sim, nossa última rota foi para o Japão! Muitos de vocês que nos acompanham pelas redes sociais já puderam ver um pouquinho do que postamos online dessa viagem inesquecível, planejada desde que chegamos da última rota, que foi a de New York em fevereiro de 2018.
Aliás, isso acontece muito, toda vez que chegamos de uma viagem, já fazemos uma reunião de família e começamos a pensar nos nossos prováveis próximos destinos, onde cada um gostaria de ir conhecer ou visitar, e a partir disso começamos a pesquisar a viabilidade desses destinos e… pimba! Foi assim que aconteceu essa viagem. Estávamos pesquisando no site da Multiplus (como sabem, a gente viaja muito acumulando pontos e usando por troca em passagens aéreas) e vimos que Tóquio estava com um valor em pontos muito vantajoso para viajar em janeiro de 2019.
Caraca, quase um ano antes! Por isso mesmo! Foi uma sorte, hoje se procurarem não acharão o mesmo preço que pagamos, nem agendando com essa antecedência. #turismodeoportunidade.
Tivemos um ano para estudar o país, os costumes, montar o roteiro, estudar rotas e transportes, atrativos turísticos e dentre todos eles selecionar o que a gente de fato queria e conseguiria visitar/fazer em 14 dias na Terra do Sol Nascente. Tarefa árdua, e para isso Rafael até começou a aprender a ler e falar um pouco de japonês, até as meninas sabiam algumas frases. Confesso que sabia apenas Arigatô!
Nosso voo saiu do Rio na quinta-feira dia 17, com destino a Tóquio e escala de apenas 1 hora e 50 min em Londres. Tenso!
Apesar de saírmos dia 17 do Rio de Janeiro, só chegaríamos de fato em Tóquio dia 19 de Janeiro pela manhã (11h e 50min até Londres + 11h e 50 min até Tóquio), quase 24 horas de viagem somadas ao fuso (diferença de 11 horas por conta do nosso horário de verão). Cansativo mas nem tanto, nosso voo foi relativamente tranquilo, com um serviço muito bem feito por parte da Cia British Airways. Viajamos com malas de bordo apenas (conforme nosso vídeo no Youtube!), o que facilitou muito o desembarque e re-embarque em Londres (passando pela segurança), pois já deixamos tudo planejado devido ao curto tempo da conexão.
O voo foi tranquilo. Ele passa por cima da Escandinávia e da Sibéria, antes de chegar ao Japão. Chegamos no horário e a organização japonesa já impressiona no desembarque, com várias pessoas orientando e auxiliando. O processo de imigração é automatizado para os registros de fotos e digitais. Posteriormente passa-se por um funcionário, muitíssimo educado, que faz algumas perguntas padrão. Em pouco tempo já estávamos na área comum do aeroporto.
Ao descermos para o nível das estações de trem, nos deparamos a primeira vez com as Gachas – As maquininhas de vender brinquedinhos em cápsulas que estão em todo lugar!
Quando chegamos ao aeroporto de Narita em Tóquio e desembarcamos, ainda teríamos que fazer algumas coisas no terminal antes de ir para o hotel. Primeiro, tínhamos que comprar o bilhete do trem que faz o transporte entre o aeroporto e a cidade em si, o Narita Express (N’EX) . O bilhete é comprado no escritório da Japan Rail (JR). Fique tranquilo – tudo é muito bem sinalizado e as informações também são apresentadas em inglês. ao marcar o bilhete determina-se também a volta, se você quiser já pode deixar até os assentos marcados para o dia da volta ao aeroporto.
No mesmo lugar também trocamos os vouchers do JR Pass, que é um passe especial para turistas que dá direito ao uso ilimitado dos trens (locais e intermunicipais, incluindo muitos dos Shinkansen – os famosos trens-bala japoneses) por um determinado número de dias. Os vouchers foram comprados previamente no Brasil junto a agencia Quickly Travel, um dos agentes oficiais da JR no nosso país. Compramos JR Passes para serem usados por 7 dias – ao trocar o voucher, você já diz qual é o primeiro dia que você vai usar e durante 7 dias pode utilizar quantas vezes necessitar por toda a rede de trens da JR. Muito bom, né?
Só aí pegamos o N’EX rumo a Shinjuku onde ficamos hospedados no hotel Ibis Tokyo Shinjuku.
A viagem dura aproximadamente 1 hora, mas já estávamos todos muito ansiosos para chegar e ver o que nos aguardava nessa cidade cosmopolita.
O primeiro choque de realidade com o nível do transporte no Japão veio justamente no N’EX. Quando pesquisamos o trem, o site dizia que ele ia direto do aeroporto de Narita até Shinjuku ou Yokohama, que são lugares completamente diferentes. Como o trem pode ir direto para dois lugares tão separados?
No meio da viagem, o trem anuncia, em inglês:
“Obrigado por utilizar o Narita Express. Você está no vagão 11. chegando na próxima estação, os vagões 1 a 6 seguirão para Yokohama, e os vagões 7 a 12 irão para Shinjuku”
O trem simplesmente se divide em dois, e cada metade vai para um destino diferente. Uma solução inteligente para que cada passageiro não precise fazer baldeação no meio do caminho, indo sentadinho até seu destino final!
Desembarcar em Shinjuku, uma das maiores estações de Tóquio (na realidade, é a estação com maior fluxo de passageiros diariamente no Mundo!), de onde saem linhas de trem locais e intermunicipais além de metrô pode parecer até um tanto aterrorizante e você pode se sentir perdido ali embaixo. Por isso o planejamento e o estudo do lugar é tão importante. Hoje em dia então, com o auxilio da tecnologia pode-se até fazer um tour virtual por alguns lugares e assim eles não se tornam tão estranhos a primeira vista. O importante é localizar a saída mais próxima da onde você está indo, e isso pode ser um tanto complicado. Lá embaixo tem dezenas de lojas, restaurantes, cafés e outros tipos de comércio e serviço. Por sorte ,havíamos saído próximos a saída correta e com a ajuda do gps, wifi free em todo lugar, conseguimos nos localizar em Shinjuku e seguir para o hotel que ficava a poucas quadras dali.
Costumamos ficar preferencialmente em hotéis da rede Accor pois somos clientes fidelidade gold, e reservamos as hospedagens também com pontos. Em Tóquio optamos pelo Ibis Tokyo Shinjuku e ficamos em um quarto triplo que acomodou bem, ainda, nós quatro. Deixamos as malas, tomamos um banho e trocamos de roupa, afinal foram 24 horas de avião, mas sem descansar muito partimos para o primeiro atrativo na Terra do Sol Nascente: rumamos para o Tokyo Dome, onde iríamos no Furusato Festival Tokyo, um festival no estádio onde teria uma mostra de comidas típicas de todo o Japão, artesanato, atrações musicais regionais durante todo o dia. Achamos que seria uma boa oportunidade pra mergulhar de cara na cultura oriental logo nas primeiras horas sem ter que fazer muitos deslocamentos.
Pegamos o metrô e saltamos na estação próxima ao Dome. O mapa de linhas de metrô e trens de Tóquio pode ser um tanto assustador, aquele monte de linhas coloridas e estações com nomes complicados, daí vale mais uma vez a dica de que se deve estudar previamente, pois não tem a necessidade de gravar aqueles nomes difíceis. A identidade visual é muito bem feita, cada linha tem uma cor e uma letra e as estações não numeradas em ordem , assim só é preciso saber qual linha pegar (isso o próprio Google Maps mostras as melhores opções) ,saber em qual número é a sua estação e qual o número da estação para qual deseja ir, fácil?
Junte a tudo isso crianças contigo e um mundo de japoneses muito bem educados mas que andam extremamente apressados, e um sistema de cobrança do metrô bem complexo!
