Depois de muitos quilômetros percorridos desde que saímos de Cairns, após visitarmos brevemente algumas cidades da costa leste australiana, resolvemos parar um pouco mais e ficar um dia explorando a cidade de Brisbane.
Como de costume, preferimos explorar sempre que possível a pé a região. Isso por vezes nos esgota um pouco, pois acabamos andando muuuito, mas de fato uma das melhores maneiras de se conhecer uma cidade é andando por ela. A primeira parada do dia foi no shopping, já pra refazer o estoque de suprimentos e outras comprinhas… Fomos ao Macarthur Central shopping center que ficava a uns 900m do hotel e lá podíamos encontrar lojas âncora já conhecidas por nós como a Big W e o Wooworths, e ainda ver outras novidades.
No entanto, a nossa programação era atravessar a Kurilpa bridge, ponte de pedestres e ciclistas, e visitar o South Bank Parklands, um espaço incrível que vai muito além de um parque urbano: possui extensas áreas verdes, áreas de convivência, museus e diversão.
Pelo mapa dá para ter uma breve noção da dimensão das inúmeras atividades envolvidas nessa região. Não fomos com lugares determinados para visitar. A ideia era mesmo de exploração e curiosidade. Desta forma, nossa primeira visita foi no Modern Art Galery.
Seguindo, fomos ao Queensland Museum and Science Center onde novamente pudemos ver muitas curiosidades sobre os animais, especialmente os animais mais curiosos dessa região.
Primeiro, fomos ao andar inferior, onde tinha a Anzac Legacy Gallery – lugar em que vimos diversos instrumentos de guerra, fotos, vestuário de época e até um tanque de guerra.
Nos andares superiores, pode-se ver em exposição os animais da exótica fauna Australiana. Ficamos muito tempo analisando os comparativos que eles fazem entre as diversas espécies. Tem uma área onde eles colocaram os crânios de animais e dá para ver a diferença entre as espécies de canguru, por exemplo.
Além disso mostrava outros animais empalhados, espécies gigantes realmente impressionantes, e claro, os estranhos animais que só são encontrados nesse continente!!!
Passamos horas nesse museu, mas valeu muito a pena e todos nós aprendemos um pouco mais sobre os mais diferentes tipos de animais.
Há um espaço dedicado a expor as pesquisas e descobertas de espécies, as gavetas têm catalogadas as espécies de insetos com seus nomes e curiosidades. Acima, cartões com perguntas aguçam ainda mais a curiosidade do espectador sobre as espécies ali em exposição.
Depois de muito descobrir, descemos em busca do café/restaurante para almoçarmos e então continuarmos nosso passeio pelo parque, afinal, ainda tínhamos muito o que explorar nesse dia.
Não poderíamos deixar de dar uma volta na roda gigante, Wheel of Brisbane. Com 60 metros de altura, carrega 42 gôndolas em um passeio que dura aproximadamente 15 minutos e de onde podemos avistar a cidade por um outro ângulo ainda mais bonito.
O dia estava lindo e muito agradável, quando saímos da roda gigante eles (Bia e Rafael) resolveram alugar bicicletas e passear pela orla. A Bel e eu resolvemos explorar o parque a pé mesmo e acabamos encontrando com um grupo que parecia saído do filme da Moana, fazendo danças típicas e vestidos também como aborígenes.
Nos reunimos novamente no playground, que estava bem cheio. Acho que por causa do horário, já no fim da tarde, tinham muitas crianças com uniforme ou aparentando estarem voltando da escola. Aqui também o playground era dividido por faixas etárias, nitidamente vimos brinquedos reservados a crianças menores, com altura menor e balanços menores, e outros um pouco mais radicais para os maiores.
Saindo dali, passamos pelo espaço destinado aos restaurantes e bares. O happy hour já estava bombando! A estrutura do lugar, a limpeza e variedade de opções nos impressionaram, mas acabamos não ficando para jantar pois tínhamos outros planos em mente…
Na rua atrás do parque nessa altura em que estávamos, ficava um complexo com cinemas e outras lojas. Então, resolvemos ir ao cinema e ver o filme do Rei Leão live action que já havia estreiado, e cujas miniaturas já estávamos colecionando a cada vez que íamos ao Woolworths.
Acabando o filme, rumamos de volta ao hotel pois o outro dia era de voltar à estrada rumo a um novo destino nessa rota.
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Passear de bicicleta por aqui é uma ótima experiência. O City Cycle Brisbane é semelhante aos alugéis de bicicletas que temos no Brasil, porém os primeiros 30 minutos são gratuitos!
Se você tiver pouco tempo para curtir a cidade, passar o dia em South Bank Parklands vai atender bem. Experiências culturais, gastronômicas e um ambiente ao ar livre bem agradável.
Para saber um pouco mais sobre a bela ponte de pedestres: Kurilpa Bridge
O destino deste dia foi Brisbane e a distância novamente era de mais de 500 km… Seria necessário fazer paradas e as praias eram as melhores pedidas. Uma das expectativas era passar pela cidade de Bundaberg, elas acharam essa palavra super engraçada! De fato só passamos pela placa da cidade, não chegamos a visitar a área urbana, mas logo depois entramos na região de Woodgate beach para visitar a praia.
As praias são muito bonitas, águas cristalinas e areia limpa. É sempre bom uma parada para observar a natureza e recarregar as energias, mas apesar disso, não conseguimos ficar muito tempo na praia desta vez por dois motivos: o frio e a longa distância que ainda tínhamos que percorrer para chegar ao nosso destino deste dia. Então de volta ao carro e on the road again!
E seguimos com os jogos, músicas e a procura pelos bichos, muitos mortos pela estrada, mas com atenção, pudemos ver de relance as fofas bolas de pelo nas árvores ao redor da via: os Koalas!
Ainda fizemos outra parada mais tarde em mais uma região de praias mas só para ver a paisagem e conhecer. Vejam como a identidade visual dos mapas da região é a mesma para todo esse litoral. Outra coisa que gostamos, além do litoral belíssimo, foi a já citada infraestrutura de atendimento ao turista e/ou visitante da orla.
De fato não conseguimos esperar o sol se pôr, pois além de querermos explorar um pouco essa parada, tínhamos ainda muitos quilômetros para rodar antes de chegar a Brisbane. Mais uma vez encontramos áreas de lazer muito bem conservadas e com brinquedos diferentes que elas não conseguiram ficar sem subir. Encontramos também animais diferentes, pelo menos para nós, andando livremente pelo parque.
Chegamos em Brisbane já de noite, o que dificulta um pouco a visão e aumenta consideravelmente chance de errar o caminho. Soma-se a isso o trânsito de uma cidade grande: Brisbane é a capital do estado de Queensland e possui mais de 3 milhões de habitantes, portanto, mesmo com GPS nós conseguimos errar a ponte para cruzar o rio e demoramos um pouco para, de fato, encontrar o nosso hotel.
A cidade é cortada pelo Rio Brisbane, por isso o grande número de pontes. Mas conseguimos encontrar nosso hotel depois de muitas idas e vindas. Dessa vez, ficamos no Pullman Brisbane King George Square.
Novamente a hospitalidade e a praticidade foram impecáveis. Os bilhetinhos de boas vindas, docinhos e água de cortesia, são pequenos mimos que não só agradam ao cliente como fidelizam a voltar em uma outra ocasião.
Saímos para dar uma volta à pé pelos arredores e conhecer já um pouco da região, além de buscar um lugar para comer antes de voltar ao hotel e finalmente descansar.
A iluminação dos prédios, seja históricos ou de interesse turístico, é muito bem feita e muito bonita. Em diversos pontos e em diversas cidades por onde passamos vimos essa tendência de iluminar os edifícios com cores diferentes, o que chama a atenção do turista para monumentos que talvez, especialmente à noite, passariam despercebido mas que possuem rara beleza escultural, histórica e de memória do povo da cidade.
Neste caso, passamos em frente ao edifício da Prefeitura da cidade (City Hall) que possui um museu para visitação durante o dia e pode-se até visitar a torre do relógio. Acabamos não fazendo essa visita pois nossa programação para o dia seguinte, como descreveremos no próximo post, era do outro lado da ponte!
Novamente tivemos dificuldades para encontrar um lugar para jantar, pois muitos dos cafés e restaurantes fecham bastante cedo. Como já era tarde, as opções estavam bem escassas.
Entre idas e vindas, acabamos resolvendo experimentar os hambúrgueres do Hungry Jack’s Burgers Beak House, que é a encarnação local do nosso conhecido Burger King. De fato muito parecido, mas o tempero é diferente, a batata em geral é salgada e temperada. Aprovado!
