Osaka castle, Aquário e gastronomia local [Rota Japão dia 6: 24/01/2019]

Quando se planeja uma viagem como essa para o outro lado do mundo, a gente pensa mais ainda em aproveitar muito bem o tempo para conseguir visitar e conhecer o máximo de lugares no tempo que temos.  Mas hoje não vamos sair de Osaka, tiramos o dia para “descansar” de viagens só que não de aventuras, vamos desfrutar de alguns atrativos da encantadora cidade.

Osaka é uma das maiores cidades do Japão e foi sede das olimpíadas de 1964, e por algumas vezes na história do país foi também capital do Império nipônico.  A cidade é uma das mais antigas do país, e sua história  começa em 500 DC, como importante porto, virando capital do império entre 645 DC e 655 DC, tornando-se capital novamente em 744.

A cidade foi sempre importante centro financeiro, de alimentos e comércio e centro do poder feudal na região.  A herança deste passado feudal pode ser conhecida no castelo de Osaka, que era um dos destinos de hoje.

O Castelo de Osaka fica no alto do monte, cercado por um enorme jardim. O metrô te deixa em frente aos jardins, porém é preciso andar (e subir) bastante até chegar ao castelo propriamente dito.

Caminho pelo parque com destino ao Castelo
Sempre tem um playground no caminho, mas este estava em manutenção
E uma loira sorridente posando sobre o Rio

Construído na segunda metade do século XVI, o castelo é uma construção icônica cercada por enormes muralhas e cheia de histórias. Composto por 8 pavimentos, ele conta com várias exposições, que contam um pouco a história feudal do Japão e de diversas batalhas travadas nos arredores do castelo.

A visita começa pro andar mais alto, onde chega se de elevador. Lá e existe um grande observatório, de onde dá para ver os quatro cantos da cidade ou seja ter uma vista panorâmica da cidade de Osaka além de ver os detalhes arquitetônicos do telhado e da fachada em dourado.

Detalhes em dourado como pináculos decoram os telhados e fachadas do castelo
Outro detalhe dourado na cumeeira do telhado
Vista em detalhe da fachada em tons de branco e dourado
Do alto vemos ainda as muralhas que fortificam o castelo e o fosso ao redor dele
Vista Panorâmica da Cidade de Osaka e o contraste da arquitetura moderna como castelo secular
Vista da Fachada do Castelo, como pode-se ver o exterior do castelo é também monumental com enormes muralhas e jardins.
Ops tem uma loira na muralha desse castelo, será uma princesa?

Do oitavo andar começamos a descer pelas escadas e visitar os andares inferiores. No sétimo andar encontra-se a exposição com um diorama apresentando a coleção de episódios da vida de Toyotomi Hideyoshi, um figurão do regime Toyotomi que iniciou a construção do castelo.

No quinto piso vemos maquetes e miniaturas, além de telas mostrando a história do cerco e guerra no Verão a Osaka, uma história narrada em japonês, coreano, inglês e chinês.

Diorama mostra a preparação para a guerra
Telas mostram a História de Toyotomi

O quarto piso é dedicado a exposições temporárias mas este estava temporariamente fechado, assim como o terceiro que apresentava a sala do chá. Já no Segundo piso encontramos a exposição com informações diversas sobre o castelo e fotografias.

planos do castelo para as guerras

Descemos do castelo já no início da tarde, e já com fome. Por sorte já um mini shopping junto ao castelo e que tem alguns restaurantes.  Optamos pelo Rikyu bar, que oferece uma das gostosuras típicas de um Osaka: o takoyaki.

O takoyaki é um pequeno bolinho recheado com pedacinhos de polvo, feito na hora e sempre muito quente.  Resolvemos pedir também alguns espetinhos diferentes (camarão, frango, peixe) com batatas fritas, além do takoyaki, para que todos pudessem comer um pouquinho de cada.

vista do restaurante
takoyaki e espetinhos com fritas, nhac, nhac!!!

Após o almoço, seguimos para a próxima atração do dia, o Aquário de Osaka.  Como vocês já viram aqui no site, já visitamos alguns aquários como o de Miami e o Sea World em Orlando, mas esse foi um dos mais incríveis pois é um dos maiores aquários do mundo.

Olhando por fora ele aparenta ser um prédio comum e somente o enorme tubarão baleia na sua fachada nos remete ao tema marinho.

Fachada gigante do aquário

Apenas mais perto da entrada outros modelos de animais também expostos para fotos já nos faz entrar no clima do aquário.

Aqui tem um lugar para apoiar a câmera e tirar a foto com todos juntos!

Entra-se pelo andar superior e durante toda a visita vai-se descendo e olhando as diversas exposições e o imenso aquário no centro do prédio que te permite ver as diferentes espécies nas diferentes camadas do oceano. À medida em que vamos descendo vemos as espécies que habitam as partes mais profundas dos oceanos.

Um dos tanques do aquário apresenta o ecossistema da bacia amazônica, com vários peixes difíceis de serem vistos até mesmo no Brasil.  Existe um gigantesco pirarucu, peixe típico da Amazônia e raro de se ver até mesmo nos aquários brasileiros.

Pirarucu, peixe brazuca, que tivemos que ver no Japão

Logo em seguida, um grande tanque com golfinhos, em que os bichinhos ficavam brincando bastante entre si e com uma bola que ficava pendurada.  Eles tomavam impulso e saíam da água, até alcançar a bolinha!

Pega a bolinha, Flipper!

Depois de um tempinho, chega-se ao imenso tanque principal.  Ele é casa de várias espécies de mar aberto, incluíndo dois gigantescos tubarões-baleia, símbolo do aquário de Osaka.

Bebel posando com uma das estrelas do aquário de Osaka, o tubarão-baleia
As meninas ficaram maravilhadas com o tamanho dos bichos!
Peixe-Lua, diferentão e difícil de encontar nos mares do Brasil

Outra  parte muito bonita era a seção dedicada a águas-vivas, com diversas espécies em aquários diferentes, com um visual impressionante:

centenas de medusas nadando

No fim, uma área dedicada aos mares frios, com diversas focas, pinguins e leões-marinhos.

Olha a pose da foquinha descansando na água

O legal aqui era que o tanque ficava em um nível superior, e o fundo dele tinha uma bolha transparente.  A gente conseguia passar por baixo dele e lá, uma foca risonha ficava olhando o movimento de pessoas!

A foca curtindo as pessoas passando
Olha a carinha dela!

Ao lado desta área, havia um tanque sensorial, onde era possível passar a mão nas arraias e tubarões.  Eu e a Beatriz não tivemos coragem, mas o Rafael e a Isabel se aventuraram a fazer um carinho nos bichinhos.

Para mim, nem pensar!

Após a visita ao aquário, Demos uma voltinha no shopping que fica na mesma área do aquário. Em frente a ele existe uma imensa roda gigante, a Tempozan Ferris Wheel. Fizemos hora no shopping de forma a poder visitar a roda gigante durante o entardecer.

A roda-gigante Tempozan, vista de noite

Na fila para a roda gigante, a mocinha que cuidava dos ingressos apontou para a Bia e para a Bel e falou que elas eram Kawaii, Kawaii!  E explicou em inglês que Kawaii significa cute (fofas!).  Passamos a reparar que muitas vezes as pessoas, principalmente as senhoras, viravam para as meninas e comentavam que elas eram Kawaii.  A Isabel ficou toda besta e começou a contar quantas vezes ela era chamada de Kawaii, e quantas vezes a Bia era…

Lá de cima da roda-gigante, pudemos ver toda a área do porto de Osaka e uma boa parte da cidade, com um visual incrível.

Voltamos para o shopping agora para comer. O interessante do shopping é que havia uma área no térreo com ambientação de uma pequena cidade japonesa do meio do século XX, com lojinhas e restaurantes.  Resolvemos jantar em um pequeno restaurante desta área, com apenas cerca de 8 lugares no balcão, e totalmente atendido por apenas uma pessoa, um senhorzinho já bem idoso.

Ao entrarmos, além da tradicional frase de boas vindas (irashaimasseeeee…), Ele virou para nós e começou a falar em inglês:

– Baskets! Baskets!

(Cestas! Cestas!)

E começou a pegar umas cestinhas supermercado, colocando uma atrás de cada banquinho em que estávamos.

A cesta era para colocarmos nossas mochilas, casacos e apetrechos para que pudéssemos comer mais às vontade. Só que as nossas coisas ficam atrás de nós, nas cestinhas ( para que nossos objetos não toquem no chão), a 1 metrô da área de circulação fora do restaurante. Para nós brasileiros, infelizmente tão acostumados com a rotina de fiéis em nossas grandes cidades, fica difícil acreditar que é perfeitamente normal aqui no Japão colocar objetos fora de sua visão e que nada vai acontecer!

Cestinhas para deixarmos nossos pertences
E podemos deixar sem medo!

Os pratos, com ramen e tempura estavam deliciosos e caíram muito bem no frio que estava fazendo!

Balcão do pequeno restaurante
Um dos pratos do restaurante, delicioso!

Saímos já de noite, e mais uma vez fomos surpreendidos pelas luzes da cidade.  Milhares de lâmpadas LED iluminavam a área, a roda gigante e a fachada do aquário, em um visual maravilhoso.

Iluminação de LEDs

Mais uma vez encantados com Osaka, pegamos o metrô e voltamos para nosso Ibis Styles em Namba, para dormir e nos preparar para outro dia!

Amanhã vamos sair de Osaka novamente, para visitar uma das cidades mais conhecidas do Japão:  Kyoto!

Sayonara! See ya!

Dicas deste post:

  • O Castelo de Osaka é uma visita que exige algum preparo físico, para negociar as distâncias do grande jardim e para subir e descer as escadas do castelo.  Vá preparado para andar e com um calçado confortável.
  • O Castelo de Osaka conta bastante sobre a história do passado feudal do Japão.  Ideal para mostrar para os pequenos os princípios de uma construção fortificada e todos os costumes antigos desta sociedade.
  • Se possível, faça como nós e sincronize o horário da subida na roda-gigante Tempozan, para coincidir com o  entardecer.
  • Não perca a oportunidade de comer os takoyakis.  Em Osaka eles estão em todo lugar!  Escolha um e vá ser feliz!
  • O Aquário de Osaka tem um acervo incrível e vale muito a visita, poucos aquários do mundo possuem tamanha diversidade.  Vale para mostrar para as crianças a importância da conservação.
  • Visitando o Japão entre dezembro e janeiro, reserve um tempo apenas para andar nas ruas e apreciar a iluminação e músicas festivas!

Nara: cervos, Big Buddha e McDonald’s [Rota Japão dia 5: 23/01/2019]

A cidade que fomos visitar neste dia não é nem uma das mais famosas turisticamente faladas do Japão, nem uma das mais visitadas, mas foi para nós uma grata surpresa.

A cidade de Nara foi a capital do Japão entre os anos de 710 e 784 e foi a primeira capital fixa do país.  Seus templos e santuários restantes fazem parte do Patrimônio Mundial da Unesco.

A cidade é conhecida pelo Todai-Ji, templo sagrado que abriga o Big Buddha, a maior estátua de bronze do Buddha Vairochana do mundo.  O templo fica na área do Parque de Nara, um lindíssimo parque com uma paisagem especial, e que tem uma peculiaridade como atrativo turístico. Soltos pelo parque e ruas da cidade desfilam livremente inúmeros cervos, sim cervos, parecidos com o Bambi do desenho da Disney, e eles vêm saudar os visitantes e obviamente pedir comida de maneira ávida.

O cervo de Nara

Os cervos japoneses que vagam pelas ruas de Nara são considerados animais sagrados.  Diz a lenda que o Deus Takemikadzuchi chegou a Nara montado em um cervo branco, para proteger a recém-criada capital.  Desde então, há a crença de que os cervos japoneses são animais sagrados e que protegem a cidade e o país.

Eles são umas gracinhas, dóceis, até que se prove o contrário, de todos os tamanhos e idades. Parecem treinados, e de certa forma são mesmo, eles não mordem ou avançam, não por querer, nem tendem a machucar as pessoas mas são animais grandinhos e que requerem um certo zelo ao lidar pois eles podem ser brutos sem intenção na sua insistente tentativa de conseguir comida com você. Por isso algumas vezes tomamos leves cabeçadas e mordiscadas, nada de mais, foi até engraçado!