O metrô do Japão cobra pela distância entre dois pontos. Assim, para você comprar um bilhete individual, você precisa olhar um mapa gigante das estações, que indica, de acordo com o seu destino, o preço a pagar. Aí compra-se um bilhete individual, direto na maquininha, colocando o valor desejado. Complicado né? E é mesmo! Mas existem alternativas mais fáceis como os cartões pré-pagos. Optamos por utilizar o Suica.
O Suica é como um cartão pré pago do metrô, mas que também é aceito nos ônibus, trens e outros modais e ainda em alguns estabelecimentos comerciais, vending machines e etc. Daí a vantagem , só era preciso carregar um valor e ir descontando à medida que ia passando. Detalhe: o cartão das crianças é diferente, mais barato, a passagem é mais barata também.
Como o preço cobrado é dependente da estação onde você sai, você passa o cartão na entrada mas não é descontado. Ao sair, é debitado o valor correto.
Depois de comprar os cartões Suica, um para cada pessoa, e de encararmos o metrô, chegamos vislumbrados ao Tokyo Dome, que além do Estádio de Beisebol, que neste dia estava abrigando o evento, abriga em seu redor todo um complexo de compras, restaurantes e diversões chamado Tokyo Dome City.
Apesar das meninas terem ficado deslumbradas pelos brinquedos na Tokyo Dome City, nosso foco hoje era o Furusato Festival, e seguimos para a bilheteria para compra dos ingressos. Nosso primeiro choque de realidade, uma organização exemplar e fila reservada para o turista (com preço descontado!), então compramos o ingresso rapidinho e seguimos para a entrada.
Como em qualquer grande evento passamos pela revista da bolsa e logo depois passamos pela porta giratória, onde sente-se a pressurização. O teto do Dome é inflado e mantido no lugar em parte pela pressão interna, mais alta que a pressão atmosférica.
Assim que entramos pudemos ter a dimensão do tamanho desse evento!
Imagina um Maracanã cheio de barracas de comida, e uma parte do gramado e em outra shows de música, dança e folclore regional sendo exibidos para o público educadamente sentado na arquibancada. Aliás, todos os acessos também eram sinalizados, só se descia por um lado e subia por outro e em todo lugar pessoas orientando, não se pode parar no caminho de acesso. Para se ter uma idéia era como uma grande Feira da Providência com shows na escala de carnaval de escola de Samba.
Os Japoneses adoram espetáculos, luzes, cores e festividades, isso deu para ter certeza nesse festival que tinha de tudo um pouco. Curtimos algumas comidinhas e alguns dos shows. Mas ao pararmos na arquibancada, o cansaço bateu com força. Afinal, para o organismo já era de madrugada!
Voltamos para o Hotel e ao sair do estádio as luzes estavam ainda mais bonitas, para nossa surpresa e deleite do olhar.
E quando voltamos a Shinjuku e ao hotel, olha a rua. Parece a Times Square em New York. Muitos letreiros acesos, luzes e sons e pessoas!
Já ansiando por mais um dia de aventuras do outro lado do mundo, Ffmos dormir para repor as energias, com uma longa noite de sono!
… ou não, talvez não tão longa. Confira no próximo post.
Por hoje é só pessoal!
See ya!
Dicas deste post:
O inverno é uma boa época para ir ao Japão. Apesar do frio, não chove praticamente, tornando as caminhadas agradáveis.
Todos os lugares ainda estavam com as luzes de inverno, o que torna os passeios à noite muito bonitos!
O ar é muito seco nesta época em Tóquio. Procure levar um lip balm para o lábio não rachar e beba muito líquido. Cuidado com a eletricidade estática e os fatídicos choques em objetos metálicos – inofensivos mas assustam!
Procure comprar o JR Pass ainda no Brasil. Está em fase de testes uma venda direto nos aeroportos no Japão, mas é melhor não arriscar e já comprar aqui. Compramos o nosso pela Quickly Travel.
A escala em trânsito em Londres também precisa que você passe pelo raixo-X. Tenha todos os produtos líquidos já separados em Ziplocks pequenos, e transparentes, que devem ser retirados da bagagem para agilizar o processo.
Novamente viajamos com malas de bordo, o que garantiu agilidade para sair da área interna. Graças a isso, trocamos o JR Pass sem muitas filas, pois o resto do voo ainda estava lá atrás pegando as bagagens na esteira.
O cartão Suica pode ser adquirido em máquinas específicas. Para as crianças, por ter preço diferenciado, o cartão deve ser adquirido na cabine da JR, com um funcionário que irá digitar os dados das crianças. Muito rápido e normalmente os funcionários da Japan Rail falam inglês.
Para navegar no metrô de Tóquio, decore qual é a letra e número da estação de seu hotel (a mesma estação pode ter mais de uma letra/número, se atender mais de uma linha!). Depois é só ver o número e letra da estação para onde quer ir e navegar. A sinalização é muito intuitiva.
Existem dezenas de saídas nas estações principais, várias saindo dentro de prédios e lojas de departamentos. A dica é decorar a mais próxima do hotel e também as que tem elevador ou escada rolante, para quando estiver cansado. Muitas estações ficam vários níveis abaixo do nível da rua, então anda-se bastante até chegar ao ar livre.
A maioria das estações possuem dezenas de lojas, praticamente shoppings inteiros nos subsolos. Vale dar uma voltinha!
O Narita Express possui preço diferenciado para comprar ida e volta ao mesmo tempo. Note que para isso, o bilhete deve ser usado em até 14 dias!
Nos hospedamos novamente nesta viagem em hotéis da Accor. A fidelidade Gold já garante um drink de boas vindas na entrada para cada hóspede, além de vários mimos, como doces, pequenos snacks típicos e etc. No Japão, acho que o tratamento foi ainda melhor do que o que já estamos habituados.
Como sempre, começamos o dia cedo e partimos para um bairro tradicional da cidade, o lar dos imigrantes asiáticos sobretudo os chineses, Chinatown.
As Chinatowns foram criadas em vários países, por volta do século XIX e de acordo com as leis discriminatórias que proibiam a venda de terra a chineses ou restringiam tal venda a uma determinada área da cidade, segregando os chineses do resto da sociedade.
Esta área e arredores, principalmente a pracinha de Columbus Park, constituía a região de Five Corners, ponto central dos imigrantes mostrado no filme Gangues de Nova York, de Martin Scorcese.
Hoje, a de Manhattan, abriga também parte de imigrantes vietnamitas e de outras regiões da Ásia, que aqui têm suas lojas e comércio de produtos típicos de sua cultura, seja artesanato, comida ou vestuário.
Fomos de metrô até a pracinha que é o início da região de Chinatown e começamos a explorar.
No caminho, passamos por um lugar muito peculiar: Encontramos o African Burial Ground, monumento dedicado ao antgo cemitério de escravos que aqui se localizava:
Estima-se que 15000 escravos ou negros libertados foram enterrados nesta região da Lower Manhattan. Nova York teve a segunda maior população de escravos dos EUA, e em certo momento os escrqavos constituíam 1/4 da população.
Seguindo em frente, através de um quarteirão de prédios do governo, chgamos a Columbus Park, a pracinha bem nos limites de Chinatown.
Ainda bem cedo os playgrounds estavam bem vazios por conta do frio e do horário escolar, mas encontramos aqui já uma diferença: muitas pessoas de meia idade praticando yoga e tai chi, pacificamente cada um respeitando seu espaço e seu tempo.
Tudo é muito bem conservado e limpo, o conceito de espaço urbano de lazer e uso coletivo é respeitado ao pé da letra! As meninas gostaram muito de brincar e conhecer até novos brinquedos e opções de diversão e lazer público.
Depois de algum tempo no Columbus Park e arredores caminhamos pelo bairro e logo vimos uma rua repleta de casas funerárias e um cortejo funerário saindo, não fotografamos por receio de estar desrespeitando o momento e a cultura desse povo, mas foi bem curioso!
Notamos que muitas ruas tem seus temas: as ruas das comidas, dos utensílios de cozinha, dos produtos frescos, dos artefatos de ouro… Tudo escrito em chinês e quase nada visível de inglês. Parece que nos transportamos para outro continente.