Hora de voltar ao hotel. Amanhã vamos explorar um pouco mais da região e descansar um pouco da estrada.
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Assim como vimos no Japão, a sinalização padronizada facilita muito a vida dos turistas. Milhares de quilômetros e a identidade visual das placas com os atrativos turísticos e mapas locais seguindo o mesmo modelo.
Nem sempre é possível prever o horário de final de um trecho de viagem. Como aqui na Austrália muitos restaurantes fecham cedo, é legal parar e realizar um lanche reforçado perto do anoitecer, para evitar “passar fome” ao chegar ao destino final.
Existem pelo menos 15 pontes cruzando o Rio Brisbane, e isso torna bem difícil a navegação da cidade, para os não residentes. Combinando isso com o fato de que algumas ruas só dão acesso a partir do outro lado do rio, errar uma curva pode significar vários minutos de retorno. Vale usar o Street View previamente para “treinar” a ponte a acessar.
O Burger King chama Hungry Jacks na Austrália porque a marca já estava registrada, para uma rede de restaurantes em Adelaide, daí esta “confusão”. Toda a identidade visual é igual, apenas o nome (e o tempero) são diferentes, o que faz você se sentir em um universo paralelo.
Existe uma grande comunidade de brasileiros vivendo na Austrália, e Brisbane é o lar escolhido por vários deles. Foi bem comum passear e ouvir alguns brasileiros locais durante os dias em que ficamos na cidade.
O destino da rota de hoje foi Gladstone, muitas piadas com o nome da cidade envolvendo os Flintstones, que ficava a aproximadamente 450 Km de distância e levaria quase 5 horas de viagem se fôssemos direto. Mas esse não era o nosso objetivo – essa viagem pelas estradas era mesmo apreciativa, para irmos descobrindo os lugares e fazendo uma viagem menos cansativa possível.
Como ficamos no Íbis próximo ao Aeroporto de Mackay, não tinha muito o que fazer no hotel mesmo, mas o combinado entre nós foi já sair com roupa de banho para a viagem neste dia, pois pararíamos em alguma praia da cidade antes de continuar o caminho para Gladstone. Passar uma manhã na praia e comer as coisinhas que compramos no mercado como um piquenique.
As meninas e o Rafael aproveitaram bastante para mergulhar e brincar na água, sem muitas ondas e de água clarinha. Eu? Eu fique na areia, vigiando as coisas e tomando minha cervejinha de brinde de Townsville e Mackay, cada dia recebíamos água e cerveja de cortesia!! E claro fiquei apreciando a vista e tirando fotos!
De fato ,tivemos que passar protetor porque o sol estava fraquinho e o vento bem forte o que poderia mascarar as possíveis queimaduras solares do dia. O vento era tal que eu resolvi ficar de camisa de manga comprida dessas de nadar, ainda bem que havia comprado uma para mim no dia anterior.
Sempre que vamos na praia a Isabel resolve catar conchinhas e pedras, e desta vez não foi diferente: lá foi ela e Rafael buscando na beira do mar por diferentes conchinhas.
A praia estava quase exclusiva para a gente, bem vazia mesmo, acho que só turista para ir a praia com esse vento e frio.
Acabada a diversão, não poderíamos seguir viagem com as crianças salgadas de água do mar, pois seria muito desagradável e iria sujar o carro de areia e sal. Por sorte, a praia ainda era provida de uma unidade com banheiro e chuveiros, o que deu para todos nós nos lavarmos e secarmos o suficiente para voltar ao carro e assim poder seguir viagem rumo a Gladstone. A população de Gladstone é de cerca de 80 mil habitantes, mas a infraestrutura era incrivelmente completa.
De volta à estrada, a brincadeira agora era reparar nas coisas diferentes que vimos durante o percurso, uma das coisas que vimos e com bastante frequência eram os motorhomes, de diferentes tamanhos e cores, customizados ou não. De fato a cultura do acampamento é muito difundida, passamos por diversos campings onde você pode parar o seu carro ou motorhome, alguns com mais ou menos infraestrutura. Quando começamos a planejar essa viagem até cogitamos alugar um motorhome e ir parar em camping em algumas vezes, no entanto alguns fatores nos levaram a desistir dessa idéia.
Primeiro o custo, e segundo a velocidade do motorhome: a gente ia demorar muito mais tempo para percorrer os quase 2900km de Cairns até Sydney, e assim perderíamos tempo em Sydney.
Outra coisa que começamos a fazer durante o percurso foi notar os bichos mortos na estrada. É de dar dó ver os bichinhos atropelados, esmagados no asfalto, e isso acontecia demais. Não eram apenas bicho pequeno, eram bichos grandes como esse canguru que até paramos para tirar foto, com um certo receio de que ele não estivesse de fato morto e atacasse o Rafael, mas tava bem morto mesmo. Eca!
Era muito triste mesmo ver os bichinhos mortos na estrada, aliás mesmo com sinalização e todo o cuidado com a fauna local esses acidentes eram bem frequentes, e uma preocupação do Rafael enquanto dirigia. Felizmente, não tivemos nenhum incidente neste sentido, apesar de termos visto vários animais (vivos) na beira da estrada. E as crianças ficaram o tempo todo procurando achar os bichos mortos na pista e gritando “Bicho Morto!”, uma versão australiana da brincadeira brasileira de achar Fuscas na estrada…
Outra coisa bem interessante que vimos foi as paradas rápidas, tipo de ponto de apoio para caminhoneiros e trailers que além de banheiro tinham café de graça, uma maneira de manter o motorista alerta e também evitar acidentes. Além disso, placas de sinalização instigavam os motoristas a brincar de um jogo de perguntas e adivinhações e assim evitar a fadiga e o sono nas longas e monótonas estradas australianas.
Como a distância era bem grande até Gladstone fizemos uma parada para abastecer, descansar e comer alguma coisa num centro comercial perto da estrada. Vê-se claramente a influência britânica na culinária, comemos um fast food de fish and chips como na Inglaterra. God save the Queen!
Chegamos ao Mecure de Gladstone já de noite e o hotel era bem grande e confuso, pois ficava ao lado do Yaralla Sports Club e o movimento de pessoas era bastante intenso. Estacionamos o carro e descemos para a recepção para fazer o check in, primeira dificuldade subir e descer com as malas nos elevadores para o check in e depois subir de novo pra o quarto, mas valeu a pena. Desta vez ficamos todos no mesmo quarto e as instalações eram muito boas – recebemos upgrade de categoria pela fidelidade Accor.
Já instalados e de banho tomado, descemos pra o restaurante para jantar. Tínhamos duas opções no hotel, mas já estavam quase fechando. Escolhemos um que parecia até mais requintado e era a la carte, para um jantar mas descansado. Foi até digamos que peculiar, por que eles tinham umas máquinas de jogos e você podia pedir fichas para jogar, as meninas ficaram com vergonha mas vimos outras crianças fazendo.
Pelas caras de cansado e o restaurante vazio dava a dizer que era hora de nos recolhermos, pois o dia estava mesmo no fim. Por hoje é só pessoal, amanhã mais estrada e mais aventuras na Austrália.
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Fadiga ao dirigir não é brincadeira. Dirigir várias horas seguidas pode ser perigoso, então procure descansar bastante no dia anterior, fazer paradas regulares, se hidratar bastante e ter uma alimentação leve.
As praias de Mackay são lindíssimas, vale curtir um pouco. Tenha sempre atenção às recomendações locais sobre condições do mar e presença de animais perigosos, principalmente em praias que você não conhece.
Muito cuidado com os animais na estrada. Como mostramos, há muitos atropelamentos de animais selvagens, que podem causar um acidente grave. Fique sempre atento nas placas de presença de animais e dirija sempre com atenção às margens da estrada.
Novamente a fidelidade Accor rendeu um upgrade de quarto. Planejamento é tudo.
O lado bom dessa viagem de carro pelas estradas da costa leste da Austrália, é que além de fazermos nosso roteiro do nosso jeito, podemos fazer tudo também no nosso tempo. Então, neste dia resolvemos aproveitar nossa manhã no hotel: tomar nosso café da manhã com calma e curtir um pouco da piscina também, apesar do friozinho.
Mesmo que a temperatura não estivesse tão alta, tinha um solzinho gostoso e com a água aquecida, mesmo que pouco, conseguimos aproveitar e sozinhos a piscina do hotel nesta manhã, antes da hora prevista para o check-out e antes de pegar a estrada novamente rumo ao próximo destino na rota em direção a Sydney.
