Taronga Zoo e a busca ao Platypus [Rota Kids Down Under, dia 3: 22/07/2019]

Neste nosso segundo dia de fato em Sydney , decidimos começar nossa busca aos bichos esquisitos, ou melhor dizendo, peculiares que existem na Austrália, e fomos visitar o Taronga Zoo.

O Taronga Zoo foi fundado em 1916 e é o maior zoológico da Austrália . É o lar de mais de 4000 animais de 350 espécies diferentes.

A aventura já começa com o trajeto até lá- o zoo fica do outro lado da Baía de Sydney e para chegar até lá pegamos o metrô/trem até o pier, onde embarcamos na barca direto pra o Taronga Zoo.

O trem de Sydney é bastante curioso:  assim como os ônibus de Londres, os tresn urbanos possuem 2 andares na maior parte da extensão do vagão:

detalhe dos dois andares do trem
Detalhe do vagão de dois andares

Calculamos o horário para chegar bem na hora da abertura do parque e assim pode desfrutar calmamente o dia todo nesse lugar.

Algumas pessoas se espantam quando eu coloco isso, afinal acordar cedo nas férias?!  E se admiram com essa disposição, mas de fato nas nossas viagens, na maioria das vezes essa escolha em começar o dia cedo foi bem acertada, especialmente aqui na Austrália , pois ainda estávamos entrando no fuso e acordando naturalmente cedo.  Nesse dia não foi diferente.  Até porque ir ao zoológico cedo tem suas vantagens,  podemos aproveitar bem o dia todo no parque, já que essas atrações costumam fechar mais cedo tendo em vista o bem estar dos animais.  Além disso, muitas vezes conseguimos ver eles sendo alimentados, o que normalmente acontece no início da manhã.

Barca semelhante a nossa ancorada no píer ao lado

Ao chegar no píer, atenção ao horário das barcas, itinerário e tipo de bilhete, pois é possível comprar o bilhete do ferry boat junto com o ingresso do zoo e o transfer da estação até o portão de entrada do parque. O Taronga Zoo fica do outro lado da Baía e no alto de uma pequena colina, então depois de atravessar de ferry boat ainda teria que caminhar beeem, ou pegar um outro transporte no local que pode ser um ônibus ou o bondinho, esse você tem acesso pagando o combo barco+entrada+transfer.  Nós fomos de ônibus mesmo, onde utilizamos o mesmo cartão de transporte urbano de Sydney e ficou tudo certo.

Agora deu para tirar fotos de outros ângulos da Ópera House
Inclusive posar de dentro do barco
Outra vista pivilegiada
A ponte também de outro ângulo
E a cidade vai ficando para trás…

A vista da Baía de Sydney é realmente muito linda e durante nossa viagem no ferry ainda encontramos com uma senhorinha que estava levando sua netinha para passear no zoo mais uma vez.  A menininha muito falante e simpática começou a nos contar que da última vez que foi ao Taronga ela viu os macacos e eles tinham filhotinhos, ela nos mostrou as fotos encantada, disse que era imperdível! Dica anotada!

Por fim, chegamos ao portão e compramos nosso ingresso bem na hora da abertura do parque e logo que entramos ainda ao lado da gift shop e café pudemos ver pelo vidro das janelas os tree kangaroos se alimentando sobre as árvores sem se incomodar com os espectadores.

vista da fachada do portão principal do parque
Tree kangaroo tomando seu dejejum
nem se incomoda com as fotos, acho que a fome é grande
Primeiro bicho diferente que vimos nesse dia: Tree Kangaroo

Quando se trata de Austrália e animais, existem bichos que só vemos aqui mesmo, nesse país continente insular, e por isso que a fiscalização e preocupação na entrada e saída  é tão grande, pois  a contaminação por doença ou introdução de algum novo ser vivo no ambiente pode ser algo fatal e catastrófico.  Os animais daqui são  característicos e se tornaram simbólicos para o país e por isso mesmo não poderíamos deixar de visitar : os Cangurus, Koalas, crocodilos e claro o ornitorrinco (platypus). Este último era o mais peculiar, dizem que é muito difícil, quase impossível mesmo de se ver na natureza, mas no Taronga havia um tanque com ornitorrinco, então era a chance de ver o animal de perto.