Olha a pose e como são dóceis

Por isso o parque e sua administração toma certos cuidados como serrar os chifres e lixá-los para que não machuquem os visitantes e ainda há no parque diversos avisos para que tomemos cuidados com bolsas e mapas pois os curiosos e gulosos bichinhos podem fuçar e comer os mapas. Eu vivi isso quando estava sentada e um deles tentou pegar o mapa que estava no bolso de trás da minha calça, de fato tomei uma pequena mordida nas nádegas!

Chifre devidamente lixado para não machucar os visitantes
Ei essa comida é minha!

Há ainda inúmeras barraquinhas por todo o caminho até o templo do Buddha que vendem uma espécie de biscoito redondo , semelhante ao sembei, que são o alimento dos bichos e eles sabem disso.  Tanto sabem, que alguns ficam inclusive estrategicamente ao lado das barracas esperando alguém comprar o pacote de biscoito para “atacar”, pedindo insistentemente por um pedaço.  Por vezes quase não dava tempo de abrir a fitinha que envolvia os biscoitos.  Era gente rindo e correndo, uma comédia!  As meninas adoraram alimentar os cervos de Nara, mas era de fato uma pequena aventura, vimos vários visitantes passando um certo “aperto” assim como nós ao tentar alimentar os animais.

Barraquinha de venda de biscoito ração para os veados
Eles até atravessam na faixa! Quase sempre…

Apesar de afoitos, eles também podiam ser muito educados e repetem o cumprimento japonês, curvando a cabeça na esperança de receber mais um biscoito.  São uma graça e roubam a cena de qualquer atrativo turístico.

Seguimos pelo parque em direção ao Todai-Ji, que era o nosso destino principal neste dia.

A multidão indo em direção ao templo

Começamos entrando pelo imenso Torii e, ao entrar na área do templo propriamente dita, compramos o ticket para visitar primeiro o museu que conta toda a história do templo, do povo e da cultura japonesa ligada a este lugar.

Aqui também fizemos o ritual de purificar-se para entrar no templo. ô água fria sô!
Fachada do templo com riqueza de detalhes característicos do estilo arquitetônico
grande Torii

Resumindo a história, em uma época em que o Japão sofria com guerra e pragas, o imperador resolveu pedir ao povo que construísse uma enorme estátua de Buddha e um templo ao redor, para que ele intercedesse aos Deuses e ajudasse o Japão a sair da crise.  Todo o povo se mobilizou de alguma forma e como pôde, na construção não só da imagem de bronze mas de todo o templo em homenagem a Buddha.  É tudo cheio de referências e detalhes, tudo com muito significado na cultura e na religião budista, como o Buddha sentado sobre a flor de lótus, símbolo da pureza do corpo e da mente, prometendo elevação espiritual.  As grandes pétalas da flor em bronze são perfeitamente belas e apoiam a estátua construída para proteger e abençoar o povo e o Japão.

Big Buddha

Vale ressaltar que o templo que abriga as imagens do Big Buddha e dos menores, ou como disse Isabel dos Buddhas Júniors, foi destruído e reconstruído algumas vezes mas a estátua de Buddha permaneceu.  O templo que vemos hoje é de fato bem menor e com menos riqueza de detalhes que o original, podemos ver pois havia no local maquetes dos templos anteriores e assim pudemos fazer essa comparação.

“Buddha Júnior”
maquetes dos templos e pagodes

Há ainda no local uma gift shop, claro, com lembrancinhas e os amuletos novamente.  Assim como vimos no Templo Meiji, havia aqui amuletos para todo tipo de pedido, boa prova, bom parto, boa viagem para conseguir marido e por aí vai. Essa cultura dos amuletos achei muito intrigante e peculiar de certa forma, é muito mais que só para sorte, é específico para um pedido e cada um tem uma cor e uma espécie de oração atrelada, não sei ao certo pois acabamos não comprando nenhum mas ficamos intrigados e curiosos.

Fachada monumental
Estrutura de dentro do templo toda em madeira

Saindo do tempo reencontramos nossos fofinhos amiguinhos cervos, alguns já tirando aquela sonequinha do almoço e outros ainda na batalha pelo biscoito nosso de cada dia interagindo com as pessoas.  E nós não podíamos sair de Nara sem levar as lembrancinhas do local, lembranças materiais pois as lembranças na memória e no coração já tínhamos guardado. Diversas lojas pelo caminho vendiam de tudo com a temática dos animais característicos da cidade, meias, papéis, canetas, pelúcias gorros e luvas e claro chaveiros e imãs tudo com a carinha dos cervos.

gorros, pelúcias e lembranças

Ainda na saída encontramos um senhor que estava de bicicleta e nos parou para ensinar um truque com os animaizinhos, ele com uma ração na mão contava , one, two, three e subia e descia a mão enquanto o cervo subia e descia a cabeça e só então ele jogava a ração e o bicho pegava no ar, muito legal e as meninas adoraram ele deu a elas também uma dobradura de boquinha muito legal.  Os japoneses são de fato muito receptivos e simpáticos!

Estátua na loja e informações turísticas ao lado da estação do trem

Ao voltar para Osaka, uma viagem de trem que durou pouco mais de uma hora, ainda estava cedo e pudemos aproveitar o tempo para explorar algumas lojas e ver especialmente os brinquedos, e mais uma vez elas fizeram a festa… Quase gastaram a cota delas toda, mas elas estão aprendendo direitinho a usar o próprio dinheiro.

Bolinha com chaveiro de black pink! aaaaaaaahhhh. Teen k-pop fã.
Bebel e o mundo dos Silvanian Family

Na hora de escolher onde jantar adivinha onde elas quiseram ir comer? Mc Donalds!  Toda vez elas querem conhecer os sanduíches da rede no local, cheeseburger não é tudo igual?  De fato neste caso tenho que dar o braço a torcer, eles são diferentes, o mc lanche feliz daqui tinha a opção de panquecas ao invés do sanduíche tradicional e ainda tinham sanduíches de frango teriaki e hambúrguer de camarão (ebiburger), diferentes e muito saborosos, valeu a pena experimentar.

Mc pankaku vem com potinho de mel e manteiga
Ebiburger, sanduíche de camarão

Antes de voltar ao hotel fomos novamente à loja da Dom Quijote para andar na roda gigante e ter uma visão privilegiada do alto da região de Namba em Osaka, a noite toda iluminada.

Roda gigante??

Sim! Bizarramente, a Donki que fica na área de Namba possui uma roda gigante em cima. Muito louco não?

Bia na cabine da roda gigante da Donki
Vista da roda gigante

A gente tinha que subir até o quinto andar da loja para poder entrar na roda gigante. E a roda gigante também não é uma roda, ela é achatada, tornando a experiência ainda mais maluca.

Roda gigante “achatada” da Donki, em Osaka

Chegamos o hotel para dormir, e lá estavam mais 4 garrafas d’água de cortesia!… Acho que querem nos afogar!!!

O dia foi muito divertido, inesperadamente divertido, e foi para elas até então o dia mais legal da viagem.  Nara foi um lugar que decidimos visitar já no final do nosso planejamento, e acabou dando muito certo, tanto pelo aspecto cultural quanto pelo aspecto inusitado, dos bichinhos passeando pela rua.

Turismo é isso também, parte é o lugar e seus atrativos e parte é a experiência que cada um tem nesse lugar.

See Ya!

Dicas deste post:

  • A cidade de Nara fica coladinha em Kyoto e é facilmente acessível a partir de lá, ou de Osaka. Dá para conhecer os principais atrativos em um bate-e-volta a partir destas cidades, principalmente utilizando o JR Pass nos Shinkansen.
  • Os templos antigos de Nara, em conjunto, são patrimônio da Humanidade pela Unesco.
  • Uma das colunas pincipais do Todai-Ji tem um buraco bem na sua base.  Diz a lenda que, se a pessoa conseguir atravessar pelo furo de um lado a outro do pilar, será agraciado com a iluminação na próxima vida.
  • Diversas lojinhas da área próxima ao parque de Nara possuem souvenirs com a temática dos cervos.  Recomendamos as meias temáticas, bem coloridas!
  • Ainda na mesma região, experimente os sorvetes de matcha (chá verde), muito saborosos!
  • O MacDonald’s de cada país possui um cardápio adaptado aos costumes locais.  No caso do Japão, o mais curioso foi mesmo o hamburguer de camarão, embora os hamburgueres ao teriaki e as panquecas tenham sido  também deliciosas.
  • A roda-gigante da Donki de Dotonbori (Osaka) não é das maiores, mas é sem dúvida uma das mais inusitadas.  Como falamos, ela é achatada, pois as cabines correm em um trilho oval e alcança uma altura suficiente para ver os arredores e tirar uma bela foto.

Hiroshima, Miajima [Rota Japão dia 4: 22/01/2019]

De acordo com o nosso roteiro, hoje partimos de Osaka para uma das cidades mais carregadas de história, uma história triste e que nem sempre queremos lembrar, um drama para o Japão: Hiroshima.

Como não tínhamos horário  marcado do trem (O JR Pass permite marcar o horário na hora, e a frequência de trens entre Osaka e Hiroshima é bem grande), fomos tomar o café com calma no Ibis Styles Osaka e tomamos um susto ao chegar no andar do refeitório, pois havia uma fila enorme de pessoas para entrar no salão do café da manhã.

Prontamente e educadamente entramos no fim da fila e aguardamos a nossa vez de entrar no salão.  Quando finalmente chegou a nossa vez, demos o número do quarto à atendente que pôs-se a verificar e foi quando vimos que o nosso número estava grifado de amarelo, destacado pois somos clientes fidelidade Accor categoria gold. Meu Deus!

A atendente ficou perplexa e se desculpou imensamente por termos tido que aguardar na fila.   Ela se curvava ao pedir desculpas e ainda pediu encarecidamente que não mais ficássemos na fila, nos próximos dias poderíamos apenas ir direto à porta e dar o número do quarto.

O café da manhã daqui era muito mais rico em sabores orientais, as tradições de comidas quentes e salgadas, refeições inteiras estavam ali presente, seja no Yakisoba tradicional ou nos bolinhos de peixe e especiarias, legumes cozidos e algumas coisas não muito apetitosas ao olhar ocidental. Muita coisa com milho e soja, sopas e caldos, chás mas ainda assim tinha também pães e bolos como o café ocidental.  Enfim, um belo café para começar o dia.

Por fim fomos para a estação de trem e pegamos já o trem das 10 para Hiroshima, uma viagem de cerca de 2 horas e por isso já chegamos lá por volta de meio dia.

Mas antes de conhecer Hiroshima propriamente dita, na estação de trem mesmo saímos do Shinkansen para um trem local, para seguir mais um pouquinho a viagem.  Iríamos dar uma passadinha rápida em Miajima, uma pequena ilha bem próxima de Hiroshima.  O trem deixa pertinho da estação de Ferry.  O JR Pass, o passe ferroviário que contratamos para esta viagem cobre também a barca até Miajima e o trem local, de modo que esse desvio de roteiro saiu de graça e pudemos conhecer, mesmo que de relance, mais uma paisagem.

Pegamos quase que imediatamente a barca com destino a Miajima.  Calculamos o horário para coincidir com a maré alta – nos horários de maré alta, o ferry faz o percurso bem perto do famoso portal dentro do mar ou o Grande Torii, que os japoneses acreditam ser sagrado limita o mundo real e o espiritual.

Na maré cheia ele fica todo dentro da água, mas na vazante pode-se chegar bem perto do Tori por terra
vista da ilha pelo Ferry boat

Como a idéia hoje era um bate-e-volta em Hiroshima, não daria tempo para uma visita mais aprofundada em Miajima.  Portanto, depois do passeio de barca até o Torii, retornamos  para a estação de trem de Hiroshima, para conhecermos o parque.
No trem, retornando de Miajima para Hiroshima, resolvemos otimizar um pouco mais o tempo.  Pesquisamos um pouco pelo Google e vimos que Hiroshima tem um serviço de bonde bem tradicional e que poderíamos pegar bem na estação de trem e que nos deixaria bem pertinho do Parque da Paz, que gostaríamos de visitar.  Para nossa surpresa, aqui também o cartão Suica, que fizemos em Tokyo e usamos em Osaka, também funcionava no bonde, o que facilitou mais ainda as coisas.