Como falei no post anterior, as cidades de parada foram escolhidas de acordo com a presença ou não de hotéis da rede Accor na cidade, então algumas vezes as paradas de hospedagem serão feitas já no fim do dia apenas para dormir mesmo. Antes de deixar Townsville, já depois de checkout feito para não precisar voltar ao hotel, fomos ainda conhecer o Castle Town Shopping que era colado ao hotel e conhecer algumas lojas como a Big W, que descobrimos ser uma grande rede de lojas de departamento com muitas peças em desconto e que é uma divisão da Woolworths Group. Lá encontramos roupas, brinquedos, artigos eletrônicos entre outras coisas. Passamos ainda por outras lojas e pela Target para comprar alguns suprimentos para a viagem, sempre é bom ter água, suco, biscoito e outras guloseimas durante longos percursos.
No caminho entre os lugares de pernoite nós pensamos em fazer outras paradas aleatórias para conhecer os lugares em que vamos passando, praias e cidade, almoçar eventualmente ou mesmo descansar ou ir ao banheiro, conhecer um lugar diferente que tenha um atrativo interessante em outra cidade no caminho.
Neste dia especificamente, o nosso destino era a cidade de Mackay, uma outra pequena cidade da costa leste australiana, sem muitos atrativos extremamente relevantes, mas com uma distância considerável de Townsville, então a idéia era mesmo parar e demarcamos algumas paradas para descanso de acordo com a necessidade, e paradas para diversão também.
rota desse dia e principal parada
A nossa idéia dessa rota sempre foi ir parando nas praias e cidades litorâneas, mas nem sempre a rodovia ficava bem próxima à costa, o que tornava essa idéia um pouco digamos inviável e cansativa, pois teríamos que deixar a estrada, tomar outra estrada e depois retornar. Então escolhemos, desta vez aleatoriamente, a cidade de Bowen para nossa principal parada do dia, uma cidade entre Townsville e Mackay, localizada em uma península e é rodeada por 8 praias, então como pode ver no mapa tivemos que sair um pouco da estrada.
Uma das atrações turísticas é o Big Mango, uma estrutura de fibra de vidro gigante montada em frente ao Centro de informações turísticas e que foi erguido em homenagem aos prósperos pomares de manga da região. Tem até um bonequinho!
Mangas à parte, o que mais chamou atenção, além das praias, foi a infraestrutura de playgrounds. Não apenas tinha brinquedos em perfeito estado de conservação e funcionamento como para elas foi como ir a um mini parque aquático, às 15:00 horas ao ar livre de graça com vista para o mar. Muito legal mesmo.
E ainda tinha toda infraestrutura de banheiros, com chuveiros e vestiário para se trocar depois da brincadeira. Logo mais a frente tinha outro play com brinquedos a seco. Eu acredito que pelo horário e por estar meio frio esses aparelhos estavam vazios, mas fico imaginando no verão como ficam.
Resolvemos escolher um restaurante que fosse próximo para um almojantar, visto que já eram quase cinco horas da tarde e por isso foi um pouco difícil encontrar um restaurante aberto, muitas já fechados do almoço ou ainda não abertos para o jantar. Descobrimos um de comida “japonesa” perto dali, The Cove, que fica junto a uma pousada e do alto de uma colina tinha uma vista espetacular da praia, fora uma uma comida e atendimento muito bons também.
Ficamos em uma mesa na varanda, porque estava rolando uma festa de aniversário no restaurante e as mesas internas estavam todas reservadas para o evento. Não nos importamos nem um pouco pois a vista e o tempo estavam tão agradáveis que foi até melhor.
Procuramos não sair tão tarde pois ainda tínhamos 2 horas de viagem até Mackay onde nos hospedamos no hotel Ibis próximo ao aeroporto mesmo. E novamente em dois quartos, desta vez eu com a Isabel e Rafael com a Beatriz.
Foi um longo dia e estávamos todos bem cansados então o melhor mesmo era banho e cama, o próximo dia era de mais aventura e estrada rumo a Sydney.
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Reforçamos a importância de ter sempre suprimentos no seu carro. A estrada passa por trechos imensos sem a presença de nenhuma pessoa ou cidade, então tenha sempre um mínimo de alimentos e água sempre a bordo.
Do mesmo modo, recomendamos encher o tanque do carro sempre que iniciar o trecho da viagem. Há trechos sem postos de gasolina, e não queremos ter uma pane seca por falta de planejamento.
Site do restaurante The Cove: https://thecoverestaurant.com.au/ Vale a parada para uma refeição ao fim do dia, para aproveitar o belíssimo pôr-do-Sol.
Dica para os planespotters. O Ibis Mackay fica colado à pista do aeroporto e muitos dos quartos tem vista para a mesma. Vale para tirar belas fotos de aviões regionais.
Depois de um dia de muitas conquistas, aventuras, diversão e realização de sonhos, era hora de deixar para trás a capital do mergulho australiana e pegar a estrada de volta a Sydney. Algumas razões nos levaram voltar por meio rodoviário e não aéreo como na ida para Cairns. O primeiro era que como o Rafael havia mergulhado com cilindro a uma profundidade de mais ou menos 20 metros, ele teria que esperar pelo menos 24 horas para poder voar, para não haver riscos de doença descompressiva.
A segunda razão e a mais agradável, é que dessa forma poderíamos conhecer outros lugares no litoral leste da Austrália e apreciar a paisagem. Nós curtimos viagens de carro e esta parecia ser a oportunidade perfeita.
No entanto, essa viagem precisou ser muito bem planejada pois seriam pelo menos 2900 km de estrada a percorrer, e cada cidade de parada não deveria ser muito distante da outra, de modo que o Rafael não tivesse que dirigir por mais de 6 a 8 horas seguidas por dia (lembrando que só ele dirige nessa família!). E ainda escolhemos cidades que tivesse hotéis do grupo Accor, para utilizarmos nossos pontos e assim economizarmos ainda mais, e que tivessem algum atrativo turístico, nela ou próximo a ela, que fosse relevante.
Muito bem, antes mesmo do horário do checkout e de ir pegar o carro na agência, resolvemos ir até o shopping de Cairns para comprar algumas coisas para a viagem, e claro que acabamos por ver outras coisas também. Depois, enquanto eu e a Bia retornávamos para o hotel para ajeitar tudo nas malas e descer para o checkout, Rafael e Isabel foram na frente direto para a agência pegar o carro e nos encontrarem na porta do hotel. Já que o checkout era simples, não havia nenhum extra , era só entregar as chaves mesmo.
Logo após pegar o carro, eles foram até uma loja de equipamentos de mergulho – como Cairns é uma das principais cidades mundiais de mergulho, há toda uma estrutura de comércio e serviços voltados para a atividade. Assim, Rafael pesquisou na internet e encontrou uma loja inteira especializada em fotografia submarina, e aproveitou para comprar um flash para a câmera dele.
Tudo certo , checkout feito. Ele chegou, colocamos as malas e as meninas no carro (mais uma vez um carro enorme) e embarcamos na nossa primeira rota, com destino a Townsville, que fica 350km ao sul de Cairns.
Rafael estava meio apreensivo pois na Austrália se dirige com a mão inglesa e ele nunca havia dirigido assim. Já na primeira rotatória (e aqui tem muitas), ele acabou se confundindo e olhando para o lado errado, fechando um carro que por azar era o carro da polícia(!), mas os caras apenas ligaram a sirene alertando o erro e deixaram passar, ufa! Devem estar acostumados com os turistas que dirigem do lado “errado”… Outra coisa inusitada é que usualmente a alavanca da seta fica do lado esquerdo do volante, e a alavanca do limpador de para-brisas fica do lado direito. Aqui é também ao contrário – limpador na alavanca da esquerda e seta na alavanca da direita – Então tivemos vários episódios de mudar de faixa e ligar o limpador…
Demorou um tempo para adaptar a mão esquerda, até eu entrava no carro do lado errado muitas vezes.
A estrada é muito bem sinalizada, inclusive com diversas placas sinalizando o tipo de bicho que poderíamos ver na mata ao redor da estrada ou até mesmo que pudesse cruzar a pista. Poderia ser um Koala, um Canguru, um cavalo selvagem ou outro. Passamos por paisagens diversas e peculiares com belas praias e parques no caminho a Townsville.
No entanto a distância era grande e tivemos que sair um pouco da estrada e entrar na cidade de Ingrahn para comer, descansar um pouco, abastecer o carro e o corpo. Comemos no KFC, que tinha a mesma comida que temos aqui no Brasil, o frango é igualzinho! Só os acompanhamentos que são um pouco diferentes e as porções são verdadeiramente enormes! Engraçado que haviam muitos adolescentes uniformizados, provavelmente vindo da escola ou indo, que são sempre iguais mesmo do outro lado do mundo: brincando entre si, contando o dinheiro pra comprar o sorvete…
Ainda em Ingham, aproveitamos para passar no Woolworths, que era atrás do KFC e comprar alguns suprimentos para a viagem de carro – lanches rápidos, pão e outras coisinhas. Assim fizemos a digestão e descansamos um pouquinho mais antes de seguir.