Poder ter tido o privilégio de ver esses animais de perto, principalmente depois dos incêndios que ocorreram após nossa visita, torna essa experiência ainda mais especial, e para nós relatar aqui a importância do trabalho desse e de outros locais que visitamos nessa rota pela Austrália, no que tange ao cuidado e preservação da fauna e flora nativa ou não. Vemos quão abençoados fomos por poder ter tido essa experiência e oportunidade de ver de perto esses animais tão peculiares, únicos e lindos de se ver!

como o Bilby é um pequeno marsupial parecido com uma chinchila, bicho estranho mas bonitinho

É muito gratificante ver os animais tão bem cuidados interagindo com os visitantes, nos encontros com os animais os monitores e veterinários explicam um pouco mais sobre a espécie em questão, como eles são tratados no zoo, sua rotina e como eles vivem na natureza. Vimos por exemplo o encontro com os suricatos e durante a apresentação os fofinhos pareciam até posar para as fotos. Eles explicaram que como eles fazem túneis debaixo da terra eles , os veterinários e cuidadores, têm que andar com muito cuidado para não derrubar e cair em cima deles.

Esse é o meu melhor ângulo!
Bebel tentando achar o Timão

E logo vimos também os animais mais famosos deste país, os koalas, as bolas de pêlo mais preguiçosas que já vimos, mas também como olhar mais doce e meigo, alimentam-se apenas de folhas de eucalipto e dormem de 18 a 20 horas por dia.

Eis o nosso amigo Koala, chega a dormir 20 horas por dia essa fofura!!

Depois os Cangurus, eu nem sabia que tinham tantas espécies e subespécies de cangurus…

Canguru cinza, tomando seu solzinho da manhã!
Wallabi

Mas o que o Rafael queria ver mesmo era ele, o animal que é mamífero e tem bico de pato, nada como um peixe e tem o nome também esquisito o ORNITORRINCO, ou em inglês Platypus.

O cara tem um tanque imenso só para ele, mas quem disse que ele deu as caras? A gente só conseguiu ver ele através das câmeras que filmam ele dentro da caixinha que funciona como uma casinha ou ninho, nem deu pra ter certeza se era ao vivo ou se era filmado. Ficamos frustados para dizer o mínimo.

Platypus na caixinha

Em uma outra área podemos ver os estudos dos insetos e os animais da fazenda, e observar de perto a colmeia das abelhas, as Lhamas e os porquinhos.

Bee Wise um dos projetos desenvolvidos pelo Taronga em prol da ciência e preservação da fauna
Rumo aos animais americanos
O urso negro
A dona aranha…
Bebel aprendendo sobre os invertebrados
Primo que fazes aí? Porquinho depois das aranhas será que esse é o Wilbur e aquela era a Charlote?
Olá, como te Lhama?
Esse aí já não está muito de conversa …

Nesta mesma área tem um belo mirante, de onde se pode ver os principais pontos turísticos de Sydney, como a Harbour Bridge, a Ópera e a Sydney Tower.

Skyline de Sydney, a partir do Taronga Zoo

Depois da América entramos na África e vimos alguns animais mais conhecidos como a Girafa e o elefante.

Dona Girafa
Srs elefantes
Os tigres
Bebel no Jipe quase dentro da jaula dos tigres
Três filhotes com menos de um ano, mas pareciam adultos, brincavam como filhotes tomando sol e implicando uns com os outros
Na saída você pode ir a uma dessas máquinas e sugerir que uma companhia de produtos que você usa ou gosta doe para a causa dos tigres
Seu nome aparece no painel

A essa altura já era hora de parar e comer alguma coisa, eles aqui têm uma praça de alimentação com algumas opções de comida mas muitas delas tipo fast food.