Bonde beem antigo, mas em perfeito funcionamento!

Chegamos então à Hiroshima e fomos direto de bonde  para o Parque da Paz, a região onde caiu a bomba atômica durante a II Grande Guerra,  dizimando a cidade matando milhares de pessoas e trazendo consequências ainda por muito tempo após o ataque.  Um lugar de muita tristeza, mas também onde se vê a presença da resiliência humana, o poder de se reerguer do nada tão presente e tão forte em toda a história japonesa.

Primeira visão do Domo da Paz, único prédio a sobreviver perto da explosão

O parque contém diversos monumentos remetendo à terrível explosão e também com a temática da paz, conforme as legendas das fotos que separamos a seguir.

Isabel na frente do Memorial da Paz de Hiroshima, o prédio que ficava bem próximo do ponto da explosão da bomba e que sobreviveu parcialmente.
O prédio foi o único a sobreviver relativamente intacto ao impacto da bomba e, após muita controvérsia, foi preservado.
O Parque da Paz, onde está situado o Memorial da Paz, também possui outros monumentos, como esta homenagem ao magazine para crianças Pássaro Vermelho, de Miekichi Suzuki, autor famoso nascido em Hiroshima.
Monumento aos estudantes mortos – vários estudantes atuavam em Hiroshima nos esforços de guerra e foram mortos com a explosão.
Outra vista do Memorial da Paz, patrimônio da Humanidade.
O Parque é todo bem sinalizado, com diversas placas explicando a história de cada monumento. Aqui dá para ver o prédio do Memorial da Paz, conforme ele era, antes da explosão.
Memorial da Paz das Crianças, com um sino para os pequenos tocarem
O principal memorial tem um altar, uma pira e um espelho dágua, perfeitamente alinhados com o marco zero da bomba.

Após visitar os principais monumentos do parque, nos dirigimos para o Museu da Paz, que conta a história da explosão da bomba atômica de Hiroshima e suas consequências.

Os primeiros salões mostram como acidade era alegre e dinâmica, antes da bomba.

O museu conta um pouco da história da cidade, sobre como tudo mudou naquele 6 de agosto de 1945, e traz objetos recuperados durante as buscas pelos sobreviventes.

A data que mudou o mundo

Estes objetos são a parte mais forte da exposição, pois mostram as incríveis forças que atuaram sobre as pessoas, matando instantaneamente milhares de pessoas e deixando sequelas em outras tantas.

Uma das partes mais impressionantes são os objetos, tais como garrafas e telhas, que podem ser tocados pelos visitantes e mostram como o material se transformou profundamente devido à radiação e o calor.

Garrafa de vidro “encolhida” devido à temperatura
Velocípede encontrado nos trablhos de salvamento – lembrando que muitas crianças também pereceram ali.

A visita é bem emocionante, mas importante para mostrar para os nossos filhos todos os horrores da guerra, para tentarmos assim que eles não se repitam.

O Sol já ia se pondo, e começamos a sair do parque, para iniciarmos nosso trajeto de retorno à Osaka.

A temperatura foi baixando e resolvemos aproveitar e jantar ainda em Hiroshima.  Paramos em um restaurante no caminho até a estação de trem, pois o achamos simpático. Era o Yayoiken, um restaurante de rede com uma ambientação muito agradável.  E a comida estava ótima!

Boa refeição e um ótimo ambiente!
Muita fartura e ótimo tempero

De lá, seguimos novamente de bonde até a estação, onde aproveitamos para olhar um pouco os souvenirs típicos da cidade.

Há no Japão uma cultura de dar pequenos presentes sempre que se se viaja, mesmo que seja uma viagem curtinha de um dia.  Assim sendo, todas as estações de trem-bala  possuem lojas enormes, com guloseimas e lembranças típicas de cada lugar.  Em Hiroshima não seria diferente!

Lojas enormes nas galerias das estações!
Kit-Kat típico de Hiroshima, imitando o biscoito local. Estes você só compra aqui!

A Isabel comprou um pequeno polvo de pelúcia, batizado de Hiro, em homenagem à cidade.  A Bia aproveitou e foi sozinha comprar um chaveiro de Hiroshima, e se virou bem com a caixa e com o japonês básico: Ariogatou Gozaimasu!

Bia comprando o chaveiro e se comunicando com os locais.

 

Pegamos nosso Shinkansen e retornamos a Osaka. Chegamos no hotel próximo das 11 da noite, cansados mas realizados.
Ao chegarmos ao hotel, uma surpresa! Tínhamos mais 4 garrafas d’água no quarto…. Bom para usar já no dia seguinte, onde iríamos conhecer mais uma das antigas capitais do Japão:  Nara!

See ya!

Dicas deste post:

  • Se você for utilizar o JR Pass, procure organizar seu roteiro para utilizar ao máximo os transportes já cobertos pelo passe.  No exemplo de hoje, o pulinho em Miajima foi totalmente gratuito!
  • Utilizamos no dia de hoje pelo menos 5 modais diferentes: metrô, trem-bala, trem local, barca e bonde(2 tipos)!
  • Se você encontrar um souvenir em uma cidade do Japão e te interessar, compre! Mesmo os produtos “de rede” como Kit-Kats, têm distribuição limitada a determinados lugares.
  • Cada cidade tem uma comida/biscoito/doce típico. Vale muito a pena experimentar os diversos sabores do Japão.
  • O Suica Card valeu em todos os meios de transporte que utilizamos em todas as cidades do Japão que visitamos.  Vale muito adquirir o seu logo ao chegar, pois simplifica muito a questão do dinheiro para o transporte.
  • No site http://jr-miyajimaferry.co.jp/en/timetable/  você pode pesquisar os horáris da barca de Miajima e, principalmente, ver os horários em que o serviço passa bem pertinho do grande portal na água.
  • Você pode adquirir o status Gold na rede Accor por aproximadamente 99 Euros a cada 2 anos.  Se você se hospeda muito com eles, pode valer bastante em benefícios e pontos extras para sua próxima viagem!
  • No exemplo de hoje, mostramos que o status Gold garantiu fácil pelo menos uns 15-20 minutos todo o dia, por não termos que enfrentar fila para o café da manhã.  E tempo, em uma viagem, é um dos recursos mais importantes.

 

 

 

Rumo a Osaka [Rota Japão, dia 3: 21/01/2019]

Terceiro dia no Japão.  Dia de dar “até breve”  à capital e finalmente embarcar no Shinkansen, trem bala, com destino a Osaka.

Como já foi dito nos posts anteriores, estávamos hospedados muito perto da enorme estação de Shinjuku e portanto o trajeto até ela foi feito a pé mesmo – mais um ponto positivo em andar com malas de bordo, pequenas e mais leves são muito melhores para se locomover na cidade.

Sempre preferimos chegar bem cedo na estação para ir até a central e marcar não só o trem como os assentos que iremos viajar.  Mesmo com bastante antecedência não conseguimos os assentos juntos nem do lado direito do trem, por onde conseguiríamos ver o tão famoso Monte Fuji, de fato um atrativo turístico muuutito procurado! Mesmo assim conseguimos sentar dois a dois pelo menos.

Shinkansen chegando na estação, para nos levar a Osaka
Trem vai para Nagoya mas passa em Osaka

É uma viagem de aproximadamente 3 horas de trem até Osaka, mas é bastante tranquila e confortável.  Todas as cadeiras são reclináveis e com mesinhas pra refeições.   Mesmo que você não tenha levado o seu lanchinho, atendentes passam com carrinhos de snacks vendendo  bebidas e pequenos lanches. O difícil é entender o que elas falam…

Olha a Loira confortavelmente instalada no trem

Rafael ficou monitorando no GPS o ponto de maior aproximação do Monte Fuji.  Quando estava bem pertinho, ele foi para a porta do vagão, que tem uma grande janela, e conseguiu fazer belas imagens.  Mesmo esta janela estava concorrida, e ele só conseguiu tirar as fotos pela gentileza de um casal de idosos japoneses que cedeu o lugar para ele observar!  Mais um exemplo da cordialidade deste povo, que presenciamos ao longo desta viagem.

 

Mesmo sem sentar na janela da direita sempre dá pra levantar e ir até a porta e do vidro conseguir fotos lindas do famoso Monte Fuji!

Enfim Osaka!  Osaka é uma cidade muito importante na história, economia e cultura japonesas.  Uma cidade que nos hospedou por alguns dias e de onde partimos para conhecer outros destinos também.

Chegamos em Shin-Osaka, a estação central do trem-bala na cidade e seguimos para a estação Namba do metrô, que ficava mais próxima ao nosso hotel.   Aqui optamos pelo Ibis Styles, mas quando escolhemos mesmo olhando no mapa e vendo imagens no street view não tínhamos idéia que estávamos em um lugar tão peculiar, repleto de comércio e restaurantes ao longo do rio.

Somos fãs da rede Accor, mas o atendimento dos hotéis no Japão foi bem acima da média.  Ao chegarmos no nosso quarto em Osaka, nos esperava um kit de boas vindas:

Guloseimas típicas de Osaka

além de quatro garrafas d’água, de cortesia:

Tem uma história legal sobre as garrafas d’água do Ibis Styles de Osaka, que vocês verão nos próximos posts.  Por enquanto, apenas lembrem que ganhamos quatro garrafas hoje…

Deixamos tudo no hotel e saímos para explorar e almoçar.  Foi até um tanto difícil escolher a princípio um lugar para almoçar, mas quando de longe avistamos o “Bolhinha”, um enorme peixe baiacu pendurado na fachada do restaurante, pronto! Rafael tinha esse desejo de comer sashimi de baiacu (fugu), daí resolvemos o problema.

Restaurante do Baiacú, um peixe que se infla na presença de alguma ameaça.
Sashimi de Baiacú, como esse peixe contém uma glândula de veneno para que sua carne seja consumida o sushiman deve ser muito bem treinado por anos para saber retirar com precisão tal glândula e produzir os sashimis
Preferi um prato com espetinhos de carne, frango, polvo e porco, mais seguro e a meu ver mais apetitoso!
Para as crianças o bom e gostoso Yaksoba e frango frito.

O detalhe para esse almoço foi a pressa da atendente, ainda nem tínhamos nos entendido com o cardápio e ela já voltou querendo tirar o pedido, tudo muito rápido, e o restaurante estava vazio.  Ainda bem que o menu tinha foto pois daí conseguimos desenrrolar mais rapidamente, mas a maioria dos lugares , depois percebemos isso, tinha foto dos principais pratos e menu em inglês.  Thank God!

Nossa idéia ainda era ir ao templo Shitenoji e ao Flea Market (mercado das pulgas mamãe?) que eram bem próximos, e de fato deu pra ter uma idéia do mercado mas não deu pra comprar ou mesmo olhar muita coisa pois chegamos já bem perto da hora do encerramento, e eles são bem rigorosos com regras e horários, se uma coisa fecha às 17:00 horas, às 16:30 eles já estavam arrumando tudo para fechar as barracas.

Olha que fofo esses bonsais!!

E, corremos para o templo budista que a princípio muito se assemelhava com o Meiji de Tóquio que havíamos visitado, só que aquele era xintoísta. Ah mas cada templo tem sua peculiaridade, cada estátua de cada Buda uma história, cada construção com suas cores e detalhes arquitetônicos muito diferentes dos que estamos habituados a ver nas construções ocidentais.

Family selfie no portal do templo
O enorme portal do templo Shitennõ-ji
Bebel e oque se assemelham a lápides fúnebres
Vista do portal por dentro do incensório
Uma das construções que abrigam as estátuas de Buda
Beatriz e o Garan, pagode de cinco andares
Templo que abriga mais Budas e locais de oração e adoração
As lojinhas já encerrando as atividades com o sol já se pondo por de trás
Buda e a caixa para oferenda

Mesmo com o sol já querendo ir embora ainda tivemos pique para ir até a região conhecida como Electric Town, uma área repleta de lojas de eletrônicos e acessórios, além de outras tantas lojas com objetos de personagens de mangás e desenhos japoneses como Naruto e Dragon Ball. Até mesmo as princesas da Disney eram representadas com feitio de mangá em bonecos perfeitos e até bem caros para o nosso bolso.