Comida exposta na vitrine, muitos patos…
Vista de uma das ruas, ainda era cedo para a movimentação do transito
Muitas ruas repletas de pequenas lojas, muitas vendendo frutas, legumes e verduras frescas e muitos açougues vendendo especialmente patos. E restaurantes que anunciavam especialidades feitas com pato. No entanto já havíamos escolhido aonde almoçar: O restaurante Jing Fong
A Jing Fong foi fundada em 1978 como um restaurante e ao entrar e subir as grandes escadas rolantes, você encontrará uma atmosfera movimentada que incorpora todos os elementos essenciais do “yum cha” – um brunch tradicional de dim sum – do jeito que deveria ser.
Foi assim que adentramos nesse mundo oriental e fomos convidados a sentar e nos servir. Cada mesa comporta 8 lugares, você recebe uma cartela com os pratos a serem servidos e as “garçonetes”passam com carrinhos cheios de pratos diversos, ao escolher uma iguaria ela serve e marca na sua cartela o prato que foi servido para consumo. Assim ao final da refeição, que pode durar o tempo que desejar ou que seu estômago aguentar, é só ir ao caixa e acertar a conta. Prático não? Sim mas alguns pratos eram, digamos um pouco exóticos demais e elas não falavam muito bem o inglês e nós tão pouco mandarin, no?
Os carrinhos passam direto uma atrás do outro com pratos doces e salgados, muitas vezes é até difícil distinguir uma iguaria doce de outra salgada, faltou estômago pra provar um pouco de cada coisa. E ainda pode-se ir ao balcão e servir-se de outros pratos quentes como yakisoba e outras massas. Uma dica é ir no site do restaurante, eles tem fotos de todos os pratos, ou pelo menos os principais.
Saímos dali fartos e ainda procurando um lugar para comprar pequenas lembranças dessa cultura oriental, mas no final eram tantas opções que ficava difícil escolher.
E claro mesmo com todo frio do mundo não deixaríamos de provar o sorvete da Chinatown Ice Cream Factory, com sabores tão exóticos quanto os nomes, nem mesmo o atendente soube me explicar que gosto tinha o tal sorvete verde e o roxo.
De fato eram uma delícia, parecia um misto de tuti-fruti e batata doce!
Próximo dali ainda na região dita Lower Manhatan encontramos a Igreja da Transfiguração (construído em 1801 como Sião Igreja Episcopal Protestante 1853 comprado pela Arquidiocese de Nova Iorque), na esquina das Ruas Mott e Mosco.
Muito peculiar e mostra mais uma face da cidade que outrora já se mostrava globalizada, seja culturalmente ou religiosamente falando.
A igreja tem missas em inglês e cantonês e é a maior congregação chinesa católica dos Estados Unidos.
Como o dia ainda não havia terminado mas nossa programação para ele talvez sim, resolvemos repetir um programa que gostamos muito, e voltamos ao cinema. Desta vez fomos ver Peter Rabbit que havia acabado de estreiar – e novamente as meninas se divertiram muito e compreenderam o filme mesmo sem conseguir traduzir ao pé da letra tudo que ali havia sido dito. Valeu de novo Cultura Inglesa!
No dia seguinte ainda conseguimos dar uma última volta no Rockfeller center e arredores antes de ir ao aeroporto, novamente de metrô, e pegar nosso voo de volta ao Rio, mas já com saudades dessa cidade!
No mais assim termina a nossa aventura na Big Apple e já nos preparando para novas viagens, e voos ainda mais longe…
Vá sem medo no Jing Fong. Pode pedir bastante coisa e comer muito, mesmo sem saber o preço de cada item (estão em chinês!!). A conta total para nós quatro deu 53 dólares.
Algumas vezes quando viajamos, um dia chuvoso pode ser o fim do passeio daquele dia. Mas quando estamos em New York, sempre encontramos algo para fazer. E caminhar pelas ruas da cidade e descobrir novos lugares, nisso somos especialistas, pois pesquisamos bem os lugares antes de cada viagem.
Uma das curiosidades que descobrimos sobre Manhattan foi que, apesar das ruas numeradas existe uma rua bem especial entre elas…
A Avenida 6 1/2 é uma via de pedestres que fica entre a Sexta e Sétima Avenidas (meio óbvio né?) e que se estende desde a rua 51 até a rua 57.
Esta avenida foi criada pela união de vários POPS (Privately Owned Public Spaces), que são espaços privados mas de acesso e circulação livre de público e permitiu a circulação de pedestres de forma fácil e bem sinalizada.
Na correria da Big Apple, é fácil não perceber mais esta curiosidade, mas vale a pena procurar a Avenida Seis e Meio para tirar uma foto, né? Aproveitamos e seguimos através dela (cortando prédios, galerias, praças e jardisns, na direção geral de Columbus Circle.
A Columbus Circle é uma área próxima ao Central Park com uma rotatória e que foi assim nomeada em homenagem ao navegador Cristóvão Colombo. É uma das praças mais visitadas de Manhattan depois da Times Square e fica bem na interseção da Broadway com Central Park West, Central Park South (59th Street) e Eighth Avenue no sudoeste do Central Park. Ali encontramos muito comércio de rua e malls, por isso resolvemos nos abrigar da chuva em um deles.
No Time Warner Center encontramos um destino indoor icônico que atrai mais de 16 milhões de visitantes por ano, com muitas lojas, restaurantes e espaços para estar e se divertir, além da vista incrível com sua fachada composta de um enorme pano de vidro encobrindo uma arquitetura interna de muito bom gosto e arrojada. E ainda podemos brincar com as estátuas gigantes!
Nosso principal foco era visitar a loja física da Amazon Books, mas encontramos também espaços e exposições bem interessantes, mostrando mais um pouco da vida desta cidade. Havia alguns stands de venda de apartamentos e escritórios em um novo conceito de condomínio que estavam construindo na região próxima a High Line, passamos por essas construções quando visitamos o local. Conceitos bem diferentes, cada edifício tem uma arquitetura só dele, forma e estrutura tanto externa quanto interna e que se integram com os espaços de convivência externos como uma quase mini cidade.
Depois de visitarmos a loja da Amazon books e comprar alguns itens da lista de desejos, aproveitamos a estiagem e seguimos caminhando pela Broadway Avenue onde podemos encontrar outras lojas também curiosas e outras que gostamos de garimpar, como a TJ Maxx. No entanto as meninas curtem mesmo visitar lojas divertidas como a a dos MM`s.
A loja dos MM`s é muito divertida e curiosa, um lugar onde encontramos tudo em termos de gifts temáticos, camisetas, canecas, chaveiros, utilitários de cozinha, dispenser de mm`s e claro muito chocolate!
Chocolate de todas as cores, tamanhos e com sabores diferentes também , confeitos coloridos de chocolate as leite tradicionais e ainda os recheados de caramelo, crocante, o já conhecido amendoim e muito mais, apresentados em diversas cores e em recipientes também variados! Uma loucura de sabor de encher os olhos e as sacolas!
No entanto guardamos o chocolate para comer mais tarde e seguimos ainda pela Brodway onde encontramos a Disney Store, aparentemente tão pequena quanto a de Paris.
Só que não!
Dois andares com os mais variados itens de brinquedos, bonecos de pelúcia, roupas e acessórios temáticos dos muitos personagens dos filmes da Disney e desenhos animados, e ainda , como a Disney agora detém a Marvel e Star Wars, podemos encontrar todo tipo de item relacionados a estes personagens também. É como um lugar para voltar a ser criança e sonhar.
Além disso a loja sempre está com boas promoções e quem entrou querendo comprar apenas uma pelúcia de porquinho acabou levando um porco bem maior e de quebra um Stitch para a irmã também, (como isso vai caber na mala?). Não há como resistir: por 10 dolares comprávamos um mas por 20 levamos dois em tamanhos beeem, maiores… Surreal e bem distante da experiência e preço do Brasil, né? Ainda com o bom atendimento Disney que faz de tudo para sua experiência ser o mais satisfatória possível!