Os pássaros vem almoçar junto, sempre sobra algo para eles

E por falar em pássaros vimos também o show demonstrativo dos pássaros, onde diversas espécies adestradas exibem suas habilidades e beleza em um show divertido e encantador, no final pode-se comprar um pin do Taronga e doar o dinheiro também para a manutenção das causas de preservação do local.

Show das aves
As aves voam dando rasante sobre nossas cabeças
Adestradora e a coruja

Depois dos pássaros foi a vez de ver animais mais conhecidos, como focas e pinguins, esse então não sai da cabeça da Bebel…

E esse grandão?
Tem um Pinguim me olhando…
Entre tantas espécies de pinguins tem uma loira
Olha foca …

Repito o que já escrevi em outros posts sobre visitas aos zoos pelo mundo, é sempre uma visita gratificante e muito interessante, é um dia inteiro de diversão e comunhão com a natureza e toda a família.

Fomos ainda na gift shop, o paraíso dos bichinhos de pelúcia, dos mais variados tamanhos e espécies, camisetas, moletons artigos diversos para todos os bolsos e claro que não saímos de mãos vazias.

Por hoje é só?

É um dia que acaba relativamente cedo pois os zoos fecham cedo, o Taronga fecha às 17:00 horas, mas nós ainda tínhamos que pegar o ferry de volta ao outro lado.

Não vou sem antes tirar uma foto no Koala

Seguimos ainda para conhecer um pouco mais da cidade, sempre tem lojas de marcas conhecidas em todo mundo mas também lojas de redes locais que ficamos fãs com artigos bem legais como é o caso da Big W, que tem lojas enormes de departamentos em todo canto.

Acho que estou cansada

 

É o dia foi longo bora descansar que o outro dia era dia de viajar mais um pouco – vamos deixar Sydney e conhecer um pouco da costa leste da Austrália.  See Ya!
Dicas deste post:

  • Dá para visitar o Taronga Zoo de trem, carro ou barca, atravessando a Baía de Sydney. Recomendamos a barca, por trazer ângulos incríveis da cidade e dos principais pontos turísticos.
  • Fique atento ao mapa do Zoo e aos horários dos principais shows.  Eles ajudam a conhecer os animais e suas características.  O show das aves é imperdível!
  • O Zoo é bem grande, então reserve um dia para uma visita bem completa.  Prepare-se para andar bastante.
  •  Visitando o site do Taronga pode-se comprar os ingressos antecipadamente e conhecer mais sobre os projetos e conservação que eles fazem:  https://taronga.org.au/sydney-zoo

Explorando Sydney: Hyde Park, ANZAC, Gardens e Ópera [Rota Kids Down Under, dia 2: 21/07/2019]

Viajar para o outro lado do mundo tem esse pequeno problema.  Até a gente acertar o fuso, fica acordando antes mesmo das galinhas! O que não é de todo ruim, afinal “Deus ajuda a quem cedo madruga” não é mesmo? E nosso roteiro para esse dia era para ser feito a pé,visitando atrações ao ar livre que já estariam abertas a visitação.

Tomamos nosso café no quarto do hotel, com as coisinhas que compramos no dia anterior no supermercado.  Em seguida, fomos em direção ao Hyde Park (na Austrália veremos nomes de ruas, parques e avenidas muito similares aos de Londres e de outras partes da Inglaterra, já que o país-continente é parte da Commonwealth), um parque bem localizado e extenso, onde encontram-se alguns atrativos turísticos bem interessantes, além da beleza do jardim em si. Apesar do frio naquela hora, a temperatura foi esquentando um pouco ao longo do dia.  Ainda estava amanhecendo!