Bibia em Electric Town de Pikachu

Um dos destaques da região é a Kiddy Land, uma loja de brinquedos voltada para crianças e adultos também!  Milhares de brinquedos, modelos, trens, carros, aeromodelos, espalhados em vários andares.  Enfim, uma loucura!

bonecos gundam para todos os gostos e bolsos
Brinquedos sim, muitos brinquedos!
Paraíso dos colecionadores e das pessoas que praticam pequenos hobbies
trens e locomotivas em diversas escalas, conheço alguém que por pouco não levou todos…

E lojas de brinquedos que os três ficaram encantados com as miniaturas e as bonecas.

Essas bonecas são cararérrimas no Brasil mas aqui estavam bem acessíveis e Isabel fez a festa com as Sylvanian Families

Isabel foi atrás da Sylvanian Families, que tem centenas de modelos diferentes por aqui.  A Beatriz queria comprar uma Licca-Chan, uma boneca que é a Barbie Japonesa.  E o Rafael estava atrás de Transformers, que também só são fáceis de encontrar por aqui.

Anoiteceu e continuamos andando, seguindo em direção ao hotel e aproveitando o passeio.  Muitas pessoas pelas ruas, passeando e visitando as lojas.

Andar nas ruas transversais é bem tranquilo, quase não passa carro e note que não há calçada com meio fio apenas uma marcação pintada no asfalto.

Antes de voltarmos ao hotel jantamos em um restaurante no caminho.

Comidinha de fast food japones no quentinho, #tudodebom

Como já falei anteriormente a região do hotel era de muito burburinho de comércio e restaurantes, de noite então a galera saía e enchia as ruas dos arredores. Muito me chamou atenção as moças bem vestidas chamando atenção dos rapazes e os inúmeros Maid Cafés, inclusive um na esquina do hotel onde as meninas ficavam na porta vestidas de cosplay, com cabelos coloridos e roupas curtas e chamativas, elas na realidade são pagas para conversar com os rapazes para que eles se sintam mais a vontade com as outras garotas, muito curioso isso…

galera de Cachoeiro, faz lembrar a Beira Rio!!SQN

O Ibis Styles, além de muito bem localizado, possui uma 7-Eleven dentro dele, o que facilitava muito para comprar snaks, sucos e salgados tradicionais locais para um lanchinho.

Dia no fim e amanhã mais uma aventura nos aguarda nas terras nipônicas.

See Ya!

Dicas deste post

  • O Japão é um país para ser apreciado através do trem.  As malhas são excelentes e o trem-bala tem todo um glamour que não vemos mais em outros lugares ou em outros meios de transporte.
  • O baiacu é saboroso mas um tanto quanto borrachudo no formato de sashimi.  Comemos também ele frito, e aí o sabor e a consistência sobressaiu.  Sobrevivemos!
  • O principal erro que cometemos nesta viagem foi não conseguirmos nem de perto imaginar o tamanho das lojas no Japão.  A quantidade e variedade das lojas de brinquedos e de departamentos é absurda.  Devíamos ter reservado um dia inteiro só para isso.  Ainda assim, conseguimos conhecer algumas lojas razoavelmente bem. 
  • A Kiddy Land é imperdível, para crianças e adultos também! Existem filiais em diversas cidades.
  • Se seus filhos gostam de Sylvanian Families, saiba que eles foram criados em 1985 aqui no Japão.  Então é muito fácil encontrá-los em todas as seções de brinquedos, por preços ridiculamente baixos (estamos falando de miniaturas a partir do equivalente a cerca de 20 Reais!!)
  • Não perca a chance de conhecer as Konbinis, como são chamadas as lojas de conveniência, tais como 7-Eleven e Family Mart.  Muitos produtos, comidas e bebidas, lanches , remédios entre outros.  Os salgados são deliciosos!

 

Templo, Monstros e K-POP [Rota Japão dia 2 – 20/01/2019]

Ainda adaptando ao fuso, fomos dormir tão cedo, para o horário de Tóquio, que às 3 da manhã todos estavam acordadíssimos e sem ter o que fazer…

Daí lembramos que perto do hotel tinha uma filial da loja Don Quijote  e que a mesma era 24 horas, então resolvemos matar o tempo por lá, e de quebra já olhar algumas coisinhas até a hora que o café da manhã seria servido no hotel.

Quatro andares de loja com artigos de comida, souvenirs, a eletronicos e roupas
Salgadinho de lula, acredita?

Primeira coisa que percebemos foi que mesmo estando de madrugada ainda tinha muita gente na rua, e talvez por isso também nos sentimos muito seguros em andar a essa hora com crianças pelas ruas.

Segundo, a galera voltando da balada, muito turista de “cara cheia” e aí sim vimos alguma sujeira nas ruas transversais onde ficavam a maioria desses bares, mas que logo ao amanhecer o trabalho de limpeza já havia sido feito.  Todo trabalho é feito como muito esmero e exatidão, respeitando à risca os horários e regras estabelecidas.

Voltando a falar da Donki, apelido carinhoso da já referida loja de departamentos, essa tinha 4 andares e logo de cara elas já viram algumas coisas que já tinham pesquisado previamente e estavam na “wish list” – a maioria coisas fofinhas como material escolar temático como canetas e estojos de panda e pokemón.  Além dos Kit Kat de sabores diferentes e outras guloseimas, ao meu ver nem tão saborosas, esquisitas mas que valeria a pena provar.

kit kat de chá verde

O Japão tem ma relação de amor pelos Kit Kats – existem centenas de sabores diferentes nas lojas, nas estações de trem e em lojas exclusivas! Tem sabors qe só existem em algumas cidades ou até em algumas estações de trem ou aeroportos.  Foi muito divertido tentar experimentar o máximo possível de “interpretações”  diferentes em cima do mesmo chocolate!

Ainda de madrugada, avisamos o Godzilla atrás de um prédio!

Gojira!!!!

O sol foi raiando e resolvemos voltar ao hotel para de fato iniciar nosso roteiro do dia em Tóquio e tomar nosso primeiro café da manhã.

Primeiro café no Ibis. até que não nos aventuramos em algo mais diferente, mas eles comem peixe, sopa e legumes no café…

Saímos dalí a pé mesmo em direção ao parque Yoyogi, onde fomos visitar o primeiro templo dessa viagem -o Santuário Meiji, Meiji Jingu, um templo xintoísta um dos mais importantes do Japão em razão de ser dedicado às “almas divinas” do Imperador Meiji e de sua consorte, a Imperatriz Shoken.  O templo  está localizado dentro do parque e cercado por uma floresta.  O caminho por dentro do parque por si só já é um passeio bem agradável e muito legal. No entanto antes de chegar ao Parque nos deparamos com mais curiosidades do dia a dia do Japão.

Reparem nas grades de isolamento de canteiros em obra. Pensamos: Mãe aqui até a Hello Kitty trabalha!! ou #HelloKittytrabalhando

Tudo é muito fofo, até os canteiros de obra!! kkkk

A religião xintoísta é uma das mais difundidas no país juntamente com o Budismo, não há de fato uma religião oficial no Japão, e esta é uma tradição ao meu ver um tanto peculiar aos olhos do ocidental.  Aqui vemos toda a importância e grandiosidade dada aos Deuses, o respeito aos costumes e rituais, respeito aos lugares e às pessoas, bem como a sua conexão com a natureza ao seu redor e de como tudo interage e de fato parece ter sido pensado e relacionado pra estar ali.

Um dos grandes portais ou Tori de entrada para o templo. O portal é para o Xintoísta sagrado e eles fazem uma reverência ao passar por todos eles.
Mapa mostrando a área do parque e o templo
Caminho pela Floresta do parque Yoyogi, mesmo no inverno a paisagem é muito bonita e peculiar.

Seguimos todas as tradições e recomendações de costumes locais, para não cometer nenhuma gafe.  Passamos pelo portal e fizemos a reverência e antes de passar pelo segundo portal e entrar na parte do templo propriamente dita, um enorme pátio de adoração e oração aos Deuses. A edificação em si fica fechada com os objetos sagrados da imperatriz, abrindo em datas e horários  específicos para adoração.

Antes de Passar pelo segundo Tori (portal) para o pátio do templo e galerias Meiji

Antes de entrar no entanto é preciso se preparar para encontrar com os Deuses, e se limpar. Por isso há espaços reservados para “purificação” onde lava-se as mãos e boca antes de entrar no templo e colocar sua oração aos Deuses.  Seguimos o ritual e nos lavamos na gélida água natural.

Pega-se a água da fonte com essa “concha” ,lava a mão  direita com a esquerda, troca e depois com a esquerda coloca um pouco de água na boca bochecha e cospe.

Agora sim entramos no templo e vimos o ritual da oração, ao qual seguimos, joga a moeda, bate palmas para chamar os Deuses, faz-se a oração e em seguida bate palma novamente pra terminar.  Todos esperam sua vez e repetem o ritual igualzinho. Até filmei um pouco, e vocês podem ver nesse nosso vídeo

local da oração junto ao templo
Local de Oração junto ao templo

Outra coisa muito peculiar eram os amuletos, vendidos na lojinha junto às edificações da galeria Meiji do templo.  Eram de todo tipo e para qualquer coisa: sorte, amor, paz, saúde, prosperidade, dinheiro, bom parto, passar na prova, passar de ano, boa viagem e por aí vai… Uma infinidade! E curiosamente, algo que até agora me pergunto, tinha um ponto de reciclagem de amuleto, do tipo: Deposite aqui seu amuleto antigo. Aqui a lei de Lavoisier é elevada a um novo patamar, tudo se recicla, até os amuletos!

Caixas para depositar amuletos antigos

E ainda você pode comprar uma plaquinha de madeira e escrever um pedido seu ou para alguém e pendurar no templo pra os Deuses.

Você mesmo escreve na plaquinha de madeira e pendura no mural
Olha o tamanho do portal, a gente fica pequenininho

Seguindo pelo parque ainda encontramos um lugar onde produtores que fizeram doações para a consagração do templo tem seus nomes gravados em tonéis de saquê e barris de vinho formando um belíssimo mural que se tornou um atrativo turístico do local.  Os vinhos são franceses, em uma curiosa história de amizade entre os povos.

barris de vinho
Barris de vinho
A decoração dos barris de saquê

Saindo do parque, nossa próxima parada seria rumo ao curioso e cultural  bairro geek de Harajuku, onde além de conhecer o bairro, o foco era almoçar no famoso Kawaii Monster Café.  Como ainda era cedo, fomos passear um pouco e como diria a minha avó: Olhar as modas!

Andando pelas lojas de Harajuku, paraíso dos cosplays olha oque ela encontrou: um gorro que mexe as orelhas

E bem perto do prédio onde se localizava o café encontramos, para a surpresa e maravilha da Bia, uma loja de BT21 . Agora se você – como eu – não conhece muito do mundo K-POP deve estar se perguntando: What? Ela vai explicar:

(texto abaixo feito pela Beatriz)

BT21 são personagens que cada integrante da boyband BTS criou. Têm 7 personagens representando os integrantes, e o oitavo representa a banda, como um todo. Na loja, tinham várias estátuas desses mesmos personagens, além chaveiros, canetas, bichinhos de pelúcia e até mesmo fones de ouvido!

Fachada da loja BT21

A loja tem 4 andares enormes, e para enlouquecer mais ainda as army’s, no quarto andar tem o projeto original dos personagens, com a assinatura dos próprios integrantes da banda.

Bebel e o Shooky
Beatriz e o Mang, pela cara ela tava no paraíso né?

(fim do texto da Beatriz)

Enfim chegamos ao Kawaii Monster café, para entrar eles te explicam que paga uma entrada como uma espécie de couvert artístico.  Você pode ficar no restaurante por 90 minutos e cada pessoa TEM que pedir um prato de comida e uma bebida.  Mas quem vai contar um pouco é a Isabel:

(texto da Isabel)

Um lugar lindo e maluco.  O mascote do restaurante é um monstrinho   muito fofo que anda acompanhado das monster girls. Nós fomos no dia certo bem no aniversário do mascote.  Lá tinha comidas e drinks malucos.  Bel pediu um macarrão colorido e uma soda que vinha com dois tubos de ensaio com duas cores de corante vermelho e amarelo, como se fosse uma experiência de laboratório:

Drink da Isabel
Macarrão colorido , na paleta de cores, molhos de diversos sabores
Ela miturou um e depois o outro, ficou muito bom!