A região de Townsville é produtora de cana-de-açúcar, com paisagem e clima muito similares aos que vemos no norte do estado do Rio de Janeiro.
Chegamos em Townsville depois de percorrermos 335 km aproximadamente, e já era bem de tardinha. Nos hospedamos desta vez no hotel Mercure Townsville, que tinha uma estrutura mais rústica, com quartos menores e por isso ficamos em dois quartos desta vez, que eram um ao lado do outro. Por sorteio, eu fiquei com a Bia, e a Bel com o Rafael.
A fidelidade com a rede Accor nos dá além de pontos para trocar por hospedagem, algumas regalias como já mencionamos em diversas situações aqui no site em outras viagens, e essa foi uma delas. Chegando no quarto a TV estava ligada com uma mensagem de boas vindas com o nome do Rafael. Tinha um bilhetinho e mimos, além da cerveja local de brinde! Bom pra mim, porque cada quarto recebeu uma cerveja, mas só eu bebo cerveja nessa família! 🙂
Como estávamos cansados da viagem, resolvemos ficar por ali mesmo, jantar no restaurante do hotel. Estava bem cheio, acho que por causa de alguma reunião ou coisa parecida, porém o ambiente estava bem animado. Pedimos Pizza e bebidas (2 novamente cortesia graças à fidelidade Accor) e ficamos conversando e reparando no diferente sotaque australiano e em como eles falam algumas palavras de maneira até engraçada, very Noice (nice)!
Realmente começamos a perceber como o povo australiano é simpático e alegre, parecido com o brasileiro, sempre tinha alguém que puxava conversa e perguntava de onde a gente era – e se espantavam ao saber que éramos brasileiros, mas que além disso estávamos vindo de Cairns em direção a Sydney.
Perguntavam se estávamos gostando da viagem e se já tínhamos visto Cangurus e Koalas. De fato, até aquele momento, tínhamos visto apenas empalhados e no zoológico em Sydney, mas ainda haveríamos de ver muitos pelo caminho e em outros parques nas cidades que visitaríamos na nossa road trip, que estava apenas começando. A idéia para o dia seguinte era curtir mais um pouco o hotel e depois pegar novamente a estrada, com destino a MacKay.
See ya!
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Se você for fã de mergulho, Cairns pode suprir suas necessidades de equipamentos por preços competitivos com os principais centros americanos. Como há diversas lojas espalhadas, pesquise com antecedência para não perder muito tempo procurando aquele tão desejado equipamento.
Compramos nosso flash de mergulho na Digital River – loja pequena mas lotada de equipamentos e com um atendimento maravilhoso: http://www.digitaldiver.com.au/
Mesmo que o equipamento ou acessório de mergulho não passe da sua cota de importação (500 USD), recomendo fortemente que o item seja declarado na entrada no Brasil. Isso evitará transtornos em viagens posteriores, caso deseje sair do país com os equipamentos comprados.
Para quem não está acostumado, a mão inglesa é muito complicada, pelo menos nas primeiras horas. Faça como a gente, coloque um papelzinho junto ao para-brisa para te lembrar de que lado os carros no sentido contrário devem passar!
Ainda sobre a mão inglesa – O território de Queensland possui inúmeras rotatórias nas suas cidades, o que simplifica o trânsito enormemente, mas requer atenção para olhar para o lado certo (rotatória é no sentido horário e a preferência é dos carros à direita).
Dirigir em Queensland é bem diferente de dirigir no Brasil – podemos passar várias horas sem cruzar com nenhum veículo ou lugar para parar. Fique atento no planejamento para calcular as distâncias, atenção ao combustível e tenha sempre lanche e líquidos a bordo.
Enfim chegou o grande dia, dia de conhecermos parte da beleza submarina da costa leste da Austrália, A Grande Barreira de Corais. E como brincamos, dia de procurar o Nemo e a Dory!
O nosso barco, o Silver Swift, estava marcado para sair às 8:00 horas do píer número 7, na marina de Cairns. A marina era bem organizada e apesar do enorme número de companhias de turismo e de barcos saindo ao mesmo tempo, a sinalização e a ordem eram muito bem feitas.
Logo você era direcionado ao balcão da sua operadora, onde já de posse da reserva feita via web anteriormente para o passeio, mergulho e snorkel e também tudo já previamente pago com cartão de crédito (que geram pontos no cartão que viram mais viagem no futuro), trocamos o voucher por pulseiras de acesso ao barco. Depois disso ainda tivemos tempo para ver a gift shop onde compramos uma toalha, já que acabamos esquecendo de trazer do hotel, uma sapatilha para a loira que estava com o chinelo machucando e um óculos escuros para ela , porque afinal os olhos verdes ficam incomodados com o sol e claro que ela não trouxe os dela!
Partiu barco! Pontualidade britânica, entramos e nos acomodamos no deck inferior, perto a uma janela e ao deck de saída para os mergulhos, além de ficarmos no andar onde seria servido o buffet de alimentação: café da manhã, almoço e lanche da tarde, pois teríamos todo um dia de passeio no barco. Antes de partir de fato, a tripulação toda nos foi apresentada e foi indicado que quem pudesse se sentir mareado que fosse até o buffet e retirasse as pastilhas para enjoo, uma para cada criança e duas para adulto. As pastilhas eram pastilhas de gengibre e a indicação era devido ao fato do mar estar muito agitado no dia e então o barco poderia balançar por demais. Claro que eu fui buscar as tais pastilhas e tomamos eu e as meninas as pastilhas mastigáveis (de fato talvez tivesse ter tomado mais…)
Logo depois do barco sair, foi servido o café da manhã, com variedade de bolinhos, café , chá, leite e sanduichinhos, tudo bem gostoso. Primeiro erro: nunca experimente algo que pode não cair bem em um barco navegando em mar agitado. Resultado, eu que geralmente já enjoo em barco, com gosto do chá preto misturado com leite na boca, aquilo foi voltando que eu não chamei o Raul chamei foi a banda toda!!!
O barco faria no total 3 paradas, e em cada uma delas era possível mergulhar e observar a natureza submarina da Grande Barreira de Corais , mas em cada parada avistamos espécies diferentes. A tripulação que nos foi apresentada foi separando quem ia fazer o mergulho com cilindro ou só snorkel. Os mergulhadores foram direcionados ao deck superior onde receberiam as instruções necessárias ao mergulho, havia pessoas ali que iriam fazer o mergulho pela primeira vez, o batismo como se diz, e precisariam de maior atenção dos instrutores.
As outras pessoas que fariam apenas o snorkel, como eu e as meninas, receberam as instruções no deck inferior mesmo. Assistimos vídeos sobre a fauna e flora da região e recebemos instruções de como usar a máscara, o snorkel e as nadadeiras, que mais tarde nós iríamos experimentar e escolher nosso equipamento para já deixar separado para a hora dos mergulhos.
Sim, eu fui fazer snorkel também! Eu não ia deixar as meninas mesmo com todo equipamento de segurança, nadadeira e colete e ainda sabendo que elas sabem nadar direitinho, já que fazem natação no Botafogo, mas em mar aberto dá um medinho na mãe. Me senti o Marlim segurando a nadadeira do Nemo para ele não se perder, no caso meu Nemo é a minha pequena Loira né! A Bia mesmo perto deixei a mão, é mais independente mas nem assim tirei os olhos dela nesse primeiro mergulho.
Na primeira parada o Rafael iria fazer o mergulho com cilindro e eu ia de snorkel com as meninas, mas o combinado era que se desse tempo ele ainda iria dar outro mergulho com elas. Nesta parada, o mergulho dele era a 22m de profundidade, mas pelo menos no snorkel vimos alguns peixões – mas ainda nada dos corais com o Nemo e a Dory.
Depois que ele voltou e descansou alguns poucos minutinhos elas quase exigiram que ele fosse de novo com elas mergulhar. Eu subi no deck superior para apreciar a vista e descansar um pouco. Este é o único momento que eu consegui registrar mesmo que de longe os três nadando. Até havia um fotografo junto mergulhando mas as fotos além de caras nem ficaram tão boas para valer a compra.
O barco partiu para a segunda parada, esta um pouco mais distante. Neste momento foi servido o almoço. Neste segundo mergulho o Rafael só fez snorkel com as meninas, até para dar um pouco mais de atenção a elas, afinal ele que entende da vida marinha.
O almoço foi servido com algumas opções de salada, macarrão, frango com legumes e sobremesas como frutas, mousses alem de pães. As bebidas eram água, sucos, refrigerantes a parte chá e café a vontade, também tinham frutos do mar e muffins.