Cara de quem madrugou antes do sol
Muitos recantos e jardins bem cuidados no parque chamavam a nossa atenção
Pausa para foto ainda ao amanhecer
Sobe e desce escadas, atravessa rua e o parque continua…

Fomos passeando a pé pelo parque. Passamos pelo ANZAC Memorial (para quem não sabe o termo ANZAC foi utilizado na primeira guerra mundial para designar as forças armadas da Austrália e Nova Zelândia, ANZAC =Australia and New Zealand Army Corps), também fechado a essa hora da manhã, mas pouco importava, o complexo todo e o prédio pelo seu exterior já transmitia a idéia e o conceito do Memorial.  Ainda ao redor no próprio parque encontramos esculturas que também nos remontariam à guerra e ao horror que aqueles soldados passaram nos conflitos mundiais. Um dos motivos pelos quais fizemos essa viagem foi que Isabel, em um projeto do colégio desenvolvido pela Cultura Inglesa, estudou esse país e ficou curiosa em conhecer, por isso entrou para nossa lista de lugares a visitar. Eles inclusive fizeram a receita do ANZAC biscuit que eram enviado aos militares durante a guerra.

Fachada do memorial voltada para o espelho d`água
Sol ainda estava tímido quando tentamos tirar essa foto na fachada do memorial
Escultura de imensas balas, relembram as Guerras Mundiais I e II nas quais os exércitos australiano e neozelandês lutaram bravamente

Destaca-se o enorme espelho d’água à frente do Memorial, onde as aves iam beber água. Foi a primeira vez que vimos as Cacatuas ao ar livre, fazendo seu alvoroço junto com os outros pássaros, e assim a Austrália começava a nos mostrar os seus inusitados animais  mesmo no meio do centro urbano.

Venho matar a minha sede
Beleza da fauna ao ar livre no parque urbano da grande metrópole
Detalhe esculpido na fachada do memorial mostra os soldados na guerra
Pedra do ANZAC Memorial julho de 1932

Nossa primeira parada e visita de fato foi à Catedral de St. Mary, uma construção neo gótica que foi a primeira igreja católica da Austrália. Na realidade, esta é uma reconstrução da original, já que a mesma foi incendiada por volta de 1865 e já era inspirada em estilo gótico do século XIII. Por isso as características estilo-arquitetônicas foram preservadas desta maneira, incluindo as torres na fachada principal e seus pináculos apontando para os céus e a rosácea no centro, mas com proporções ainda menores que as góticas européias eu diria.

Fachada lateral da Catedral de St. Mary
Detalhe do centro da fachada lateral, nota-se a simetria e a riqueza de detalhes, os arcos ogivais e pináculos características góticas
Imagem de St. Mary of the Cross na fachada lateral

A visita à nave principal da Igreja é gratuita porém as fotos são restritas e sem flash em momento algum. O interior é riquíssimo em detalhes em madeira e inúmeros altares e imagens de Santos que chamam atenção pela beleza e preservação. Isabel aproveitou para tirar uma foto com sua Santa predileta: Santa  Teresinha (ela nasceu no dia dedicado à devoção a esta Santa, 01 de outubro).  Já a visita à cripta é restrita. Começa apenas a partir das 10:00 horas da manhã e é paga à parte.  Por este e outros motivos não fizemos a visita à cripta, pois não eram nem 8:00 horas ainda.

Altar mor, chama a atenção a riqueza de detalhes com as inúmeras imagens no retábulo e os vitrais aos fundo
Vista da nave central, ao fundo a porta principal e o coro acima a rosácea da fachada principal
Imagem de Sta Teresinha das rosas
Pia Batismal
Aqui sua doação pode ser feita até com cartão de crédito

Vista da fachada frontal da igreja de St Mary

Nessa altura do campeonato, para quem começou o dia tão cedo a fome já batia a nossa porta e antes de irmos ao próximo atrativo, paramos em um café para comer alguma coisa, tomar um chocolate quente e depois seguir.

Isabel e o chocolate quente.

Avante, rumo ao Museu Australiano, um misto de museu histórico e de história natural. Sempre é uma visita muito interessante esse tipo de museu, mostra um pouco da história do país, de seus moradores ilustres e dos povos que formaram essa nação.

Acima a galeria e em baixo exposição mostra artefatos dos aborígenes moradores da região
Esculturas dos povos nativos

Esse museu tem ainda espaços dedicados aos inúmeros animais australianos, marsupiais, mamíferos, aves, répteis, entre outros, e ainda conta com apresentações em horários marcados com luzes, sons e imagens que também procuram ilustrar um pouco do que é esse país insular tão peculiar e curioso e ao mesmo tempo maravilhoso. As meninas se divertiram descobrindo novas espécies, espécies esquisitas, e até engraçadas. Com criança tudo pode virar graça né?