Bia escolheu um prato de batata frita com diversos molhos e uma bebida de leite condensado e maracujá, não tava lá muito boa essa bebida, mas…

Batata com molho azul? Tinha um gosto de alho

Rafael pediu um prato normal – ele pediu porco com arroz e para beber um suco com frutas .

Porco agridoce com arroz e vegetais
Um espécie de água saborizada com frutas, muito bom.

E Roberta pediu camarão com pipoca e para beber uma bebida tão ruim que a gente nem conseguiu identificar. De fato a gente ficou trocando os pratos e assim todos provamos um pouco de tudo, como um rodízio.

Estranho mas gostoso
Monster rodízio Donnici

(fim do texto da Isabel)

Nesse meio tempo, de repente começou a tocar uma música e as Monster girls juntamente com o tal monstrinho fofo, começaram a dar um show dançando e cantando ao redor de uma grande alegoria em formato de bolo de aniversário/carrossel. Aliás você pode tirar uma foto com todos os personagens lá por 1000 yens se quiser e dar uma volta no tal carrossel. As meninas adoraram, mas de fato não entendemos muito do show em japonês, deu pra entender depois que era aniversário do  monstrinho, o Choppy. Há ainda um bar e uma gift shop com produtos das monster girls e choopy, é um restaurante experiência turística dentro do curioso geek bairro de harajuku.

Deu tempo de tirar uma foto com os artistas

Depois deste lugar um tanto inusitado, ainda tínhamos um ponto turístico na região de Shibuya para visitar antes de pegar o metrô de volta a Shinjuku e ao hotel: visitar a estátua do cão Hachiko.  Muitos conhecem a história do cão da raça Akita que ia esperar seu dono todo dia na estação de trem e assim o fez mesmo depois do mesmo já ter falecido.  Hollywood eternizou a história no filme estrelado por Richard Gere.  Os japoneses acham que dá sorte passar a mão na pata da estátua e tem uma verdadeira fila de gente para tirar foto com a estátua do mais fiel cão da história japonesa.

Todos com a mão nas patinhas de Hachiko.

Antes de deixar a região de Shibuya registramos a mais famosa travessia do Japão, um cruzamento em diagonal onde uma verdadeira multidão de pessoas atravessa para todos os lados, pasmem na maior ordem possível sem nem mesmo esbarrar uns nos outros…Dá para observar o tamanho da encrenca aqui neste vídeo que fizemos.

Por fim pegamos o metrô de volta ao hotel pois no outro dia o destino era um pouco mais longe: vamos pegar o trem-bala para Osaka!

See ya

Dicas deste post:

  • Devido à adaptação ao fuso horário, procuramos fazer neste dia um roteiro bem relaxado, com lugares mais contemplativos.  Pode ser uma estratégia para não forçar tanto o organismo, ainda não sincronizado com o fuso local.
  • A Donkijote é uma loja entulhada de itens de todos os tipos, vale a visita para ver a variedade de produtos.  Bom também para comprar diversas lembrancinhas num excelente preço.  
  • Fomos em várias Donkis durante a viagem, todas 24 horas.  O comércio fecha normalmente cedo no Japão, então a Donki quebra um galhão para comprar coisas no final do dia.
  • Existem Kit Kats dos mais diversos tipos, porém alguns são específicos de algumas cidades e até mesmo de algumas estações de trem ou aeropoortos! Então se vir um Kit Kat que deseja experimentar, compre logo, pois pode ser difícil de encontrar o mesmo sabor em outro lugar!
  • É sempre bom consultar um guia de etiqueta ao visitar algum templo de uma religião que não a sua.  Evita pagar mico ou cometer uma ofensa mais grave.  A maior parte dos templos que visitamos era xintoísta e budista.  Apesar de rituais semelhantes, eles tem sutis diferenças, que é de bom tom observar.
  • Tanto a estação de Shinjuku quanto a de Shibuya são extremamente movimentadas.  Ajuda muito se for pegar o trem/metrô fora do horário de pico – entre 8-10 da manhã e 17-19 da noite.
  • Mais sobre a história do Hachiko aqui.
  • Se você gosta de K-Pop e da banda BTS, a visita à loja dos personagens BT21 é imperdível.
  • Kawaii Monster Café:  http://kawaiimonster.jp

 

Planejamento, preparativos, chegada e fuso [Rota Japão, dia 1 – 19/01/2019]

Japão?

Sim, nossa última rota foi para o Japão! Muitos de vocês que nos acompanham pelas redes sociais já puderam ver um pouquinho do que postamos online dessa viagem inesquecível, planejada desde que chegamos da última rota, que foi a de New York em fevereiro de 2018.

Aliás, isso acontece muito, toda vez que chegamos de uma viagem, já fazemos uma reunião de família e começamos a pensar nos nossos prováveis próximos destinos, onde cada um gostaria de ir conhecer ou visitar, e a partir disso começamos a pesquisar a viabilidade desses destinos e… pimba!  Foi assim que aconteceu essa viagem.  Estávamos pesquisando no site da Multiplus (como sabem, a gente viaja muito acumulando pontos e usando por troca em passagens aéreas) e vimos que Tóquio estava com um valor em pontos muito vantajoso para viajar em janeiro de 2019.

Caraca, quase um ano antes!  Por isso mesmo! Foi uma sorte, hoje se procurarem não acharão o mesmo preço que pagamos, nem agendando com essa antecedência. #turismodeoportunidade.

Tivemos um ano para estudar o país, os costumes, montar o roteiro, estudar rotas e transportes, atrativos turísticos e dentre todos eles selecionar o que a gente de fato queria e conseguiria visitar/fazer em 14 dias na Terra do Sol Nascente.  Tarefa árdua, e para isso Rafael até começou a aprender a ler e falar um pouco de japonês, até as meninas sabiam algumas frases.  Confesso que sabia apenas Arigatô!

Prontas e uniformizadas saindo do Galeão rumo a nova aventura Rota Japão

Nosso voo saiu do Rio na quinta-feira dia 17, com destino a Tóquio e escala de apenas 1 hora e 50 min em Londres.  Tenso!

Apesar de saírmos dia 17 do Rio de Janeiro, só chegaríamos de fato em Tóquio dia 19 de Janeiro pela manhã (11h e 50min até Londres + 11h e 50 min até Tóquio), quase 24 horas de viagem somadas ao fuso (diferença de 11 horas por conta do nosso horário de verão).  Cansativo mas nem tanto, nosso voo foi relativamente tranquilo, com um serviço muito bem feito por parte da Cia British Airways.  Viajamos com malas de bordo apenas (conforme nosso vídeo no Youtube!), o que facilitou muito o desembarque e re-embarque em Londres (passando pela segurança), pois já deixamos tudo planejado devido ao curto tempo da conexão.

O voo foi tranquilo. Ele passa por cima da Escandinávia e da Sibéria, antes de chegar ao Japão.  Chegamos no horário e a organização japonesa já impressiona no desembarque, com várias pessoas orientando e auxiliando.  O processo de imigração é automatizado para os registros de fotos e digitais.  Posteriormente passa-se por um funcionário, muitíssimo educado, que faz algumas perguntas padrão.  Em pouco tempo já estávamos na área comum do aeroporto.

Ao descermos para o nível das estações de trem, nos deparamos a primeira vez com as Gachas – As maquininhas de vender brinquedinhos em cápsulas que estão em todo lugar!

Vamos encontrar vaaarias destas durante a viagem…

Quando chegamos ao aeroporto de Narita em Tóquio e desembarcamos, ainda teríamos que fazer algumas coisas no terminal antes de ir para o hotel.  Primeiro, tínhamos que comprar o bilhete do trem que faz o transporte entre o aeroporto e a cidade em si, o Narita Express (N’EX) .  O bilhete é comprado no escritório da Japan Rail (JR).  Fique tranquilo – tudo é muito bem sinalizado e as informações também são apresentadas em inglês.   ao marcar o bilhete determina-se também a volta, se você quiser já pode deixar até os assentos marcados para o dia da volta ao aeroporto.

No mesmo lugar  também trocamos os vouchers do JR Pass, que é um passe especial para turistas que dá direito ao uso ilimitado dos trens (locais e intermunicipais, incluindo muitos dos Shinkansen – os famosos trens-bala japoneses) por um determinado número de dias.  Os vouchers foram comprados previamente no Brasil junto a agencia Quickly Travel, um dos agentes oficiais da JR no nosso país.   Compramos JR Passes para serem usados por 7 dias – ao trocar o voucher,  você já diz qual é o primeiro dia que você vai usar e durante 7 dias pode utilizar quantas vezes necessitar por toda a rede de trens da JR.  Muito bom, né?

Só aí pegamos o N’EX rumo a Shinjuku onde ficamos hospedados no hotel Ibis Tokyo Shinjuku.

Visual futurista do N’EX. Note a cabine de condução, em cima do trem!

A viagem dura aproximadamente 1 hora, mas já estávamos todos muito ansiosos para chegar e ver o que nos aguardava nessa cidade cosmopolita.

Bia e a vista da Janela lateral do NEX
Vista de dentro do Narita Express, a tela passa todo o trajeto e os alto-falantes anunciam as paradas e japonês, coreano, chinês e inglês.  Ainda bem!

O primeiro choque de realidade com o nível do transporte no Japão veio justamente no N’EX.   Quando pesquisamos o trem, o site dizia que ele ia direto do aeroporto de Narita até Shinjuku ou Yokohama, que são lugares completamente diferentes.  Como o trem pode ir direto para dois lugares tão separados?

N'EX provides direct access between Narita Airport and major urban stations such as Tokyo, Shinagawa, Shibuya, Shinjuku, Ikebukuro and Yokohama.
Como pode ir direto para 2 lugares tão distintos? (crédito da foto : Site da JR East)

No meio da viagem, o trem anuncia, em inglês:

“Obrigado por utilizar o Narita Express.  Você está no vagão 11.  chegando na próxima estação, os vagões 1 a 6 seguirão para Yokohama, e os vagões 7 a 12 irão para Shinjuku”

O trem simplesmente se divide em dois, e cada metade vai para um destino diferente.  Uma solução inteligente para que cada passageiro não precise fazer baldeação no meio do caminho, indo sentadinho até seu destino final!

Desembarcar em Shinjuku, uma das maiores estações de Tóquio (na realidade, é a estação com maior fluxo de passageiros diariamente no Mundo!), de onde saem linhas de trem locais e intermunicipais além de metrô pode parecer até um tanto aterrorizante e  você pode se sentir perdido ali embaixo.  Por isso o planejamento e o estudo do lugar é tão importante.  Hoje em dia então, com o auxilio da tecnologia pode-se até fazer um tour virtual por alguns lugares e assim eles não se tornam tão estranhos a primeira vista. O importante é localizar  a saída mais próxima da onde você está indo, e isso pode ser um tanto complicado.  Lá embaixo tem dezenas de lojas, restaurantes, cafés e outros tipos de comércio e serviço.  Por sorte ,havíamos saído próximos a saída correta e com a ajuda do gps, wifi free em todo  lugar, conseguimos nos localizar em Shinjuku e seguir para o hotel que ficava a poucas quadras dali.

Primeiro contato com as ruas de Tóquio.

Costumamos ficar preferencialmente em hotéis da rede Accor pois somos clientes fidelidade gold, e reservamos as hospedagens também com pontos.  Em Tóquio optamos pelo Ibis Tokyo Shinjuku e ficamos em um quarto triplo  que acomodou bem, ainda, nós quatro.  Deixamos as malas, tomamos um banho e trocamos de roupa, afinal foram 24 horas de avião, mas sem descansar muito partimos para o primeiro atrativo na Terra do Sol Nascente: rumamos para o Tokyo Dome, onde iríamos no Furusato Festival Tokyo, um festival no estádio onde teria uma mostra de comidas típicas de todo o Japão, artesanato, atrações musicais regionais durante todo o dia.  Achamos que seria uma boa oportunidade pra mergulhar de cara na cultura oriental logo nas primeiras horas sem ter que fazer muitos deslocamentos.