Quase 4 da tarde e ainda não havíamos almoçado (nossa especialidade em viagens é perder o horário do almoço!!!!), hora de procurar um bom lugar para comer e eis que encontramos um de nossos preferidos: Bubba Gump Shrimp Co.!
Sim, o restaurante temático do filme Forest Gump! Com toda decoração voltada para o filme, gift shop e garçons treinados para fazerem trivias com os clientes com perguntas sobre o filme. Aliás, este é um clássico que as meninas ainda não assistiram, ainda precisam de mais tempo para reconhecer todos os detalhes históricos do filme.
O restaurante é porém um lugar onde se pode comer de tudo feito de camarão, bem como havia idealizado o personagem Bubba no filme, e de quebra ainda ficamos em uma mesa com a linda vista da 7th Avenue ao cair da tarde!
Saímos de lá satisfeitos e já de noitinha, mas ainda tínhamos um lugar para visitar antes de finalmente voltar ao Hotel: Carlos’ Bakery! A famosa confeitaria do chefe Buddy Valasco – tudo bem é só uma filial mas tá valendo! Cada um pediu um doce entre as delícias dessa confeitaria, eu e Bel comemos Rabo de lagosta de creme e caramelo, Rafael provou um dos famosos doces italianos( o canoli )e Bia… bem a Bia mesmo não sendo fã de doces provou e aprovou a bomba de chocolate, afinal eram delícias do Cake boss!
É sem dúvida uma visita imperdível e deliciosa, naturalmente não aconselhável para diabéticos. Bolos e doces de encher os olhos e o apetite de qualquer um. Mais um desejo realizado! Agora sim era hora de voltar para o hotel e descansar, nessa viagem que já está quase no fim!
See Ya
Dicas deste post:
A Amazon Books tem preços melhores para os clientes que são Amazon Prime. Vale o investimento.
Mesmo que tenha filas na Carlos Bakery, aguarde. O sabor dos doces é realmente bem diferenciado,
Dá para perder a linha ( e vários dólares) fácil na Amazon Books, M&M’s World e na Disney Store. Vale a pena ter um orçamento bem definido para não se deixar levar pelas inúmeras promoções
Apesar de almoçar tarde ser ruim para a saúde, tem o benefício de pegar restaurantes mais vazios – ou menos cheios. Principalmente na área da Broadway ou Times Square.
Tem um Mickey escondido (Hidden Mickey) na escada rolante da Disney Store. Será que você consegue encontrar?
Grande dia hoje! Vamos visitar um dos maiores símbolos da cidade de New York: Estátua da Liberdade, ou como dizem os franceses – os doadores da estátua aos Estados Unidos em comemoração pela independência do país – Statue de la Liberté. Símbolo de um dos pilares do Iluminismo francês, a liberdade é representada por uma “dama “que representa uma deusa romana da liberdade, que carrega uma tocha e um tabula ansata (uma tabuleta que evoca uma lei) representando a Declaração da Independência Americana.
Dia frio e chuvoso para atravessar a baía, mas mal podíamos esperar para ver esse monumento icônico e mundial! A aventura começa sempre cedo conosco, na tentativa de evitar filas e multidões, afinal era sábado e estávamos indo visitar um dos ou mesmo o maior ponto turístico da cidade. Mesmo assim ainda enfrentamos alguma fila para trocar os ingressos, a diferença é que aqui as filas andam rapidamente!
O local de embarque foi o Battery Park, bem na pontinha da ilha. De lá saem os barcos até a Liberty Island, onde a Dama mora.
Pegamos a primeira barca do dia e resolvemos sentar na parte superior. A vista é fantástica, mas o vento castiga bastante!
A travessia é relativamente rápida – dura cerca de 20 minutos. Aos poucos a Estátua vai se aproximando.
As melhores fotos da Estátua da Liberdade são de dentro do barco ou ainda de longe. Ela é muito grande e com isso fica difícil de pegar ela inteira quando se está muito perto!
Começamos a visita na ilha pelo pedestal e depois fomos ao museu, que fica dentro do pedestal. Não subimos ao topo: muitos degraus para meu joelho!!
O Museu conta toda história da estátua, projeto, concepções, manufatura, execução e transporte, sem excluir claro a questão política por de trás desse presente.
O Museu conta toda história desde do projeto idealizado e projetada pelo escultor francês Frédéric Auguste Bartholdi, que se baseou no Colosso de Rodes para edificá-la. La Liberté foi construída por Gustave Eiffel, o mesmo da famosa torre de Paris. A estátua foi construída em partes na França, trazida para a América em caixas e só então foi montada no pedestal que já havia sido concluído na ilha .
A estátua mede 46,50m. (92,99 m. contando o pedestal). O nariz mede 1,37 metros. O conjunto pesa um total de 24.635 toneladas, das quais 28 toneladas são cobre, 113 toneladas são aço, e 24.493 toneladas de cimento no pedestal. Ficou entre os semi-finalistas do concurso das sete maravilhas do mundo moderno.
São 167 degraus de entrada até o topo do pedestal mas dá pra fazer de elevador também (ufa – foi o que fizemos) , mais 168 até a cabeça e por fim outros 54 degraus levam até a tocha, o que, somados, consistem em um total de 389 degraus, daí o porquê de termos ido apenas até o pedestal. Originalmente construída em cobre, a estátua tinha uma coloração dourada que com o passar do tempo e os efeitos de uma série de reações químicas, alguns sais acumulados deram a ela esse tom verde-azulado que vemos hoje.
Alguns relatos de imigrantes apontam a estátua como um símbolo de que estavam chegando na terra da prosperidade, sensação de alívio e o verdadeiro símbolo de uma nova vida e sobretudo da liberdade!
Além da estátua, na ilha caminhamos um pouco pelo parque existente no local, para ver famoso skyline de Manhattan, por muito pouco tempo já que o frio e a chuva fina não colaboraram para o passeio ser mais agradável. Resolvemos então voltar para Manhattan, mas não sem antes comer alguma coisa em uma das lanchonetes ali existentes e visitar a loja de presentes e souvenirs, para alguns amiguinhos.
Mesmo por detrás das nuvens de chuva é uma bela vista!
Hora de voltar, pegamos a barca de volta e apreciamos a vista. A barca para ainda em Ellis Island, mas devido ao frio e chuva resolvemos não explorar a ilha.
Chegando em Manhattan, partimos para explorar mais um lugar iconico em NYC, a loja Macy’s Herald Square, fundada ainda no século XIX e uma das mais famosas lojas de departamento americanas. A Macy’s rapidamente cresceu e logo abriu mais filiais na Broadway e em outras grandes cidades. No entanto esta filial em especial traz a magia de uma época onde a publicidade ainda era feita com vitrines que de fato eram cenários que contavam uma história e nos remetiam a imaginar, fantasiar e querer um pouco deste mundo. Uma publicidade que girava também em torno dos eventos sazonais que atraíam muitos compradores para a loja, como o evento de natal.
Dentro da loja vimos ainda algumas decorações de natal, afinal o famoso filme “Milagre na rua 34” foi filmado aqui. O Longa original de 1947 que conta a história de um senhor de longas barbas brancas que fica indignado quando percebe que o homem fantasiado de Papai Noel na Parada Anual do Dia de Ação de Graças da Loja de Departamentos Macy’s está bêbado e depois de muitas conversas acaba trabalhando na loja Macy’s da Rua 34, atendendo as crianças como Papai Noel. Um Clássico fime refilmado em 1994 e que até hoje passa na TV na época de natal.
A loja é enorme e conta com uma grande variedade de produtos, muito organizados e com layout bem clean:
Compramos a nossa mala (que já havíamos pesquisado nos dias anteriores) e voltamos andando pra o hotel. Afinal por hoje chega não é mesmo?
See ya
Dicas deste post:
Em fevereiro foi bem tranquilo comprar os ingressos na hora, diretamente no Battery Park. Em épocas mais movimentadas acesse o site do monumento e compre com antecedência.