Isaguim e os pinguins
A rica fauna marinha da Austrália, corais e enormes caranguejos
Olha o tamanho desse dinossauro? Filhotinho né…?
A exposição mostra todo trabalho de pesquisa arqueológica sobre esses animais de maneira clara e lúdica
Enormes esqueletos de Tiranossauros
Bia mostrando que sabia do que estava sendo mostrado. Cadeia, ordem, família, espécie…
Taz, é você? O diabo da Tasmânia e seu belo sorriso!
Fazendo graça com a enorme cabeça de dino
Olha ele aí, o ornitorrinco! Empalhado mas já é alguma coisa, pois são animais muito raros e difíceis de serem encontrados e vistos na natureza.
Comparando as patinhas

Almoçamos no restaurante do museu mesmo.  Lá de cima temos uma vista muito bonita até da Baía de Sydney e da Opera House.  Seguimos dali a pé pelo Botanical Gardens, um parque com uma beleza natural muito rica e com recantos paisagísticos que encantam pais e filhos.   O parque estava muito bem cuidado, contando com as mais variadas espécies de plantas e flores, árvores e arbustos.  Além disso contava com espaços de convivência, onde as pessoas alegremente sentavam-se para fazer piqueniques ou passear de bicicleta à beira da baía de Sydney.  Muito semelhante à dinâmica do nosso Aterro do Flamengo, porém melhor cuidado e com um pouco mais de infraestrutura.

Vista panorâmica do restaurante roof top no Museu Australiano.
Caminhando pelo Botanical Garden
Onde se vê paisagens belíssimas para uma boa foto
E onde as famílias vêm passear
Possui ainda estufas com espécies variadas de plantas
Seguindo o caminho do sol
Observando o mar da baía de Sydney e a vista

Na realidade, se olharem no mapa do local parece que andamos muito, mas quando o passeio é agradável, com belas paisagens os quilômetros passam e nem sentimos o cansaço de fato. Assim, chegamos na baía de Sydney, que tem como destaque na paisagem a grande obra da arquitetura moderna, projetada por John Utzon, cuja solução esférica no conceito projectual foi um grande desafio para a engenharia. Estou falando da Ópera House de Sydney, um dos principais cartões postais da cidade e um daqueles pontos turísticos que tem que ir para ver de perto, mas daí a conseguir assistir a um espetáculo…

A Baía, o monumento e a ponte ao fundo. Símbolos da cidade de Sydney
A complexidade das formas encaixadas umas nas outras e as escadas sob a luz do sol
Tentando ser a Guia e explicar o monumento
A ponte de Sydney, famosa pelos fogos de Ano Novo
Foto com o ícone da paisagem da cidade
De outro ângulo as conchas parecem leques abertos
O dia ainda estava no meio e olha quantos visitantes no local apreciando a bela paisagem

Tem que ter alguns requisitos: gostar de ópera e ter muita vontade de ir, porque os preços dos ingressos são beeemm salgados e como as peças eram com temas mais adultos, não eram pertinentes para as meninas. No entanto, há eventos infantis acontecendo de tempos em tempos, e infelizmente não nos dias que estaríamos em Sidney.

Não importa, mesmo visitando apenas os exterior valeu a pena. Essa obra é um projeto contemporâneo  às obras modernas de Oscar Niemeyer em Brasília (décadas de 50 e 60 do século passado), onde nosso mestre da arquitetura também usava e abusava de curvas e do concreto criando formas ousadas que tiravam o sono de engenheiros e calculistas. Então de fato visitamos o exterior, o foyer/bilheteria e a gift shop, onde pode-se encontrar muitos artigos de objetos remetendo à Ópera House e até mascotes do lugar cujo formato remontam às conchas características do edifício.