Pegamos o metrô e saltamos na estação próxima ao Dome.  O mapa de linhas de metrô e trens de Tóquio pode ser um tanto assustador, aquele monte de linhas coloridas e estações com nomes complicados, daí vale mais uma vez a dica de que se deve estudar previamente, pois não tem a necessidade de gravar aqueles nomes difíceis.  A identidade visual é muito bem feita, cada linha tem uma cor e uma letra e as estações não numeradas em ordem , assim só é preciso saber qual linha pegar (isso o próprio Google Maps mostras as melhores opções) ,saber em qual número é a sua estação e qual o número da estação para qual deseja ir, fácil?

A estação de Tokyo, na linha M, é a de número 17. O nome aparece sempre exscrito em Kanji, em hiragana e em caracteres romanos. Para nós, basta saber o M17. (Fonte: Wikimedia commons)

Junte a tudo isso crianças contigo e um mundo de japoneses muito bem educados mas que andam extremamente apressados, e um sistema de cobrança do metrô bem complexo!

O metrô do Japão cobra pela distância entre dois pontos.  Assim, para você comprar um bilhete individual, você precisa olhar um mapa gigante das estações, que indica, de acordo com o seu destino, o preço a pagar.  Aí compra-se um bilhete individual, direto na maquininha, colocando o valor desejado.  Complicado né? E é mesmo!  Mas existem alternativas mais fáceis como os cartões pré-pagos.  Optamos por utilizar o Suica.

""
O Suica e seu simpático pinguim

O Suica é como um cartão pré pago do metrô, mas que também é aceito nos ônibus, trens e outros modais e ainda em alguns estabelecimentos comerciais, vending machines e etc.  Daí a vantagem , só era preciso carregar um valor e ir descontando à medida que ia passando.  Detalhe: o cartão das crianças é diferente, mais barato, a passagem é mais barata também.
Como o preço cobrado é dependente da estação onde você sai, você passa o cartão na entrada mas não é descontado.  Ao sair, é debitado o valor correto.

Depois de comprar os cartões Suica, um para cada pessoa,  e de encararmos o metrô, chegamos vislumbrados ao Tokyo Dome, que além do Estádio de Beisebol, que neste dia estava abrigando o evento, abriga em seu redor todo um complexo  de compras, restaurantes e diversões chamado Tokyo Dome City.

Winter Light festival, todo esse caminho iluminado faz parte desse festival acontecendo também aqui e em outros atrativos no Japão.
A montanha russa de encher os olhos, pena que estava parada para manutenção, ela passa por dentro da roda gigante
Mas a roda gigante apesar de estar funcionando, junto com o restante do parque ficaria para outro dia

Apesar das meninas terem ficado deslumbradas pelos brinquedos na Tokyo Dome City, nosso foco hoje era o Furusato Festival, e seguimos para a bilheteria para compra dos ingressos.  Nosso primeiro choque de realidade, uma organização exemplar e fila reservada para o turista (com preço descontado!), então compramos o ingresso rapidinho e seguimos para a entrada.

Como em qualquer grande evento passamos pela revista da bolsa e logo depois passamos pela porta giratória, onde sente-se a pressurização.  O teto do Dome é inflado e mantido no lugar em parte pela pressão interna, mais alta que a pressão atmosférica.

Assim que entramos pudemos ter a dimensão do tamanho desse evento!

A grandiosidade dos espetáculos e performances apresentadas neste evento
Olha a quantidade de barracas de comida

Imagina um Maracanã cheio de barracas de comida, e uma parte do gramado e em outra shows de música, dança e folclore regional sendo exibidos para o público educadamente sentado na arquibancada.  Aliás, todos os acessos também eram sinalizados, só se descia por um lado e subia por outro e em todo lugar pessoas orientando, não se pode parar no caminho de acesso. Para se ter uma idéia era como uma grande Feira da Providência com shows na escala de carnaval de escola de Samba.

Fica difícil escolher sem saber oque realmente é, parece camarão frito… e os preços?
Pastel frito com recheio de linguiça, esse já era o segundo prato da Bia. Pudemos experimentar algumas coisinhas
Lulas recheadas, o preferido do Rafael
E Bebel tirou foto com a Lula depois dela se apresentar em um palco menor
Servidos de uma sobremesa, muito chantili, morangos e bolo de chocolate! hummm

Os Japoneses adoram espetáculos, luzes, cores e festividades, isso deu para ter certeza nesse festival que tinha de tudo um pouco.  Curtimos algumas comidinhas e alguns dos shows.  Mas ao pararmos na arquibancada, o cansaço bateu com força.  Afinal, para o organismo já era de madrugada!

O sono pegou as pequenas!

Voltamos para o Hotel e ao sair do estádio as luzes estavam ainda mais bonitas, para nossa surpresa e deleite do olhar.

A roda ainda mais bonita iluminada

E quando voltamos a Shinjuku e ao hotel, olha a rua. Parece a Times Square em New York.  Muitos letreiros acesos, luzes e sons e pessoas!

As luzes da cidade de Tóquio. Bem no fundo da imagem, dá para ver o Hotel Ibis.

Já ansiando por mais um dia de aventuras do outro lado do mundo, Ffmos dormir para repor as energias, com uma longa noite de sono!

… ou não, talvez não tão longa.  Confira no próximo post.

Por hoje é só pessoal!

See ya!

Dicas deste post:

  • O inverno é uma boa época para ir ao Japão.  Apesar do frio, não chove praticamente, tornando as caminhadas agradáveis.
  • Todos os lugares ainda estavam com as luzes de inverno, o que torna os passeios à noite muito bonitos!
  • O ar é muito seco nesta época em Tóquio.  Procure levar um lip balm para o lábio não rachar e beba muito líquido.  Cuidado com a eletricidade estática e os fatídicos choques em objetos metálicos – inofensivos mas assustam!
  • Procure comprar o JR Pass ainda no Brasil.  Está em fase de testes uma venda direto nos aeroportos no Japão, mas é melhor não arriscar e já comprar aqui.  Compramos o nosso pela Quickly Travel.
  • A escala em trânsito em Londres também precisa que você passe pelo raixo-X.   Tenha todos os produtos líquidos já separados em Ziplocks pequenos, e transparentes, que devem ser retirados da bagagem para agilizar o processo.
  • Novamente viajamos com malas de bordo, o que garantiu agilidade para sair da área interna.  Graças a isso, trocamos o JR Pass sem muitas filas, pois o resto do voo ainda estava lá atrás pegando as bagagens na esteira.
  • O cartão Suica pode ser adquirido em máquinas específicas.  Para as crianças, por ter preço diferenciado, o cartão deve ser adquirido na cabine da JR, com um funcionário que irá digitar os dados das crianças.  Muito rápido e normalmente os funcionários da Japan Rail falam inglês.
  • Para navegar no metrô de Tóquio, decore qual é a letra e número da estação de seu hotel (a mesma estação pode ter mais de uma letra/número, se atender mais de uma linha!).  Depois é só ver o número e letra da estação para onde quer ir e navegar.  A sinalização é muito intuitiva.
  • Existem dezenas de saídas nas estações principais, várias saindo dentro de prédios e lojas de departamentos.  A dica é decorar a mais próxima do hotel e também as que tem elevador ou escada rolante, para quando estiver cansado.  Muitas estações ficam vários níveis abaixo do nível da rua, então anda-se bastante até chegar ao ar livre.  
  • A maioria das estações possuem dezenas de lojas, praticamente shoppings inteiros nos subsolos.  Vale dar uma voltinha!
  • O Narita Express possui preço diferenciado para comprar ida e volta ao mesmo tempo.  Note que para isso, o bilhete deve ser usado em até 14 dias!
  • Nos hospedamos novamente nesta viagem em hotéis da Accor.  A fidelidade Gold já garante um drink de boas vindas na entrada para cada hóspede, além de vários mimos, como doces, pequenos snacks típicos e etc.  No Japão, acho que o tratamento foi ainda melhor do que o que já estamos habituados.
  • Conheça aqui um pouco mais sobre o Furusato Festival.

 

 

Pelo Retrovisor – quanto economizamos na nossa viagem [RotaKids NY – Resumo Final]

Start spreading the news…

Vamos à Resenha.

Como já é tradição em nosso site, após uma viagem fazemos um resumão, falando das estratégias usadas para cada viagem.

Sempre falamos por aqui mas não custa lembrar – planejamento é tudo, e desta vez também não foi diferente.  Vamos lá?

 

Compra Antecipada de passagens com pontos

Fomos em Miami em agosto de 2017.  Assim que retornamos, colocamos em discussão para onde iria ser a próxima Rota Kids.  Os destinos da vez eram Portugal, Reino Unido, Sydney (Austrália) e Nova York.  Bem eclético não?
Esta é a dica de hoje:  Faça uma lista dos lugares que deseja visitar, e deixe o destino dar uma ajudinha.  Quanto mais específicos forem suas datas e destinos de viagens, mais difícil é economizar.

Após definidos os destinos, começa a pesquisa.  Aí vale visitar os blogs de viagens, Google Flights, Kayak e muitos outros, monitorando os destinos desejados.  Temos um preço que achamos “justo” para cada destino – se os valores praticados (em pontos ou dinheiro) alcançarem este preço, compramos as passagens e definimos o destino.  No caso de Nova York, as passagens para janeiro de 2018 foram compradas em 5 de outubro de 2017, cerca de 90 dias de antecedência, praticamente no limite do que consideramos a  “janela ideal”, em que os preços são os melhores.  A experiência nos mostra que  entre 6 meses e 3 meses de antecedência, conseguimos ofertas muito boas.  Para destinos mais afastados, a janela ideal pode ser a abertura do calendário – quase um ano de antecedência.

Ouvi falar em viagem?

Passagens Aéreas – 57% mais barato que o preço de mercado.

Nesta viagem, seguimos nossas dicas de compra de pontos pelo KM de vantagens (que falamos aquiaqui e aqui) para turbinar a aquisição de pontos e gastar muito menos.  A vantagem desta estratégia era comprar pontos parcelados em 12 vezes. Esta estratégia não está mais tão boa, os preços subiram e os bônus encolheram, mas ainda pode ser um caminho para adquirir pontos rapidamente.

Emitimos as 4 passagens para NY  totalmente com pontos, pagando somente as taxas.  Os preços de passagens para NY neste momento estavam bem altos, comprar com pontos nos levou a um grande economia.

Somando o custo de aquisição de pontos + as taxas de embarque (destas você não escapa), gastamos 33% do valor cheio da passagem.  Por algum motivo obscuro, a própria taxa de embarque era mais barata.

Hotel – 39% mais barato

Como gostamos bastante do Homewood Suites de Miami, procuramos outro hotel da rede Hilton em NYC.  Porém a reserva direto do site da Rede Hilton não estava muito vantajosa – Os descontos eram pequenos, pelo cartão de fidelidade.
Nestes casos, pesquisamos o resgate através dos programas de milhas para ver se há alguma assimetria.  Desta vez a oportunidade estava na Livelo – a reserva com pontos Livelo do Hilton Metropolitan saía mais barato que reservar direto em dinheiro no site da Hilton (sem contar o IOF).  Como não tinha pontos suficientes na Livelo, paguei com pontos + dinheiro e a parcela em dinheiro pode ser parcelada em 10 vezes.

Trocando Pontos por Dinheiro

E os pontos do Hilton HHonors da última viagem?  Bem, não era vantagem utilizar nesta reserva em particular, porém eu liguei minha conta HHonors à minha conta Amazon e converti os pontos em compras que fizemos na Big Apple.  Os 42 000 pontos renderam 86 dólares de crédito na Amazon.  Nada mau.

 

Passeios – 50% mais barato

Aqui aproveitamos ofertas de temporada.  Várias das atrações pagas estavam com 50% de desconto, por ser inverno.  Pegamos uma Nova York bem mais vazia e com preços mais atrativos.  As promoções nas lojas também estavam excelentes.

Nota Final de Economia  Rota Kids NY:  58% mais barato

As estratégias cruzadas nos deram um custo de viagem quase 60% mais barato do que se simplesmente comprássemos todos estes itens sem planejamento.