Há revista/detectores de metais tanto no embarque para o barco quanto na entrada da estátua. Separe tempo para isto e utilize roupas/mochilas fáceis de passar nestes procedimentos
Na estátua e museu não é possível entrar com mochilas ou grandes bolsas, devendo ser guardadas em lockers. Então não leve nenhuma bolsa exagerada senão você não terá como guardar.
A loja mais perto do ancoradouro tem mais variedades e preços melhores que a loja juntinho da estátua.
Um souvenir bem barato e que sempre curtimos são moedas comemorativas ou pressed pennies dos locais. Com poucos dólares no máximo, conseguimos brindes personalizados e que remetem diretamente ao local visitado.
Para subir na cabeça da estátua, precisa utilizar uma escada em caracol muito apertada e centenas de degraus. Não é para todos mesmo. Ainda, a vista lá de cima acaba sendo bem restrita.
Para quem curte uma loja de departamentos bem organizada, com vitrines atraentes, vale muito a visita à Macy’s
Bom a idéia hoje era fazer a travessia da Brooklyn bridge e contemplar a paisagem, mas o frio era tanto que adaptamos o passeio para os arredores da ponte no lado de Brooklyn e ao parque nos arredores.
Pegamos então o metrô em frente ao hotel e fomos direto até o Brooklyn, mais especificamente na região de DUMBO.
DUMBO é a abreviação de Down Under Manhattan Bridge Overpass, e refere-se à região que fica logo embaixo da Manhattan Bridge e arredores. É uma área totalmente revitalizada e cheia de restaurantes e parques, além de uma vista maravilhosa de Manhattan.
Por sua vez, a Ponte do Brooklyn é considerada uma das mais antigas pontes em suspensão nos Estados Unidos, situa-se sobre o rio East, ligando os distritos de Manhattan e Brooklyn. Vimos muitas pessoas fazendo fotos as margens do rio aproveitando a belíssima paisagem.
Apesar do frio intenso continuamos a pé pelo parque, que tem diversas áreas de playground infantil, e não há frio que segure essas meninas em um playground tão bem conservado e desafiador, com brinquedos adequados para a idade delas. O parque tem uma paisagem incrível da ilha e entre outras atrações tem o Jane`s Caroussel.
Um enorme carrossel originalmente criado em 1922 na Filadélfia e só depois de algum tempo e de um minuncioso restauro foi instalado no Pavilhão comissionado pelo Walentas. Pavilhão este, projetado pelo arquiteto vencedor do Prêmio Pritzker, Jean Nouvel. O Jane’s Carossel abriu ao público em 16 de setembro de 2011.
Seguindo andando pelo parque de 34 hectares vimos paisagens belíssimas de inverno novayorquino em jardins que imagino sejam bem floridos em outras estações do ano. Cada pedaço do parque tem algumas atrações e peculiaridades diferentes que agradam aos mais diferentes visitantes. O que realmente faz Brooklyn Bridge Park único, é de fato uma deslumbrante vista para Manhattan. O parque é dividido em seções diferentes: Pier 1, Pier 2, Pier 3, Pier 4 Uplands, Greenway, Pier 5, Pier 6, Squibb Park and Bridge, Main Street, Fulton Ferry Landing e Empire Fulton Ferry.
Fomos passeando de pier em pier, sem muito compromisso com o horário e aproveitando cada descoberta. E em cada pier encontramos playgrounds diferentes e que as meninas sempre achavam um jeito de se divertir.
Já estávamos andando há um bom tempo e era hora de voltar à Ilha. O metrô não ficava tã perto de onde estávamos e não queríams oltar tudo, então pegamos um dos ferries que ligam à ilha. Demos sorte, chegamos na estaçõ bem na hra que um barco estava se aproximando.
Pegamos o barco para atravessar e voltar pelo distrito financeiro e assim visitar mais uma parte importante dessa cidade cheia de atrativos e peculiaridades.
Chegamos ao ponto sul da ilha de Manhattan, o Financial District, o distrito financeiro da cidade de Nova York,onde estão diversos escritórios e sedes de empresas e instituições financeiras, incluindo a Bolsa de Nova York. Rafael queria muito ver a famosa estátua: O Touro de Wall Street. É uma escultura de bronze, pesando cerca de 3,5 toneladas, mede 3,4 metros de altura e 4,9 metros de comprimento. A escultura representa um touro em posição de ataque, e simboliza um mercado financeiro pujante. Tornou-se uma atração turística da cidade logo após sua instalação.
Depois de andar tanto, hora de satisfazer a fome a vontade de comer em um dos restaurantes que a Bia mais gosta: TGI Friday’s. Mas nisso a experiência não foi das melhores, a equação espera x fome dava de dez pra a fome e por isso a espera foi longa demais. O espaço urbano disputadíssimo e caro em NYC , nos leva a ter lojas e restaurantes com espaços reduzidos horizontalmente e vários andares, por isso não se espante se o local escolhido for uma portinha na calçada, o espaço interno se mostra bem maior e mais acolhedor.
Depois do almoço, uma voltinha nas lojas da área – já estávamos convecidos de que teríamos que comprar uma mala, então começamos a pesquisa.
Agora era só voltar para o hotel, mas a estação do metrô vale um destaque.
Deixa eu falar sobre a Path Station World Trade Center, um projeto escultural do arquiteto espanhol Santiago Calatrava, que usa a própria estrutura como obra de arte e encanta os olhos do visitante. O “complexo”possui ainda algumas lojas e invariavelmente encontramos diversos artistas se apresentando no saguão central.
Nova Yorque é sempre encantador em cada pedacinho, e até debaixo da terra descobrimos novos lugares, por hoje foi só mas ainda temos alguns dias para contar dessa aventura in the city that doesn’t sleep!
See ya
Dicas deste post:
Se você ficar no cruzamento entre a Front St. e a Washington St., você consegue enquadrar o Empire State certinho nos pilares da Manhattan Bridge!
Acabou sendo uma boa começar o passeio em um lado do parque, indo de metrô e terminando voltando de ferry. A travessia de ferry de volta a Manhattan é rápida mas dá para apreciar mais um pouco a paisagem.
A área do parque é também o local de retirada de George Washington, na primeira grande batalha após a independência dos EUA: Battle of Long Island
Hoje foi um dia “sem compromisso”- passeamos sem um roteiro firme e sem hora para nada. Assim conseguimos descansar um pouco em meio à viagem para aproveitarmos melhor os dias mais atarefados.
Hoje nós fugimos da NY convencional. Visitamos alguns pontos que nunca havíamos ouvido falar, antes de nosso planejamento.
Acordamos para mais um dia cheio de novos lugares interessantes para conhecer em New York, a começar pelo Nacional Museum of Mathematics (MoMath). Parecia que ia ser um passeio chato, pelo menos na opinião da loira que é do time #odeiomatematica, mas acabou se tornando uma visita muito interessante e divertida.
O MoMath fica na 11 East 26th Street em Manhattan e fica aberto entre 10:00 e 17:00 sete dias da semana, fechando apenas no dia de Ação de Graças. Fomos de metrô até a estação 23th e de cara avistamos uma loja da Lego, que não podíamos deixar de visitar também. No entanto já que a loja ainda não estava aberta seguimos para a visita já planejada ao museu da matemática.
O museu apresenta diversos experimentos e brincadeiras lúdicas que comprovam a aplicação da matemática em muitas modalidades, sejam cotidianas, esportivas ou apenas desafios lógicos.
Mais uma vez a idéia de chegar cedo no museu foi muito válida, pois logo começaram a chegar excursões escolares e o lugar foi ficando lotado – e fazer experiências e brincadeiras sem ter que esperar na fila é bem melhor. Cada experimento utilizava lógica, formas e matemática é claro, alguns eram mais interativos, outros não chamaram tanta a atenção das meninas, seja pelos conceitos mais elaborados ou pelo grau de dificuldade da atividade, o que irritou a loira algumas vezes.