No site ou no balcão pode-se reservar também uma visita guiada, que também achamos o preço inadequado para nosso grupo. Há ainda uma sala com entrada gratuita com uma exposição específica sobre o autor do projeto mas que infelizmente estava fechada para um evento privado de alguns turistas asiáticos.  Ficamos meio frustados, não vou negar, mas os infortuitos acontecem e precisamos aprender a lidar com eles!

Não importa, o sonho da loira de conhecer o lugar que ela tanto desenhou e estudou no já referido projeto da escola, havia sido realizado. Só neste dia ela já tinha conseguido ver duas coisas que ela tinha estudado, ANZAC Memorial e Ópera House de Sydney.  Faltava o Koala, e não queria só ver como fazer carinho no bichinho também.

Vista panorâmica da baía com os dois maiores símbolos da cidade, a ponte e o Ópera House
Desejo realizado, hora da selfie!
estação do metrô

A viagem estava só começando e esse dia já estava chegando ao fim, cansados, dali resolvemos pegar o metrô para voltar ao hotel, afinal, não tínhamos mais pernas para caminhar todo o trajeto de volta. Mesmo assim ainda deu para fazer algumas comprinhas e jantar antes de encerrar de vez o dia no hotel, e obter o descanso dos justos e felizes viajantes.

See Ya.

Dicas deste post:

 

Até o outro lado do mundo – Sydney [Rota Kids Down Under, dia 1: 18-19-20/07/2019]

Mais uma viagem Rota Kids Brasil  para o outro lado do mundo, no mesmo ano???!!! Quase uma loucura!

Sempre temos uma lista das próximas rotas que gostaríamos de fazer, e ficamos monitorando os preços, tanto em dinheiro quanto em resgate de pontos.    Estávamos em agosto de 2018, quando libera o calendário para compra de passagens de julho de 2019, que é a época de férias das meninas.  Já tínhamos a viagem do Japão marcada para janeiro de 2019 e estávamos despretensiosos de marcar uma viagem para muito longe nas férias seguintes.

Porém, estávamos com um número grande de pontos acumulados, e não é legal deixar eles parados por muito tempo.  Pode haver uma mudança de regras e seus pontos desvalorizarem.  Então ficamos de olho na lista de desejos.
Qual não foi nossa surpresa ao ver aparecerem resgates para Sydney, para julho de 2019, por 75000 pontos?  Este é praticamente o mínimo de tabela, e muito difícil de encontrar, ainda mais porque o trecho de Santiago para Sydney seria operado pela Qantas, uma das melhores empresas do mundo!
Aqui tomamos uma decisão um tanto quanto arriscada:  o calendário estava aberto para a ida à Austrália, mas não para a volta, que só abriria quase um mês depois.  Como o preço estava muito bom, resolvemos arriscar, comprar a ida e torcer para conseguir um resgate bom na volta. #medo!!!

Resgatamos a ida em 23 de agosto, aguardando chegar setembro para o resgate da volta! Monitorando as passagens diariamente e torcendo!
No dia 9 de setembro conseguimos o resgate da volta: 81 000 pontos.  Não era o ideal, mas enfim, resgatamos.

Só que não!

Por um erro de sistema da Latam, o e-ticket da Isabel saiu sem número, o que significa que ela não estava confirmada no voo!! Uma dica importante é sempre conferir se há um número de bilhete, assim que emitir.  Como vimos instantaneamente, foi mais fácil de resolver.

Ligamos para a Latam, que disse que teríamos que cancelar tudo, esperar devolver os pontos (levaria até 30 dias) e remarcar.  Isto era inviável, pois com certeza não conseguiríamos a disponibilidade ou o preço.  Lembrando que a ida já estava marcada, então era tudo ou nada!

Resolvemos escalar o assunto para o Consumidor.gov.br.  O atendimento da Latam por este canal foi mais eficiente.  Eles mesmos fizeram  o estorno e uma nova emissão de todos os bilhetes.  O mais legal é que o preço acabou saindo menor: 73 800 pontos! E, como compensação pelo transtorno, ainda deram 10 000 pontos de volta, como um pedido de desculpas.   Ponto para a Latam, resolveu o perrengue com o mínimo de transtornos.  Partiu!