Menos despesas = Mais viagens!!  Já estamos planejando as próximas!

 

Aguardem!

 

See ya!

 

Chinatown, movies e tal…[RotaKids NY day 11: 12/02/2018]

Como sempre, começamos o dia cedo e partimos para um bairro tradicional da cidade, o lar dos imigrantes asiáticos sobretudo os chineses, Chinatown.

As Chinatowns foram criadas em vários países, por volta do século XIX e de acordo com as leis discriminatórias que proibiam a venda de terra a chineses ou restringiam tal venda a uma determinada área da cidade, segregando os chineses do resto da sociedade.

Esta área e arredores, principalmente a pracinha de Columbus Park, constituía a região de Five Corners, ponto central dos imigrantes mostrado no filme Gangues de Nova York, de Martin Scorcese.

Hoje, a de Manhattan, abriga também parte de imigrantes vietnamitas e de outras regiões da Ásia, que aqui têm suas lojas e comércio de produtos típicos de sua cultura, seja artesanato, comida ou vestuário.

Fomos de metrô até  a pracinha que é o início da região de Chinatown e começamos a explorar.

No caminho, passamos por um lugar muito peculiar: Encontramos o African Burial Ground, monumento dedicado ao antgo cemitério de escravos que aqui se localizava:

Monumento em reformas

Estima-se que 15000 escravos ou negros libertados foram enterrados nesta região da Lower Manhattan.  Nova York teve a segunda maior população de escravos dos EUA, e em certo momento os escrqavos constituíam 1/4 da população.

História do African Burial Ground

Seguindo em frente, através de um quarteirão de prédios do governo, chgamos a Columbus Park, a pracinha bem nos limites de Chinatown.

Ainda bem cedo os playgrounds estavam bem  vazios por conta do frio e do horário escolar, mas encontramos aqui já uma diferença: muitas pessoas de meia idade praticando yoga e tai chi, pacificamente cada um respeitando seu espaço e seu tempo.

Tai chi no parque
Praças que mais parecem parques de diversão para elas!
Balanços de todos os tipos e tamanhos!

Tudo é muito bem conservado e limpo, o conceito de espaço urbano de lazer e uso coletivo é respeitado ao pé da letra! As meninas gostaram muito de brincar e conhecer até novos brinquedos e opções de diversão e lazer público.

Desafio aceito e completo! Bia at Columbus park
Olha que ela também tentou…

Depois de algum tempo no Columbus Park e arredores caminhamos pelo bairro e logo vimos uma rua repleta de casas funerárias e um cortejo funerário saindo, não fotografamos por receio de estar desrespeitando o momento e a cultura desse povo, mas foi bem curioso!

Notamos que muitas ruas tem seus temas: as ruas das comidas, dos utensílios de cozinha, dos produtos frescos, dos artefatos de ouro… Tudo escrito em chinês e quase nada visível de inglês.  Parece que nos transportamos para outro continente.

Objetos típicos da cultura chinesa em diversas lojinhas pelo bairro.
Produtos bem diferentes em exposição

 

Comida exposta na vitrine, muitos patos…

Vista de uma das ruas, ainda era cedo para a movimentação do transito

Belos objetos de ouro – mas beeem caros!

 

Muitas ruas repletas de pequenas lojas, muitas vendendo frutas, legumes e verduras frescas e muitos açougues vendendo especialmente patos. E restaurantes que anunciavam especialidades feitas com pato. No entanto já havíamos escolhido aonde almoçar: O restaurante Jing Fong

A Jing Fong foi fundada em 1978 como um restaurante e ao entrar e subir as grandes escadas rolantes, você encontrará uma atmosfera movimentada que incorpora todos os elementos essenciais do “yum cha” – um brunch tradicional de dim sum – do jeito que deveria ser.

Olha o tamanho deste salão

Foi assim que adentramos nesse mundo oriental e fomos convidados a sentar e nos servir.  Cada mesa comporta 8 lugares, você recebe uma cartela com os pratos a serem servidos e as “garçonetes”passam com carrinhos cheios de pratos diversos, ao escolher uma iguaria ela serve e marca na sua cartela o prato que foi servido para consumo.  Assim ao final da refeição, que pode durar o tempo que desejar ou que seu estômago aguentar, é só ir ao caixa e acertar a conta. Prático não? Sim mas alguns pratos eram, digamos um pouco exóticos demais e elas não falavam muito bem o inglês e nós tão pouco mandarin, no?

Que acham que é isso? A única coisa que conseguimos saber antes de provar era que era de camarão.
Algumas coisas causavam estranheza a elas, mas provaram de tudo um pouco, mesmo com legumes. Bebel não é muito fã dos verdinhos
Ainda teve que tomar chá verde durante a refeição. Xiii Mas até que ela gostou!
Carrinhos servido pratos típicos

Os carrinhos passam direto uma atrás do outro com pratos doces e salgados, muitas vezes é até difícil distinguir uma iguaria doce de outra salgada, faltou estômago pra provar um pouco de cada coisa. E ainda pode-se ir ao balcão e servir-se de outros pratos quentes como yakisoba e outras massas. Uma dica é ir no site do restaurante, eles tem fotos de todos os pratos, ou pelo menos os principais.

Saímos dali fartos e ainda procurando um lugar para comprar pequenas lembranças dessa cultura oriental, mas no final eram tantas opções que ficava difícil escolher.

Milhões de produtos de papelaria de temática oriental

E claro mesmo com todo frio do mundo não deixaríamos de provar o sorvete da Chinatown Ice Cream Factory, com sabores tão exóticos quanto os nomes, nem mesmo o atendente soube me explicar que gosto tinha o tal sorvete verde e o roxo.

A bandeira do dragão marca o local da Chinatown Ice Cream Factory

De fato eram uma delícia, parecia um misto de tuti-fruti e batata doce!

Provando sorvetes num frio de quase 0 graus
Felicidade de quem vai comer algo roxo e gostoso!
A cara da Bibia! Ela já não gosta de sorvete mesmo, só ela não comprou um
E olha ele ali de novo a espera de um pouco de sorvete! Sr. Esquilo, não pode!

Próximo dali ainda na região dita Lower Manhatan encontramos a Igreja da Transfiguração (construído em 1801 como Sião Igreja Episcopal Protestante 1853 comprado pela Arquidiocese de Nova Iorque), na esquina das Ruas Mott e Mosco.

Torre da Igreja da Transfiguração

Muito peculiar e mostra mais uma face da cidade que outrora já se mostrava globalizada, seja culturalmente ou religiosamente falando.

A paróquia foi fundada pelo Padre Félix Varela y Morales em 1827, que aparece na foto.

A igreja tem missas em inglês e cantonês e é a maior congregação chinesa católica dos Estados Unidos.

Como o dia ainda não havia terminado mas nossa programação para ele talvez sim, resolvemos repetir um programa que gostamos muito, e voltamos ao cinema.   Desta vez fomos ver Peter Rabbit que havia acabado de estreiar – e novamente as meninas se divertiram muito e compreenderam o filme mesmo sem conseguir traduzir ao pé da letra tudo que ali havia sido dito. Valeu de novo Cultura Inglesa!

Hora de cinema com balde enorme de pipoca !

No dia seguinte ainda conseguimos dar uma última volta no Rockfeller center e arredores antes de ir ao aeroporto, novamente de metrô, e pegar nosso voo de volta ao Rio, mas já com saudades dessa cidade!

Rockefeller center
Nada como ler para aguentar a longa espera no aeroporto
Longa mesmo, e ela lê até em inglês se forem os seus personagens preferidos. Agora Teen Titans

No mais assim termina a nossa aventura na Big Apple e já nos preparando para novas viagens, e voos ainda mais longe…

See Ya

Dicas deste Post:

  • Restaurante Jing Fong: http://jingfongny.com/
  • Vá sem medo no Jing Fong.  Pode pedir bastante coisa e comer muito, mesmo sem saber o preço de cada item (estão em chinês!!).  A conta total para nós quatro deu 53 dólares.
  • Para saber mais da Chinatown Ice Cream Factory: http://www.chinatownicecreamfactory.com/
  • O sorvete roxo era o Taro, que é um tubérculo semelhante à batata.
  • O sorvete verde era o Pandan, cujas folhas são usadas no sul da ásia, com aroma semelhante à baunilha.
  • O sorvete branco era de lichia, a esta altura o mais comum dos três!!
  • Vale muito ir ao cinema por aqui, treinar o inglês das pequenas, sem legendas!
  • E assim acabamos mais uma viagem. Próximo post trará um resumo da nossa economia na Grande Maçã!

Run, Forest, Run!![Rota NY day 10: 11/02/2018]

Algumas vezes quando viajamos, um dia chuvoso pode ser o fim do passeio daquele dia.  Mas quando estamos em New York, sempre encontramos algo para fazer.  E caminhar pelas ruas da cidade e descobrir novos lugares, nisso somos especialistas, pois pesquisamos bem os lugares antes de cada viagem.

Uma das curiosidades que descobrimos sobre Manhattan foi que, apesar das ruas numeradas existe uma rua bem especial entre elas…

Bia feliz com a descoberta Sixth and a half Avenue
Placa da esquina da rua

Avenida 6 1/2 é uma via de pedestres que fica entre a Sexta e Sétima Avenidas (meio óbvio né?) e que se estende desde a rua 51 até a rua 57.
Esta avenida foi criada pela união de vários POPS (Privately Owned Public Spaces), que são espaços privados mas de acesso e circulação livre de público e permitiu a circulação de pedestres de forma fácil e bem sinalizada.

Na correria da Big Apple, é fácil não perceber mais esta curiosidade, mas vale a pena procurar a Avenida Seis e Meio para tirar uma foto, né?  Aproveitamos e seguimos através dela (cortando prédios, galerias, praças e jardisns, na direção geral de Columbus Circle.

A  Columbus Circle é uma área próxima ao Central Park com uma rotatória e que foi assim nomeada  em homenagem ao navegador  Cristóvão Colombo. É uma das praças mais visitadas de Manhattan depois da Times Square e fica bem na interseção da Broadway com Central Park West, Central Park South (59th Street) e Eighth Avenue no sudoeste do Central Park.  Ali encontramos muito comércio de rua e malls, por isso resolvemos nos abrigar da chuva em um deles.

Vista da Columbus Circle, de dentro do Time Warner Center
Olha lá o Colombo no meio da rotatória!

No Time Warner Center  encontramos um destino indoor icônico que atrai mais de 16 milhões de visitantes por ano, com muitas lojas, restaurantes e espaços para estar e se divertir, além da vista incrível com sua fachada composta de um enorme pano de vidro encobrindo uma arquitetura interna de muito bom gosto e arrojada. E ainda podemos brincar com as estátuas gigantes!

Caramba! Moça você é grande mesmo!
E o cabelão vai até o bumbum
Vista interna

Nosso principal foco era visitar a loja física da Amazon Books, mas encontramos também espaços e exposições bem interessantes, mostrando mais um pouco da vida desta cidade. Havia alguns stands de venda de apartamentos e escritórios em um novo conceito de condomínio que estavam construindo na região próxima a High Line, passamos por essas construções quando visitamos o local.  Conceitos bem diferentes, cada edifício tem uma arquitetura só dele, forma e estrutura tanto externa quanto interna e que se integram com os espaços de convivência externos como uma quase mini cidade.

Algumas fotos do empreendimento na apresentação do stand de vendas

Depois de visitarmos a loja da Amazon books e comprar alguns itens da lista de desejos, aproveitamos a estiagem e seguimos caminhando pela Broadway Avenue  onde podemos encontrar outras lojas também curiosas e outras que gostamos de garimpar, como a TJ Maxx. No entanto as meninas curtem mesmo visitar lojas divertidas como a a dos MM`s.

MM`s night fever with Bia
Cores e sabores em gifts diversos

A loja dos MM`s é muito divertida e curiosa, um lugar onde encontramos tudo em termos de gifts temáticos, camisetas, canecas, chaveiros, utilitários de cozinha, dispenser de mm`s e claro muito chocolate!

Chocolate de todas as cores, tamanhos e com sabores diferentes também , confeitos coloridos de chocolate as leite tradicionais e ainda os recheados de caramelo, crocante, o já conhecido amendoim e muito mais, apresentados em diversas cores e em recipientes também variados! Uma loucura de sabor de encher os olhos e as sacolas!