Já no andar inferior mais e mais experimentos que atraíam os olhares de crianças e adultos, desafiando a lógica e todos os sentidos, seja ele visual, auditivo ou tátil.
Logo quando a matemática estava ficando divertida! Brincadeiras à parte elas adoraram o passeio. Ficamos a manhã toda lá dentro e saímos já na hora da fome. O combinado era almoçar apenas um sanduíche no parque (O Madison Square Park, que fica bem em frente ao MoMath) e seguir para o museu da moda. Só que eu não sabia que teria que levar um sanduíche extra para os convidados…
Sentamos no banco, cada um com seu sanduíche. De repente sinto alguém tocar no meu ombro. Quando me viro, tem um esquilo com duas patinhas no meu ombro, bem pertinho do meu rosto, pedindo comida!!! “Ei! você me dá um pedacinho?”
Dei um grito e um pulão para a frente. E o esquilo nem se mexeu!!
Depois que o folgadão desistiu de comer meu sanduíche, seguimos em frente. Ainda no caminho conseguimos ver o famoso Flatiron Building , um dos primeiros arranha-céus construídos em Nova York e que tem esse nome por ter a forma semelhante de um ferro de passar roupas.
Partiu museu da moda ou melhor Museum at FIT the most fashion museum in New York. Grande parte estava sem exposição, mas conseguimos ver uma das exposições da galeria do térreo.
O Museum at FIT, credenciado pela American Alliance of Museums, é um dos museus especializados em moda,que trabalha com exposições, programas e publicações que sejam ao mesmo tempo divertidas e educativas, promovendo o conhecimento da moda. Fundado em 1969, o Museu foi instalado no atual edifício em 1974, e exposições começaram a ser apresentadas em 1975. Apresenta exposições de alunos em graduação e outras de artistas já conceituados!
A Exposição em cartaz era “The Body – Fashion and Physique” – mostrando como as roupas mudaram ao longo do tempo para realçar diferentes formas do corpo humano. A exposição apresentou diversos modelos, desde a Idade Média até os tempos atuais, destacando como as partes do corpo mais valorizadas pelas roupas mudaram ao longo deste período. Nossa correspondente de moda Beatriz adorou o passeio!
Saímos dali e seguimos na direção do High Line – a idéia era passear por ali e conhecer um pouco da região, seguindo rumo ao Chelsea market.
High Line é hoje um parque suspenso na região West side Manhattan onde originalmente passava a linha de trem que ligava a 34th street até St John’s Park Terminal, na Spring Street, transportando mercadorias de e para o maior distrito industrial de Manhattan. Após décadas e com o crescimento na indústria de caminhões, o último trem a operar na High Line em 1980, era puxando três vagões de perus congelados. Os empresários da indústria automotiva faziam lobby para a demolição da High line, enquanto Peter Obletz, um entusiasta do Chelsea, ativista e ferroviário,lutava contra eles nos tribunais pela preservação da região histórica.
Mais tarde a fundação amigos da High Line se organiza para estudar e projetar a fim de tonar o parque algo economicamente racional, no entanto somente no ano de 2004 quando os designs começam realizar o projeto, a cidade finalmente aceita a propriedade da High Line, que é doada pela CSX Transportation, Inc. em novembro de 2005 e a inauguração do parque é celebrada em abril de 2006.
Hoje o parque é ponto turístico de uma região que vem sendo revitalizada e revisitada por turistas de todo o mundo. A fundação Amigos da High line desenvolve exposições ao logo do percurso e promove ações de conscientização sobre preservação, natureza e sustentabilidade.
Depois de uma caminhada muito agradável por praticamente toda a extensão do High Line, chegamos ao Chelsea Market, outro ponto turístico desta área revitalizada de Nova York. Como já dissemos em outros posts de outras viagens, visitem sempre um mercado local, pois além de ser uma boa pedida gastronômica, pode revelar muito sobre a cidade que se está visitando. Aqui não foi diferente, Chelsea Market é um mercado de bairro com uma perspectiva global.
A comida sempre foi o foco central deste local onde antigamente os índios algonquinos, negociavam seus produtos agrícolas nas margens do rio Hudson . Os trens da High Line abasteciam os açougues atacadistas que ficavam nas redondezas, e a National Biscuit Company ali fundou sua fábrica onde depois de recuperada deu lugar ao Chelsea Market . Toda a história – e a arquitetura de tijolos despojada do prédio – conferem ao mercado um caráter próprio que atrai moradores e turistas. Além da gastronomia encontramos espaços diferentes e curiosos, assim como é NYC!
Na saída do Chelsea Market fica o enorme escritório do Google – mostrando que a área realmente tem um ar mais descolado.
Sem mais, voltamos ao nosso caminho de descobertas de pontos interessantes e incríveis de Manhattan, próxima parada Hess Triangle.
Que raios é o Hess Triangle?
Na década de 1910 a cidade desapropriou e demoliu centenas de edifícios na área, a fim de alargar a Sétima Avenida e expandir o metrô. No entanto os herdeiros de Hess descobriram que a cidade tinha “esquecido” este pequena parte do terreno e criaram um aviso de posse. A cidade pediu à família para doar a propriedade para o público, mas os mesmos recusaram-se e instalaram o atual mosaico em 27 de Julho de 1922.
Em 1938, a propriedade, declarada como a menor propriedade particular de Nova York, foi vendida para a loja Village Cigars .Os novos proprietários deixaram a placa no local, a mesma ainda permanece. Esta é uma história diferente!!
Próxima história, seriado Friends!
Dez temporadas, milhões de fãs (eu incluída), memes que perduram até hoje, essa série cômica que conta a história da vida de seis amigos e suas aventuras divertidas e muitas vezes sem noção cativou o público – e é claro que eu tinha que conhecer o prédio mesmo que por fora! Afinal: We were on a break!!!
Esse era um lugar que eu queria visitar, pois sempre curti a série. Sonho realizado!
A noite e o frio já estavam aí e o cansaço também, por hoje chega né?
Né?
Né não!
Ao voltar para o hotel, Rafael resolveu passar na Home Depot, loja de ferramentas materiais de construção e afins para ver as novidades. Fomos todos para o hotel e ele foi com a Bia até lá – A Home Depot ficava apenas a duas quadras do Hilton.
Enquanto estavam lá, a Bia achou muito engraçada uma privada em exibição e resolveu fazer graça como Promoter de Vaso Sanitário:
O que a Bia não contava é que a privada tinha um sensor que ativava por proximidade. Se eu tomei susto com o esquilo, ela deu um pulo com o vaso sanitário robô!
Voltaram os dois rindo para o hotel e levou tempo até explicarem de que estavam tanto rindo… Mais uma história engraçada para o registro de viagem!
See Ya!
Dicas deste Post
O MoMath é muito legal mesmo. É muito interessante para mostrar que a matemática está em todo lugar e que pode ser divertida.
Para quem curte moda, vale verificar as exposições que estão no Museum at FIT.
No roteiro de hoje, fizemos muitas coisas à pé. Então planeje para andar bastante logo cedo e ir diminuido o ritmo ao longo do dia. No nosso caso, paramos para lanchar e descansar no Chelsea Market.
Se for andar pela região de Chelsea, dê preferência por usar o High Line como atalho. Vai ser muito mais interessante aproveitar a caminhada “do alto” e curtindo o visual.
“Como vocês descobriram a história do Hess Triangle?” Vocês já devem ter notado que quase nunca vamos só nos lugares turísticos tradicionais. Antes das viagens sempre pesquisamos no Google por “lugares interessantes da cidade X/País Y desconhecidos dos turistas” e procuramos adequar nossa agenda para visitar estes pontos pouco explorados.
Não alimente os esquilos. Acredite – eles já estão muito folgados mesmo sem oferecermos comida.
Cuidado com os vasos sanitários robôs! É o início da revolução das máquinas!!