Passando o tempo da digestão, o barco partiu para a ultima parada onde veríamos mais corais. Uma mergulhadora nos levou a um “swimming tour”, um mergulho de snorkel guiado por ela. Funcionou mais ou menos assim, o grupo ia nadando todo junto e quando parava ele mergulhava e voltava dizendo as espécies que você poderia observar naquele ponto.
Confesso que eu a bel ficamos para trás do grupo diversas vezes, mas o mergulho foi muito legal e bonito. E assim nós achamos o Nemo varias vezes e a Dory também!
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A gente também achou vários outros peixes e animais marinhos. Nós encontramos uma tartaruga olhando para gente!!!:)
Voltamos para o barco, tentamos nos secar ao máximo para depois lanchar e iniciar a volta. Neste momento já peguei as pastilhas de enjoo para tomar e o saquinho companheiro para ficar a mão just in case Raul retorne! De fato fiquei bem mareada mas não precisei incomodar o Seu Raul desta vez!!
Chegamos por volta das 17 horas no píer de Cairns e a tripulação toda nos esperava uniformizada na saída para nos agradecer e nos dizer adeus, muito simpático e legal da parte deles!
Fomos para o hotel descansar, tomar um banho relaxar um pouco e acreditem! As meninas ainda aguentaram ir para a piscina mais uma vez.
Quase de noite já, resolvemos voltar ao mercado Carins Night Markets e comprar as nossas lembranças, camisetas e gifts e aproveitamos para lanchar por lá. Comemos os enormes pretzels e crepes recheados de creme e banana em forma de cone, como os que comemos no Japão em janeiro deste mesmo ano. Quem não lembra desta Rota, pode olhar os posts do Japão, acompanhados de smoothies de chá verde com frutas ou apenas de frutas.
No dia seguinte pegaríamos o carro para iniciar a nossa rota rodoviária de volta a Sydney pela costa Leste da Austrália, mas isso vamos contar nos próximos posts detalhadamente.
See ya
Dicas deste post:
Chegue cedo na Marina para trocar sua reserva pelo ticket do barco. É tudo muito organizado, porém a quantidade de pessoas é bem grande.
Apesar da oferta enorme de barcos de mergulho, a procura é muito grande, então é interessante reservar o seu o quanto antes, com meses de antecedência!
Quer aprender a mergulhar para aproveitar ao máximo os destinos no exterior, como Cairns, ou mesmo no Brasil? Recomendamos no Rio de Janeiro a Escola de Mergulho Akantus: http://www.akantus.com.br/
Hora de entrar no avião de novo. Não,claro que não vamos retornar ainda. Vamos dizer um até logo a Sydney e voar rumo a Cairns, na Grande Barreira de Corais. Quem sabe não encontramos de fato o Nemo e a Dory?
Cairns é uma cidade que fica no norte do estado australiano de Queensland. A cidade é considerada a porta de entrada da Grande Barreira de Corais, a maior barreira de corais do mundo, com cerca de 2500km de extensão, abrigando uma enorme variedade de espécies marinhas. A Grande Barreira é considerada Patrimônio da Humanidade pela Unesco e é point para mergulhadores do mundo inteiro. Cairns é uma cidade relativamente pequena, com cerca de 160 mil habitantes, e tem uma beleza natural e acolhedora.
Como Rafael é Divemaster certificado PADI ,não poderia vir até a Austrália e não mergulhar na Grande Barreira de Corais, seria como ir a Roma e não ver o Papa. Por este motivo, Cairns entrou no roteiro da viagem da Austrália logo no início do planejamento. A distância entre Cairns e Sydney é de cerca de 2400km, um pouco mais que a distância entre Rio de Janeiro e Recife. Ou seja, levam-se alguns dias para dirigir entre elas em um ritmo razoável. Não teríamos tempo para ir e voltar de carro, então após muitas tentativas de roteiros, decidimos que iríamos de avião para Cairns (são cerca de 3hs e voo direto a partir de Sydney) e depois desceríamos de volta para Sydney de carro, em uma grande Road Trip!
Nosso voo pela Qantas partia cedo, e chegamos no aeroporto mais cedo ainda para tomar café em um dos restaurantes. Utilizamos aqui o convênio do nosso cartão de crédito com o Priority Pass, para economizar e comer muito bem.
O Priority Pass dá acesso a mais de 800 salas VIP ao redor do mundo e que saem de graça para nós. Porém, no aeroporto de Sydney, não há salas conveniadas. Para compensar, alguns restaurantes fornecem as refeições pelo valor equivalente a uma entrada paga em sala VIP pelo Priority Pass (cerca de 32 dólares americanos). Com isso, utilizamos o equivalente a 3 acessos e tomamos um café da manhã completo de forma gratuita! Ponto para o planejamento de viagem!
Chegamos em Cairns já 12:30, o voo durou cerca de 3 horas. No aeroporto já dá para perceber que a cidade respira o mergulho. Dezenas de pessoas esperando caixas e caixas de equipamentos na esteira da bagagem. Pegamos um Uber direto para o Novotel Cairns Oasis Resort, já chegando lá bem na hora do check in mesmo. O hotel é muito bem localizado e com muitas facilidades e serviços, como uma piscina que elas não queriam esperar para testar, nem a chuvinha fina que caía espantava a vontade. No entanto, depois de colocar as malas do quarto, fomos procurar um lugar para almoçar e só depois explorar um pouco da cidade.
Descobrimos que o hotel ficava bem ao lado do Aquário Marinho de Cairns, ficamos muito interessados e tentados a fazer a visita, mas desta vez resolvemos ver o que nos aguardava na Grande Barreira de Corais no dia seguinte. No entanto, resolvemos almoçar no restaurante do Aquário que tem entrada separada, onde o ambiente é muito acolhedor com obviamente um aquário enorme em sua decoração. Conseguimos uma mesa bem ao lado dele e as meninas já começaram a colocar apelidos nos peixes enquanto esperávamos nossos pratos – de peixes e frutos do mar- que aliás estavam uma delícia.
Depois de almoçarmos fomos dar uma voltinha até a praia e conhecer o pier, até mesmo para saber a distância que teríamos que caminhar no dia seguinte de manhã para pegar o barco com destino à Grande Barreira de Corais onde faríamos o mergulho.
Ficamos bem impressionados com a infraestrutura de lazer pública do parque a beira mar, com essa piscina pública que estava fechada pelo horário, mas mesmo assim dava para ver que tem o local do guarda-vidas , cadeiras e banheiros, ou seja, todo suporte para um dia divertido e seguro na piscina. Ficamos imaginando esse lugar no verão como seria… As meninas ficaram com vontade de experimentar, mas de fato estava fechada e frio demais para isso, pelo menos eu estava sentindo frio.
Estava até um pouco friozinho e elas estavam doidas para voltar ao hotel e experimentar a piscina com fundo de areia e flutuar nas enormes bóias parecendo travesseiros ou pranchas. Voltamos logo em seguida.
Naquela noite, ainda tivemos pique para mais uma volta e conhecer o mercado local – o Cairns Night Market, uma espécie de point na cidade com vários bares e lojinhas que vendem itens de lembrancinhas e artesanato regional, além de lanchonetes e alguns restaurantes. Assim fizemos nossa pesquisa de itens para voltar noutro dia e quem sabe levar várias lembrancinhas dessa nossa aventura de volta para o Brasil.
Ele abre todo dia depois das 16:30 – o que faz todo o sentido em uma cidade voltada para o mergulho – é a hora em que os barcos vão retornando após passar o dia no mar!
Antes de voltar ao Hotel e descansar para o nosso passeio no dia seguinte, ainda encontramos um mercado Woolworths e fizemos algumas comprinhas de lanches – e conseguimos mais alguns bonequinhos para a coleção do Rei Leão!
Partiu hotel e descanso para o barco no outro dia!
See Ya.
Dicas deste post:
Se você viaja bastante, vale muito a pena ter um cartão de crédito que dê gratuitamente o Priority Pass. Mesmo que haja alguma anuidade, o benefício facilmente se paga em lugares para descansar e refeições. Utilizamos muito o benefício principalmente nas viagens com escalas longas.
Cairns é a cidade com maior número de operadoras de mergulho no mundo. Mas se você resolver mergulhar, reserve com antecedência, pois a procura é enorme o ano todo!
O Novotel Cairns Oasis Resort fica a uns 10 minutos a pé do pier. Facilita muito na hora de ir/voltar de um passeio de barco.
O Cairns Night Market é imperdível. Ótimo point para um lanche rápido e para comprar souvenirs, com um preço bem mais em conta do que nas grandes cidades.