E ainda um local para brincar e descobrir qual a cor de MM do seu humor
Eles estão em todo lugar
Laranja é o humor da loira
E como escolher entre todas essas cores?

No entanto guardamos o chocolate para comer mais tarde e seguimos ainda pela Brodway onde encontramos a Disney Store, aparentemente tão pequena quanto a de Paris.

Só que não!

Dois andares com os mais variados itens de brinquedos, bonecos de pelúcia, roupas e acessórios temáticos dos muitos personagens dos filmes da Disney e desenhos animados, e ainda , como a Disney agora detém a Marvel e Star Wars, podemos encontrar todo tipo de item relacionados a estes personagens também. É como um lugar para voltar a ser criança e sonhar.

Até a decoração é um encantamento

Além disso a loja sempre está com boas promoções e quem entrou querendo comprar apenas uma pelúcia de porquinho acabou levando um porco bem maior e de quebra um Stitch para a irmã também, (como isso vai caber na mala?). Não há como resistir: por 10 dolares comprávamos um mas por 20 levamos dois em tamanhos beeem, maiores… Surreal e bem distante da experiência e preço do Brasil, né? Ainda com o bom atendimento Disney que faz de tudo para sua experiência ser o mais satisfatória possível!

Olha o tamanho dessa escada rolante… e essa decoração de sonho com as lanternas flutuantes como luminárias. Só mesmo a Disney
Pelúcias de todos os tamanhos e em promoção
Tudo sobre Star wars também aqui!

Quase 4 da tarde e ainda não havíamos almoçado (nossa especialidade em viagens é perder o horário do almoço!!!!), hora de procurar um bom lugar para comer e eis que encontramos um de nossos preferidos: Bubba Gump Shrimp Co.!

Sim, o restaurante temático do filme Forest Gump! Com toda decoração voltada para o filme, gift shop e garçons treinados para fazerem trivias com os clientes com perguntas sobre o filme.  Aliás, este é um clássico que as meninas ainda não assistiram, ainda precisam de mais tempo para reconhecer todos os detalhes históricos do filme.

O restaurante é porém um lugar onde se pode comer de tudo feito de camarão, bem como havia idealizado o personagem Bubba no filme, e de quebra ainda ficamos em uma mesa com a linda vista da 7th Avenue ao cair da tarde!

Run Forest Run
Vista da nossa mesa: Entardecer na 7a Avenida

 

Olha esse copo luminoso!

Saímos de lá satisfeitos e já de noitinha, mas ainda tínhamos um lugar para visitar antes de finalmente voltar ao Hotel: Carlos’ Bakery! A famosa confeitaria do chefe Buddy Valasco – tudo bem é só uma filial mas tá valendo! Cada um pediu um doce entre as delícias dessa confeitaria, eu e Bel comemos Rabo de lagosta de creme e caramelo, Rafael provou um dos famosos doces italianos( o canoli )e Bia… bem a Bia mesmo não sendo fã de doces provou e aprovou a bomba de chocolate, afinal eram delícias do Cake boss!

Quem quer boloo!
Hum, difícil escolher entre tantas gostosuras.
Prato feito e proibido para diabéticos!
Lambuzada e feliz da vida!

É sem dúvida uma visita imperdível e deliciosa, naturalmente não aconselhável para diabéticos. Bolos e doces de encher os olhos e o apetite de qualquer um. Mais um desejo realizado! Agora sim era hora de voltar para o hotel e descansar, nessa viagem que já está quase no fim!

See Ya

Dicas deste post:

  • A Amazon Books tem preços melhores para os clientes que são Amazon Prime.  Vale o investimento.  
  • Mesmo que tenha filas na Carlos Bakery, aguarde. O sabor dos doces é realmente bem diferenciado,
  • Dá para perder a linha ( e vários dólares) fácil na Amazon Books, M&M’s World e na Disney Store.  Vale a pena ter um orçamento bem definido para não se deixar levar pelas inúmeras promoções
  • Apesar de almoçar tarde ser ruim para a saúde, tem o benefício de pegar restaurantes mais vazios – ou menos cheios.  Principalmente na área da Broadway ou Times Square. 
  • Tem um Mickey escondido (Hidden Mickey) na escada rolante da Disney Store.  Será que você consegue encontrar?

Visitando a grande dama de NY: Estátua da Liberdade [Rota NY day 9: 10/02/2018]

Grande dia hoje! Vamos  visitar um dos maiores símbolos da cidade de New York: Estátua da Liberdade, ou como dizem os franceses – os doadores da estátua aos Estados Unidos em comemoração pela independência do país – Statue de la Liberté.  Símbolo de um dos pilares do Iluminismo francês, a liberdade é representada por uma “dama “que representa uma deusa romana da liberdade, que carrega uma tocha e um tabula ansata (uma tabuleta que evoca uma lei) representando a Declaração da Independência Americana.

Dia frio e chuvoso para atravessar a baía, mas mal podíamos esperar para ver esse monumento icônico e mundial! A aventura começa sempre cedo conosco, na tentativa de evitar filas e multidões, afinal era sábado e estávamos indo visitar um dos ou mesmo o maior ponto turístico da cidade. Mesmo assim ainda enfrentamos alguma fila para trocar os ingressos, a diferença é que aqui as filas andam rapidamente!

O local de embarque foi o Battery Park, bem na pontinha da ilha.  De lá saem os barcos até a Liberty Island, onde a Dama mora.

Barcas que fazem a travessia até a Estátua da Liberdade
Os nerds se divertem com selfies geladas

Pegamos a primeira barca do dia e resolvemos sentar na parte superior.  A vista é fantástica, mas o vento castiga bastante!

Apesar do frio sentar aqui tem-se a melhor vista de toda travessia!
Eu e a loira achamos um lugar para sentar no topo do barco
Puxa como aqui está frio!!! Só os oinhos de fora…
Vista de Ellis Island

A travessia é relativamente rápida – dura cerca de 20 minutos.  Aos poucos a Estátua vai se aproximando.

 

olha ela aí…
Como não tirar uma selfie para mandar para os amigos?!

As melhores fotos da Estátua da Liberdade são de dentro do barco ou ainda de longe.  Ela é muito grande e com isso fica difícil de pegar ela inteira quando se está muito perto!

chegando no monumento

 

Começamos a visita na ilha pelo pedestal e depois fomos ao museu, que fica dentro do pedestal.   Não subimos ao topo: muitos degraus para meu joelho!!

Vista de dentro do pedestal mostrando a estrurua metálica da estátua.
Skyline de Manhattan e New Jersey, vistas do pedestal

O Museu conta toda história da estátua, projeto, concepções, manufatura, execução e transporte, sem excluir claro a questão política por de trás desse presente.

Bebel e a réplica da tocha
Placa demosntrando o presente francês ao americanos
Uma das faces da estátua em estudo de bronze. De que será que a loira tanto ri!!

O Museu conta toda história desde do projeto idealizado e projetada pelo escultor francês Frédéric Auguste Bartholdi, que se baseou no Colosso de Rodes para edificá-la.  La Liberté foi construída por Gustave Eiffel, o mesmo da famosa torre de Paris.  A estátua foi construída  em partes na França, trazida para a América em caixas e só então foi  montada no pedestal que já havia sido concluído na ilha .

A estátua mede 46,50m. (92,99 m. contando o pedestal). O nariz mede 1,37 metros.  O conjunto pesa um total de 24.635 toneladas, das quais 28 toneladas são cobre, 113 toneladas são aço, e 24.493 toneladas de cimento no pedestal. Ficou entre os semi-finalistas do concurso das sete maravilhas do mundo moderno.

São 167 degraus de entrada até o topo do pedestal mas dá pra fazer de elevador também (ufa – foi o que fizemos) , mais 168 até a cabeça e por fim outros 54 degraus levam até a tocha, o que, somados, consistem em um total de 389 degraus, daí o porquê de termos ido apenas até o pedestal. Originalmente construída em cobre, a estátua tinha uma coloração dourada que com o passar do tempo e os efeitos de uma série de reações químicas, alguns sais acumulados deram a ela esse tom verde-azulado que vemos hoje.

Linha do tempo e estudos feitos pelos artistas franceses para a execução da estátua.
versão mais próxiama da atual em miniatura no museu
molde da orelha
foto ilustrativa da execução in loco da estátua

Alguns relatos de imigrantes apontam a estátua como um símbolo de que estavam chegando na terra da prosperidade, sensação de alívio e o verdadeiro símbolo de uma nova vida e sobretudo da liberdade!

Além da estátua, na ilha caminhamos um pouco pelo parque existente no local, para ver  famoso skyline de Manhattan, por muito pouco tempo já que o frio e a chuva fina não colaboraram para o passeio ser mais agradável. Resolvemos então voltar para Manhattan, mas não sem antes comer alguma coisa em uma das lanchonetes ali existentes e visitar a loja de presentes e souvenirs, para alguns amiguinhos.

Típicos pratos fast food americanos
Adivinha quem é? Encontra-se de um tudo na lojinha.
E essa liberdade loira?

Mesmo por detrás das nuvens de chuva é uma bela vista!

Hora de voltar, pegamos a barca de volta e apreciamos a vista. A barca para ainda em Ellis Island, mas devido ao frio e chuva resolvemos não explorar a ilha.

Ellis Island
See you later lady!

Chegando em Manhattan, partimos para explorar mais um lugar iconico em NYC, a loja Macy’s Herald Square, fundada ainda no século XIX e uma das mais famosas lojas de departamento americanas.   A Macy’s rapidamente cresceu e logo abriu mais filiais na Broadway  e em outras grandes cidades. No entanto esta filial em especial traz a magia de uma época onde a publicidade ainda era feita com vitrines que de fato eram cenários que contavam uma história e nos remetiam a imaginar, fantasiar e querer um pouco deste mundo. Uma publicidade que girava também em torno dos eventos sazonais que atraíam muitos compradores para a loja, como o evento de natal.

Dentro da loja vimos ainda algumas decorações de natal, afinal o famoso filme “Milagre na rua 34” foi filmado aqui. O Longa original de 1947 que conta a história de um senhor de longas barbas brancas que  fica indignado quando percebe que o homem fantasiado de Papai Noel na Parada Anual do Dia de Ação de Graças da Loja de Departamentos Macy’s está bêbado e depois de muitas conversas acaba trabalhando na loja Macy’s da Rua 34, atendendo as crianças como Papai Noel. Um Clássico fime refilmado em 1994 e que até hoje passa na TV na época de natal.

O trezzinho de natal
Ainda constava o cenário onde Papai noel encontrava as crianças

A loja é enorme e conta com uma grande variedade de produtos, muito organizados e com layout bem clean:

Umas das maiores e mais famosas lojas de departamento americanas
Batedeiras de todas as cores!

Compramos a nossa mala (que já havíamos pesquisado nos dias anteriores) e  voltamos andando pra o hotel.   Afinal por hoje chega não é mesmo?

See ya

Dicas deste post:

  • Em fevereiro foi bem tranquilo comprar os ingressos na hora, diretamente no Battery Park.  Em épocas mais movimentadas acesse o site do monumento e compre com antecedência.
  • Há revista/detectores de metais tanto no embarque para o barco quanto na entrada da estátua.  Separe tempo para isto e utilize roupas/mochilas fáceis de passar nestes procedimentos
  • Na estátua e museu não é possível entrar com mochilas ou grandes bolsas, devendo ser guardadas em lockers.  Então não leve nenhuma bolsa exagerada senão você não terá como guardar.
  • A loja mais perto do ancoradouro tem mais variedades e preços melhores que a loja juntinho da estátua.
  • Um souvenir bem barato e que sempre curtimos são moedas comemorativas ou pressed pennies dos locais.  Com poucos dólares no máximo, conseguimos brindes personalizados e que remetem diretamente ao local visitado.
  • Para subir na cabeça da estátua, precisa utilizar uma escada em caracol muito apertada e centenas de degraus.  Não é para todos mesmo.  Ainda, a vista lá de cima acaba sendo bem restrita.
  • Para quem curte uma loja de departamentos bem organizada, com vitrines atraentes, vale muito a visita à Macy’s