Começar o dia com neve sempre foi o sonho das meninas. No entanto, elas nunca vivenciaram a experiência de ver a neve caindo e isso era uma das grandes expectativas que elas tinham. Anteontem, no Intrepid, pudemos ver um pouquinhod e neve caindo, mas ainda de forma tímida. E não é que nevou forte, e aconteceu logo no dia 07, mesversário da Bia? Ela ficou toda boba, filmou da janela e mandou para os amigos no Brasil!
É, o dia promete! Saímos para ver a neve e seguimos rumo a uma das lojas Best Buy. Essa é a grande sacada de NY, você consegue -e deve! – fazer grande parte dos passeios a pé e descobrir a cidade e suas paisagens cinematográficas a cada esquina!
Aqui vale um alerta: muito cuidado ao andar nas ruas molhadas de neve derretida e flocos de gelo. A neve compactada pode derreter e congelar novamente, formando uma camada lisa de gelo muito escorregadio; um descuido é igual a um tombo que pode não só te machucar seriamente como acabar com toda a viagem. Por isso, todo cuidado é pouco! Seguimos para a loja caminhado e olhando os prédios históricos da cidade pela famosa quinta avenida, onde ficam as lojas mais caras e as marcas mais famosas.
A BestBuy de Manhattan era boa mas não era enoorme como as da Flórida. Compramos pequenos itens de subsistência, como cartões de memória para usarmos na câmera e cabos USB. Dá para peneirar alguma oferta boa, mas como a variedade não é tão grande, talvez valha mais comprar lgum item específico direto na Amazon.
Em seguida passamos por um lugar que nos foi muito recomendado e onde os amigos jogadores iriam enlouquecer . É a “Compleat Strategist”, uma loja só com board games, de todos os tipos e para todas as faixas etárias, os quais muitas vezes não chegam no Brasil. Saímos de lá não só com a encomenda feita pelo Tio Dani, mas com outros tantos jogos, e eu com uma coisa na cabeça: como vamos levar tudo isso?
Gente , é de enlouquecer mesmo qualquer fã de games! Eu? Achei uma cadeira e fiquei esperando os nerds decidirem tudo que queriam levar! Ainda deu para Bia bater um papo com o caixa e gastar um pouco do inglês dela, Teacher ia ficar orgulhoso!!
Bom, seguimos com o itinerário, pois hoje tínhamos compromisso com hora marcada. Hoje era dia de Broadway!! Mas antes faremos uma pausa para o almoço e para fazer uma coisa que combinamos de fazer em todo lugar que viajamos: comer no McDonald’s local! Só depois dessa experiência seguimos pela Broadway avenue para então ir ao Winter Garden Theatre para assistir ao espetáculo School of Rock!
O espetáculo é baseado no filme do mesmo nome, lançado em 2003 e estrelado por Jack Black. Trata da história do roqueiro maluco Dewey Finn, que ao ser descartado de sua banda e, encontrando-se sem dinheiro, resolve se passar por professor substituto em uma escola preparatória de prestígio. No entanto, ele descobre os talentos musicais de seus alunos, e assim resolve formar um grupo de rock e conquistar o Battle of the Bands.
O espetáculo é do premiado diretor Andrew Lloyd Webber,com letras de Glenn Slater e está em cartaz no Winter Garden Theatre desde janeiro de 2016. As crianças tocam de verdade, são músicos e atores magníficos, é um espetáculo pra todas as idades e comprovamos isso.
Estávamos na expectativa de ver se nossos lugares eram bons (pois compramos na TKTS (conforme falamos no último post) e não sabíamos a localização exata. Pois bem, ficamos em lugares muito perto do palco: na segunda fileira bem no centro e pudemos sentir e ver os detalhes dessa produção. Saímos encantados e empolgados com o Rock ‘n roll on Broadway. Não temos imagens do espetáculo em si por não ser permitido filmar durante o mesmo, mas uma navegada no Youtube e você encontrará um pouco deste show.
Depois de toda essa adrenalina, quando saímos do teatro apesar da chuva, fomos caminhando de volta ao hotel para descansar um pouco ,tomar um banho e escolher um bom restaurante para um jantar sossegado e agradável, mas que fosse perto do hotel. No caminho encontramos a loja das bonecas American Girl, que as meninas estavam loucas para conhecer. A loja tem de tudo, de bonecas a playset, acessórios de todo tipo, cabeleireiro para as bonecas e para as donas das bonecas e muito mais. Você pode escolher a boneca com a cor de olhos e cabelo específicos, cor da pele, tipo de cabelo isso sem falar nas roupas e acessórios. Um mundo inteiro, uma verdadeira boutique, onde as pequenas são tratados como compradores vips, pois o preço das coisas lá… Ainda bem que nossas meninas já têm consciência econômica, olhamos tudo mas comprar mesmo nada!!
Para o jantar de hoje escolhemos um restaurante de comida indiana . Foi um desafio para as meninas mas também uma experiência interessante, afinal estamos em Nova York, cidade mais cosmopolita e diversificada, onde se pode escolher um restaurante com comida de quase toda parte do mundo, tínhamos que provar algo diferente! Resolvemos pelo Bukhara Grill, pois era próximo e nos pareceu razoável.
Depois de muito olhar o cardápio resolvemos pedir um prato de frango com molho marinara, e um de cordeiro com molho de tomate com os respectivos acompanhamentos. Mesmo pedindo sem pimenta os temperos usados na culinária indiana deixavam a comida ainda muito spicy para o nosso paladar, principalmente das crianças. Ainda bem que aceitamos a sugestão do garçom e pedimos um “pãozinho” (na realidade um pão giggantesco) e um molho de iogurte que ajudavam a quebrar o forte tempero dos pratos.
De fato para elas não foi a melhor refeição do dia, mas nós adultos curtimos muito a experiência. O arroz com camarão também estava muito gostoso e apesar de acharmos que o frango seria mais light, o molho marinara era muito mais temperado e a loira ficou muito irritada de não conseguir comer! Ela acabou comendo o cordeiro, que estava bem mais suave e que ela gostou bastante.
Uma coisa que notamos é que a comida, apesar de muito temperada, não nos fez mal nenhum, nem no dia nem no dia seguinte. Apesar de “quente”, desceu muito bem e sem “efeitos colaterais”. O sabor estava incrível e o ambiente era ótimo! A refeição não foi barata, mas saímos bem satisfeitos com o custo-benefício.
Dia no fim. voltamos para o hotel satisfeitos, bem alimentados e sonolentos, Amanhã é mais um dia de aventuras programadas para descobrirmos a Big Apple.
See ya
Dicas deste post:
A Compleat Strategist foi a melhor loja de board games que já visitamos, disparado. Vale a visita mas prepare o bolso, pois esses brinquedos são normalmente caros. Visite o site da loja aqui.
Passeie pela Broadway e Times Square sem muita preocupação. É gostoso andar meio sem obrigação, sentindo a vibração do lugar e descobrindo lugares interessantes a cada quarteirão.
A American Girl é realmente muito legal, é praticamente uma loja e museu dedicado à marca. Vale a visita mesmo que você não vá comprar nada. E se for comprar, a brincadeira vai com certeza sair cara também… Veja o site da marca aqui.
Se quiser tentar uma comida indiana por um preço justo e de excelente qualidade, o Bukhara Grill vai te atender muito bem! Dá para ver o cardápio deles no site, aqui.
Amanheceu mais um dia ensolarado e gelado. Nossa primeira parada de hoje, na realidade está relacionada ao que faremos no dia seguinte. Explico.
Quando se pensa em ir a New York algumas coisas vem à mente, e uma delas sem dúvida é a Broadway e seus musicais. Não podíamos perder a oportunidade, no entanto ninguém quer que essa experiência seja ruim e nem que seja extremamente cara. Uma das dicas que recebemos foi de procurar ingressos mais baratos em pontos de venda TKTS, onde você encontra ingressos para o mesmo dia ou na matinê do dia seguinte por preços até 70% mais baratos.