Neste nosso segundo dia de fato em Sydney , decidimos começar nossa busca aos bichos esquisitos, ou melhor dizendo, peculiares que existem na Austrália, e fomos visitar o Taronga Zoo.
O Taronga Zoo foi fundado em 1916 e é o maior zoológico da Austrália . É o lar de mais de 4000 animais de 350 espécies diferentes.
A aventura já começa com o trajeto até lá- o zoo fica do outro lado da Baía de Sydney e para chegar até lá pegamos o metrô/trem até o pier, onde embarcamos na barca direto pra o Taronga Zoo.
O trem de Sydney é bastante curioso: assim como os ônibus de Londres, os tresn urbanos possuem 2 andares na maior parte da extensão do vagão:
Calculamos o horário para chegar bem na hora da abertura do parque e assim pode desfrutar calmamente o dia todo nesse lugar.
Algumas pessoas se espantam quando eu coloco isso, afinal acordar cedo nas férias?! E se admiram com essa disposição, mas de fato nas nossas viagens, na maioria das vezes essa escolha em começar o dia cedo foi bem acertada, especialmente aqui na Austrália , pois ainda estávamos entrando no fuso e acordando naturalmente cedo. Nesse dia não foi diferente. Até porque ir ao zoológico cedo tem suas vantagens, podemos aproveitar bem o dia todo no parque, já que essas atrações costumam fechar mais cedo tendo em vista o bem estar dos animais. Além disso, muitas vezes conseguimos ver eles sendo alimentados, o que normalmente acontece no início da manhã.
Ao chegar no píer, atenção ao horário das barcas, itinerário e tipo de bilhete, pois é possível comprar o bilhete do ferry boat junto com o ingresso do zoo e o transfer da estação até o portão de entrada do parque. O Taronga Zoo fica do outro lado da Baía e no alto de uma pequena colina, então depois de atravessar de ferry boat ainda teria que caminhar beeem, ou pegar um outro transporte no local que pode ser um ônibus ou o bondinho, esse você tem acesso pagando o combo barco+entrada+transfer. Nós fomos de ônibus mesmo, onde utilizamos o mesmo cartão de transporte urbano de Sydney e ficou tudo certo.
A vista da Baía de Sydney é realmente muito linda e durante nossa viagem no ferry ainda encontramos com uma senhorinha que estava levando sua netinha para passear no zoo mais uma vez. A menininha muito falante e simpática começou a nos contar que da última vez que foi ao Taronga ela viu os macacos e eles tinham filhotinhos, ela nos mostrou as fotos encantada, disse que era imperdível! Dica anotada!
Por fim, chegamos ao portão e compramos nosso ingresso bem na hora da abertura do parque e logo que entramos ainda ao lado da gift shop e café pudemos ver pelo vidro das janelas os tree kangaroos se alimentando sobre as árvores sem se incomodar com os espectadores.
Quando se trata de Austrália e animais, existem bichos que só vemos aqui mesmo, nesse país continente insular, e por isso que a fiscalização e preocupação na entrada e saída é tão grande, pois a contaminação por doença ou introdução de algum novo ser vivo no ambiente pode ser algo fatal e catastrófico. Os animais daqui são característicos e se tornaram simbólicos para o país e por isso mesmo não poderíamos deixar de visitar : os Cangurus, Koalas, crocodilos e claro o ornitorrinco (platypus). Este último era o mais peculiar, dizem que é muito difícil, quase impossível mesmo de se ver na natureza, mas no Taronga havia um tanque com ornitorrinco, então era a chance de ver o animal de perto.
Poder ter tido o privilégio de ver esses animais de perto, principalmente depois dos incêndios que ocorreram após nossa visita, torna essa experiência ainda mais especial, e para nós relatar aqui a importância do trabalho desse e de outros locais que visitamos nessa rota pela Austrália, no que tange ao cuidado e preservação da fauna e flora nativa ou não. Vemos quão abençoados fomos por poder ter tido essa experiência e oportunidade de ver de perto esses animais tão peculiares, únicos e lindos de se ver!
É muito gratificante ver os animais tão bem cuidados interagindo com os visitantes, nos encontros com os animais os monitores e veterinários explicam um pouco mais sobre a espécie em questão, como eles são tratados no zoo, sua rotina e como eles vivem na natureza. Vimos por exemplo o encontro com os suricatos e durante a apresentação os fofinhos pareciam até posar para as fotos. Eles explicaram que como eles fazem túneis debaixo da terra eles , os veterinários e cuidadores, têm que andar com muito cuidado para não derrubar e cair em cima deles.
E logo vimos também os animais mais famosos deste país, os koalas, as bolas de pêlo mais preguiçosas que já vimos, mas também como olhar mais doce e meigo, alimentam-se apenas de folhas de eucalipto e dormem de 18 a 20 horas por dia.
Depois os Cangurus, eu nem sabia que tinham tantas espécies e subespécies de cangurus…
Mas o que o Rafael queria ver mesmo era ele, o animal que é mamífero e tem bico de pato, nada como um peixe e tem o nome também esquisito o ORNITORRINCO, ou em inglês Platypus.
O cara tem um tanque imenso só para ele, mas quem disse que ele deu as caras? A gente só conseguiu ver ele através das câmeras que filmam ele dentro da caixinha que funciona como uma casinha ou ninho, nem deu pra ter certeza se era ao vivo ou se era filmado. Ficamos frustados para dizer o mínimo.
Em uma outra área podemos ver os estudos dos insetos e os animais da fazenda, e observar de perto a colmeia das abelhas, as Lhamas e os porquinhos.
Nesta mesma área tem um belo mirante, de onde se pode ver os principais pontos turísticos de Sydney, como a Harbour Bridge, a Ópera e a Sydney Tower.
Depois da América entramos na África e vimos alguns animais mais conhecidos como a Girafa e o elefante.
A essa altura já era hora de parar e comer alguma coisa, eles aqui têm uma praça de alimentação com algumas opções de comida mas muitas delas tipo fast food.
E por falar em pássaros vimos também o show demonstrativo dos pássaros, onde diversas espécies adestradas exibem suas habilidades e beleza em um show divertido e encantador, no final pode-se comprar um pin do Taronga e doar o dinheiro também para a manutenção das causas de preservação do local.
Depois dos pássaros foi a vez de ver animais mais conhecidos, como focas e pinguins, esse então não sai da cabeça da Bebel…
Repito o que já escrevi em outros posts sobre visitas aos zoos pelo mundo, é sempre uma visita gratificante e muito interessante, é um dia inteiro de diversão e comunhão com a natureza e toda a família.
Fomos ainda na gift shop, o paraíso dos bichinhos de pelúcia, dos mais variados tamanhos e espécies, camisetas, moletons artigos diversos para todos os bolsos e claro que não saímos de mãos vazias.
É um dia que acaba relativamente cedo pois os zoos fecham cedo, o Taronga fecha às 17:00 horas, mas nós ainda tínhamos que pegar o ferry de volta ao outro lado.
Seguimos ainda para conhecer um pouco mais da cidade, sempre tem lojas de marcas conhecidas em todo mundo mas também lojas de redes locais que ficamos fãs com artigos bem legais como é o caso da Big W, que tem lojas enormes de departamentos em todo canto.
É o dia foi longo bora descansar que o outro dia era dia de viajar mais um pouco – vamos deixar Sydney e conhecer um pouco da costa leste da Austrália. See Ya! Dicas deste post:
Dá para visitar o Taronga Zoo de trem, carro ou barca, atravessando a Baía de Sydney. Recomendamos a barca, por trazer ângulos incríveis da cidade e dos principais pontos turísticos.
Fique atento ao mapa do Zoo e aos horários dos principais shows. Eles ajudam a conhecer os animais e suas características. O show das aves é imperdível!
O Zoo é bem grande, então reserve um dia para uma visita bem completa. Prepare-se para andar bastante.
Visitando o site do Taronga pode-se comprar os ingressos antecipadamente e conhecer mais sobre os projetos e conservação que eles fazem: https://taronga.org.au/sydney-zoo
Viajar para o outro lado do mundo tem esse pequeno problema. Até a gente acertar o fuso, fica acordando antes mesmo das galinhas! O que não é de todo ruim, afinal “Deus ajuda a quem cedo madruga” não é mesmo? E nosso roteiro para esse dia era para ser feito a pé,visitando atrações ao ar livre que já estariam abertas a visitação.