 

Nossa rota começa por São Paulo, já que a maior parte dos vôos internacionais do Sudeste partem de lá.  Chegamos de noite em Guarulhos e a nossa conexão para Santiago só saía na manhã do dia seguinte.  Então, por diversos motivos que vão desde o tempo de trânsito nas redondezas do aeroporto até a opção por economizar o valor da hospedagem (que seria por algumas horas apenas, por conta do tempo de deslocamento até o hotel) resolvemos passar a noite no aeroporto mesmo.  E é aí que você mais dá valor ao acesso  às salas VIP, assim dá pra relaxar, dormir um pouco melhor e comer o que quiser à vontade.  Isso fez a nossa noite passar um pouco mais rápido e ser menos chata também,  Isabel até conseguiu que fizessem uma fornada extra de pizza para ela, aliás o que essa loira não consegue não é?

O lanche preferido e a foto para mandar para o Vovô Julio que adora cachorro quente!!
Quando o sono chega a gente dorme encolhidinha

Mais ou menos descansados, embarcamos no nosso voo para Santiago com escala em Mendoza, na Argentina, uma escala em que nem descemos do avião, mas que demorou um pouco mais do que o esperado, e nos deixou um pouco preocupados.   Nossa conexão em Santiago para Sydney só tinha uma espera de uma hora e meia.  Bom, o comissário de bordo garantiu-nos que o horário estava perfeito e ainda tínhamos que considerar o fuso horário.  E ele estava certo!

tem um anjo à bordo?

A saída de Mendoza para Santiago é muito engraçada.  O voo é muito curtinho e a distância até a cordilheira dos Andes é muito pequena.  Com isso, o avião decola e começa a subir em espiral, para ganhar altitude suficiente para cruzar a cadeia de montanhas.  A paisagem da cordilheira dos Andes é realmente algo belíssimo!

cruzando os Andes

Mesmo assim, ao chegar em Santiago tivemos que correr um pouquinho “just in case” na conexão com receio de perdê-la, afinal perder uma conexão de um voo de 14 horas não ia ser nada legal. Um vôo de 14 horas, depois de já ter voado outras 6 de São Paulo até Santiago… é, a gente tentou descansar o máximo durante o vôo, mas pulamos um dia quando passamos pelo Meridiano Internacional da Data e chegamos em Sydney já de noite.  O atendimento da Qantas, operadora do vôo que nos levou a Sydney, foi nota 10 e nos deixou muito à vontade.   Comissários simpáticos, cadeiras confortáveis, comida muito boa e bem servida e as crianças também foram bem assistidas quando necessário.  As nossas não dão mais tanto trabalho e já estão começando a acostumar a voar para longe, mesmo assim receberam elogios pelo bom comportamento à bordo!

Para o Rafael, o voo foi especialmente importante, pois ele queria viajar no Boeing 747-400 da Qantas, uma das aeronaves em que nunca havíamos viajado antes.  Todos achamos o voo muito bom e que muitas vezes nem se notava que o avião se movimentava, de tão estável.

747-400 da Qantas. Mais um para a lista de aviões do Rafael

Chegamos no Aeroporto de Sydney no sábado a noite.  Por conta do fuso, do tempo de voo e da perda de um dia inteiro pelo Meridiano da Data note-se que estávamos em trânsito desde quinta-feira à noite.  Do aeroporto mesmo conseguimos  entrar no serviço de VLT para nosso hotel, na região mais central da cidade.

Ficamos hospedados no Swissotel da rede Accor, localizado  bem próximo ao Queen Victoria Building , do West Shopping e uma série de outras lojas e teatros, portanto achamos que chegaríamos com a cidade em ebulição no sábado à noite, com a vida noturna fervilhando. Mas foi bastante difícil encontrar um restaurante aberto para jantarmos. As lojas fecham bem mais cedo que esperávamos, 19 horas, e os restaurantes às 20 já não serviam mais…

Docinhos de presente no quarto do hotel

Passeamos pelas ruas, visitamos o famoso Queen Victoria Building, que é um centro comercial dos mais antigos da cidade, uma construção histórica que no final do século XIX passou por mudanças da parte da decoração interna e arquitetura mas ainda conservando o estilo arquitetônico original romanesco. A sua fachada chama atenção não só pela imponência mas pela riqueza de detalhes especialmente em ferro, mas é o interior que mostra a sua grande beleza, destaque para os relógios, as escadarias em ferro fundido e os tetos curvados iluminados.