Como já havíamos pesquisado bastante quais as peças que poderíamos ver, estávamos entre o Alladin e School of Rock.
Saímos bem cedo do hotel em direção ao posto da TKTS que fica na área antiga da cidade. A idéia era chegar lá na hora da abertura. Conseguimos chegar um pouco antes, e já tinha uma fila de umas 20 pessoas!
Dos musicais que nos interessam, School of Rock estava disponível com um desconto de cerca de 60%, então compramos este. Escolhemos o ingresso para a platéia central. Nos ingressos promocionais da TKTS, não dá para escolher o local exato, apenas o setor. Escolhendo o setor e aceitando o preço, eles te dão os melhores ingressos juntos e disponíveis. Ao receber os ingressos, após pagar, é que vemos a real localização dentro do setor escolhido. Acabamos conseguindo ingressos em lugares ótimos para a matinee do dia seguinte para o espetáculo School of Rock! Mas isso é para o post sobre amanhã…
Ingressos comprados, aproveitamos para dar uma passeada e ver a região, afinal o “posto” TKTS era próximo às docas (South Street Seaport) e dava pra ver alguns barcos bem peculiares eu diria. Estes navios fazem parte do Seaport Museum e ficam abertos para visitação. O da foto abaixo é o Ambrose, que é um navio farol de 1907. Ele guiava os navios para entrarem com segurança na Baía de Nova York, cheia de bancos de areia e outros perigos.
Outro que chamou nossa atenção foi o Wavertree, navio cargueiro de 1885, que deu quatro voltas ao redor do mundo, carregando as mais diversas cargas e depois encalhou em NY. Foi restaurado posteriormente e virou atração do Seaport Museum.
Visitar a NY antiga é redescobrir a história desse povo, as meninas nunca tínham imaginado que um dia Nova York teria se chamado Nova Amsterdã, em 1626. Somente em 1644 foi tomada pelos Britânicos e passou a fazer parte do Império do então Rei Carlos II que então mudou o nome para para Nova York,e concedeu as terras para seu irmão, o então Duque de York (futuro Rei Jaime II da Inglaterra). Nota-se a influência holandesa e de outros povos que habitaram a ilha e arredores, como os judeus portugueses. Sempre foi considerando um importante ponto de comércio e negócios, e assim é até os dias atuais.
Seguimos andando pelas ruas antigas (que tem nomes, e não números!) até chegarmos ao Memorial dos ataques de 11 de setembro de 2001.
Já do outro lado do monumento, vemos um painel marcante em homenagem aos bombeiros que pereceram naquele dia:
Foi um tanto difícil para elas entenderem a grandiosidade da tragédia que ali havia ocorrido, visualizar que naquele mesmo local existiam dois enormes prédios repletos de escritórios comerciais onde trabalhavam milhares de pessoas todos os dias e que em poucos minutos virou pó!
Muito mais difícil é compreender o porquê uma pessoa iriam fazer uma maldade tão grande dessas! No entanto depois que entramos e elas começaram a ver os vídeos, ouvir os relatos e ver os destroços e objetos encontrados em meio aos escombros da tragédia, elas começaram a entender e a se indignar com a maldade humana que faz um outro ser humano se matar e matar outros milhares de seres humanos apenas por discordar de suas idéias. Nós sabemos que é muito mais complexo que isso, mas já era o bastante para elas assimilarem e entenderem.
Q
O Memorial começa pelas obras no seu exterior os dois grandes vazios por onde corre a água dentro de outro vazio. Na mureta ao redor estão os nomes da vítimas do atentado. A fundação que administra o memorial coloca uma flor branca no nome da vítima no dia do seu aniversário, uma maneira de homenagear e lembrar cada uma dessas pessoas.
Depois de um concurso de arquitetura mundial o projeto vencedor, “Reflecting Absence”, de Michael Arad, em conjunto com o paisagista Peter Walker, apresentou segundo os jurados do concurso uma articulação ao mesmo tempo simples e poderosa dos vestígios das Torres Gêmeas, transformando os vazios deixados pela destruição em símbolos essenciais do sentimento de perda. Assim, nessa concepção a ausência fala por si mesma, os autores do projeto fizeram da força desses vestígios a base conceitual deste memorial.
Esse vazio é somente preenchido quando olhamos na praça ao redor e vemos um bonito bosque, ainda com árvores novas, circundando todo o monumento, lembrando-nos que a vida é um eterno renascimento. Apenas uma delas é remanescente original, mas mesmo as outras estão ali para nos consolar das perdas através da sua regeneração. O memorial nos mostra a preservação dos vestígios, permite acesso aos alicerces, enquanto reconecta este lugar com o tecido urbano da cidade e com sua comunidade.
Após a visita externa ao memorial, fomos para o museu, que conta a história daquele 11 de setembro que ficou marcado na história.
Eu mesmo não me recordava que em 1993 já havia ocorrido outro atentado no WTC que ainda bem não foi tão bem sucedido. O memorial conta toda a história das torres gêmeas, desde da construção e os atentados sofridos e como a fundação do memorial cuida para que o desastre não seja esquecido.
Isabel ficou muito tocada e se perguntava o tempo todo como alguém foi capaz de desviar um avião de sua rota e fazê-lo explodir de encontro a um dos maiores cartões postais do mundo, levando consigo outras pessoas, passageiros daqueles voos que nada tinham a ver com o terrorismo, e ainda matando as pessoas que estavam no prédio, ferindo outras tantas que tentaram resgatar os feridos e acabaram perdendo suas vidas ou adiquirindo doenças apenas por respirarem aquela poeira tóxica.
O museu apresenta ainda parte da histórias dessas pessoas, desses heróis sem capa, espada ou superpoderes. Bombeiros, policiais e cidadãos voluntários e humanitários que ali tentaram amenizar a dor sem tamanho e como muitos deles acabaram perdendo também suas vidas. Há toda uma área restrita a fotografias que não poderemos aqui mostrar e nem tão pouco conseguiremos traduzir em palavras tudo que vimos lá, mas sem dúvida a tragédia foi muito maior que qualquer noticiário possa ter mostrado e é sem dúvida uma visita à história, à tristeza, ao pesar, ao mesmo tempo que é uma visita ao terror e falta de humanidade.
Uma mostra que o ser humano pode vencer dificuldades e se transformar, unindo forças e lutando contra todo dificuldade que aparecer e assim aprender e se reinventar novamente. É sem sombra de dúvida, uma visita muito forte e confusa para a cabecinha das crianças, não acho que em qualquer idade elas entenderão a complexidade do assunto.
Como nota de esperança, há no museu um grande mais, onde são projetadas as mensagens que as pessoas digitam em tablets, mostrando a união dos povos contra atos tão horrendos.
Almoçamos ali perto e depois visitamos algumas lojas para compras e lazer enquanto caminhávamos pela famosa avenida da Broadway, antes de enfim voltar para o hotel onde comemos um lanche no quarto e descansamos para o novo dia de aventuras na Big Apple amanhã.
See Ya
Aqui tem os endereços dos quiosques da TKTs. Gostamos de ir no de South Street Seaport por ser mais vazio.
Mais sobre o South Street Seaport Museum pode ser visto aqui
E sobre o memorial e museu de 11 de setembro, aqui.
Na lateral do museu do 11 de setembro tem umas maquininhas que vendem o ingresso, podendo pular as filas da bilheteria. Todos parecem ignorar essas maquininhas…
Para comprar ingressos na TKTS, pesquise antes algumas peças que deseja ver e então procure aquela que estiver disponível. A economia pode ser muito grande.
Ao visitar esta parte sul, antiga de Manhattan, note como toda a cidade é montada diferente. Compare depois com os quarteirões retinhos de Midtown.
Em frente à grandiosa estação do metrô do memorial de 11 de setembro, fica a loja de departamentos Century 21. Vale a visita.
Nas ruas ao redor do Memorial há umas lojinhas de souvenirs bem pitorescas, com diversas lembrancinhas da cidade.