Tomamos nosso café no quarto do hotel, com as coisinhas que compramos no dia anterior no supermercado. Em seguida, fomos em direção ao Hyde Park (na Austrália veremos nomes de ruas, parques e avenidas muito similares aos de Londres e de outras partes da Inglaterra, já que o país-continente é parte da Commonwealth), um parque bem localizado e extenso, onde encontram-se alguns atrativos turísticos bem interessantes, além da beleza do jardim em si. Apesar do frio naquela hora, a temperatura foi esquentando um pouco ao longo do dia. Ainda estava amanhecendo!
Fomos passeando a pé pelo parque. Passamos pelo ANZAC Memorial (para quem não sabe o termo ANZAC foi utilizado na primeira guerra mundial para designar as forças armadas da Austrália e Nova Zelândia, ANZAC =Australia and New Zealand Army Corps), também fechado a essa hora da manhã, mas pouco importava, o complexo todo e o prédio pelo seu exterior já transmitia a idéia e o conceito do Memorial. Ainda ao redor no próprio parque encontramos esculturas que também nos remontariam à guerra e ao horror que aqueles soldados passaram nos conflitos mundiais. Um dos motivos pelos quais fizemos essa viagem foi que Isabel, em um projeto do colégio desenvolvido pela Cultura Inglesa, estudou esse país e ficou curiosa em conhecer, por isso entrou para nossa lista de lugares a visitar. Eles inclusive fizeram a receita do ANZAC biscuit que eram enviado aos militares durante a guerra.
Destaca-se o enorme espelho d’água à frente do Memorial, onde as aves iam beber água. Foi a primeira vez que vimos as Cacatuas ao ar livre, fazendo seu alvoroço junto com os outros pássaros, e assim a Austrália começava a nos mostrar os seus inusitados animais mesmo no meio do centro urbano.
Nossa primeira parada e visita de fato foi à Catedral de St. Mary, uma construção neo gótica que foi a primeira igreja católica da Austrália. Na realidade, esta é uma reconstrução da original, já que a mesma foi incendiada por volta de 1865 e já era inspirada em estilo gótico do século XIII. Por isso as características estilo-arquitetônicas foram preservadas desta maneira, incluindo as torres na fachada principal e seus pináculos apontando para os céus e a rosácea no centro, mas com proporções ainda menores que as góticas européias eu diria.
A visita à nave principal da Igreja é gratuita porém as fotos são restritas e sem flash em momento algum. O interior é riquíssimo em detalhes em madeira e inúmeros altares e imagens de Santos que chamam atenção pela beleza e preservação. Isabel aproveitou para tirar uma foto com sua Santa predileta: Santa Teresinha (ela nasceu no dia dedicado à devoção a esta Santa, 01 de outubro). Já a visita à cripta é restrita. Começa apenas a partir das 10:00 horas da manhã e é paga à parte. Por este e outros motivos não fizemos a visita à cripta, pois não eram nem 8:00 horas ainda.
Vista da fachada frontal da igreja de St Mary
Nessa altura do campeonato, para quem começou o dia tão cedo a fome já batia a nossa porta e antes de irmos ao próximo atrativo, paramos em um café para comer alguma coisa, tomar um chocolate quente e depois seguir.
Avante, rumo ao Museu Australiano, um misto de museu histórico e de história natural. Sempre é uma visita muito interessante esse tipo de museu, mostra um pouco da história do país, de seus moradores ilustres e dos povos que formaram essa nação.
Esse museu tem ainda espaços dedicados aos inúmeros animais australianos, marsupiais, mamíferos, aves, répteis, entre outros, e ainda conta com apresentações em horários marcados com luzes, sons e imagens que também procuram ilustrar um pouco do que é esse país insular tão peculiar e curioso e ao mesmo tempo maravilhoso. As meninas se divertiram descobrindo novas espécies, espécies esquisitas, e até engraçadas. Com criança tudo pode virar graça né?
Almoçamos no restaurante do museu mesmo. Lá de cima temos uma vista muito bonita até da Baía de Sydney e da Opera House. Seguimos dali a pé pelo Botanical Gardens, um parque com uma beleza natural muito rica e com recantos paisagísticos que encantam pais e filhos. O parque estava muito bem cuidado, contando com as mais variadas espécies de plantas e flores, árvores e arbustos. Além disso contava com espaços de convivência, onde as pessoas alegremente sentavam-se para fazer piqueniques ou passear de bicicleta à beira da baía de Sydney. Muito semelhante à dinâmica do nosso Aterro do Flamengo, porém melhor cuidado e com um pouco mais de infraestrutura.
Na realidade, se olharem no mapa do local parece que andamos muito, mas quando o passeio é agradável, com belas paisagens os quilômetros passam e nem sentimos o cansaço de fato. Assim, chegamos na baía de Sydney, que tem como destaque na paisagem a grande obra da arquitetura moderna, projetada por John Utzon, cuja solução esférica no conceito projectual foi um grande desafio para a engenharia. Estou falando da Ópera House de Sydney, um dos principais cartões postais da cidade e um daqueles pontos turísticos que tem que ir para ver de perto, mas daí a conseguir assistir a um espetáculo…
Tem que ter alguns requisitos: gostar de ópera e ter muita vontade de ir, porque os preços dos ingressos são beeemm salgados e como as peças eram com temas mais adultos, não eram pertinentes para as meninas. No entanto, há eventos infantis acontecendo de tempos em tempos, e infelizmente não nos dias que estaríamos em Sidney.
Não importa, mesmo visitando apenas os exterior valeu a pena. Essa obra é um projeto contemporâneo às obras modernas de Oscar Niemeyer em Brasília (décadas de 50 e 60 do século passado), onde nosso mestre da arquitetura também usava e abusava de curvas e do concreto criando formas ousadas que tiravam o sono de engenheiros e calculistas. Então de fato visitamos o exterior, o foyer/bilheteria e a gift shop, onde pode-se encontrar muitos artigos de objetos remetendo à Ópera House e até mascotes do lugar cujo formato remontam às conchas características do edifício.
No site ou no balcão pode-se reservar também uma visita guiada, que também achamos o preço inadequado para nosso grupo. Há ainda uma sala com entrada gratuita com uma exposição específica sobre o autor do projeto mas que infelizmente estava fechada para um evento privado de alguns turistas asiáticos. Ficamos meio frustados, não vou negar, mas os infortuitos acontecem e precisamos aprender a lidar com eles!
Não importa, o sonho da loira de conhecer o lugar que ela tanto desenhou e estudou no já referido projeto da escola, havia sido realizado. Só neste dia ela já tinha conseguido ver duas coisas que ela tinha estudado, ANZAC Memorial e Ópera House de Sydney. Faltava o Koala, e não queria só ver como fazer carinho no bichinho também.
A viagem estava só começando e esse dia já estava chegando ao fim, cansados, dali resolvemos pegar o metrô para voltar ao hotel, afinal, não tínhamos mais pernas para caminhar todo o trajeto de volta. Mesmo assim ainda deu para fazer algumas comprinhas e jantar antes de encerrar de vez o dia no hotel, e obter o descanso dos justos e felizes viajantes.
See Ya.
Dicas deste post:
Mesmo estando no inverno, estava muito agradável para passear ao ar livre. Todo este circuito que fizemos engloba uma área de aproximadamente 2km x 2km, super tranquilo de fazer em um único dia.
A área central de Sydney, próxima ao Hyde Park, concentra diversos hotéis. É um bom lugar para se hospedar e poder visitar vários lugares à pé.
O trânsito de Sydney é intenso e os estacionamentos bem caros – prefira o transporte público e o Uber.
Mais uma viagem Rota Kids Brasil para o outro lado do mundo, no mesmo ano???!!! Quase uma loucura!
Sempre temos uma lista das próximas rotas que gostaríamos de fazer, e ficamos monitorando os preços, tanto em dinheiro quanto em resgate de pontos. Estávamos em agosto de 2018, quando libera o calendário para compra de passagens de julho de 2019, que é a época de férias das meninas. Já tínhamos a viagem do Japão marcada para janeiro de 2019 e estávamos despretensiosos de marcar uma viagem para muito longe nas férias seguintes.
Porém, estávamos com um número grande de pontos acumulados, e não é legal deixar eles parados por muito tempo. Pode haver uma mudança de regras e seus pontos desvalorizarem. Então ficamos de olho na lista de desejos.
Qual não foi nossa surpresa ao ver aparecerem resgates para Sydney, para julho de 2019, por 75000 pontos? Este é praticamente o mínimo de tabela, e muito difícil de encontrar, ainda mais porque o trecho de Santiago para Sydney seria operado pela Qantas, uma das melhores empresas do mundo!
Aqui tomamos uma decisão um tanto quanto arriscada: o calendário estava aberto para a ida à Austrália, mas não para a volta, que só abriria quase um mês depois. Como o preço estava muito bom, resolvemos arriscar, comprar a ida e torcer para conseguir um resgate bom na volta. #medo!!!