Queen Victoria Building
Vitrais e escadarias do Queen Victoria
Os corredores e mezaninos com os relógios pendurados

Tem lojas bem refinadas e todas já estavam fechadas à 19:00 horas da noite.

O mesmo aconteceu no West Shopping, lá até a praça de alimentação já estava fechando, só conseguiríamos comprar comida para levar. Algo que não estávamos querendo no momento.

As lojas fechadas mas a beleza e requinte do lugar são fascinantes
Cúpula de vidro

Sem muito mais  o que fazer, resolvemos procurar um restaurante na rua mesmo para comer algo e voltar ao hotel e descansar. E o que procurar quando não se acha nada para comer, McDonald’s!  Em quase  todo lugar aberto 24 horas! Achamos um mais perto possível e resolvemos o problema da fome!

No caminho, ainda conhecemos um pouco da cidade.  Passamos pela praça onde ficava o prédio Town Hall, ou a Câmara Municipal mais antiga, que estava ela e toda a praça com uma iluminação magnífica.  Destaque para as estátuas dos cangurus e aqui também vimos os patinetes urbanos como no Rio de Janeiro e outras cidades brasileiras, mas aqui eles também são providos de capacetes, que são deixados juntamente com os patinetes ao término do uso pelo cidadão.  E não aqui ninguém rouba o capacete, ou pelo menos não vimos nenhum sendo roubado.  Aliás andamos a noite, com ruas bem vazias e mas não sentimos insegurança, mesmo não tendo policiais a vista.

Mesmo com tudo fechado, ainda conseguimos ir ao mercado Woolworth’s que fica aberto até tarde, para comprar alguns itens de café da manhã para o dia seguinte.   Essa é uma das maiores redes de mercados do país e eles estavam com uma promoção em virtude do recente lançamento do filme da Disney – Rei Leão Live action.   A cada 30 dólares australianos gastos a gente ganhava um pacotinho com um bonequinho  de um dos personagens do filme. No total seriam 24 miniaturas incluindo as douradas, e isso se tornou uma febre colecionável , tanto que ao fim da viagem conseguimos juntar 17 diferentes e outros tantos repetidos.

Isabel ao lado do cartaz da promoção ooshies do Woolworth

Viajar para o outro lado do mundo tem vantagens e desvantagens, e de fato uma das desvantagens foi o fuso. Entrar no fuso foi difícil por isso já era hora de ir para o hotel e tentar pelo menos descansar para começar o próximo dia de aventuras bem melhor.

See ya!

Dicas deste post:

  • Dica para uso de milhas: Se juntou muitas, gaste logo.  Elas são como moedas, podem sofrer desvalorização a qualquer momento.
  • Saiba o mínimo de tabela de resgate de milhas para seus destinos, isso vai facilitar na hora da pesquisa para ver se o preço em milhas está caro ou barato.
  • Sempre confira os e-tickets, veja se os dados estão corretos e se tem número de bilhete.
  • Depois de tantos resgates, esta foi a primeira vez em que tive um problema com a Latam.  Ponto para eles, tudo resolvido em menos de uma semana.
  • Existem diversos cartões de crédito que dão acesso gratuito às salas VIP. Usamos um destes e com isso, nossa viagem ficou muito mais simples.  Vamos usar mais este benefício ao longo da viagem!
  • Falha no nosso planejamento: nem cogitamos que, às 19:00 de sábado, as lojas poderiam estar fechadas ou fechando em Sydney.  Pesquise sempre os horários mais comuns de funcionamento do comércio.
  • Não sei se faria um resgate “picado” como este novamente.  Comprar só a ida e esperar algumas semanas para emitir a volta foi mais emoção do que gostaria…