Resgatamos a ida em 23 de agosto, aguardando chegar setembro para o resgate da volta! Monitorando as passagens diariamente e torcendo!
No dia 9 de setembro conseguimos o resgate da volta: 81 000 pontos. Não era o ideal, mas enfim, resgatamos.
Só que não!
Por um erro de sistema da Latam, o e-ticket da Isabel saiu sem número, o que significa que ela não estava confirmada no voo!! Uma dica importante é sempre conferir se há um número de bilhete, assim que emitir. Como vimos instantaneamente, foi mais fácil de resolver.
Ligamos para a Latam, que disse que teríamos que cancelar tudo, esperar devolver os pontos (levaria até 30 dias) e remarcar. Isto era inviável, pois com certeza não conseguiríamos a disponibilidade ou o preço. Lembrando que a ida já estava marcada, então era tudo ou nada!
Resolvemos escalar o assunto para o Consumidor.gov.br. O atendimento da Latam por este canal foi mais eficiente. Eles mesmos fizeram o estorno e uma nova emissão de todos os bilhetes. O mais legal é que o preço acabou saindo menor: 73 800 pontos! E, como compensação pelo transtorno, ainda deram 10 000 pontos de volta, como um pedido de desculpas. Ponto para a Latam, resolveu o perrengue com o mínimo de transtornos. Partiu!
Nossa rota começa por São Paulo, já que a maior parte dos vôos internacionais do Sudeste partem de lá. Chegamos de noite em Guarulhos e a nossa conexão para Santiago só saía na manhã do dia seguinte. Então, por diversos motivos que vão desde o tempo de trânsito nas redondezas do aeroporto até a opção por economizar o valor da hospedagem (que seria por algumas horas apenas, por conta do tempo de deslocamento até o hotel) resolvemos passar a noite no aeroporto mesmo. E é aí que você mais dá valor ao acesso às salas VIP, assim dá pra relaxar, dormir um pouco melhor e comer o que quiser à vontade. Isso fez a nossa noite passar um pouco mais rápido e ser menos chata também, Isabel até conseguiu que fizessem uma fornada extra de pizza para ela, aliás o que essa loira não consegue não é?
Mais ou menos descansados, embarcamos no nosso voo para Santiago com escala em Mendoza, na Argentina, uma escala em que nem descemos do avião, mas que demorou um pouco mais do que o esperado, e nos deixou um pouco preocupados. Nossa conexão em Santiago para Sydney só tinha uma espera de uma hora e meia. Bom, o comissário de bordo garantiu-nos que o horário estava perfeito e ainda tínhamos que considerar o fuso horário. E ele estava certo!
A saída de Mendoza para Santiago é muito engraçada. O voo é muito curtinho e a distância até a cordilheira dos Andes é muito pequena. Com isso, o avião decola e começa a subir em espiral, para ganhar altitude suficiente para cruzar a cadeia de montanhas. A paisagem da cordilheira dos Andes é realmente algo belíssimo!
Mesmo assim, ao chegar em Santiago tivemos que correr um pouquinho “just in case” na conexão com receio de perdê-la, afinal perder uma conexão de um voo de 14 horas não ia ser nada legal. Um vôo de 14 horas, depois de já ter voado outras 6 de São Paulo até Santiago… é, a gente tentou descansar o máximo durante o vôo, mas pulamos um dia quando passamos pelo Meridiano Internacional da Data e chegamos em Sydney já de noite. O atendimento da Qantas, operadora do vôo que nos levou a Sydney, foi nota 10 e nos deixou muito à vontade. Comissários simpáticos, cadeiras confortáveis, comida muito boa e bem servida e as crianças também foram bem assistidas quando necessário. As nossas não dão mais tanto trabalho e já estão começando a acostumar a voar para longe, mesmo assim receberam elogios pelo bom comportamento à bordo!
Para o Rafael, o voo foi especialmente importante, pois ele queria viajar no Boeing 747-400 da Qantas, uma das aeronaves em que nunca havíamos viajado antes. Todos achamos o voo muito bom e que muitas vezes nem se notava que o avião se movimentava, de tão estável.
Chegamos no Aeroporto de Sydney no sábado a noite. Por conta do fuso, do tempo de voo e da perda de um dia inteiro pelo Meridiano da Data note-se que estávamos em trânsito desde quinta-feira à noite. Do aeroporto mesmo conseguimos entrar no serviço de VLT para nosso hotel, na região mais central da cidade.
Ficamos hospedados no Swissotel da rede Accor, localizado bem próximo ao Queen Victoria Building , do West Shopping e uma série de outras lojas e teatros, portanto achamos que chegaríamos com a cidade em ebulição no sábado à noite, com a vida noturna fervilhando. Mas foi bastante difícil encontrar um restaurante aberto para jantarmos. As lojas fecham bem mais cedo que esperávamos, 19 horas, e os restaurantes às 20 já não serviam mais…
Passeamos pelas ruas, visitamos o famoso Queen Victoria Building, que é um centro comercial dos mais antigos da cidade, uma construção histórica que no final do século XIX passou por mudanças da parte da decoração interna e arquitetura mas ainda conservando o estilo arquitetônico original romanesco. A sua fachada chama atenção não só pela imponência mas pela riqueza de detalhes especialmente em ferro, mas é o interior que mostra a sua grande beleza, destaque para os relógios, as escadarias em ferro fundido e os tetos curvados iluminados.
Tem lojas bem refinadas e todas já estavam fechadas à 19:00 horas da noite.
O mesmo aconteceu no West Shopping, lá até a praça de alimentação já estava fechando, só conseguiríamos comprar comida para levar. Algo que não estávamos querendo no momento.
Sem muito mais o que fazer, resolvemos procurar um restaurante na rua mesmo para comer algo e voltar ao hotel e descansar. E o que procurar quando não se acha nada para comer, McDonald’s! Em quase todo lugar aberto 24 horas! Achamos um mais perto possível e resolvemos o problema da fome!
No caminho, ainda conhecemos um pouco da cidade. Passamos pela praça onde ficava o prédio Town Hall, ou a Câmara Municipal mais antiga, que estava ela e toda a praça com uma iluminação magnífica. Destaque para as estátuas dos cangurus e aqui também vimos os patinetes urbanos como no Rio de Janeiro e outras cidades brasileiras, mas aqui eles também são providos de capacetes, que são deixados juntamente com os patinetes ao término do uso pelo cidadão. E não aqui ninguém rouba o capacete, ou pelo menos não vimos nenhum sendo roubado. Aliás andamos a noite, com ruas bem vazias e mas não sentimos insegurança, mesmo não tendo policiais a vista.
Mesmo com tudo fechado, ainda conseguimos ir ao mercado Woolworth’s que fica aberto até tarde, para comprar alguns itens de café da manhã para o dia seguinte. Essa é uma das maiores redes de mercados do país e eles estavam com uma promoção em virtude do recente lançamento do filme da Disney – Rei Leão Live action. A cada 30 dólares australianos gastos a gente ganhava um pacotinho com um bonequinho de um dos personagens do filme. No total seriam 24 miniaturas incluindo as douradas, e isso se tornou uma febre colecionável , tanto que ao fim da viagem conseguimos juntar 17 diferentes e outros tantos repetidos.
Isabel ao lado do cartaz da promoção ooshies do Woolworth
Viajar para o outro lado do mundo tem vantagens e desvantagens, e de fato uma das desvantagens foi o fuso. Entrar no fuso foi difícil por isso já era hora de ir para o hotel e tentar pelo menos descansar para começar o próximo dia de aventuras bem melhor.
See ya!
Dicas deste post:
Dica para uso de milhas: Se juntou muitas, gaste logo. Elas são como moedas, podem sofrer desvalorização a qualquer momento.
Saiba o mínimo de tabela de resgate de milhas para seus destinos, isso vai facilitar na hora da pesquisa para ver se o preço em milhas está caro ou barato.
Sempre confira os e-tickets, veja se os dados estão corretos e se tem número de bilhete.
Depois de tantos resgates, esta foi a primeira vez em que tive um problema com a Latam. Ponto para eles, tudo resolvido em menos de uma semana.
Existem diversos cartões de crédito que dão acesso gratuito às salas VIP. Usamos um destes e com isso, nossa viagem ficou muito mais simples. Vamos usar mais este benefício ao longo da viagem!
Falha no nosso planejamento: nem cogitamos que, às 19:00 de sábado, as lojas poderiam estar fechadas ou fechando em Sydney. Pesquise sempre os horários mais comuns de funcionamento do comércio.
Não sei se faria um resgate “picado” como este novamente. Comprar só a ida e esperar algumas semanas para emitir a volta foi mais emoção do que gostaria…